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Escolha

Tyler Narrando

Lembrança On

Ainda sentado de um jeito desleixado no chão observo Elizabeth pintando algo enquanto degusto de um vinho com misto de sangue preparado por ela já que a mesma acostumara com o fato de eu não ter um interesse por demais bebidas que não incluam sangue. Seus cabelos louros parecem mais claro devido ao sol e ela não se importa em estar usando apenas uma camiseta minha e uma calcinha. Depois de ter ficado mais de dois anos longe de Elizabeth ela continua linda da mesma forma, mas agora seus olhos azuis parece distante e na maioria das vezes noto que ela se preocupa com algo.
-Quando irá devolver minha camisa? -Pergunto e sorrio sabendo que Elizabeth também roubara mais uma camisa minha, mas não me importo de fato pois ela fica linda de qualquer forma.
Elizabeth me olha e sorri.
-Tyler não me desconcentre. -Pede Elizabeth com sua voz calma e volta a atenção para seu quadro.
Respiro fundo sabendo que assim que voltarmos para a cidade terei que deixar-la voltar para seu marido e seus filhos. Elizabeth infelizmente se casará contra minha vontade e pediu que eu a deixasse em paz, eu tentei, fiz uma nova volta ao mundo, visitei lugares que muitos dariam a vida para ver, mas não importasse o tão longe eu estivesse de Elizabeth eu ainda a amava e a queria. Após dois anos viajando eu voltei para Londres decidido que eu iria apenas me contentar em ser amigo de Elizabeth, mas não resisti ao seu sorriso e sua pele bronzeada, quando tive a chance de convencer Elizabeth que nos amávamos e que não podíamos ficar longe um do outro foi então que ela contará, ela tivera dois filhos, dois filhos do humano que eu tanto odeio.
Admito que eu enlouqueci quando soube que outro homem a tocou, mas eu tinha que entender que ele era seu marido e eu seu amante. Segundo Elizabeth ele a tocará apenas uma vez e infelizmente ela engravidara dele, ela afirma que sente nojo dele e que fica aliviada quando ele procura suas amantes ao invés dela, tentei saber o que houve para que ela mudasse tanto, mas Elizabeth sempre muda de assunto.
Odeio aqueles pestinhas que me afastam de Elizabeth justo agora que estou a recuperando. Apesar de odiar crianças Ellen e Geovani são diferentes, já falei com eles sem que Elizabeth soubesse tenho que admitir, e mesmo que eu não goste de assumir eles conseguiram me fazer rir com suas perguntas curiosas, eu diria que eles são muito espertos para crianças de quarto anos.
-Quando você fica em silêncio dessa forma me deixa preocupada. -Elizabeth comenta e saio de meus devaneios. A olho com uma sobrancelha arqueada sabendo que nunca vou entender o que se passa em sua mente.
-Pensei que queria concentrar-se em seu quadro. -Falo o que ela pedirá antes. Elizabeth me olha seria e respira fundo.
-Tyler posso te contar uma coisa? -Pergunta Elizabeth preocupada e se livra dos pincéis, ela se aproxima e fica a minha frente sentada no chão. Aproximo o suficiente ficando perto o suficiente para passar minha mão em seu rosto.
-Sim. -Afirmo não demonstrando minha curiosidade e tiro a mão de seu rosto. Vejo apenas preocupação nos seus solhos azuis.
-Você acha que alguém poderia ferir Ellen ou Geovani? -Pergunta Elizabeth preocupada e a olho sem entender.
-Eles são apenas crianças, como alguém poderia fazer isso? -Pergunto sem entender porque raios ela me pergunta algo assim.
-Eu apenas tenho medo de que eles se machuquem. -Comenta Elizabeth preocupada e deduzo que seja apenas coisa de mãe.
-Elizabeth estou aqui agora, e vou lhe proteger e também vou proteger Ellen e Geovani. -Afirmo sem entender porque sinto que devo protegê-los.
-Tyler eu tenho medo de enlouquecer e não conseguir distinguir o que é verdade e o que mentira. -Começa Elizabeth a falar novamente nisso de ficar louca.
-Isso não vai acontecer. -Afirmo ficando irritado por novamente ela tocar nesse assunto.

Lembrança Of

Saio de meus devaneios do dia que tinha tudo para ser um dia feliz, depois de convencer Elizabeth que ela não iria ficar louca e que ninguém iria ferir Ellen e Geovani, eu a convenci a fugir comigo para uma propriedade que eu tinha em Nova Iorque. No começo ela não queria abandonar Ellen e Geovani, mas a convenci de levá-los junto conosco, pois seu marido estava ficando violento ao ponto de tratar todos incluindo seus filhos de forma horrível. Queria matar seu marido, e eu ia matá-lo enquanto estivéssemos vivendo em Nova Iorque, Elizabeth deveria ficar viúva para podermos viver em paz e conforme meus planos jamais iria saber o que eu iria fazer.
Estava tudo planejado para nossa viagem, Elizabeth estava cuidado do assunto do colégio de Ellen e Geovani enquanto eu estava cuidando da nossa viagem.
Pela primeira vez na vida eu e Elizabeth iriamos ser felizes, mas na hora combinada da viagem para irmos embora de Londres Elizabeth não aparecerá junto de Ellen e Geovani. Pensando que ela mudará de ideia eu fui em busca dela buscando respostas, mas a encontrei chorando em seu quarto.

Lembrança On

-Elizabeth. -A chamo preocupado e rapidamente paro ao seu lado assim que entro em seu quarto. Ela levanta a cabeça de sua cama e me olha com os olhos cheio de lágrimas, mas o que mais chama minha atenção é seu olho roxo deixando evidente que levará uma bofetada de seu marido.
Uma fúria me atinge por aquele humano inútil ter tocado nela. Coloco a mão sobre sua bochecha me segurando para não ir imediatamente matar aquele projeto de humano.
-Vou matá-lo! -Afirmo entre os dentes com raiva. Levanto, mas Elizabeth segura minha mão.
-O Geovani... -Elizabeth não consegue terminar a frase e começa a chorar novamente. Abaixo ficando ao seu lado e ela me abraça chorando. -Ele caiu do cavalo, a culpa foi minha! -Elizabeth afirma em prantos e se afasta o suficiente. Olho em seus olhos azuis e pouso minha mão sobre sua bochecha a encorajando a falar. -Meu filho morreu Tyler! -Elizabeth fala aos prantos sem mais delongas e enfim percebo o que aconteceu.
Fico em silêncio torcendo para ter escutado errado, mas Elizabeth apenas chora.
-Elizabeth a baba não deveria estar cuidando dele? -Pergunto sabendo que a baba fora a culpada e que ela irá pagar por seu erro.
-Ela esta morta. -Elizabeth responde num sussurro. -Se eu estivesse em casa não teria acontecido isso. -Afirma Elizabeth se culpando.
-Isso não foi sua culpa! -Afirmo a olhando nos olhos não aguentando de vê-la dessa forma. Elizabeth fica em silêncio e me olha nos olhos. -Foi por isso que ele te bateu? -Pergunto não suportando segurar minha raiva ao ver seu olho roxo. Elizabeth apenas faz que sim com a cabeça e retorna a chorar. A abraço a consolando sabendo que ela precisa desse abraço agora, mas que depois irei ter uma conversa com seu marido.

[...]

Abro a porta do escritório do babaca do marido de Elizabeth. Ele se assusta ao me ver, e coloca a garrafa de uísque na mesa irritado.
-Quem você pensa que é para entrar em meu escritório assim? -Pergunta ele deixando evidente sua embriaguez pelo tom de sua voz.
Em um piscar de olhos paro ao seu lado. Ele se vira e me olha assustado. Pego em seu pescoço e o tiro do chão aperto devagar seu pescoço.
-Se você ousar encostar mais um dedo em Elizabeth irei fazer com que se arrependa. -O ameaço o olhando nos olhos sem vontade de hipnotiza-lo para não encostar mais em Elizabeth, pois quero que ele me tema em cada sílaba que eu disse.
Quase sem fôlego ele faz que sim com a cabeça e o solto. Ele cai ao chão tossindo e me olha em fúria nos olhos.
Sem me importar com ele no momento pois não posso matá-lo ainda saio de seu escritório nojento.

Lembrança Of

Hoje seria o aniversário de Elizabeth, se ela me deixasse transformá-la em vampira certamente estaríamos em algum lugar do mundo.
Até hoje ainda não descobri quem foi o assassino de Geovani. Apesar de investigar de forma incansável eu não descobri nada, nem mesmo o assassino da babá de Geovani.
Fazia um tempo que não vinha com frequência a propriedade Green, a data do aniversário de Elizabeth me incomoda com lembranças, e ver Eduarda contente por estar grávida não ajudava, em cada detalhe de Eduarda eu via Elizabeth então tive que me afastar. Nunca na minha vida eu vi uma gravidez tão estranha de uma humana e um vampiro, já ouvi boatos no século XV de uma escrava que engravidara de um vampiro que era seu dono, segundo os boatos a escrava dera à luz há uma criança prematura e devido às complicações do parto ela e a criança morrerá logo em seguida.
Caso esse boato não seja lenda, Eduarda e está criança irá pelo mesmo caminho. Talvez eu devesse sentir pena, mas desde a morte de Elizabeth faz tempo que não consigo sentir que um dia já fui humano.
-Tyler que susto! -Ellen fala assustada e coloca a mão no coração, mas logo se recompõe. A olho. Neste momento estou na mansão Green pois fiquei de falar de Johnson sobre meu casamento com Evelyn, estava pedido em minhas lembranças olhando um quadro na parede que parecia familiar.
-Boa noite Ellen. -Cumprimento Ellen e sorrio para ela de um jeito forçado.
-Satisfeito? -Pergunta Ellen parecendo irritada e respiro fungo sabendo que tenho que ser um bom ator.
-Não sei do que está falando. -Minto me passando por despercebido. Ellen está indignada por eu ter conseguido a mão de Evelyn e sei que ela me culpa pelo o que houve com Elizabeth.
-Não se finja de tolo. -Ellen fala em um tom ríspido. -Tudo o que você toca você destrói, você tirou tudo de mim na infância e agora está me tirando Evelyn. -Ellen continua falando um tanto frustada. Ellen se aproxima e me olha de forma fria. -Você foi o culpado da morte deles. -Afirma ela com os olhos lagrimejados e noto que ela ainda se lembra da morte de seu pai.
-Seu pai não morreu nas minhas mãos. -Afirmo sério me segurando para não falar a verdade, digamos que Ellen cresceu imaginando que seu pai era um herói, mas quem me dera ter tido a chance de matá-lo, David chegará primeiro.
-Não falo de meu pai, me refiro a Geovani. -Ellen fala de forma rancorosa e não demonstro minha surpresa por ela se lembrar de Geovani sendo que ele morreu quando eles tinha quatro anos e meio.
-Você sabe que não fui eu. -Digo sério deixando evidente que falo a verdade.
-Tyler você foi o culpado, como eu disse tudo que você toca morre, primeiro foi com minha mãe, apesar de ela não ter morrido por fora eu sabia que ela estava morta por dentro há muito tempo, depois foi Geovani e não demorou para meu pai também morrer. -Ellen fala tudo em fúria o que nunca falou em todos esses anos e deduzo que seja por causa do aniversário de Elizabeth. -E agora Evelyn? -Pergunta ela indignada em um tom irônico.
-Ellen pare! -Peço impaciente cansado desse assunto. -Seu pai era um alcoólatra que inclusive já batera em sua mãe, você pode não se lembrar, mas quando Elizabeth a mandou para aquele internato ela estava lhe protegendo de seu pai. -Falo sem conseguir ficar quieto. Ellen me olha boquiaberta sabendo que falo a verdade e não perco tempo para me sentir culpado por ela enfim saber a verdade. -Hoje é o aniversário dela e mesmo que não aceite ela era sua mãe com todos os erros e defeitos. -Digo irritado defendendo Elizabeth.
-Tyler por que Evelyn? -Pergunta Ellen me deixando em silêncio. -Primeiro fora Eduarda, mas ainda bem que David estava lá para proteger se você. -Continua Ellen falando ainda pensando que David é um santo. Rio em tom irônico por ela pensar que David continua sendo um santo.
-David? -Pergunto em tom de deboche não me contendo. Ellen me fita raivosa. 
-Pelo menos ele deixou Elizabeth em paz quando ela se casou com meu pai! -Elen fala entre os dente ainda me culpando por tudo. Me contenho para não falar que David matara seu pai. Respiro fundo e a olho nos olhos sem demonstrar nada.
-Ellen se me der licença irei falar com minha noiva. -Falo me referindo a Evelyn apenas para irrita-la mais.
-Você também vai matá-la aos poucos, porque ela? -Pergunta Ellen inconformada pelo noivado meu e de Evelyn.
Lhe dou as costa me negando a escutar mais alguma palavra sua.
Não matei Elizabeth. -Penso irritado pois não seria capaz de fazer tal coisa, mesmo quando soube que ela tinha um caso com David eu não tive forças.
Sigo até o Hall de recepção pensando em ir embora, mas um segurança que eu contratei para vigiar Evelyn se aproxima.
-Diga. -Peço sem paciência querendo ir embora.
-A senhorita Evelyn receberá a visita de dois homens hoje e pelo pouco que escutei eles irão almoçar amanhã. -Conta o segurança com um olhar frio e sinto uma fúria me atingir pelo que escutei. Demoro alguns segundo para processar o que escutei.
Respiro fundo fingindo não estar incomodado.
-Quem eram? -Pergunto querendo saber com quem Evelyn pensa que irá sair amanhã.
-A empregada que abriu a porta disse que eles se chamavam Sam e Sebastian. -Responde o segurança minha pergunta para minha surpresa.
Como isso é possível? Eles não estavam dormindo? Evelyn não fala com eles apenas pelos sonhos, então eles vão levá-la embora amanhã? -Me pergunto em fúria sabendo que os matarei se eles ousarem me tirar Evelyn, apesar de não saber como posso matá-los eu não posso deixar que me tirem ela depois de estar tão próximo de tê-la por completo.
Evelyn já está em minhas mãos, seu sangue é meu, seu corpo é meu, apenas preciso fazê-la entender isso. Sei que ela sente algo por mim, em questão de tempo ela estará entregue à mim por completo.
-Onde está a empregada que os viu? -Pergunto voltando à realidade. Fito sério o segurança.
-Ela pedirá demissão há cerca de meia hora para a governanta. -Responde ele e arqueio uma sobrancelha perguntando porque raios a empregada pediu demissão depois de vê-los? Me pergunto curioso.
-A encontre e a faça vir até minha casa. -Ordeno precisando saber de detalhes de Sam e Sebastian. Digamos que apesar de Sam e Sebastian serem os primeiros vampiros, foram pouco vampiros que os virão, apenas os dez vampiros que eles transformaram é que conheciam a face deles o que é estranho.
Sem mais perguntas sigo até a porta desviando do segurança sabendo que Sam e Sebastian vivos e acordados podem significar um problema.
Raios! Há dois meses atras pensei que Sam e Sebastian não passavam de uma lenda ou que estivessem mortos, e agora eles surgem do nada e podem me tirar Evelyn. -Penso frustrado sabendo que preciso de um bom plano.
Saio pela porta e ando até meu carro que já está onde quero. Quando paro ao seu lado, abro a porta do lado do motorista e entro, dou a partida e sigo ao portão tentando não sair do controle devido às últimas notícias.
O bendito celular toca assim que saio pelo portão principal da propriedade Green. Irritado penso em recusar a ligação, mas atendo após apertar um botão no volante.

Ligação On
-Que foi? -Pergunto irritado sabendo que é Celeste pois somente ela me liga neste horário.
-Tyler que bom que atendeu! -A voz empolgada de Celeste preenche meus ouvidos por causa da ligação estar em viva voz. Reviro os olhos ainda mais irritado. -Estou no nosso restaurante predileto e adivinha quem estou olhando bebendo descontroladamente? -Fala Celeste deixando sua pergunta no ar. -Seu futuro querido cunhado Tobias! -Responde ela minha pergunta quando estava prestes a desligar a ligação. Conheço Celeste bem o suficiente para saber quando ela planejando algo. -Enfim precisava falar com você, mas caso você não venha ficarei entediada e não vejo outro humano aqui alem de Tobias. -Celeste fala num tom de voz que deixa evidente que é uma "ameaça".
Desligo a ligação após apertar o botão no volante.
Ligação Of

Porque raios Celeste pensa que pode me manipular? Por mim Tobias podia morrer que sei que não faria nenhuma diferença para mim de fato.
Respiro fundo me recusando a ceder a um capricho de Celeste. Reviro os olhos sabendo que se eu quiser continuar meu noivado com Evelyn tenho que evitar que ele morra.
-Merda! -Esbravejo entre os dente sabendo que se ele morrer e Evelyn souber que eu permiti na certa ela fará algo para impedir nosso casamento.
Acelero rumo ao restaurante que Celeste está ainda sem acreditar que estou indo salvar aquele humano estupido que levou um fora de Safira.
Dirijo durante um tempo sem me importar com a velocidade quando paço pelo centro de Londres. Após um tempo paro em frente à um restaurante que lota de vampiros.
Paro em frente ao restaurante e um manobrista se aproxima.
-Não vou demorar, apenas cuide de meu carro. -Mando abrindo a porta e saio do carro. Não perco tempo com a cara de estupidez do manobrista humano.
A passos firmes e rápidos ando entro no restaurante. Vagueio os olhos pelo restaurante lotado e cheio de vampiros. Alguns vampiros bebem drinks com sangue de sua preferência. Meus olhos são focados em uma mesa. Celeste está sentada ao lado de Tobias com as presas no pescoço de Tobias.
-Merda! -Falo num sussurro e em um piscar de olhos sigo até eles e paro em pé ao lado deles. Puxo Celeste pelos seus cabelos ruivos a fazendo soltar de Tobias.
Celeste me olha não tão surpresa e sorri com a boca com sangue e ainda segurando seus cabelos noto vampiros me olharem como um alerta para não machucar ela pois Celeste é a líder do conselho dos vampiros. A contra gosto solto seus cabelos com uma breve vontade de mata-la.
-Pensei que não viesse. -Fala ela sem tirar os olhos de mim.
-Venha! -Falo para Tobias e o pego pelo braço. Noto que ele não consegue levantar e olho nos seus olhos vendo que a vida está quase deixando-o.
-Acho que exagerei. -Celeste fala em um tom divertido deixando evidente que fez de proposito, apenas me estressando mais e coloco a mão no rosto de Tobias e noto que ele está ficando gélido quase como um difundo.
A que ótimo! Tobias está morrendo e não posso matar Celeste. -Penso irritado sem saber o que fazer.
Tobias pisca com sono se rendendo ao que será seu último sono e uso minha audição para saber se seu coração ainda bate. Escuto seu coração bater devagar com dificuldade enquanto seu corpo luta pela vida após Celeste o ter sugado mais do que devia.
O levanto da cadeira antes que o mesmo caia e o coloco no meu ombro ignorando Celeste sabendo que tenho que levá-lo para um maldito hospital.
-Tyler não acho que ele sobreviva até o hospital. -Celeste fala quando lhe dou as costa e sei o que ela está pensando que vou fazer. Respiro fundo segurando Tobias para que ele não caia ao chão sabendo que se eu for rápido ele vai sobreviver e não vou ter que transforma-lo. Continuo meu caminho até a porta. Saio do restaurante levando Tobias até meu carro tentando me convencer que esse idiota não vai morrer agora.
O manobrista rapidamente abre a porta do passageiro após me olhar assustado. Coloco Tobias no banco do passageiro e dou a volta com minha velocidade sobrenatural, entro no lado do motorista. Ligo o carro e saio em disparada tentando lembrar qual é o hospital mais próximo.
Enquanto dirijo olho para Tobias que está quase dormindo.
-Não morre agora! -Ordeno frustrado furioso com Celeste por ela me colocar em uma fria dessas apenas por ficar "entediada".
Que ótimo! Tudo o que eu precisava era que Tobias morresse em meu carro justo agora. -Penso irônico.

[...]

Olho o meu relógio de pulso vendo que já são 10h30 a.m.
Bufo irritado por ter que ficar de olho em Tobias e não poder impedir Evelyn de se encontrar com Sam e Sebastian. Eu poderia permitir que Nicolai ou outro empregado de confiança ficasse de olho em Tobias, mas um vampiro recém formado é mais forte do que parece, e o único com força o suficiente para deixá-lo aqui sou eu.
Sim, eu transformei Tobias, antes que ele morresse por completo em meu carro o fiz beber um pouco de meu sangue. Ou era isso, ou ele morria e então já era meu casamento com Evelyn.
Respiro fundo e olho para Tobias com as mãos acorrentadas para que ele não fuja. Ele está sentado no chão um tanto furioso eu diria.
Neste momento estou em um quarto do porão em minha casa, o único lugar apropriado para que Tobias fique por enquanto.
-Me solte! -Tobias ordena pela vigésima vez e continuo em silêncio. -Não sou seu escravo Tyler! -Tobias fala furioso e me olha sério. Escuto sua barriga ronca denunciando que está com fome.
Pego um saco de sangue em cima da mesa ao meu lado e vejo o tanto que isto chamou a sua atenção. Ainda sentado no chão ele tenta se solta das correntes presas ao chão como pensei.
-O que você fez comigo? -Pergunta ele em desespero e tenta se recompor.
-Você é um vampiro, apenas aceite de uma vez. -Falo em um tom sério já cansado de tal cena. Se fosse com outra pessoa eu já o teria libertado e deixado que ele matasse qualquer humano que ousasse entrar em sua frente, mas como não posso permitir que meu "cunhado" saia matando tive que acorrenta-lo assim como já acorrentei Alana para que ela não saísse matando.
Jogo o saco de sangue para ele e ele olha durante um pequeno tempo o saco de sangue com certo receio, mas depois de alguns segundos ele não consegue controlar sua sede e pega o saco com sangue.
Após Tobias terminar de beber o sangue ele me olha assustado, talvez com medo com misto de arrependimento pelo o que fizera.
-O que você precisa saber é que o salvei. -Falo sério sem fingir que me preocupo. -Por enquanto você precisa da minha ajuda, essa fome monstruosa que você estava sentido é sede de sangue, se eu deixar você sair daqui a primeira pessoa humana que parar a sua frente você irá matar. -Continuo falando em um tom frio e alto para que ele entenda cada palavra que estou falando. Tobias me olha atento entendendo tudo o que eu disse. -Imagina como que seria você voltando para sua casa e matando sua família inteira por não poder se controlar? -Pergunto para que ele entenda que não estou mentindo.
-Eu não seria capaz de matá-los! -Afirma Tobias indignado.
-Você é um vampiro recém formado e não faz ideia da sua força e principalmente da sua sede. -Falo o convencendo de vez.

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