Abro os olhos.

Uma forte dor de cabeça me invade instantaneamente quando meus olhos vão de encontro a janela ao lado da cama.

- Que horas são? - resmungo para mim mesma coçando meus olhos com a finalidade de acorda-los.

Sento na cama e fico alguns segundos parada para entender onde estou. Quarto de hospedes da Priscilla. Passo meu olhar sobre o meu corpo e fico aliviada por estar vestida com a roupa de ontem, solto um suspiro aliviado. - Pelo menos algo de ruim eu não fiz (eu acho).

Me levanto e vou ao banheiro que há dentro do quarto, lavando meu rosto e logo em seguida saindo de dentro dele atrás de algo que possa me dizer que horas são.

Sete horas e cinquenta e três minutos.

- Merda. - Pego minha mochila que deixei em cima do pufe na noite anterior e saio do quarto indo em direção ao de Priscilla do outro lado do corredor para acordar a garota e pegar alguma roupa emprestada. A porta de seu quarto está somente encostada, então decido bater levemente uma vez e abrir sem fazer mais nenhum barulho por medo da garota estar dormindo.

Minha vista da porta dá de frente a cama onde Priscilla está deitada junto ao garoto com quem a vi beijando de noite, o cobertor por cima de seu corpo mostrando apenas o braço nu do jogador deitado ao seu lado.

Passo rapidamente até a ponta do outro quarto onde está seu armário abrindo rapidamente e pegando a primeira camiseta e calça legging que encontro.

- Maya? - a voz sonolenta de Priscilla me prega um susto assim que tento sair do quarto.

- Oi, só vim pegar essa roupa emprestada, tenho que ir pra aula. - A garota ao me ouvir volta a dormir me deixando feliz por não prolongar a conversa.

Desço rapidamente com as coisas pela escadas e saio da casa desinteressada em saber quem eram as duas pessoas largadas no sofá.

Oito horas. Com sorte eu chegaria ao bloco B as oito e dez e conseguiria me trocar no vestiário de esportes, já que minha aula é as oito e meia.

A casa da Pris por sorte é perto do campus da escola, então nunca vi a garota se atrasar uma vez que não fosse de proposito.

Meus passos são rápidos, a única coisa que eu quero neste exato momento é tomar uma ducha naquele vestiário e tirar o cheiro de bebida impregnado a minha volta.

Em poucos minutos eu já estava no vestiário, que por sorte estava vazio e com o estoque de toalhas cheio. Coloco minhas coisas no banco em frente a ducha e entro rapidamente antes de ser pega por alguém.

Apesar da água estar quente e muito convidativa para ficar por ali mais longos minutos, saí assim que terminei de me enxaguar e me sequei com a toalha colocando rapidamente a roupa.

O relógio perto do teto indicava ser oito e vinte três, sete minutos para pegar meu material e entrar na sala.

Saí as pressas do vestiário e fui em direção ao segundo andar, pegando a passagem em um dos corredores para ir ao bloco B perto dos armários.

O corredor está repleto de pessoas pegando seus materiais, algumas com suas feições normais e outras igual a mim, com a feição de quem virou três noites.

Assim que chego ao meu armário deparo com uma carta de envelope verde, decido paga-la junto com os livros de biologia fechando o armário e indo para a sala.

- Senhorita Martínez, como sempre pontual. - O professor abre um sorriso assim que passo pela porta.

- Bom dia senhor Hummel. - abro um pequeno sorriso tentando disfarçar meu mau humor causado pela dor de cabeça.

Me sento rapidamente e fecho os olhos me inclinando para trás enquanto o professor não fecha a porta e começa a aula.

- Senhor Barns, pode me explicar o motivo para invadir a minha aula. - abro os olhos rapidamente assim que sinto a mão de alguém encostar em meu ombro.

- Me desculpe Hummel, eu estava de passagem e Rosita me pediu para entregar isso a senhorita Martinez. - O ruivo da noite passada se abaixa sobre a mesa pegando minha mão, abrindo-a e colocando um remédio dentro dela. - Do jeito que eu te deixei ontem, você vai precisar disso, é pra dor de cabeça.

- Pode apostar que vou querer a revanche! - falo enquanto o garoto se debruça da mesa.

- Vou ganhar mais uma. - ele diz e saí imediatamente da sala.

Sem pensar duas vezes abro minha mochila e pego minha garrafa d'água, coloco o remédio dentro da minha boca tomando a água logo em seguida me fazendo engolir a pílula.

- Hoje vou terminar de recolher o trabalho passado antes das férias que muitos vocês pediram para prolongar o prazo por "falta de tempo" - passo as mãos pela cabeça colocando meu cabelo para trás, pelo menos com o remédio a dor sumirá e eu conseguirei me concentrar.

Entrei com tanta pressa que nem me deparei se Chloe ou algum dos garotos estavam na sala. Me virei rapidamente e passei meu olhar por toda a sala vendo que nenhum deles estava presente, apenas Gustav e John.

Seu olhar estava sobre mim, claramente vira Thomas Barns vindo falar comigo, abri um sorriso tentando soar o mais debochado e forçado possível e voltei a olhar para a lousa.

A cena dele quase comendo Ângela não sai da minha cabeça, assim como a imagem de Nando entrando aos beijos com a cheerleader na casa.

Qual é a parte de sem garotos que você não entendeu Maya?

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Preciso esclarecer algo a vocês, o capítulo do Gustav (postado antes desse) é para mostrar que a vida dele tem que seguir em frente e a dela também. Após eu terminar este livro o colocarei em revisão onde encurtarei a história e todo esse rolo entre os dois.

Por último, durante esse meu bloqueio comecei a escrever algo que realmente estou me sentindo bem e com muita motivação, irei termina-lo e então postarei aqui no wattpad.

A única coisa que posso falar dele é: vocês vão amar do mesmo jeito que estou amando, ele é um livro colegial assim como a maioria que escrevo e entra num clima de romance e mentiras.

Amo muito vocês que ainda não desistiram de ler o que eu escrevo e que continuam presentes nesse livro.

XoXo NahQueens♡