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Capítulo 67

Pov Noah

Estava agora sentado ao lado de Sina, que estava deitada na maca do hospital. A bolsa dela estourou enquanto tomávamos banho, e ela só percebeu quando começou a sentir contrações minutos depois.

A minha ficha ainda não caiu. Daqui a pouco iremos conhecer o nosso pequeno, o menininho que tanto pedimos pra Deus e que finalmente está pronto para vir ao mundo.

Me aproximei mais de Sina e peguei em uma de suas mãos, onde ela agarrou de imediato.

Noah: precisa de algo, meu amor?- perguntei alisando seu rosto

Sina: só que você fique aqui comigo...- disse e logo em seguida fechou os olhos, apertando minha mão com força

Os médicos examinaram minha esposa agora pouco e ela ainda está com 6 centímetros de dilatação e que precisaríamos esperar chegar até 10 para começar o parto.

Enquanto isso, Sina continua sofrendo e gemendo de dor.

Minutos depois, a enfermeira entrou no quarto e mediu a dilatação de Sina novamente, que aumentou apenas para 7 centímetros. Com isso as contrações vinham com curto intervalo de tempo uma das outras e estavam cada vez mais fortes.

E com isso minha preocupação e meu medo aumentavam também.

Minha mente vagava nos piores pensamentos. A 2 anos atrás eu estava nesse mesmo lugar, esperando minha filha nascer e rezando para que ela e a mãe ficassem bem.

Mas não foi isso oque aconteceu.

Sou tirado de meus pensamentos quando escuto Sina gritar alto e apertar minha mão com mais força.

Enfermeira: 10 centímetros de dilatação, já podemos começar...- ela anuncia e eu sinto meu coração bater aceleradamente

Os médicos auxiliaram oque Sina precisaria fazer e eu me posicionei melhor ao seu lado. Beijei sua testa delicadamente pouco antes da enfermeira se pronunciar.

Enfermeira: muito bem Sina, vamos lá. 1, 2, 3 e força...- ela contou devagar e Sina começou a fazer força enquanto apertava minha mão- isso mesmo, repsira, repsira...- disse e Sina encostou a cabeça na maca controlando a respiração

A enfermeira repetiu esse processo por mais umas quatro vezes, mas nada do nosso filho querer nascer.

Sina: n-não da mais... eu não c-consigo...- ela disse ofegante prestes derramar lágrimas

Agora eu precisava me manter forte e deixar o medo de lado. Sina precisava de mim, e nosso filho precisava dela.

Noah: hey, é claro que você consegue meu amor! Você é a mulher mais forte que eu conheço. Nosso filho precisa da mãe dele agora, ele precisa de você...- encarei seus lindos olhos por onde escaparam algumas lágrimas e eu as limpei, Sina assentiu e eu beijei seu rosto vermelho antes de ela começar a fazer força novamente

Mais uma tentativa foi o suficiente para que um chorinho alto ecoasse pelo quarto. Soltei as lágrimas que eu segurava quando vi meu filho nas mãos da enfermeira, que o embalou em um pano verde e trouxe para os braços de minha esposa.

Sina: oi filho... é a mamãe, amor- ela disse emocionada para o pequeno que parou de chorar ao ouvir sua voz

Noah: você conseguiu, bozzie...- sussurrei em seu ouvido e Sina sorriu largamente, deixei um selinho delicado em seus lábios antes de ela falar

Sina: seja bem vindo ao mundo, pequeno Charles...- alisou seu narizinho e o pequeno se remexeu 

E foi nesse momento que eu agradeci mentalmente a Deus, por não ter saído do nosso lado nesse momento e por ter cuidado de tudo.


Obrigado também, Claire.

[...]

Observava o pequeno pacotinho em meu colo, dormindo serenamente assim como sua mãe. Passei o dedo delicadamente por sua bochechinha e sorri ao ve-lo mexer as mãozinhas.

Eles haviam acabado de me entregar Charles, que foi levado para tomar banho e se vestir. Enquanto isso, pediram para que Sina descansasse, e agora ela dormia feito um anjo na cama do hospital.

Noah: sabia que eu te amo muito, amor?- murmurei baixinho para meu filho e ele se remexeu- você reconhece a voz do papai, é?- aproximei meu dedo de sua mãozinha que o agarrou com força

Senti meus olhos marejarem e sorri com a reação do pequeno. Subi meu olhar para Sina que continuava dormindo e novamente agradeci a Deus por tudo ter ocorrido bem, ela estava apenas dormindo e não havia me deixado.

Noah: você nem imagina o quanto nós te amamos, filho... eu, a mamãe e suas irmãs te desejamos tanto...- ele se remexeu um pouquinho em meu colo fazendo menção de acordar

Me levantei com Charles no colo e balancei meu corpo lentamente, o embalando e cantarolando uma música baixinha.

Sina: eu não me importaria de assistir essa cena o dia inteiro...- escutei a voz rouca de minha esposa soar e me virei para encara-la

Charles pareceu reconhecer a voz da mãe também, já que mexeu a cabecinha devagar como se a procurasse.

Me aproximei de Sina que nos olhava com um sorriso lindo no rosto. Entreguei o pequeno pacotinho em seus braços e ela acomodou nosso filho ali.

Noah: acho que ele te reconheceu...- disse ao ver nosso filho mexer as mãozinhas e franzir o narizinho

Sina: nossa conexão já é bem forte, não é filho?!- disse baixinho passando a mão pela cabecinha de Charles

Segundos depois, uma enfermeira entrou no quarto e auxiliou Sina para que ela amamentasse Charles. Assim que a boquinha dele encontrou com o seio da mãe, ele começou a sugar fortemente, fazendo Sina exibir uma careta.

Noah: está doendo?- perguntei me sentando ao seu lado

Sina: um pouquinho... mas é a melhor sensação que eu já tive na vida- disse pegando na mãozinha de Charles

Sina se encostou em meu peito e eu a circulei em meus braços, parando minha mão na cabecinha de Charles onde eu alisei com cuidado enquanto  observava a cena com o maior carinho do mundo.

Quando o pequeno parou de mamar, Sina colocou ele para arrotar e em seguida a enfermeira tirou a roupinha dele. A mulher ajudou Sina a ajeita-lo em seu peito, para que nosso bebê pudesse ter contato direto com o calor da pele da mãe.

Charles havia abertos os olhinhos, e aparentemente eles eram mais puxados pro azul, assim como de Sina e das meninas.

É, pelo visto nenhum dos meus filhos herdaram características minhas. Oque não é ruim, já que suas mães são as mulheres mais lindas desse mundo.

Sina: obrigada por esse presente, foi a melhor coisa que eu já ganhei na vida...- ela disse baixinho me encarando

Noah: eu te amo...- encostei minha testa na sua e lhe dei um selinho demorado- eu também te amo, abacate...- beijei sua cabecinha com cuidado, fazendo ele fechar os olhinhos

E hoje a lista dos melhores dias da minha vida foi atualizada com sucesso.



Charles Leo Urrea



Me digam oque acharam, gosto de ler os comentários de vcs

O próximo é uma explosão de fofura🤧❤







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