(Bônus Tyler Parte 2)

  Tyler Narrando

Olho diversas mulheres tomando sol a beira da  piscina.
Loiras, morenas, ruivas e negras. Todas belas e de uma certa forma são apenas seu sangue que importam e interessa para mim.
Elizabeth fora a única mulher que eu amei. Apesar de ela ser humana eu sempre respeitei seu amor pelo sua vida, mas de uma certa forma nunca aceitei o fato dela não querer passar a eternidade ao meu lado. Tentei diversas vezes a convencer de me permitir transformá-la, mas ela afirmava que queria continuar sendo humana e que caso eu fizesse isso sem seu consentimento ela iria me odiar pela eternidade.
Me lembro de uma das vezes que tentei convence-la. Estávamos em uma de minhas casas, na época eu era seu amante.

Lembrança On

-Porque você não entra logo, a água está ótima. -Elizabeth me convida novamente para entrar na piscina com ela.
A olho.
-Vou pensar no teu caso. -Falo e sorrio para ela.
-Ja sei. -Fala ela saindo da piscina. O sol ao tocar sua pele bronzeada a deixa mais linda, seus cabelos louros molhados combina com seus olhos azuis.
Observo seu corpo.
Nunca irei me cansar de seu corpo com suas belas curvas.
Até sua mancha de nascença na barriga é perfeita, sua mancha me lembra um cereja e algumas vezes passa despercebida. Ela está usando um biquíni vermelho e apesar de atualmente não ser correto usar biquínis desse tamanho Elizabeth insiste em usar e prefiro não ficar reclamando para não brigarmos.
Ela se senta no meu colo e mesmo com seu copo molhado pela água da piscina de minha casa pouco me importo.
-Você é perfeita. -Falo olhando em seus olhos e passo meus dedos em sua bochecha. A mesma sorri com meu elogio. -Tão bela. -Afirmo e a puxo para um beijo.
A beijo e como sempre ela responde meu beijo.
Um beijo ardente como se fosse o último de nossas vidas. Ela interrompe o beijo devido à falta de ar e sorri.
-Queria poder beija-lá pela eternidade. -Confesso num sussurro apaixonado e angustiado por saber que com o tempo ela envelhecerá e depois partirá.
-Tyler já falamos sobre isso. -Elizabeth fala ficando seria e se levanta de meu colo. Ela me dá as costa e olha para a piscina.
Me levanto rapidamente e a abraço por trás não querendo que ela fique brava comigo novamente.
Sinto o calor de sua pele e o cheiro de seu sangue me alucina por um momento fazendo com que eu tenha que me concentrar para não perder o controle e mordê-la.
-Não queria deixá-la irritada. -Falo e ela se vira ficando de frente para mim.
Seus braços rodeiam meu pescoço e ela me puxa para um abraço.
A abraço com cuidado para não machuca-la.
-Eu te amo Elizabeth. -Falo e ela se afasta um pouco e me olha com seus olhos azuis um pouco confusos. Nunca disse que a amava de forma mais sincera como está.
-Tyler também o amo. -Fala ela e sorri após alguns segundos em silêncio.
-Então fuja comigo, deixe-me transformá-la e poderemos viver esse amor pela eternidade. -Sugiro um pouco desesperado e ela sai de meus braços novamente.
Ela fecha os olhos e respira fundo. Quando ela abre os olhos vejo confusão em seus olhos azuis.
-Tyler eu não posso fugir e deixar Ellen, ela é minha filha e tem apenas 3 anos. -Elizabeth fala seria e tento me aproximar dela, mas ela se afasta. -Não vou desistir de minha humanidade. -Continua ela e me olha de forma sincera o que faz eu sentir uma pontada em meu peito por escutar isso novamente. Isso é pior do que uma bala de chumbo me perfurando.
-Não gosto da ideia de ver você envelhecer aos poucos. -Falo angustiado. -Pois sei que um dia estaremos com nossos dias juntos contados e irei perdê-la. -O desespero me atinge.
Elizabeth apenas se aproxima e pousa sua mão sobre minha bochecha de forma calma e a olho nos olhos para que ela veja a dor que sinto.
-Nada na vida é eterno, quero envelhecer Tyler, eu quero ver Ellen crescer. -Fala ela me lembrando de sua filha pequena.
-Se você não tivesse se casado poderíamos estar em outros lençóis agora. -Digo com certa amargura ao me lembrar que ela se casou com um humano. Odeio aquele humano. -Você poderia me deixar matá-lo logo! -Falo entre os dentes incomodado por aquele humano nos impedir de ser feliz completamente.
-Não vamos começar com esse assunto novamente. -Elizabeth fala e percebo que a deixei magoada.
-Me perdoe. -Falo me sentindo um pouco mau por tê-la tocado com o mesmo assunto que me atormenta sempre.
A abraço numa espécie de conforto para ambos.
Odeio saber que um dia irei perdê-la e que jamais poderei tê-la novamente.

Lembrança Of

Afasto essas lembranças rapidamente.
Odeio sempre me lembrar de Elizabeth, mas não quero esquecê-la. Ela fora a única mulher que amei e essas lembranças são as únicas que me lembra como que é o calor da paixão que ambos sentíamos um pelo outro.
-Tyler. -Uma voz familiar me chama. Olho Eduarda se aproximando com David ao seu lado.
Sabe quando seu coração acelera quando você se lembra de alguém? Por um breve momento parecia Elizabeth me chamando.
-Aconteceu algo? -Pergunto fingindo me importar. Reparo David revirando os olhos sem Eduarda notar.
-Eu passei no quarto de Evelyn e não a achei, você por a caso a viu? -Pergunta Eduarda preocupada com a irmã.
Será que Evelyn ainda está com aquele projeto de humano?
-Não a vi, mas caso eu a veja eu falo que você está procurando ela. -Falo tentando soar simpático para Eduarda.
-Obrigada Tyler. -Fala ela e sorri. Seus cabelos louros estão um pouco molhados e tudo nela me faz pensar em Elizabeth. -Até mais. -Eduarda se despedi e se vai com David ao seu lado.
Bebo um pouco do vinho com misto de sangue de minha taça e olho para meu primo que já se encontra um pouco longe ao lado de Eduarda.
-Você ainda não ganhou a guerra querido primo. -Penso alto. David pode ter conseguido ficar noivo de Eduarda, mas ele ainda não se casou com ela.
Volto o foco para as mulheres tomando sol na beira da piscina.
Me levanto da cadeira que estou sentado para observar melhor as belas mulheres. Deixo a taça sobre o a mesa.
Decido me aproximar das piscinas para observar melhor tudo antes do por do sol.
Caminho um pouco entre as piscinas.
Reparo diversos olhares femininos sobre mim.
  Às vezes enjoa tanta mulheres fáceis, antigamente era empolgante perseguir mulheres a noite e quando mordia elas, eu sentia o medo delas e aquilo tornava tudo mais excitante.
Me aproximo de uma mulher sentada à beira da piscina e percebo que é Evelyn.
Uma curiosidade me domina e me pergunto o porque que ela não está com aquele projeto de humano ao mesmo tempo que sinto um alívio por isso.
Paro atras dela.
-Que coincidência. -Falo a assustando.
Ela olha para trás e ao ver que sou eu volta a olhar a enorme piscina.

-Ha, é você. -Fala ela num sussurro.
Ela respira fundo pensando em algo e se levanta.
Reparo que ela está usando um biquíni preto um pouco pequeno eu diria e uma saída de praia transparente aberta revelando uma mancha de nascença em sua barriga que me é familiar. Por um momento me lembro da mancha de nascença de Elizabeth, que coincidência estranha.
Observo o tanto que ela está linda e suas curvas me chamam mais atenção do o necessário. Me concentro.
-Você não estava com aquele projeto de humano? -Pergunto sério enquanto ela caminha a passos rápidos para longe de mim como uma típica criança mimada evitando um dialogo.
Não sei por qual razão acabo a seguindo.
-Por a caso estava me seguindo? -Pergunta ela assim que para e me olha seria curiosa.
-Por que você acha que eu iria seguir uma humana como você. -Digo soando ignorante.
Quando acho que ela vai falar algo ela simplesmente me vira as costa e anda para longe de mim.
Odeio que me virem as costa quando estou falando.
Algo em Evelyn me deixa estranho.
Talvez seja a falta de educação dela.
Quero matá-la ao mesmo tempo que quero provar seu sangue o que deixa tudo confuso.
Talvez eu deva segui-la, com discrição.
Espero ela se afastar o suficiente e a sigo.
Evelyn caminha em direção a um bar e a sigo.
Ela entra no bar e segue até o balcão. Evelyn se senta em um banco e um garçom a atende e a olha de um jeito estranho enquanto ela faz seu pedido.
Preciso falar com esse garçom idiota, quem ele pensa que é para olhá-la dessa forma? Penso.
Me repreendo mentalmente e afasto esses pensamentos inúteis rapidamente.
Sigo até uma cadeira em uma mesa um pouco distante e escondida para observar Evelyn.
Raios! O que está havendo comigo? Estou parecendo um maníaco perseguindo uma humana.
Merda! Estou enlouquecendo.
Quando penso em levantar e ir embora vejo o projeto de humano que vi no elevador seguir em direção a Evelyn.
Quando ela percebe que ele está indo até ela vejo seu olhar de frustração e de que não queria vê-lo. Os olhos sempre revelam coisas que as pessoas não falam e devido a vários anos de minha existência eu aprendi a entender os olhares.
Decido escutar um pouco a conversa dos dois.

-Evelyn você sumiu do nada. -O tal projeto de humano fala para Evelyn.
-Paulo foi um erro aceitar seu convite, não acontecerá novamente. -Começa Evelyn a falar. -Nossas famílias são amigas e acho que deveríamos ser amigos também. -Conclui ela.
-Você está brava só porque eu me distraí com aquele americana? -O babaca pergunta parecendo não entender.
-Você me deixou sentada numa mesa com o noivo dela e quando fui procurar você para avisar que estava indo embora o encontrei transando com ela no banheiro. -Evelyn fala um pouco inconformada.
-Foi um erro, não se repetirá. -O babaca fala. -Prometo que da próxima vez em que saímos eu não vou fazer isso. -Afirma ele.
-Paulo não haverá próxima vez. -Evelyn diz.
-Quem você pensa que é! -O idiota fala parecendo não ter gostado de ter levado um fora e pega no braço de Evelyn.
Uma fúria me domina por ver esta cena. Apenas eu posso soar frio e grosso com ela.

Num instinto rápido paro ao lado de Evelyn para protegê-la desse projeto de humano sem perceber.
-Evelyn algum problema? -Pergunto não acreditando no que estou fazendo. Estou ficando louro só pode! Desde quando me preocupo com Evelyn?
O babaca solta o braço dela e Evelyn me olha confusa.
-Não. -Fala ela num sussurro como se estivesse surpresa por minha pergunta.
-Que bom, agora temos que ir, sua irmã está te procurando e parece que é serio. -Minto. Na verdade se for ver por outro ângulo não é mentira, Eduarda realmente a estava procurando e preciso fazer Eduarda acreditar que sou "simpático, educado e atencioso", nunca se sabe quando David pode levar um pé na bunda. Preciso conquistar Eduarda aos poucos até que eu possa experimentar seu sangue e tirar as conclusões de que ela realmente é a encarnação de Elizabeth destinada a mim.
-A Evelyn não vai a lugar nenhum com um sangue suga! -O babaca tenta me afrontar achando que manda em Evelyn.
-Evelyn não precisa que ninguém fale por ela, se ela quiser vir ok, se não quiser que seja. -Falo dando de ombros enquanto me controlo para não matar esse humano desprezível.
-Vamos. -Evelyn fala deixando evidente que odeia que falem por ela e se levanta. Ela segue para fora do bar e a acompanho rapidamente.