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D e j a V ú

E quando chega a noite, e eu não consigo dormir
Meu coração acelera e eu sozinha aqui
Eu mudo o lado da cama, eu ligo a televisão
Olhos nos olhos no espelho e o telefone na minha mão...

(A Noite - Tiê)

Ana fugiu de mim outra vez.

Mais uma vez por culpa minha, admito.

Pela milionésima vez fui um babaca, egoísta, um desgraçado! Me perdi na profundidade de seus olhos quando a avistei do outro lado da rua, erguendo-se para pegar a bolsa que estava caída no chão. A porra da perna doeu como o inferno enquanto corri na frente dos carros até alcançá-la. Não podia deixar passar aquela oportunidade. 

Precisava apertar aquela mulher - a minha mulher - nos braços, mesmo que fosse a última vez.

Amaldiçoava-me diariamente por ter destruído o coração de Ana naquela noite, arrastando-a pela sala da nossa casa daquele jeito. O apartamento de Ana tornou-se nosso lar. Nosso casamento secreto, celebrado numa manhã de domingo, foi o dia mais feliz da minha vida. 

Até então, acreditava que o nascimento do meu moleque fosse o dia mais emocionante da minha vida, mas como sempre eu estava enganado.

- Olha o que trouxe para você... - Dois anos antes de toda aquela desgraça, Ana sorria amplamente enquanto tentava mostrar algo que trazia em sua mão direita.

- Não quero nada, Ana.. - Murmurei enquanto me esforçava para levantar o tronco da cama, tentando manter-me sentado. Ela veio até mim e ajudou-me a virar o corpo, em seguida passando minhas pernas imóveis para o lado, fora do colchão. - Não precisa me ajudar com isso, uma hora vou ter que aprender a fazer sozinho.

- Quer calar essa boca? - Eu amava aquela mulher abusada. - E eu já disse para não me chamar de Ana, me sinto uma velha! É Kika!

- Já percebeu que você é minha Ana? - Ela rolou os olhos, mas sorriu orgulhosa. - Já faz tempo que você é Ana para mim, é elogio, amor.

Ofereci-lhe um sorrisinho sacana e arqueei a sobrancelha.

- Quer casar comigo, Alex Torres? - A voz dela saiu despreocupada, jovial e quase me fez ter uma arritmia cardíaca.

- Como é? - Engasguei.

- Case-se comigo. - Ana mandou.

- Você andou bebendo, amor? - Segurei sua cintura e beijei seu pescoço, certo de que ela tinha lido romances da ClaraTaveira e da ArethaVGuedes demais no aplicativo do celular.

- Você vai casar comigo sim ou com certeza? - Sua voz era decidida dessa vez.

- Já sou casado com você, Kika.

Aproveitando a deixa, minha melhor amiga trouxe a caixinha preta de veludo que estava em sua mão para perto do meu campo de visão, abrindo-a e mostrando um par de alianças bem exageradas, que seriam incapazes de passarem desapercebidas, considerando a circunferência avantajada.

- São alianças ou algemas?

- Se te excita, pode escolher o nome que achar melhor. - Ela devolveu. - E aí? Vamos casar?

- Quando?

- Agora.

Deitado no chão do meu apartamento, permiti-me reviver a lembrança do casamento secreto com a minha melhor amiga, melhor namorada e a melhor pessoa do mundo inteiro. 

Depois de arrastar a nova e loira Ana daquela bendita calçada para meu apartamento, possuir seu corpo com todo fervor e amor reprimidos por meses, dormir agarrado a ela; mais uma vez fui abandonado por minha melhor amiga - se é que ainda tinha direito de chamá-la assim -, restando somente seu cheiro inconfundível fixado em meu corpo, e a calcinha que - novamente - ficou esquecida em um canto da minha sala de estar, do mesmo jeito tinha acontecido anos atrás quando tudo começou de verdade entre nós dois.


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