O Diário- Part. I
Evelyn Narrando
-Enfim chegamos, agora os seguranças de seu querido papai iram ficar longe durante uma hora e meia, tempo suficiente para encontrarmos o diário de Elizabeth. -Safira comenta assim que estaciona seu carro em frente de uma mansão que apesar de bela está abandonada. Neste momento estou em frente à casa em que minha avó viveu e que mamãe cresceu.
Olho pela janela do carro a mansão que minha avó viveu, que contém um toque assustador e que deve conter muitos segredos
Tive que inventar uma desculpa para papai pois tinha que convence-lo que apenas dois seguranças bastava para acompanhar eu e Safira, mas assim que saímos de minha casa Safira hipnotizou os seguranças os convencendo que ela me protegeria se algo viesse ocorrer.
Respiro fundo me preparando e olho Safira que me analisa preocupada.
-O que foi? -Pergunto calma um pouco curiosa querendo saber o que à perturba.
Safira respira fundo e desliga o carro. Ela me fita seria com um misto de preocupação.
-Não sei se está pronta para ler este diário. -Safira conta e olha para o volante a sua frente que a mesma ainda segura. -Eu e Elizabeth passamos por muitas coisas juntas e inclusive a ajudei em alguns momentos difíceis... -Ela da uma pausa dramática e me fita com seus olhos vermelhos nem parecendo ser uma vampira antiga e que não se abala fácil.
-Mas? -Pergunto sabendo que tem um famoso "mas".
-Não sei se você está preparada para saber algumas coisas. -Conta ela sem mais delongas.
-Eu apenas preciso saber de várias verdades que podem estar neste diário. -Falo aflita e olho Safira nos olhos tentando passar confiança através de meu olhar. -Vou ficar bem. -Afirmo e lhe dou um sorriso amarelo. -Agora vamos, pois o tempo pode se tonar nosso inimigo agora. -Digo querendo convencê-la a sair logo do carro a procura deste bendito diário.
O quanto antes se eu encontrar este diário será melhor, Eduarda marcou a prova dos vestidos do Rene para daqui duas horas e mesmo que eu odeie provar vestidos terei que ir. O quanto antes eu voltar para casa eu poderei ler o diário de minha avó.
-Vamos. -Safira fala decidida e abre a porta. Coloco a alça da minha bolsa do ombro. Abro a porta e saio do carro de Safira ao mesmo tempo que ela.
O vento gélido em meu rosto me obriga a fechar o sobretudo que uso. Sem nenhuma educação o vento bagunça meu cabelo enquanto Safira segue até o portão de um jeito elegante devido à postura que o salto alto que usa lhe proporciona. Ela olha para os lados e depois quebra a corrente do portão sem mais delongas e sem nenhuma dificuldade. Ela abre o portão e me olha esperando eu passar pelo mesmo. Engulo em seco e sigo até ela. Passo por ela e entro. Logo em seguida ela fecha o portão após entrar e fica ao meu lado.
Olho para Safira ao meu lado que olha a mansão a nossa frente com um olhar distante provavelmente tendo lembranças, mas pela sua expressão não consigo distinguir se são boas ou más lembranças.
Após alguns segundos em silêncio Safira se recompõe e começa a seguir até a porta principal em silêncio o que significa que é para segui-la. A acompanho até a porta principal sabendo que ela prefere o silêncio no momento. A neblina toma conta da paisagem em geral.
Olho o jardim que está coberto por um pouco de neve e mesmo sem cuidados ele continua lindo o que resultaria em uma bela pintura.
-Aposto que está pensando em pintar. -Safira fala me obrigando a sair de meus devaneios assim que paramos em frente à porta principal. A olho um pouco surpresa.
-Como sabia? -Pergunto curiosa e sorrio.
-Você estava com o mesmo olhar de Elizabeth olhando o jardim, que mesmo no estado que esta acendeu uma chama artística dentro de dela várias vezes e de você, então estava um pouco óbvio. -Conta ela e sorri com um olhar triste.
-Claro. -Penso já sabendo que isto estava óbvio e não percebi o quão observadora Safira é.
Safira pega uma chave em sua bolsa e abre a porta com a chave. A olho um pouco surpresa.
-Acho que chamaria muita atenção eu quebrando a porta. -Comenta ela de um jeito irônico e sorrio para ela. Ela respira fundo e se recompondo. -Então vamos lá. -Diz ela e termina de abrir a porta. Rapidamente o cheiro de poeira entra em minha narina e me pergunto há quanto tempo a casa de minha avó está trancada e abandonada.
Safira entra primeiro no hall de recepção e a acompanho. Assim que entro no hall fico admirada com a beleza dele.
Safira fecha a porta e a sigo até onde deduzo que seja a sala principal. Olho vários móveis debaixo de panos brancos e deduzo que não tiraram nada do lugar, ou seja, apenas colocaram esse panos brancos por cima e saíram sem olhar para trás.
-Qual seu primeiro palpite? -Safira pergunta me assustando ao surgir ao meu lado. Me recomponho e a fito.
Penso um pouco antes de responder. Talvez o quarto seria o melhor lugar para se esconder um diário.
-O quarto. -Sugiro e Safira me olha com uma sobrancelha arqueada.
-É meio óbvio, Elizabeth não deixaria seu diário apenas em uma gaveta de uma escrivaninha. -Safira afirma e de um certo modo vejo que ela está certa.
Lembro de filmes no qual as personagens escondiam seus segredos em lugares falsos ou até mesmo em cofres escondidos atras de quadros.
-Talvez ela tenha escondido em um lugar que ninguém esperasse procurar. -Digo e Safira respira fundo com um olhar indecifrável.
-Você pensa igual ela, e como não tenho outra ideia então vamos. -Safira fala com a voz abafada parecendo estar cansada e segue até um lado da escada. Sigo atras dela. Subo os degraus até o próximo andar onde deduzo que fique os quartos. O cheiro de poeira e mofo se torna pior assim que termino de subir os degraus.
Olho o longo corredor e noto várias portas. Safira segue até uma porta a passos rápidos como se não quisesse ficar aqui muito tempo. Tenho que andar um pouco rápido para acompanhá-la.
Safira para em frente à tal porta e a abre. Ela abre mais a porta revelando um quarto escuro. Safira acende a luz através do interruptor e vejo o enorme quarto ainda mobiliado e deduzo que tudo ainda esteja em seu devido lugar.
-Elizabeth não queria que seu diário fosse lido por qualquer pessoa, ela deve ter escondido bem. -Safira comenta e observo o quarto em diversos tons de vermelhos e branco. Noto que o quarto tem apenas toques femininos e me pergunto se ela não dormia no mesmo quarto de meu avô.
-Eles não dormiam juntos? -Pergunto me referindo à minha avó e ao meu avô enquanto sigo até uma poltrona branca próxima da lareira. Safira apenas ri de meu comentário. -O que foi? -Pergunto sem entender o motivo de seu ataque de risos. Ela para de rir e me olha.
-Era perigoso Elizabeth matar seu avô enquanto dormia, então ele optou por dormirem em quartos separados. -Safira conta sorrindo e a olho um pouco assustada. -Tecnicamente falando claro. -Completa ela e noto que fora apenas uma brincadeira com tal comentário. Volto a atenção para a poltrona próxima da lareira pensando em onde minha avó poderia ter escondido seu diário.
Safira começa a procurar o diário através do quarto e olho para duas portas, uma que deduzo que seja o closet e a outra porta do banheiro. Ando até as porta. Abro uma porta e devido à pouca claridade através da janela nota-se que é um banheiro. Paço a mão na parede até encontrar o interruptor. Acendo a luz e vejo um banheiro apenas em tons brancos. (Foto ⬇)
Apago a luz e fecho a porta e decido abrir a outra porta. Assim que abro a porta as luzes acendem de forma automática mostrando um closet enorme com várias roupas e acessórios que deduzo que eram de minha avó.
Entro no closet e observo tudo que continua em seu devido lugar.
-Como não pensei no closet! -Safira fala animada como se tivesse encontrado um tesouro me assustando. Olho Safira um pouco frustada por ela gostar de surgir do nada. -Desculpe. -Fala ela após perceber meu semblante. Respiro fundo e sorrio para ela.
-Tudo bem. -Falo sabendo que terei que me acostumar com o jeito de Safira e volto a atenção para o enorme closet. -Se fomos procurar o diário neste closet iremos demorar uma eternidade. -Digo para Safira suspeitando que o diário esteja aqui. Olho Safira que analisa tudo com seus olhos vermelhos. -Safira. -A chamo e ela me fita.
-Sim. -Fala ela esperando eu falar.
-Elizabeth já lhe mostrou um lugar que ela esconderia algo importante para ela? -Pergunto e Safira fica seria como se estivesse pensando em algo. Ela respira fundo.
-Como não pensei nisso. -Diz ela num sussurro. -Antes de acontecer o que houve com Elizabeth ela me mostrou um cofre onde escondia algumas joias que ganhava de Tyler e David, talvez o diário esteja lá. -Safira fala e fico em silêncio enquanto ela pensa. Tento não pensar em Tyler. Safira olha ao redor e seus olhos são focados em um armário onde está diversas bolsas. Safira segue até ele e se abaixo. Ela tira duas bolsas da penúltima fileira de bolsas revelando um cofre. Sigo até o lado dela e fico de joelhos para ver o cofre melhor. -Claro que Elizabeth nunca se importou de usar algumas joias que ganhou de David e Tyler, talvez ela estava me avisando algo antes de partir. -Safira supõe e percebo que realmente algo estava perturbando minha avó.
Ignoro o fato de que talvez eu possa enlouquecer como minha avó e fito o cofre na esperança que Safira descubra logo a senha. Safira pousa sua mão sobre a porta do cofre e um barulho baixo deixa evidente que o cofre foi destrancado.
-Como fez isso? -Pergunto curiosa um pouco surpresa.
-Digamos que alguns vampiros antigos tem vários truques. -Responde ela dando de ombros e abre a porta do cofre. Olho dentro do cofre e vejo varias joias sobre um diário vermelho com uma cor um pouco desbotada que me lembra o misto de vermelho com vinho. Safira coloca a mão dentro do cofre e tenta pegar o diário, mas ao pega-lo ela o solta imediatamente pois sua mão parece estar queimando. -Merda! -Resmunga Safira e tira a mão de dentro do cofre. Olho sua mão vendo que está com queimaduras de terceiro grau.
-Você quer que eu pega um pano ? -Pergunto preocupada vendo a dor através de seus olhos. Ela se recompõe e me fita.
-Vai cicatrizar. -Afirma ela e senta no carpete vermelho. Ela segura sua mão direita com a esquerda e fecha os olhos com dor enquanto sua mão parece se curar aos poucos.
-É normal demorar assim? -Pergunto preocupada e Safira fita sua mão de um jeito irritado.
-Essa merda está demorando cicatrizar! -Ruge ela entre os dentes. -Deve ter algum tipo de magia contra vampiros neste diário. -Safira afirma e olha o diário com raiva.
Lembro da visão do passado de minha avó em que Sam fez eu ter e suspeito que quem pode ter feito isto com o diário pode ter sido minha avó para que nenhum vampiro ou alguns de seus amantes o leiam.
Porque raios Elizabeth fez um feitiço para proteger seu diário? -Me pergunto já sabendo que Sam estava ajudando ela a praticar magia na visão do passado que tive de minha avó e que talvez ele tinha algum propósito para me mostrar aquilo no sonho.
Fito o diário me perguntando se o diário também irá me ferir.
-Nem pense nisso! -Safira me repreende como se eu fosse uma criança e a olho seria. -Isso pode fazer você perder a mão. -Ela me alerta.
Respiro fundo sabendo que tenho que descobrir se o diário fere apenas vampiros.
-Só tem um jeito de saber. -Falo decidida um pouco confiante. Antes que Safira possa me impedir estico minha mão até o diário e com a mão um pouco trêmula pouso sobre o diário.
Espero um tempo para sentir algo, mas nada que ocorreu com Safira ocorre comigo.
Sinto uma corrente fria percorrer meu corpo e por um momento consigo sentir vários sentimentos ao mesmo tempo. Tiro a mão de cima do diário um pouco assustada não entendendo o que acabara de acontecer e Safira me olha surpresa com um misto de curiosidade.
-Não aconteceu nada com você? -Safira pergunta surpresa após me analisa. Faço que não com a cabeça e volto a atenção para o tal diário misterioso. Estico minha mão até ele novamente e o pego. Tiro o diário de dentro do cofre nem dando atenção para as joias que dividiam espaço com ele. Fecho a porta do cofre e minha atenção é focada no diário de minha avó.
Olho para o diário em minhas mãos que em luz mais clara aparenta ser na cor vinho. (Diário ⬇)
Noto que está trancado e me pergunto o do porque de uma caneta sendo que ninguém mais irá escrever nele.
-Não tem chave. -Safira fala e a fito. Percebo que sua mão já está melhor e respiro aliviada em saber que sua mão está melhorando. Volto o foco para o que Safira disse.
-Como que vamos abrir este cadeado? -Pergunto preocupada ao mesmo tempo ansiosa para lê-lo. Olho para o diário em minhas mãos.
-Evelyn temos que sair daqui. -Safira fala e se levanta. Ela estende sua mão em minha direção. Pego sua mão gélida aceitando sua ajuda e levanto. -O que importa agora é que encontramos o diário de Elizabeth, cuide bem dele. -Safira completa. Respiro fundo vendo que ela está certa.
Fico a sua frente e arrumo minha roupa. Lembro da minha bolsa, abro ela e coloco o diário de minha avó dentro dela sabendo que minha responsabilidade no momento é cuidar deste diário.
-Vamos. -Falo decidida a ir embora. Seguimos para fora do closet. Sigo até a porta do quarto e Safira para em frente de um quadro coberto por um pano branco. Paro ao lado da porta e olho Safira que fita o tal quadro. Ela se aproxima do quadro e tira o pano branco de cima. Vejo minha avó que é praticamente idêntica à Eduarda. Ela está entre duas crianças, uma menina de cabelos louros ondulados e um menino de cabelos louros curtos, os dois devem ter por volta de 3 anos.
Rapidamente minha ficha cai e percebo que o irmão gêmeo de mamãe que Safira disse que morreu ao nascer na verdade não morreu. Aproximo de Safira e coloco a mão em seu ombro.
Raios! Porque mamãe nunca me disse que tinha um irmão? -Me pergunto um pouco chocada. Lembro que Safira mentiu mais uma vez. Antes de julga-lá acho melhor entender seu lado.
-Onde ele está? -Pergunto me referindo ao menino do retrato que deduzo que seja meu tio e tiro a mão do seu ombro. Afasto dela o suficiente. Ela respira fundo e me olha com os olhos lagrimejados.
-Eu menti quando disse que o irmão gêmeo de Ellen morreu logo que nasceu. -Safira começa a falar com a voz trêmula por estar segurando o choro e opto por não interrompe-la. -Geovani morreu quando caiu do cavalo quando tive 4 anos e meio, Elizabeth estava fora e seu avô na empresa. -Ela da um pausa e volta a olhar o quadro. -A baba dele foi encontrada com a cabeça decapitada na cavalariça onde os demais cavalos estavam. -Safira conta e sinto que falta ar aos meus pulmões devido à sua confissão. Limpo as lágrimas que saem de meus olhos sem minha permissão.
-Onde mamãe estava? -Pergunto num fio de voz com a voz tremula.
-Na escola de balé. -Safira responde e noto que ela começa a chorar. Relutante ela se recompõe e retorna a cobrir o quadro. -Este fora o único retrato de Geovani que restou, depois da morte dele ela nunca mais foi a mesma e seu avô sempre culpou Elizabeth por seu único filho homem ter morrido enquanto ela deveria estar cuidando dele. -Conta Safira ainda parada no mesmo lugar. -Depois de alguns meses Elizabeth mandou Ellen para um dos internatos mais rígidos de Londres pois não queria que ela morresse também. -Continua ela e tento me recompor depois do que ela acabou de me contar. Percebo que a frieza de mamãe e algumas de suas futilidades seja por causa de tudo que ela passou, talvez ela apenas não queira ver o mundo real em que vivemos. -Ela nunca mais foi a mesma depois disso, tenho quase certeza que ela conheceu Sam e Sebastian depois disso ou antes, não sei dizer ao certo. -Afirma Safira ainda se referindo a minha avó e me olha. Tento entender o modo de vista de Safira em não querer me contar antes.
-Safira eu não sei nem o que dizer. -Falo um pouco surpresa pelo que ela me disse não a culpando por ela ter mentido.
Me pergunto se quem matou meu avô também matou meu tio ainda pequeno. Lembro do diário em minha bolsa e que talvez pode ter algo no diário sobre isto.
-Evelyn me perdoe por não ter contado sobre Geovani, eu pensei que não era necessário, acho que nem mesmo Ellen lembre-se dele. -Diz Safira se culpando e respiro fundo tentando entendê-la novamente.
-Safira o que importa é que me contou e isso basta. -Afirmo deixando evidente que isso não afetará nossa amizade.
-Evelyn não é melhor eu te levar para casa para você tomar seus remédios antes de ir experimentar seu vestido? -Safira pergunta mudando de assunto parecendo estar preocupada. Engulo em seco ao lembra que ela pensa que ainda estou com o ferimento se cicatrizando na barriga.
-Não precisa. -Afirmo e lhe dou um sorriso amarelo tentando a convence-lá que estou bem.
-Estou surpresa por você não estar reclamando de dor ainda depois de abaixar e se levantar tão rápido. -Safira fala como se suspeitasse de algo. -Deixe eu ver sua barriga. -Pede ela e se aproxima. Dou um paço para trás. -Não vou querer provar seu sangue caso seja isto que está pensando, se eu conseguia me controlar ao lado de Elizabeth também irei conseguir me controlar ao seu lado. -Afirma ela pensando que estou com medo de ela me atacar devido ao meu sangue.
-Não tem mais ferimento. -Falo e Safira me olha espantada.
-Como não tem? -Pergunta ela chocada. -Deixe-me ver. -Safira pede e respiro fundo.
Abro o sobretudo e ergo a blusa lhe mostrando uma parte de minha barriga na região onde fui atingida. Levanto o curativo que fiz e coloquei onde tinha o ferimento para não suspeitarem. Safira olha meu abdômen chocada. Ela se recompõe e coloco o curativo de volta. Abaixo a blusa e fecho o sobretudo.
-O que foi? -Pergunto tentando me passar por despercebida enquanto Safira me olha brava.
-Sebastian ou Sam? -Pergunta ela seria já sabendo que fora um deles que sumiu com meu ferimento.
-Sebastian. -Digo a verdade. Sua expressão suaviza, mas ela ainda me olha seria.
-Evelyn apenas tome cuidado com eles, ninguém muda do vinho para à água de boa intenção, eles farão de tudo para ter seu sangue. -Safira me dá um conselho e em seu olhar vejo preocupação.
-Tomarei cuidado. -Afirmo e sigo até a porta. Antes de sair do quarto olho para trás para ver onde está o quadro onde tem o único retrato de meu tio que nem sequer cheguei a conhecer. Respiro fundo ansiosa para desvendar os diversos segredos que tem no diário de minha avó.
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