Capítulo 1
O sol batia no rosto de Ariadne enquanto ela cavalgava. O vento em seu rosto cor de oliva movimentava seus cabelos negros. Ela sorriu de prazer com esse ato.
Fazia tempo que ela não se sentia bem assim após a morte da irmã. Era ótimo poder se sentir livre após ter um sentimento de vazio por dentro.
Porém, alguém tirou a sua tranquilidade. Um cavalo marrom passou por ela e sua égua. Não poderia ser. Uma competição? Quem era essa pessoa?
Ariadne porem, não desistiu.
"Vamos Estrela, vamos mostrar para esse métido quem manda aqui."
Estrela trotou e correu, rapidamente alcançaram o desconhecido. Ariadne riu, ao ultrapassa-lo e continuou sorrindo até a égua parar.
O homem a alcançou e Ariadne pensou que já o havia visto em alguém lugar. Ele desceu do cavalo e os olhos escuros dela, encararam os vermelhos dela.
Esse fato removeu a alegria de Ariadne e transformou em pânico. Ela sabia o que olhos dessa cor significavam, aquele desconhecido era um vampiro.
Ao notar a expressão de pânico da mulher e o som acelerado de seu coração, o homem fez um sinal de rendição.
"Se acalme senhorita. Estou aqui apenas para conversar. Me chamo Adam."
Ariadne o olhou, com uma expressão impetuosa
Ela sabia que vampiros eram perigosos, superiores aos humanos e muito mais ricos com certeza. As pessoas já haviam se acostumado a eles mas, não ela. Não depois daquele dia. Nunca confiaria neles.
" O que quer comigo, Adam? Não sou amiga de gente da sua laia."
No momento em que ele iria responder, Ariadne ouviu uma voz que fez seus cabelos se arrepiarem.
"Obrigado por aborda-la para mim, Adam. Meus negócios me deixaram ocupado. Sinto muito pela demora."
Naquele momento, a raiva de Ariadne aumentou. Como aquele homem ousava aborda-la? Ele não tinha escrúpulos? Seus sentimentos quase fizeram-na pegar a faca que havia em sua bota.
Porém, sua mente a fez se conter. Não era sensato brigar com dois seres poderosos, sozinha. Não era atoa que havia reconhecido Adam, ele era muito parecido com o irmão e ela nunca esqueceria o rosto do assassino de sua irmã.
"O que quer comigo Lonan Ivanov? Admiro a sua coragem de me abordar após o que aconteceu anos atrás?"
Lonan deu um sorriso sarcástico. Um sorrio que fazia Ariadne tremer de ódio e querer socar o rosto bonito e pálido dele.
"Ainda se lembra dessa época, Ariadne? Saiba que não sou o vilão que acha que sou. As pessoas fazem escolhas e a sua irmã fez a dela. Não sou alguém que nega pedidos."
Os dentes de Ariadne rangeram. Não havia como odiar alguém do que ela odiava Lonan, nem os cabelos brancos e diferentes dele, o salvavam de sua arrogância.
" Me responda então, o que quer comigo? Diga logo. Estou ocupada." - ela respondeu sem medo, mesmo que soubesse que pudesse ser morta por sua audácia.
"Acho melhor conversarmos em outro lugar. Na sua casa por exemplo. Quis apenas garantir que a senhorita não fugiria."
A palavra "casa" fez com que ela apertasse com força as rédeas de Estrela. A preocupação tomou conta dela e ela bateu as esporas para que a égua corresse mais rápido.
Adam fez um movimento para segui-la na mesma velocidade mas o irmão o impediu.
"Deixe. Vamos chegar até lá de qualquer maneira. Ela não pode escapar."
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Ariadne chegou ofegante em casa. Era um lugar simples com portões brancos que ficava em meio a floresta.
Vampiros, eles conviviam entre humanos à séculos. Havia parcerias e casamentos entre as duas espécies como uma forma de auxílio mútuo.
Todas as mulheres jovens eram faxinadas pela beleza deles e seu maior desejo era se casar com um deles. Porém, as sonsas não deveriam saber o perigos de sugadores de sangue como eles.
Ariadne não era ingênua como elas, não acreditava em fantasias tolas e conhecia quem era de verdade, assassinos sanguinários.
Ao entrar em casa, ela apertou os passos até chegar a cozinha e ver o patriarca do local.
"Papai. Pai." - o chamou ofegante.
O senhor já de cabelos brancos e olhos verdes encarou a filha como se ela estivesse fora de si.
Ele bebeu seu café calmamente enquanto lia o jornal do dia porém, teve que ter o maior cuidado para não derramar nada em sua camisa branca, ao ouvir o grito da filha.
"O que é essa agitação Ariadne? Quase fez eu derramar o meu café." - disse irritado colocando a xícara na mesa.
"Vampiros estão aqui. Pior que isso, Lonan Ivanov."
Willian pareceu não se importar com a urgência da filha, ele simplesmente continuou a beber seu café e depois do último gole, respondeu:
"Eu sei. Eu os convidei."
"Você o que?" - ela gritou, batendo as mãos na mesa. "Como pode depois do que aconteceu com Mila?"
"Pare de ser manhosa, Ariadne. Esse acordo é pelo bem da nossa família. Estamos falidos, você entende o significado disso?"
"Não precisamos do dinheiro sujo deles. Não acredito que está se vendendo para o assassino da sua filha." - ela gritou e o aperto do lalacscao preto começou a incomodá-la.
"Não ouse, dizer tais coisas, Ariadne." - Ele se levantou e gritou. "Sabe como Mila era alguém avoada, que era fascinada por vampiros e vivia no mundo da lua. Com certeza ela fez algo impulsivo para o príncipe e isso aconteceu."
Ariadne começou a chorar de raiva. Como ele tinha essa coragem? Ela apertou os dedos sem saber como reponder.
"É para o tratamento da Liz. Eu posso pagar. Eu... " - ela contextou suavemente.
" Você o que, Ariadne? Não tem habilidades para um emprego e acha que ser autora vai te levar a algum lugar? Isso leva tempo e dinheiro e é o que não temos no momento. Até um livro seu vender, Liz já vai ter caído morta. "- Willian disse friamente.
Ariadne se sentou na cadeira. Ela não tinha argumentos contra isso. Realmente, com a sua fama de boca suja e quase nenhum talento para algo que ganhasse dinheiro rápido, não havia chances.
O silêncio fez ela perceber a presença de Liz, o rosto pálido a fez se lembrar como a irmã mais nova era debilitada. Ela sorriu para Ariadne, tentando conforta-lá com um sorriso, fingindo que estava bem.
Ariadne cerrou os punhos e deu um longo suspiro. Realmente, ela não tinha como fugir.
Quando o interfone tocou, Willian abriu a porta com um sorriso. Os dois homens entraram e o cumprimentaram.
Ao se sentarem, Ariadne se sentou em frente a Lonan, o Encarando.
"Creio que seu pai já lhe contou da minha proposta." - ele sorriu ao tomar um gole de café.
Ela levantou o queixo em posição de superioridade, não se impressionando com o olhar cobiçador dele.
"Exato. Mas, tenho uma dúvida. Por que eu? Além do seu sadismo, claro. "
Ele riu com a fala dela e respondeu:
"Sua família tem algo importante, um sangue diferente dos seus ancestrais que aprisionararam o poder da minha família há muito tempo. Eu quero isso de volta. Quero o que é nosso de volta." - ele tirou o sorriso do rosto ficando sério.
Ariadne pensou por alguns segundos. Várias coisas vieram a sua mente desde de vampiros super poderosos e a destruição do mundo, até mortos emergindo dos túmulos. É principalmente, Lonan com um sorriso maligno a fitando com olhos vermelhos brilhantes.
Logo a sua mente voltou ao normal e ela se culpou por se deixar viajar novamente e deixar o importante de lado.
"Então, isso significa que nosso acordo não ficará ativo por muito tempo?"
"Exato. Claro que pode levar tempo. Até dois anos por exemplo. Eu prometo não te tocar e não fazer nada que você não queira, contanto que faça a sua parte."
E em um subto, ele se aproximou demais. Sussurrando em seu ouvido:
"Aguenta dois anos, Ariadne? Ou é demais para você?" - ele a desafiou.
Com o rosto corado, ela tentou se concertar na pergunta. Aquilo era um desafio. E Ariadne nunca recusava um bom desafio.
"Eu vou provar que consigo, senhor Ivanov. Você vai se arrepender de me desafiar. Quando nos casamos?"
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