Alerta
1 Semana Depois
Evelyn Narrando
O carro se locomove rápido e olho a vista da janela traseira pois estou sentada no banco de trás do carro junto de Eduarda. Antônio dirige com segurança e com cuidado devido à pouca neve que para alguns motoristas é horrível. Londres tem um clima único, mas em breve o inverno vai passar.
Ignoro o fato de que tem um carro preto a nossa frente e outro atras que é dos seguranças que papai contratou. Papai disse que quer eu e Eduarda ficássemos em segurança, então contratou mais seguranças do que havia previsto desde o ataque, segundo Eduarda.
Olho para Eduarda ao meu lado que folheia animada uma revista de vestido de noiva, nem parece que a mansão em que vivemos fora invadida.
-Olha este que lindo! -Eduarda fala sorrindo e aproxima a revista para que eu possa ver o vestido que a mesma aponta com o dedo. Olho para o vestido branco de renda tomara que caia sereia.
-Este é lindo. -Falo a verdade e sorrio para Eduarda. Eduarda certamente será uma ótima esposa para David, mesmo que ele seja um vampiro e ela uma humana, mas sei que isso não muda nada. Não tenho dúvidas que Eduarda irá querer se tornar uma vampira para sempre ficar ao lado de David, e caso isso ocorra eu a apoiarei.
Passo a mão nos meus cabelos escondendo minha frustração lembrando dos últimos acontecimentos.
-Assim que der para você iremos ver alguns vestidos de noiva e o vestido seu e da prima de David. -Eduarda fala animada e presto atenção nela. -A prima de David e Tyler chegará amanhã, estou ansiosa para conhecê-la. -Continua ela falando e noto certo nervosismo em sua voz e deduzo que Eduarda realmente esteja ansiosa para conhecer a prima de David e de Tyler.
Volto a olhar a vista da janela e noto que enfim já estamos adentrando a propriedade de papai.
Fiquei uma semana naquele hospital recebendo mais visitas do que descansando. Infelizmente o corte em minha barriga ainda é visível pois não se cicatrizou por completo e ainda estou com pontos que em breve irei tirar, o Doutor afirmou que com uma pequena cirurgia e tratamentos ela iria sumir antes que eu percebesse. Mamãe claro que ficou animada e insistiu para que eu começasse logo os tratamentos cirúrgicos, mas recusei pois ficará uma cicatriz pequena e raramente alguém irá ver minha barriga. Mamãe me visitou apenas umas cinco vezes no hospital apenas para me atormentar e papai foi me ver apenas uma vez.
Não fico mais triste ou desapontada por não ter a atenção de "pais normais" vinda de meus pais desde que era criança. Ainda me lembro de quando tinha 10 anos e quebrei o braço após cair de cima da árvore com Tobias, Tobias apenas ficou com alguns arranhões pois caiu em cima de um arbusto, eu por outro lado e por ser azarada quebrei o braço. Lembro como se fosse hoje mamãe reclamando e falando o do porque de eu não ser como Eduarda, e do papai que nem se quer se preocupou em saber se eu estava bem.
Nunca contei para mamãe e nem mesmo para ninguém como que vi e falei com um vampiro pela primeira vez, eu era apenas criança e sabia o que iria escutar de mamãe.
Respiro fundo ansiosa para chegar em casa. Enfim matarei a saudade de meus livros e de pintar. Única coisa que não poderei fazer durante um tempo é andar a cavalo, mas com Felipe viajando talvez seja melhor assim. Queria perguntar para ele para onde ele iria, mas quando ele sentiu o cheiro do meu sangue ele mudou completamente. Lembro de quando Tyler matou a empregada que me atacou e me olhou com um olhar estranho, se ele já provou o sangue de minha avó, certamente saberá que tenho o mesmo sangue que ela.
Raios! Tudo o que menos queria! -Penso me estressando e respiro fundo tentando afastar tais pensamentos.
Percebo que chegamos em frente de casa e António estaciona o carro de frente da entrada da mansão. Rapidamente fecho o sobretudo para não sentir tanto frio enquanto António abre a porta para que eu possa sair junto de Eduarda.
-Bem vinda de volta ao lar senhorita Evelyn. -António fala sorrindo assim que abre a porta do carro para eu sair de um jeito atencioso. O olho. Seus cabelos um pouco grisalhos estão com alguns flocos de neve e noto que uma tempestade de neve está por vir. Lhe lanço um sorriso sincero e respiro fundo feliz em enfim ter saído daquele hospital.
-Obrigada António. -Agradeço de um jeito sincero.
-Ei espera! -Uma voz familiar grita e vejo Tobias passar pela porta e vindo em minha direção. Continuo sentada o aguardando e Eduarda ri do jeito de nosso irmão. Assim que ele se aproxima ele estende sua mão como apoio como um típico cavalheiro. Pego sua mão e ele me ajuda a sair do carro com cuidado. Seus cabelos louros estão um pouco úmidos e sua mão está quente ao contrário do que havido pensando.
-Obrigada. -Falo para Tobias e somente quando estou em pé ao seu lado entrelaço meu braço ao seu. Rapidamente Eduarda para ao meu lado e entrelaça seu braço ao meu braço livre. -O que estão planejando? -Pergunto suspeitando de algo. Eduarda me fita com seus olhos verdes de um jeito indecifrável. Olho para Tobias e noto em seu olhar o mesmo olhar de uma criança que planeja comer chocolate escondido.
-Você fica fora uma semana e acha que vai dormir? -Pergunta Tobias de um jeito brincalhão. -Sinto lhe informar senhorita Evelyn, mas terá que aturar eu e Eduarda algumas horas. -Tobias afirma e rio de seu jeito.
Por um momento esqueço de Sam, Sebastian e Tyler. Esqueço de tudo o que me aconteceu e olho para Eduarda e Tobias alegre sabendo que poderei tentar ser normal durante este tempo.
[...]
-Lembram da tia Silvana? -Eduarda pergunta para eu e Tobias. Neste momento estamos no meu quarto sentados em minha cama bebendo chocolate quente enquanto eu, Eduarda e Tobias vemos fotografias da família Green. Estou sentada com a costa apoiada na cabeceira da cama.
Olho para Eduarda que está deitada de bruços no meu lado direito com os cotovelo apoiados na cama.
-Não. -Falo junto com Tobias. Tobias se aproxima de Eduarda e olha a foto. Aproximo com cuidado sem movimentos bruscos e olho a fotografia. So quando olha a foto da mulher de cabelos castanhos e olhos castanhos escuros que me lembro.
-Ata, lembrei dela. -Tobias fala e retorna para o lugar que estava antes. Retorno ao meu lugar e apoio a costa na cabeceira.
-Como puderam esquecer dela? -Eduarda pergunta fingindo estar brava e se senta rapidamente na cama esperando eu ou Tobias falar algo. Digamos que Eduarda amava nossa tia Silvana, pelo visto ainda ama. A tia Silvana só era legal com Eduarda, mas comigo e Tobias ela era outra pessoa, completamente.
Pego a minha caneca e a levo até a boca para beber um pouco do chocolate quente para evitar falar algo. Olho em silêncio para Tobias. Tobias revira os olhos e sorrio para ele deixando evidente que não vou comentar nada.
-Eduarda. -Tobias começa a falar e fita Eduarda com seus olhos azuis. -Digamos que a tia Silvana só gostava de você. -Tobias fala tudo de uma vez sem enrolar ou mentir como sempre.
-Mentira. -Eduarda resmunga e olho Tobias com uma sobrancelha arqueada como se falasse: "Eu te disse".
Deposito a caneca sobre a bandeja para que não caia chocolate quente no meu edredom na cama.
-Vamos mudar de assunto, chega de fotografias. -Falo querendo evitar que Eduarda comece a falar as qualidades que somente ela vê na tia Silvana. Eduarda respira fundo e pega os dois álbuns e os coloca sobre o criado mudo ao lado direito de minha cama.
-A prima do seu noivo é bonita? -Tobias pergunta puxando assunto e reviro os olhos junto de Eduarda.
Tobias nunca irá mudar. -Penso o óbvio.
-Não sei, mas deduzo que seja. -Eduarda fala dando de ombros.
-Ainda não entendi o do porque que eu não posso entrar na igreja com Evelyn. -Tobias resmunga e pega um pedaço de torta de morango. Ele morde um pedaço e olha Eduarda.
-Tyler não se dá muito bem com essa prima, então David sugeriu que era melhor previnir uma tragédia. -Eduarda fala com um olhar distante e algo em seu olhar me diz que não é somente isso. Ignoro tais pensamentos e tento não pensar que terei que entrar na igreja com Tyler.
Raios! Havia esquecido deste detalhe.
-Tomara que ela seja bonita. -Tobias fala e Eduarda joga um travesseiro na cabeça dele.
-Está tarde, tenho que dormir. -Tobias fala e boceja. Noto que ele ainda está arrumado e arqueio uma sobrancelha suspeitando que meu irmão irá sair ainda. -Porque estão me olhando assim? -Pergunta Tobias e olho para Eduarda.
-Tobias eu vi você mandando mensagem para alguém, então não precisa mentir para a gente. -Eduarda fala e fito Tobias esperando ele falar com quem ele irá sair.
-Vou sair com Safira. -Conta ele e o olho surpresa.
-Com Safira? -Pergunto surpresa e Tobias sorri.
-Sim. -Responde ele com um sorriso satisfeito de si próprio.
-Tobias agora já é meia noite e você vai sair. -Eduarda reclama e olho o relógio digital sobre o criado mudo ao lado direito de minha cama vendo que Eduarda não errou na hora. Volto a olhar Eduarda que me lembra mamãe quando fala assim.
-Nunca sai com uma vampira, mas me desejem sorte. -Tobias fala alegre e sai de cima da cama. -Não que eu precise de sorte. -Fala ele confiante e pisca para eu e Eduarda. Ele se aproxima e deposita um beijo em minha testa se despedindo e logo em seguida da a volta na cama e faz o mesmo com Eduarda.
-Cuidado para mamãe não o vê saindo este horário. -Falo para Tobias o alertando pois mamãe certamente iria começar seu drama de sempre.
-Pode deixar. -Fala Tobias e segue até a porta enquanto arruma o Bläser cinza que está usando. Tobias abre a porta e sai rapidamente do quarto.
-Não sabia que Tobias estava saindo com Safira. -Eduarda fala e lembro que quando fui na casa de Safira em busca de respostas nem eu e nem Tobias comentou nada com ela.
-Nem eu. -Minto tentando soar convincente. Na verdade não é bem uma mentira pois não sabia que eles iriam sair tão rápido assim, talvez eles estavam esperando eu sair do hospital. Penso.
-Vou chamar a empregada para pegar estas coisas para dormimos enquanto coloco meu pijama. -Eduarda fala levantando se referindo a bandeja com as canecas com chocolate quente e alguns petiscos.
-Ta bom. -Falo ainda sentada pois já estou de pijama devido à Eduarda que insistiu em me ajudar a colocar um pijama confortável e quente quando viemos para meu quarto.
Eduarda aperta o botão próximo da cabeceira da cama para chamar alguma empregada e segue até a porta.
-Já volto. -Fala Eduarda e sai do quarto. Olho a porta esperando a empregada e respiro fundo torcendo para que não seja alguma empregada nova que possa me atacar novamente.
Raios! Estou enlouquecendo. Não vai ser toda empregada que vai tentar me matar. -Penso tentando me convencer a parar de paranoia.
Passo os dedos no meu cabelo o jogando para trás e olho meu quarto. A decoração continua a mesma em tons claros e confesso que senti falta dele.
Fazia tempo que não me sentia normal e esquecia de tudo ao meu redor. Tobias e Eduarda realmente me ajudaram a ter uma noite normal, com conversas animadas como típicos irmãos que tentam ajudar um ao outro.
Batidas na porta me obrigam a sair de meus devaneios.
-Entre. -Falo deduzindo que seja a empregada para pegar a bandeja de prata e levá-la para a cozinha. Olho a porta aguardando. A porta se abre e vejo mamãe vestindo uma camisola de cetim rosa claro e um hobby por cima aberto.
-Como está? -Mamãe pergunta e se aproxima rapidamente. Ela senta ao meu lado e estranho sua visita repentina ao meu quarto.
-Bem. -Respondo num sussurro me perguntando o que ela está fazendo aqui. -Aconteceu algo? -Pergunto curiosa não vendo outra explicação para que ela tenha vindo ao meu quarto neste horário.
-Só vim ver como estava, ainda sou sua mãe. -Sopra ela as palavras como se estivesse incomodada com algo.
Olho a mulher a minha frente que apesar de ser minha mãe é tão complicada na maioria das vezes. Talvez ela seja assim por causa de sua mãe, minha avó. Lembro do que Safira contou.
-Mamãe posso ir visitar o vovô? -Pergunto querendo desvendar alguma mentira em sua palavra pois Safira afirmou que meu avô foi assassinado e mamãe nunca mencionar o nome de seu pai é estranho. Mamãe me olha surpresa, mas logo se recompõe.
-Não invente bobagens, você nunca quis ver seu avô e de repente quer vê-lo? -Mamãe pergunta de um jeito amargo nem parecendo a mesma de momentos antes.
Batidas na porta não me deixa responder.
-Entre. -Mamãe fala seria ainda me olhando com seus olhos verdes.
Lembro da empregada que me atacou e olho a porta. Uma empregada que deduzo que seja nova pois nunca a vi aqui abre a porta.
-Licença. -Pede ela e viro o rosto olhando um quadro que pintei na parede. -Vim apenas recolher a bandeja que a senhorita Eduarda mandou. -A empregada fala um pouco sem jeito e se aproxima para pegar a bandeja. Sem perceber, afasto da bandeja com certo medo e minha respiração acelera enquanto espero a empregada sair do quarto. Somente quando escuto o barulho da porta se fechando e que tenho certeza que a empregada já saiu é que volto para a posição em que estava.
-Evelyn eu... -Mamãe começa a falar e fecho os olhos tentando controlar minha respiração pois não posso temer toda empregada que trabalha nesta casa.
-Voltei. -Uma voz animada invade o quarto. Abro os olhos e vejo Eduarda vindo em nossa direção. -Mamãe o que faz aqui? -Eduarda pergunta curiosa e olha mamãe.
-Apenas passei para desejar boa noite. -Mamãe fala e algo me diz que ela está mentindo. -Já vou dormir, boa noite meninas. -Mamãe se despede e segue até a porta. Ela sai do quarto e fecha a porta.
-Evelyn você está bem? -Eduarda pergunta preocupada subindo na cama. A olho. Ela já está com um de seus pijamas e seu cabelo está preso em um rabo de cavalo.
-Sim. -Minto e lhe dou um sorriso amarelo. -Apenas com sono. -Digo e Eduarda sorri.
-Eu também estou com sono. -Eduarda admite. -Quer que eu chama a enfermeira para fazer um novo curativo em sua barriga? -Eduarda pergunta de forma atenciosa e sorrio para ela.
-Não precisa, ela fez este curativo assim que cheguei. -Falo não querendo acordar a enfermeira que papai contratou. Eduarda bufa um pouco irritada pelo meu jeito.
-Ok. -Fala ela e percebo que a convenci. Ela arruma os travesseiros do lado que vai dormir e depois arruma meus travesseiros.
Com certo sacrifício puxo o edredom debaixo de minhas pernas para que eu possa dormir bem aquecida. Eduarda me ajuda a deitar de um jeito confortável e cobre nós duas e sorrio para ela.
-Agora vamos dormir. -Eduarda fala e desliga a luz no interruptor que fica próximo à cabeceira da cama. Sinto Eduarda deitar-se ao meu lado.
-Tente não me derrubar da cama. -Brinco.
-Ra ra ra. -Eduarda ri de forma forçada. -Engraçadinha. -Resmunga ela incomodada e rio. -Boa noite Evelyn. -Eduarda fala enquanto boceja. Olho o teto escuro tentando ver algo.
-Boa noite Eduarda. -Falo enquanto aguardo o sono me dominar.
[...]
-Ei acorda. -Uma voz familiar fala enquanto me cutuca tentando me acordar. Ainda sonolenta abro os olhos vendo Eduarda.
-O que foi? -Pergunto num sussurro devido ao sono enquanto meus olhos se acostuma com a claridade.
-Você dormiu demais, já é meio dia. -Eduarda fala sorrindo e a olho ainda sem entender o do porque que ela me acordou agora.
-Mas não tenho nada planejado. -Falo tentando me sentar de um jeito confortável que não doa meu abdômen.
-Eu sei, mas o jantar de noivado é daqui uma semana e como você não pode sair muito Rene irá vir aqui tira suas medidas para o vestido. -Eduarda fala animada e levo um breve susto.
-Você mudou a data do jantar? -Pergunto jurando que seria daqui duas semanas o jantar de noivado.
-David e eu iremos nos casar daqui uns meses, então o jantar de noivado não pode demorar muito. -Eduarda fala e não estranho a mudança do jantar de noivado. Digamos que Eduarda é uma típica mimada que quando quer algo consegue em um piscar de olhos.
-Eduarda não sei se é bom eu tirar as medidas agora. -Falo ainda com sono.
-Esses remédios lhe deixam com muito sono, vá toma um banho, a enfermeira te ajuda no que precisar. -Eduarda fala animada e respiro fundo não acreditando que justo hoje quando planejava apenas pintar e dormir terei que tirar medidas para um novo vestido.
-Tenho diversos vestidos que nem sequer usei ainda, posso usar algum deles. -Tento convencer Eduarda numa esperança de ficar dormindo o dia inteiro.
-Evelyn. -Eduarda me repreende com um olhar sério. Respiro fundo.
-Ok. -Falo me dando por derrotada.
[...]
-Você tem um corpo que várias mulheres matariam para ter. -Rene fala com seu sotaque me tirando de meus pensamentos enquanto ele tira algumas de minhas últimas medidas para o novo vestido. Neste momento estou em uma sala da mansão junto de Eduarda, Rene e a assistente de Rene. O olho. -Prontinho. -Rene fala e para de tirar minhas medidas. Desço de cima do banquinho vermelho que Rene insistiu para que eu subisse.
-Quando que os vestidos vão ficar prontos? -Eduarda pergunta animada sentada em uma poltrona.
-Amanhã. -Responde Rene sorrindo e não me surpreendo por ele fazer vestidos tão rápidos como sempre. -Agora tenho que ir, tenho um compromisso. -Rene fala e sua assistente começa a guardar suas coisas. Pelo tom de sua voz deduzo que ele não esteja afim de ir a este tal "compromisso".
-Temos que marcar de tomar um chá qualquer dia destes. -Eduarda fala para Rene enquanto o mesmo ajuda sua assistente a termina de arrumar o restante de suas coisas.
-Sim, claro. -Rene fala e sorri de um jeito simpático para Eduarda mesmo que ele seja um vampiro e não tome chá. -Agora tenho que ir, até breve minhas gêmeas preferidas. -Rene fala sorrindo e se aproxima. Ele deixa dois beijos em minhas bochechas se despedindo e depois faz o mesmo com Eduarda.
-Até. -Falo junto de Eduarda enquanto Rene segue uma das empregadas até a saída.
-Tchau Evelyn e Eduarda. -A assistente de Rene se despede apenas com um aceno de mão e rapidamente segue Rene.
-Agora irei esperar David. -Eduarda fala animada e segue até o sofá da sala de recepção.
-Vocês vão sair? -Pergunto curiosa e sigo até o sofá e me sento ao seu lado.
-Iremos buscar a prima de David no aeroporto. -Responde Eduarda animada e me olha.
-Que bom. -Falo e sorrio para ela. Digamos que não estou ansiosa para conhecer a prima de David e Tyler, a única curiosidade que tenho é de saber o porque dela e Tyler não se darem bem.
-Senhorita Evelyn. -Uma das empregadas me chama e olho para a porta. Olho a mulher que deve ter por volta de meia idade e respiro aliviada ao notar que já vi ela diversas vezes na mansão, ou seja ela não é uma empregada nova.
-Sim. -Falo após sair de meus pensamentos.
-A senhorita tem uma visita, ela disse que se chama Safira. -A empregada fala.
-Ah. -Falo num sussurro surpresa pois não esperava encontrar Safira hoje. Levanto com cuidado do sofá. -Onde ela está? -Pergunto.
-No hall de recepção. -Responde ela.
-Tudo bem, irei recebê-la, obrigada por me avisar. -Digo e sorrio para ela.
-Licença. -Fala a empregada e se retira. Olho Eduarda que me olha com uma sobrancelha arqueada.
-Agora você se tornou amiga de Safira. -Eduarda fala e noto certo ciúmes em seu tom de voz.
-Eduarda está com ciúmes de Safira? -Pergunto e sorrio para Eduarda. Eduarda se levanta do sofá e pega seu celular sobre a mesa de centro.
-Não. -Responde Eduarda em um tom seco enquanto segue até a porta como uma típica criança mimada fazendo drama e que quer evitar um diálogo.
Reviro os olhos mentalmente e sigo até o hall de recepção. Assim que chego até o hall vejo Safira olhando um dos quadros novos. Um pouco surpresa pela sua visita me aproximo dela.
-Safira. -A chamo. Ela se vira e me olha. Seus cabelos pretos longos estão soltos como sempre e ela está usando um vestido tubinho preto combinando com seu salto alto preto com prata.
-Evelyn. -Safira fala e sorri. Ela me analisa com seus olhos vermelhos.
-Aconteceu algo? -Pergunto preocupada não vendo outra razão para ela vir me visitar. Safira respira fundo e me olha seria deixando evidente que quer me contar algo. -Venha. -A chamo sabendo que ela quer conversar em um local seguro onde nenhum dos empregados e nem mesmo mamãe poderá nos interromper ou escutar a conversa. Sigo até a minha sala de pintura que sempre é um lugar calmo e que mamãe evita. Assim que chego até minha sala de pintura abro a porta e entro. Safira entra logo em seguida e fecho a porta.
-Evelyn eu vim te alertar. -Safira fala sem mais delongas enquanto seguimos até o sofá branco em um canto da enorme sala. Sento de um lado e Safira do outro. A olho sem entender com o que ela quer dizer com isto.
-Me alertar sobre o que? -Pergunto sem entender e noto certo receio no olhar de Safira.
-O conselho tem um novo líder. -Safira começa a contar e permaneço em silêncio um tanto curiosa. -Na verdade é uma líder. -Safira corrige a si mesma. -Felipe está nesta viagem em busca de respostas e ele descobriu que está tal líder tem praticamente a mesma idade que eu e ele. -Safira fala e lembro que uma vez Felipe disse que tinha menos de 200 anos.
-Felipe não têm menos de 200 anos? -Pergunto surpresa me perguntando o do porque que ele mentiu sobre sua idade.
-Evelyn não é muito legal sempre revelarmos nossa idade. -Safira conta e se for ver por este lado ela está certa.
-Mas o que está tal líder do conselho tem haver comigo? -Pergunto curiosa assim que me lembro que foi por este motivo que Safira veio falar comigo. Safira respira fundo e noto em seus olhos vermelhos um pouco de preocupação.
-Ela se chama Celeste, e quando matei meu criador o irmão dele a criou para seguir a linhagem de Sofia e matar uma a uma. -Safira começa a falar e lembro do que Sebastian disse sobre Safira ocultar coisas de mim. Olho Safira atenta. -O criador de Celeste não queria que a maldição que Sofia lançou sobre Sam e Sebastian se quebrasse pois ele era ganancioso ao ponto de trair seus próprios criadores Sam e Sebastian para conseguir liderar um dia os vampiros. -Safira continua e me pergunto o do porque ela está me contado isso somente agora. -Infelizmente ou talvez felizmente as sucessores de Sofia não foram mortas pelas mãos de Celeste. -Safira diz com um olhar distante.
-Celeste quer me matar para que eu não quebre a maldição? -Pergunto surpresa um tanto receosa desejando por um breve momento ter escutado errado. Engulo em seco não acreditando que a cada momento que passa descubro alguma coisa que pode mudar a minha vida ou até mesmo acabar com ela. Fito Safira um pouco impaciente aguardando sua resposta mesmo que já suspeite do óbvio.
-Evelyn se Celeste a quisesse morta ela já o teria feito. -Safira fala de um jeito sincero e frio.
-Então ela não quer me matar? -Pergunto sem entender.
-Evelyn só peço que você tenha cuidado com Celeste no jantar de noivado de Eduarda. -Safira pede e pelo tom de sua voz noto sua preocupação. Pego a mão de Safira livre sobre o sofá e reúno forças que ainda nem sabia que tinha e sorrio para ela.
-Safira eu vou ficar bem, se ela não me matou deve ser porque não sabe que tenho o mesmo sangue de minha avó. -Falo tentando deixá-la tranquila suspeitando que a empregada que me atacou pode ter sido a mandato de Celeste.
-Evelyn apenas tome cuidado com ela enquanto eu não estiver por perto. -Pede Safira e me abraça rapidamente. Um pouco surpresa pelo abraço ignoro a dor em meu abdômen e respondo o seu abraço. -Eu falhei com Elizabeth, mas não farei falharei com você. -Safira fala num sussurro e pela primeira vez percebo que ela se culpa pela morte de minha avó. Safira me solta e logo se recompõe nem parecendo a mesma de antes.
Lembro do diário de minha avó e que provavelmente a partir de amanhã Eduarda irá fazer eu ajudá-la com os preparativos de seu jantar de noivado.
Preciso encontrar este diário logo e não vai ser o ferimento de minha barriga que irá me atrasar.
-Safira será que podemos ir amanhã de manhã procurar o diário de minha avó? -Pergunto ansiosa.
-Sim, claro. -Responde Safira. -Por que a pressa? -Pergunta ela curiosa.
-Depois não vou ter muito tempo. -Respondo e ela sorri.
-Já até sei. -Fala Safira sabendo que Eduarda irá me fazer acompanhá-la nos preparativos de seu jantar de noivado. Safira se levanta e olha alguns de meus quadros espalhados pela sala. -Você pinta muito bem. -Diz ela me elogiando e sorrio um pouco sem jeito.
-Obrigada. -Falo tentando esquecer o assunto de momentos antes.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro