Você sente algo por mim?
Lindas(os) espero que gostem do capítulo, leiam com atenção pois nos próximos capítulos haverá algumas questões que só entenderam se prestarem atenção neste capítulo.
Peço que me perdoem se encontrarem alguns erros pois revisei o capítulo com pressa e posso ter deixado passar algo.
Boa leitura!
Beijos ❤️
Tyler Narrando
Entediado olho ao redor e respiro fundo de um jeito frustado por ter que ficar nesta festa e fingir que me importo com David.
Os convidados de meu primo e de Eduarda conversando de forma animada me enojando e desejo por um breve momento matar todos. Sorrio imaginando como seria ver todos esses humanos que apenas pensem em si próprios mortos mortos assim como muitos de classe baixa estão sendo mortos por causa de sangue.
Meus olhos são focados em Evelyn que acabara de entrar no salão de festas. Mesmo que Eduarda me lembre Elizabeth com seus cabelos louros e pele bronzeada tento não me desfocar do meu plano. Toda vez que me sinto tentado a me aproximar de Eduarda pela semelhança dela com Elizabeth eu lembro do sabor do sangue de Elizabeth que é o mesmo percorrendo o corpo de Evelyn.
Volto a olhar Evelyn. Pela primeira vez a vejo com um vestido que marca suas curvas a deixando atraente a cada passo que dá sem que ela perceba. Sua palidez combina com o vestido e seu pescoço nu me deixa tentado a morde-la.
Alguns homens a olham com desejo e sinto uma fúria me atingir por saber o que eles pensam e não os culpo pois Evelyn esta sensual de forma natural sem precisar fingir ser outra pessoa como muitas mulheres.
Jonhson segue até sua esposa e Evelyn. Ele fala algo para Ellen e deduzo que ele elogia a filha logo em seguida. Alguns convidados se aproxima deles e percebo que Evelyn fica desconfortável, sem que eles notem ela se afasta. A sigo com o olhar e do nada Celeste para a frente de Evelyn.
Tentando fingir que não estou curioso para saber o que Celeste pretende decido continuar observando.
Conheço Celeste bem o suficiente para saber quando ela está querendo sabe de algo. Celeste analisa Evelyn de um jeito estranho tentando conhecê-la melhor. Noto que Celeste inicia um assunto e Evelyn parece que viu um fantasma.
Tenho que saber o que Celeste quer com Evelyn. -Penso suspeitando que tem algo que Felipe não me contou.
Do nada Safira surge como se quisesse que Evelyn aproveitasse e saísse de perto.
Como se Safira e Celeste fossem amigas elas engatam em uma conversa e por pouco não rio pela ótima encenação de ambas.
Evelyn se afasta delas e nossos olhares se encontram. Por um momento sinto que nada importa além do meu plano que entrará em ação hoje. Observo seu corpo novamente e relutante ou como se esperasse fugir da minha visão ela segue para outro lado do salão sem me olhar novamente.
Sorrio satisfeito sabendo que a afeto e de uma certa forma conquista-la não vai ser tão difícil. -Penso sabendo que em breve Evelyn caíra em minhas mãos.
Após um tempo ainda parado ao lado de meu pai respiro fundo entediado sabendo que tenho que esperar apenas mais um pouco.
-Eu conheço este olhar. -Meu pai fala sério após terminar sua conversa com meus tios. O olho e reviro os olhos.
-Pai agora não. -Falo ficando irritado prevendo alguns de seus sermões ou algo do gênero.
-Já não basta o que fez a Elizabeth, agora também a neta dela? -Meu pai pergunta sério fingindo se importar e olho irritado por ele se referir a Elizabeth. -Deixe aquela moça em paz, esqueça este sangue que uma vez já separou nossa família. -Pede meu pai com um olhar triste se referindo a meu primo.
Quando meu pai e meus tios souberam que eu e David estávamos novamente a disputar o amor de uma mulher simplesmente eles ficaram ao lado de David pois afirmavam que a culpa de David não ter sido feliz com Celeste era minha, mesmo sabendo o que eu já tive com Celeste eles preferiram ficar do lado de David e digamos que foi nesta época que nossa rivalidade começou de fato.
-David já esqueceu Elizabeth, está noivo de Eduarda e ninguém o perturba. -Comento em tom irônico e degusto o sangue de minha taça. Meu pai me olha de um jeito decepcionado e volto o foco para a direção para que Evelyn fora.
-Pelo menos ele seguiu em frente, ao contrário de você. -Afirma meu pai e antes que eu faça uma bobagem respiro fundo me controlando.
Olho para Paulo que segue na mesma direção que Evelyn acabou de seguir. Desde Miami estou me controlando para não matar este mauricinho. Decido ir ver o que este babaca irá fazer desta vez sem vontade de brigar com meu pai agora.
Deposito minha taça sobre uma bandeja de um garçom e sigo até onde Evelyn deve estar.
Assim que coloco os pés na área externa vejo Paulo segurando Evelyn pelos ombros e ela o empurra com uma força estranha. Evelyn o fita com raiva.
-Evelyn me desculpe, eu não sei o que houve. -O babaca fala olhando Evelyn e se aproxima dela novamente.
-Saia de perto dela! -Falo bravo e paro na frente de Evelyn o impedido de se aproximar mais dela. Empurro o ombro dele não com minha força sobrenatural, apenas o suficiente para o fazer cambalear para trás.
Fito Paulo furioso por novamente ele tentar algo com Evelyn.
O babaca percebe que o empurrei e faz menção de se aproximar novamente.
-Tyler apenas se controle. -Evelyn pede e coloca sua mão sobre meu ombro me deixando estranho e mais calmo. Rapidamente ela tira a mão de meu ombro como se percebesse a reação que seu toque teve e tento não demonstrar a Paulo o que acabará de acontecer.
-Isso não vai ficar assim. -O idiota esbraveja entre os dentes me olhando furioso.
-Podemos conversar quando você não estiver drogado. -Falo sério pouco me importando com a ameaça de Paulo e Evelyn fica ao meu lado.
Como eu sei que Paulo está drogado? Antes de entrar na festa o vi falando no telefone com alguém e digamos que Paulo esta com abstinência de sangue de vampiro. Quando um humano fica viciado em sangue de vampiro pode ocorrer varias coisas, desde ficar violento e totalmente psicologicamente descontrolado, criar algumas fobias e etc.
Paulo segue rapidamente de volta para dentro do salão.
-Não precisava de sua ajuda. -Evelyn fala um pouco irritada e a olho bravo tentando entender o porque raios ela não pode pelos menos concordar que precisava de minha ajuda ou dizer um simples obrigada. Não que eu me importe de verdade, mas o jeito de Evelyn as vezes me deixa tentado a suga-lá até a última gota e por fim à sua vida.
-Como iria conseguir se livrar de um viciado? -Pergunto sério sem me importa com que ela vai pensar. Em seus olhos azuis vejo confusão.
-Paulo não é do tipo que usa drogas ilícitas. -Fala ela não acreditando em minhas palavras e se afasta. Respiro fundo sabendo que como sempre tenho que ser um bom ator e não perder o controle.
-Ele não está viciado nesse tipo de droga. -Afirmo tentando fazê-la entender que estou me referindo a outro tipo de droga. Ela me olha com a sobrancelha arqueada deixando evidente que ainda não concorda com minhas afirmações. -Ele está consumindo sangue de vampiro na dose errada e está se tornando perigoso. -Explico para que enfim ela entenda ao tipo de droga que me refiro. Ela me analisa seria e enfim percebo que ela entendeu e acreditou em minhas palavras.
Em seu olhar distante percebo que ela está com pensamentos distantes e por um momento desejo ler sua mente como um intruso.
-Isso não é ilegal? -Pergunta Evelyn voltando a si e a analiso enquanto tenho uma nova ideia com esse assunto de sangue. Quando um humano bebe sangue de vampiro ele fica mais belo, mais forte, porem fica meio drogado e caso o vampiro queira ele pode ter certos benefícios enquanto o seu sangue tem certo domínio sobre o corpo do humano.
Se eu fizer Evelyn beber apenas uma gota sequer de meu sangue irei colocar meu plano em pratica antes do que previa. Olho nos olhos azuis de Evelyn e tento não sorrir sabendo que a própria acabara de me ajudar a ter novas ideias.
-Evelyn hoje em dia o sangue é um grande benefício para os vampiros e humanos. -Falo desejando sentir o sabor de seu sangue e noto que a deixei incomodada.
Antes de eu falar algo mais ela anda até o salão de festa na esperança de me evitar ou fugir.
Sorrio sabendo que ela não vai conseguir se livrar de mim tão cedo.
Sigo para dentro do salão a procura de Evelyn para incomoda-la apenas. A vejo entre alguns convidados, mas antes de eu me aproximar Eduarda surge e a leva até David que conversa com Alana.
Permaneço parado ainda surpreso por ver Alana após tantos anos. Não demonstro qualquer sentimento e vejo Eduarda apresentando Evelyn à Alana, David e Eduarda se afastam deixando Evelyn e Alana sozinhas. Logo ambas começam a conversar.
Lembranças da infância minha e de Alana me vem à mente. Quando éramos crianças e não sabíamos que os vampiros das histórias realmente existiam eu, David e Alana éramos inseparáveis. Sou 4 anos mais velho que Alana, mas isso nada interferiu em nossa amizade. Morria de ciúmes de Alana e sempre a protegia de tudo, considerava ela uma irmã e a amava muito. Depois que crescemos e amadurecemos ficamos ainda mais próximos e mesmo depois de mamãe ter sido assassinada eu não recusei sua ajuda. Ainda me lembro de quando era um vampiro recém criado e queria matar tudo que tivesse sangue e se movesse e Alana não teve medo do monstro que eu havia me tornado, ela me ajudou a passar por tudo enquanto buscava vingança. Mesmo sendo 4 anos mais velho que Alana anos passaram e chegou uma época que ela estava com a mesma idade que eu, eu me perturbava em saber que uma hora ela iria envelhecer e me abandonar e aquilo me doía. Alana nunca quis ser transformada, mesmo depois de quase toda nossa família ter se tornado vampiros. Houve um surto de febre, na época não havia medicamentos o suficiente para combater o vírus devastador que matava em um mês e contratei uma empregada doente a pouco tempo para trabalhar para Alana pois sabia que sua imunidade era baixa e que ela iria ficar doente cedo ou tarde antes da empregada morrer. Como havia planejado Alana ficou doente quatro dias depois de eu ter contratado a mulher doente, pensei que se ela pensasse que iria morrer logo ela iria enfim permitir que eu a transformasse, mas ela insistia que queria morrer sendo humana. Seu estado de saúde piorava cada vez mais e como eu estava desesperado em perdê-la, antes de ela dar seu último suspiro eu dei meu sangue à ela para que quando ela viesse a óbito ela não morresse de verdade, ou seja eu a transformei contra sua vontade.
Afasto tais lembranças e logo me repreendo sabendo que prefiro ver Alana viva me odiando por tudo o que fiz com ela do que ver o que era para ser seu esqueleto em último estado de decomposição em um caixão no cemitério.
Após um tempo observando Alana e Evelyn conversando decido interromper.
Aproximo em passos lentos desviando dos humanos inúteis no meio do caminho. Quando me aproximo o suficiente paro atras de Evelyn tendo uma bela visão de suas curvas. Tento não demonstrar que apesar de tudo e da vontade que tenho de matar Evelyn uma parte minha a deseja, não apenas pelo sangue que corre em suas veias, mas a desejo como homem.
Alana não termina a frase e por um momento me olha surpresa. Seu olhar muda rapidamente para algo com misto de raiva e ódio com uma pitada de rancor.
-Alana quanto tempo. -Falo em um tom frio e paro ao lado de Evelyn. Evelyn me olha, mas ainda vidrado continuo olhando Alana, ela não mudou nada, seus cabelos castanhos continuam os mesmos e seus olhos verdes também permanecem os mesmos. Admito que ela se parece mais com David do que comigo. -Espero que não tenha se esquecido que ainda sou seu primo. -Falo em tom irônico apenas para irrita-la e sorrio fingindo não me importar com seus reias sentimentos.
-Evelyn mais tarde continuamos nossa conversa, foi um prazer conhece-la. -Alana fala para Evelyn como se lutasse para não avançar sobre mim e se afasta rapidamente.
-Tyler será que não ha outros convidados para você perturbar? -Pergunta Evelyn irritada e a olho. Novamente ela me avalia.
-Evelyn a festa acabou de começar e não pretendo a deixar em paz tão cedo. -Afirmo deixando evidente que não a deixarei em paz e sorrio. -E aliás como vai seu ferimento? -Pergunto curioso fingindo estar preocupado sabendo que não posso perder o controle por apenas uma gota sequer de seu sangue quando a tirar desta festa de um jeito não tradicional.
-Está melhor. -Diz ela após alguns segundos em silêncio e estranho sua demora para responder. -Acho melhor eu encontrar Tobias. -Fala ela tentando se afastar novamente. Ela se afasta um pouco, mas sem pensar direito seguro seu braço cansado de ela sempre fugir.
-Evelyn espere. -Falo ainda segurando seu braço a impedido de dar mais um paço. Solto seu braço ao notar que agi de forma imprudente e nosso olhar se encontra. Sinto que tudo o que já fiz de ruim evaporar e como se nada importasse me perco nos olhos azuis de Evelyn.
-Tyler. -Uma voz chama familiar me tira do transe em que estava. Celeste se aproxima de forma calma e deposita um beijo próximo de minha boca. Olho para Celeste que se afasta lentamente após tal beijo sempre com seu jogo de sedução. Seus cabelos ruivos não mudaram, e ela ainda usa o mesmo perfume de séculos atrás. -Espero não ter interrompido nada. -Celeste fala e como a conheço bem o suficiente sei que agira de forma proposital para não me permitir ficar mais tempo próximo de Evelyn.
Ela sorri revelando seus dentes brancos e seus lábios pintados de roxo me entendia. Ainda me pergunto como que já me apaixonei por ela e tento entender porque depois de deixar evidente de todas as formas possível de que não a amo mais ela sempre surge para me irritar numa tentativa de reatarmos o que um dia já fora nosso romance.
-Sim, você interrompeu. -Falo de forma ríspida para que ela não se atreva a interferir em meus planos. Ignoro o olhar irritado de Evelyn.
-Não. -Afirma Evelyn e a olho bravo me perguntando porque raios ela tem que ser tão complicada. -Licença. -Fala ela e logo se afasta a pressas fugindo novamente.
Sigo até a área externa do salão onde provavelmente não tem ninguém e o barulho do salto de Celeste deixa evidente que ela me segue.
Assim que saio do salão espero Celeste passar pela porta e fecho a porta de vidro de forma calma.
Respiro fundo e sigo até onde certamente ninguém escutara nada.
Paro de frente à uma estátua irritado por Celeste pensar que ainda temos algo.
-Estava com saudades. -Celeste fala parando a minha frente sempre com seu jogo de sedução e pousa suas mãos sobre meu peitoral. Confesso que Celeste sempre fora bela, mas quando você conhece a pessoa por dentro você sempre verá que não vai existir nada além de escuridão e tédio. Se eu não conhecesse Celeste e nem fosse inteligente já teria cedido aos seus desejos e caprichos.
Pego suas mãos de forma calma, algo que não faço com frequência e me afasto apenas um pouco soltando suas mãos.
-Como está se sentindo por ser a líder do conselho? -Pergunto em tom de deboche sabendo que ela só chegou onde chegou devido à sua manipulação em massa. Celeste desde que se tornará vampira ficou mais bela e sensual, e como era de se esperar usou sua sensualidade e beleza para chegar onde chegou devido à sua ambição.
-Pelo visto você tem um certo interesse pela senhorita Green. -Celeste comenta de forma fria me analisando se referindo à Evelyn.
-Celeste você não se cansa de me perseguir sempre? -Pergunto em tom irônico fingindo não ter me importado com o fato de Evelyn à intrigar.
Celeste se afasta e me analisa de forma fria.
-O que essa Evelyn tem de tão importante para que Safira e até mesmo você tenha tamanho interesse por ela? -Pergunta Celeste deixando evidente que está curiosa para saber algo enquanto me avalia como se esperasse que eu demonstrasse algo.
-Talvez devêssemos terminar nosso assunto em sua mansão. -Falo sério a olhando de um jeito que ela bem conhece com um duplo sentindo e como esperava vejo sua reação de satisfação por pensar que passaremos a noite juntos.
-Vamos sair desta festa entediante agora mesmo. -Fala ela com certa malícia e sorrio para ela tentando não rir de deboche de sua cara agora.
-Me espere na sua casa, assim que eu resolver um assunto irei para lá. -Minto tentando soar convincente e como esperava noto que Celeste acreditará em minhas palavras.
Do que adiante viver séculos devido a imortalidade, porém acreditar em um amor mau correspondido?
Por mais que Celeste seja líder do conselho e possui um cargo que muitos vampiros temem, eu nunca me renderei aos seus caprichos e o fato dela ainda me amar apenas a torna fraca aos meus olhos.
[...]
Enquanto Johnson e Ellen conversam com meus tios e meu pai olho Evelyn sentada em uma mesa sozinha degustando de algumas guloseimas.
Após me livrar de Celeste decidi que devo colocar meu plano em ação logo.
Evelyn se levanta da cadeira e segue até a saída de forma discreta enquanto sorri para alguns convidados.
Antes de segui-la pego duas taças de champanhe da bandeja de um garçom. Olho ao redor para ver se alguém olha e pego do bolso de dentro de meu smoking um pequeno frasco preso em um colar como se fosse apenas um pingente, abro o pequeno frasco que possui meu sangue e coloco o líquido vermelho dentro de uma das taças, mexo um pouco a taça para que o sangue se misture com o champanhe e decido seguir logo Evelyn. Guardo o pequeno frasco no mesmo lugar de antes e sigo por onde Evelyn seguiu.
Saio do salão de festa e sigo até o hall de recepção da mansão Green.
Vejo Evelyn prestes a subir os degraus da escada. Ela coloca o pé no primeiro degrau.
-Evelyn. -A chamo. Ela me olha surpresa e me aproximo dela ainda segurando as taças.
-Tyler o que faz aqui? -Pergunta ela séria me olhando atenta. -Celeste já percebeu o tanto que você é irritante? -Pergunta Evelyn em um tom de ciúmes e noto que não será tão difícil a conquista-la pois obviamente ela sente ciúmes quando estou com Celeste.
-Está com ciúmes Evelyn Green? -Pergunto e sorrio satisfeito. Me aproximo dela e ela respira fundo parecendo estar irritada consigo mesma pelo que disse.
-Não. -Afirma ela ainda irritada tentando soar mais calma e rio não me contendo.
-A festa ainda não acabou, tenho certeza que Eduarda ficará magoada se notar que fora dormir tão cedo. -Afirmo sério assim que paro de rir e lembro que meu sangue no champanhe não fará muito efeito se continuar entre o pouco álcool que possui o champanhe.
-Eduarda não sentirá minha falta e já fiquei na festa tempo o suficiente. -Afirma ela com um olhar distante.
-Hoje é uma noite especial para ela, certeza que quer fazer o papel da irmã anti-social? -Pergunto pouco me importando de verdade, mas sei que Evelyn se importa com sua irmã ao ponto de se preocupar em apenas fingir que está gostando da festa.
Ela respira fundo e me fita deixando evidente que a convenci com minhas palavras. Ela desce o primeiro degrau que acabara de subir e me olha de um jeito um pouco desconfiada.
-Beba, tenho certeza que se sentirá mais alegre para aproveitar a festa. -Falo e lhe ofereço a taça que está com meu sangue. Ela se aproxima e pega a taça que lhe ofereci como se tentasse se convencer de algo.
Após alguns segundos ela leva a taça até a sua boca e bebe um gole do champanhe.
Enquanto ela degusta o champanhe ela afasta a taça de sua boca e me fita com seus olhos azuis. Noto sua pupilar diminuir como se tivesse sido drogada ou como se tivesse recebido uma dose anfetamina.
-Que sabor estranho. -Fala ela em um tom de voz drogue e olha para a taça de champanhe. Conto os segundos seguintes de forma ansiosa sabendo que levara apenas mais dez segundos para que apenas algumas gotas de meu sangue fazer efeito sobre seu corpo.
Evelyn me olha e por pouco não cai. Sorrio sabendo que a partir de agora saberei tudo o que ela sente devido a conexão que vamos ter devido ao meu sangue. Quando um humano experimenta pela primeira vez o sangue de um vampiro ele fica sob total controle do vampiro, ou seja Evelyn falará a verdade somente para mim o restante da noite e pela primeira vez mostrarei a ela o que é viver de verdade pelo menos uma noite. A melhor parte é que ao amanhecer ela não se lembrará de nada e posso usar isto ao meu favor a manipulando.
Evelyn olha tudo ao redor fascinada e deduzo que deve estar uma confusão em sua mente agora. Antes que ela possa cair paro ao seu lado rapidamente e a seguro. Ela me olha nos olhos de um jeito hipnotizada. Antes que ela derrube a taça de champanhe a pego de sua mão e coloco sobre uma mesa com um vaso de flores em cima, deposito a outra taça que seguro junto.
-Evelyn o que houve? -A voz preocupada de Ellen fala e escuto o barulho irritante de seu salto. Olho para Ellen que se aproxima rapidamente e Johnson ao seu lado. Ambos se aproxima e tento manter Evelyn em pé.
-Mamãe tudo esta tão lindo, olhe ao redor. -Evelyn fala meio drogue respiro tentando não demonstrar minha irritação por Ellen e Johnson ter surgido justo agora quando iria tirar Evelyn da mansão.
-Evelyn você bebera demais, vamos para seu quarto agora -Ellen repreende a filha como se ela fosse uma criança.
-Não vou para meu quarto, temos que voltar para a festa. -Evelyn fala nem parecendo a mesma e Ellen me fita brava deixando evidente que suspeita que eu fora o responsável de tal mudança.
-Tyler você poderia ficar Evelyn por enquanto para que ela não venha fazer nenhuma bobagem? -Johnson pede sério e Evelyn se solta de meus braços e quando Ellen tenta ajuda-la ela se afasta dela. Sorrio para Johnson sabendo que ele já confia cegamente em mim.
-Claro Sr. Green. -Falo soando simpático falando educadamente de forma proposital.
-Tyler apenas Johnson, já falamos sobre isso. -Johnson pede como já pedira outras vezes.
-Não vou deixar Evelyn aos seus cuidados. -Ellen fala e me fita séria. A olho sério.
-Ellen. -Johnson repreende a esposa que logo se recompõe, mas noto que ela ainda me olha um pouco irritada. -Evelyn não é mais uma criança, temos de voltar para a festa pois logo os convidados irão notar nosso sumiço. -Johnson fala calmo com toda sua elegância e estende a sua mão direita para Ellen. Um pouco relutante Ellen pega a mão do marido e segue o caminho de volta para o salão de festa.
Assim que eles se afastam o suficiente olho para Evelyn que olha um vaso com flores de um jeito curiosa.
-Evelyn. -A chamo. Ela me olha sorrindo e admito que quando ela sorri fica ainda mais bela. -Venha, irei lhe levar para outro lugar. -Falo a olhando de forma fria sabendo que tenho que ir até o final de meu plano e inclusive descobrir algumas coisas que Felipe certamente me ocultara. Evelyn se aproxima e para ao meu lado. Entrelaço meu braço ao dela e sigo até a saída.
Certamente Evelyn iria me odiar se fosse lembrar disso amanhã, mas como ela não irá lembrar de nada será ainda mais divertido. -Penso e sorrio.
Um dos seguranças que por a caso é meu informante dos passos de Evelyn abre a porta para nós sairmos.
-O manobrista já deixou o carro do senhor pronto como havia ordenado. -O homem de pele morena e olhos castanhos fala assim que me aproximo da porta ao lado de Evelyn. Não falo nada e nem me despeço, apenas passo pela porta rumo ao meu Cadillac parado no lugar em que queria.
Desço os degraus com cuidado e noto que Evelyn está se acostumando com meu sangue em seu organismo pois está andando com mais firmeza.
-Para onde vamos? -Pergunta Evelyn assim que paro ao lado da porta do passageiro. Solto seu braço e abro a porta para ela entrar de forma cavalheira.
-Entre. -Peço calmo e olho para um fotografo que contratei para tirar fotos minha e de Evelyn juntos. Volto a olhar para Evelyn que após alguns segundos entra dentro do carro. Fecho a porta e dou a volta no carro rapidamente para entrar no lado do motorista. Entro no lado do motorista e antes de ligar o carro olho Evelyn ao meu lado olhando a mansão onde vive um tanto vislumbrada e deduzo que pela primeira vez ela está vendo tudo de um jeito diferente.
Ligo o carro e sigo em disparada até a saída após ver que o portão já está sendo aberto.
-Por que está tão pensativa? -Pergunto sério assim que saímos pelo portão da propriedade Green.
Estou curioso, admito, mas o fato de que Evelyn irá responder tudo que eu perguntar devido ao meu sangue deixa evidente que inclusive vou descobrir tudo o que ela sabe sobre ser uma das sucessoras de Sofia. Preciso apenas manter Felipe afastado de Evelyn.
-Parece libertador sair sem aqueles seguranças. -Evelyn responde minha pergunta.
Dirijo com a atenção focada na estrada, mesmo que eu esteja curioso eu não demonstro. A olho rapidamente ao meu lado. Evelyn olha a vista atenta e vagueio novamente meus olhos sobre seu corpo. Volto o foco para a estrada e logo me repreendo sabendo que não posso permitir deixar meus desejos atrapalhar meus planos.
Sigo até minha casa, no caso uma de minhas casas. Durante o caminho o silêncio predomina e assim que chego em casa o porteiro logo abre o portão eletrônico. Dirijo até a porta principal da mansão. Assim que estaciono em frente à porta principal noto Evelyn olhar tudo atenta.
-Onde estamos? -Pergunta ela curiosa e sem responder sua pergunta saio do carro rapidamente e um piscar de olhos abro a porta do passageiro para ela sair. Estico minha mão em sua direção.
-Na minha casa. -Respondo sua pergunta olhando em seus olhos. Após alguns segundos me olhando Evelyn pega minha mão aceitando minha ajuda e seu toque me deixa estranho fazendo uma corrente de emoções e desejos possuirem meu corpo.
Respiro fundo me controlando ao máximo para não mordê-la enquanto ela sai do carro. Ela para a centímetros de meu rosto e me olha nos olhos um tanto hipnotizada.
Tentando não fazer nenhuma tolice lembro que tem mais um fotógrafo próximo do portão para tirar fotos minha e de Evelyn. Digamos que quero que todos pensem que tenho algo com Evelyn apenas para que Johnson convença a filha a se aproximar de mim, e quando ela menos esperar vai estar sobre total controle meu e somente eu poderá ter o seu sangue. Não me importo nenhum pouco em livrar Sam e Sebastian da tal maldição, talvez ainda seja uma lenda e não posso permitir que me tirem Evelyn justo agora.
M
Afasto de Evelyn apenas quando sei que já foram tiradas ótimas fotos nossa.
-Venha. -Falo e a conduzo até a porta ainda segurando sua mão. Seguimos até a porta e solto sua mão. Abro a porta e faço um gesto para que Evelyn entre primeiro. Após alguns segundos ela entra e entro logo em seguida. Ela olha o hall de recepção atenta enquanto fecho a porta.
-Sua casa é linda. -Afirma ela e não preciso olhar nos seus olhos para saber que ela fala a verdade. Ela me olha. -Preciso tirar este vestido que está me sufocando. -Fala Evelyn e sorri sem jeito como se não tivesse habituada a falar a verdade. -Você poderia me emprestar alguma roupa? -Pergunta ela. Apenas faço que sim com a cabeça e ela logo retorna a olhar ao redor observando tudo.
-Olga. -Chamo uma das empregadas de minha confiança pouco me importando com o horário. Após alguns segundos enquanto olho Evelyn olhando alguns quadros Olga surge.
-Senhor. -Fala ela de forma eficiente e admito que tenho bom dedo para escolher funcionários. Noto que Evelyn se assusta com Olga, mas logo se recompõe. Fito Olga.
-Leve Evelyn até o quarto de hóspedes e arrume alguma roupa minha que sirva nela. -Mando e Olga concorda com a cabeça. Olga olha para Evelyn e sorri.
-Senhorita. -Olga fala cumprimentando Evelyn e Evelyn segue até ela.
-Olga. -A chamo assim que ela começa a seguir até a escada. Ela me olha e me aproximo dela rapidamente parando longe dela apenas o suficiente. -Evelyn tem um ferimento na barriga, tome cuidado para não fazer nenhuma tolice. -A alerto em um tom frio para que ela tome cuidado pois não quero ver ninguém atacando Evelyn devido ao sangue dela pois não sei como está seu ferimento e apenas o cheiro pode deixar um vampiro descontrolado ao ponto de matá-la.
-Sim senhor. -Fala Olga e retorna o seu caminho com Evelyn rumo a escada. Sigo até a minha sala de estar preferida sabendo que Olga trará Evelyn de volta assim que ela já estiver com outra roupa.
Eu confio mais no Nicolai pois afinal de contas ele é meu mordomo, mas achei adequado Olga ajudar Evelyn a se trocar. Olga é a única empregada mulher que tenho, ela trabalha para mim ao mesmo tempo que Nicolai e ambos me conhecem bem o suficiente para saber o quanto gosto de rapidez e discrição.
Quando chego a sala aproveito o silêncio e fecho os olhos sabendo que Evelyn jamais será Elizabeth e que lembrar de Elizabeth somente por causa do sangue é estupidez, eu a amei de verdade e se eu apenas puder a manter viva em meus pensamentos devido ao sangue de Evelyn eu o farei.
-Senhor. -Olga fala me chamando me obrigando a sair de meus devaneios. Respiro fundo irritado e a fito.
-O que foi? -Pergunto irritado e mesmo com medo ela ainda me olha.
-A senhorita Evelyn após colocar outra roupa deitou-se na cama e dormiu. -Olga informa. Respiro fundo irritado por Olga ter permitido ela dormir.
-Pelo menos você tomou cuidado com o ferimento dela? -Pergunto tentando soar calmo e ela me olha sem entender.
-Senhor ela não tem nenhum ferimento. -Responde Olga.
-Por isso basta, pode se retirar. -Falo de forma fria deixando evidente que não quero ser interrompido. Olga some rapidamente e decido que é melhor eu tirar esse smoking. Em um piscar de olhos sigo para meu quarto e tiro o smoking, a gravata borboleta e o sapato social junto da meia ficando apenas com a calça, a camisa branca e o colete social preto.
Ainda curioso saio do meu quarto e sigo para o quarto que Evelyn está sem me importar em estar descalço. Paro na porta do quarto que fica ao lado de meu quarto não acreditando na palavra de Olga sobre Evelyn não ter mais nenhum ferimento. Abro a porta do quarto de hóspedes que pedi para arrumarem para Evelyn e noto que a luz está acesa.
Vejo Evelyn deitada sobre a cama usando uma camisa minha branca e uma calça de moletom. O seu vestido está sobre uma poltrona próxima da lareira e o salto que usará está no chão ao lado da poltrona.
Aproximo de Evelyn que dorme de forma serena e respiro fundo irritado sabendo que agora que ela dormiu certamente não acordara tão fácil, ou seja não irei saber todas as respostas que quero. Seus cabelos estão soltos e deduzo que ela esteja em um típico sono profundo devido ao meu sangue.
Ainda curioso suspeitando que Olga mentira sobre o ferimento de Evelyn sento na beira da cama com lençol de seda vermelha perto apenas o suficiente de Evelyn e aproximo minha mão de sua barriga. Levanto um pouco a blusa branca para ver onde a faca entrou e me surpreendo ao não ver nada, nem mesmo uma cicatriz para contar história. Ainda olho sua barriga tentando entender onde fora parar seu ferimento.
Raios! Como é possível Evelyn ter se cicatrizado em apenas um mês! Eu mesmo vi a faca em seu abdômen quando sofrerá o ataque e o tanto de sangue que sairá de si! -Penso inconformado tentando entender como raios seu ferimento sumiu e não restou nem uma cicatriz.
Arrumo a blusa como estava e passo a mão em meu cabelo.
-Tyler. -Evelyn fala num sussurro acordando e me olha com os olhos entreabertos ainda com sono com a cabeça no travesseiro. A olho surpreso como se tivesse sido pego no flagra. -Deite comigo. -Pede ela ainda sonolenta e a olho com uma sobrancelha arqueada ainda não acreditando no que ela pedirá.
O meu sangue em seu organismo deve estar fazendo ela falar os seus reais desejos que a mesma oculta. -Penso o óbvio.
Quando percebo estou deitando ao seu lado na cama king. Olho para o teto sabendo que amanhã ela não se lembrará do que acabara de pedir e pouso minhas mãos sobre minha barriga. Evelyn se aproxima e pousa sua cabeça sobre meu braço esquerdo e me olha. Permaneço imóvel sem coragem de afasta-la pois o calor de seu corpo faz com que eu não me atreva.
-É bom parar de escuta-los. -Evelyn fala e a olho me perguntando se ela está delirando ou sonhando devido ao meu sangue ainda presente em seu organismo.
-Escutar quem? -Pergunto sério suspeitando que talvez ela não vai falar coisa com coisa devido ao sono.
-Sam e Sebastian. -Responde ela num sussurro se arrumando para ficar de um jeito confortável e quando noto sua cabeça está sobre meu braço e um dos seus braços rodeiam minha cintura. Ainda a olho torcendo para que eu tenha escutado errado o nome de Sam e Sebastian.
Será possível mesmo que Evelyn tenha essa conexão com Sam e Sebastian? Será que Elizabeth também tinha está conexão? -Me pergunto inquieto.
-O que houve com seu ferimento? -Pergunto desconfiado de que talvez Sam e Sebastian tem haver com isto.
-Sebastian me curou. -Responde ela e boceja. Ainda tentando assimilar como fora possível isto, o cheiro e calor do corpo de Evelyn colado ao meu lado me deixa inquieto me fazendo esquecer do assunto que me intriga.
Ela levanta a cabeça e me olha nos olhos. Olho em seus olhos e me perco ali novamente esquecendo os planos que havia feito. Meu plano era apenas trazer Evelyn para minha casa e que um paparazi tirasse fotos nossas saindo da festa e chegando em minha casa, e o restante as pessoas iriam fazer suas insinuações.
Havia planejando tirar algumas informações sobre o que Felipe não me contará, mas o que ainda estou fazendo deitado ao lado de Evelyn? Por que não consigo mais me afastar dela? -Me pergunto irritado.
Olho em seus olhos e sua boca ainda com batom. Aproximo minha mão direita de seu rosto lentamente pois ela está com a cabeça sobre meu braço esquerdo. Coloco meu braço esquerdo sobre sua costa e quando noto estou a abraçando.
Sem pensar direito me aproximo de seu rosto.
-Você sente algo por mim? -Pergunto curioso sabendo que mesmo que ela esteja com sono me falará a verdade devido ao meu sangue. Ela me olha em silêncio como se lutasse contra algo dentro de si. Toco em sua bochecha e passo os dedos sobre seu rosto.
-Sim. -Responde ela após alguns segundos e noto que estava ansioso por sua resposta.
-Tomara que não se lembre disso ao amanhecer. -Falo num sussurro a olhando nos olhos e sem me controlar e sem conter o desejo que sinto por ela a beijo.
O que começará com um selinho se torna um beijo ardente e a abraço mais forte sentindo seu corpo colado ao meu. Evelyn retribui meu beijo como se também estivesse pensando a mesma coisa e sinto como se ambos necessitassem de tal beijo. Como se nada mais importasse sinto vontade de ficar para sempre em seus braços e a beijando.
Uno forças que pensei que não tinha e me afasto de sua boca. Abro os olhos ao mesmo tempo que Evelyn e nosso olhares se encontram. Lutando contra o desejo de tê-la e torná-la minha a solto para que ela possa respirar com normalidade.
Noto seu olhar de desejo mudar para algo confuso e respiro fundo irritado me odiando por ter feito isso.
Afasto de Evelyn e sento na cama um tanto frustado para eu não perder a sanidade que ainda me resta.
-Espere. -Fala Evelyn e pega minha mão quando faço menção de levantar. -Não se vá agora. -Pede ela sentando-se na cama. A olho.
-Não irei. -Afirmo cedendo ao seu pedido não acreditando no efeito que ela tem sobre meu corpo. Ela me espera deitar e novamente deita ao meu lado e pousa sua cabeça sobre meu braço esquerdo. Evelyn logo se ajeita e coloca um dos seus braços sobre mim.
Tentando não cometer mais nenhuma loucura espero Evelyn pegar no sono novamente. Somente após ter certeza que ela dormira é que consigo sair de seus braços mesmo que uma parte minha queira continuar sentindo o calor de seu corpo e beija-la novamente. Levanto da cama e a observo dormindo.
Ainda bem que amanhã ela não se lembrará de nada. -Penso e respiro aliviado sabendo que posso continuar com meu plano.
-Não sei como, mas você desperta a humanidade que nem mesmo quando eu era humano eu senti. -Falo num sussurro me odiando por dentro em demonstrar tal sentimento e passo os dedos de forma calma sobre seu rosto e levo uma mecha de seu cabelo que cai sobre sua bochecha para atras de sua orelha.
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