Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 1

Joana

Despedir-me da minha família para seguir uma nova aventura é difícil, principalmente despedir-me do meu irmãozinho de 5 anos, o Carlos. Ele é tão fofo, não consigo deixá-lo. Ele mal conhece a nossa família.

- Vais voltar não vais?- ele pergunta.

- Claro que vou voltar. Ou então podes ir visitar-me nas férias.- baixo-me para falar com ele, pelo simples facto de ser bem mais alta que ele.

- Promete?- ele olha-me de lado.

- Prometo.- abraço-o e levanto. Olho para a minha mãe.- É agora.

- Adeus filha.- a minha mãe abraça-me e começa a choramingar. Típico.- Vou ter saudades.

- Adeus. Eu também vou ter saudades.- o meu pai fala e eu abraço-o.

- Um último abraço de família?- abro os braços e abraçamo-nos. Sinto o melhor calor do mundo, aquele calor que só a tua família te pode dar.- Bem tenho que ir, o avião espera-me.- rompo o abraço. Dou um último beijo à minha mãe, ao meu pai e ao me maninho.

Entro no avião. Sento-me no meu lugar, bem no fundo junto da janela. Olho para fora. Eu já viajei muito de avião, por isso não estou nervosa. Estamos prestes a descolar. Poucos minutos depois sinto o avião levantar. Ele levanta rápido, em cinco minutos estamos no céu. Olho a janela e vejo as nuvens. Parecem mesmo algodão, mas são apenas gotas de água.

Passadas algumas horas a hospedeira de bordo vem trazer o jantar. Essa é uma viajem grande por isso tenho direito a jantar. É apenas um humburger e um sumo de laranja. Estava bem bom. Depois de comer a hospedeira leva o lixo e eu pego o meu livro "Se eu ficar". Eu levo ele sempre comigo. Começo a ler. Pouco tempo depois adormeço.

No dia seguinte acordo com os raios de sol na cara. Estamos quase a chegar. Já consigo até ver a costa. Tudo visto cá de cima parece tão pequeno. Estamos prestes a aterrar. Estou super entusiasmada, mal posso esperar para voltar a abraçar a minha avó, a minha tia e a minha amiga. Sinto que estamos a descer. Já todos temos os cintos postos. A aterragem é como se fosse uma avalanche, parece que a qualquer momento vamos cair e morrer, mas não. É apenas uma forma de chegar, uma forma de sentir que já estamos onde pertencemos, uma forma de cair sem morrer, uma forma de cair e levantar. Sinto as rodas do avião tocarem o chão e pararem lentamente. Estou oficialmente em casa. Levanto-me, pego a minha bagagem de mão rápido e saio à pressa, sem me importar se estou a atropelar os outros. Chego à porta do avião e respiro fundo. Sentir o ar fresco de Portugal sabe bem. Desço as escadas rapidamente, corro para dentro do aeroporto. Vou buscar a minha bagagem para sair depressa para o lado de fora. Chego ao lado de fora e vejo a minha avó e a minha tia. Depois a minha amiga Marta com outra miúda que eu não conheço, a segurarem um cartaz que diz "Bem vinda de volta, Joana". O cartaz é cheio de corações e gliter. Só mesmo a Marta para fazer uma coisa destas. Vou até à minha avó e à minha tia e abraço-as.

- Que saudades que eu tinha vossas. Finalmente posso abraçar-vos de novo.- abraço forte, como se a qualquer momento fosse perder isso.

- Também sentimos sua falta.- minha avó diz.- Mas não precisa apertar tão forte.

- Desculpa. É que estava mesmo com saudades.- respondo à minha avó e viro-me para a Marta. Abraço-a.- Também tive saudades tuas parva.- dou um soco leve no ombro dela.

- Claro. Eu também tive tuas.- ela volta a abraçar-me.- Finalmente posso apresentar-te a Maria.- ela rompe o abraço e aponta para a miúda.- Maria esta é a Joana, a minha melhor amiga de quem te tenho falado muito.- aww, ela ainda me considera sua melhor amiga. Eu também a considero minha melhor amiga.- Joana esta é a minha vizinha, quer dizer a nossa vizinha nova. Eu conheci-a no início do verão e torna-mo-nos amigas. Ela vai para a mesma escola que nós.- espera aí. A Maria vai andar connosco na escola de música. Que fixe.

- Vais andar connosco? Fixe. Tocas o quê? Eu toco piano e canto.- estou a enche-la de perguntas ainda mal nos conhecemos.

- Sim eu vou andar com vocês e eu toco saxofone. Estava muito ansiosa para te conhecer.- ela fala e vejo que está aos saltinhos. Quando ela percebe que a vi aos saltinhos ela para e sorri sem jeito.

- Vá meninas. Falam mais durante a viagem.- a minha tia empurra-nos para dentro da carrinha. Depois entra no lugar do piloto e a minha avó no de copiloto. Ela arranca. A nossa casa, se assim lhe posso chamar, não fica muito longe daqui.

As meninas perguntam-me várias coisas sobre os Estados Unidos. Eu vivia em Nova Iorque e percorri grande parte do país. A minha tia e a minha avó perguntaram como os meus pais e o meu irmão estavam. Eu lembrei-me que tinha que lhes ligar. Eles vão ficar stressados se eu não disser nada. Pego no telemóvel e digito o número da minha mãe no telemóvel. São 12h aqui lá devem ser umas 8h. Não sei se já acordaram. Hoje é sábado por isso não sei se já acordaram. Após o quatro toque a minha mãe atende. Sei que a chamada vai ficar cara, mas não me importo, é para a minha mãe que estou a ligar.

- Estou?- do outro lado ouço a sua voz.

- Estou mãe. Pensei que não estivesse acordada ainda. Não és de madrugar ao fim de semana.- rio e todos no carro acompanham-me.

- Ha, ha, ha. Que piada. Já chegaste? Está tudo bem? Com quem estás? Que horas são aí? A tua tia já está aí?- modo "mãe super protetora" ativo.

- Mãe eu estou bem, já cheguei, a tia já me apanhou. Queres dizer "olá"?- ponho no alta voz.- Tia a mãe quer falar contigo.

- Olá Sofia.- minha mãe fala ríspida. Parece que ela não gosta mesmo da minha tia.

- Olá Cátia.- a minha tia fala no mesmo tom.- Como tens passado? Ainda estou à espera para conhecer o meu sobrinho e a mãe o seu neto.

- Tenho passado muito bem estes 13 anos longe de vocês. E no que depender de mim nunca vão conhecer o Carlos.- ela passou das marcas. A minha tia está a ficar com a cara vermelha e a minha avó também.

- Pois mãe. Se depender de mim eu nunca mais te vou ver na vida.- ela não está cá mas aposto que se estivesse ficaria vermelha que nem um tomate.

- Joana! O que disseste.- ela está mesmo irritada e eu também estou a ficar. Até parece que ela tem medo de alguma coisa.

- Tu sabes o que eu disse. De que é que tens tanto medo? Qual é o mal do Carlos conhecer a sua família? Qual é o problema de voltar para Portugal? Olha que de certeza que não vos vou visitar nas férias, vou esperar que venham vocês cá.- bufo.- Pronto.- desligo a chamada e todos no carro olham-me, exceto a minha tia que está a conduzir.- O que foi.- sinto-me constrangida.

O resto da viagem foi em silêncio total. Ficaram todos espantados com a resposta que dei à minha mãe. Só que às vezes não suporto que ela fale mal da minha tia ou da minha avó. O pior é que ela fala mal delas à minha frente e sabe que eu gosto muito delas. Eu amo minha mãe, mas sempre que tento falar sobre a nossa família que vive cá, ela passa das marcas, irrita-me e temos uma discussão. Odeio ter discussões com a minha família. Isso deixa-me triste e eu não gosto nada quando estou triste.

Chegamos ao prédio. Está como me lembro. Nada mudou, exceto o porteiro. O porteiro antes eram um homem de idade, podia ser porteiro mas era sábio, agora é apenas um jovem, não deve ter muito mais que a minha idade. Ele está a varrer a entrada. Quando ele percebe que estamos lá, ele cumprimenta-nos e oferece-se para me ajudar a carregar as malas. Eu aceito. Vamos até ao elevador que fica um pouco longe da portaria e ele deixa-nos lá. Quando ele poisa a minha mala é que percebo que ele tem cabelos castanhos despenteados, olhos verdes e é um pouco bronzeado. Até que ele é bem giro.

Subimos para o 5º andar. Os meus pais tinham um apartamento aqui que queriam vender, mas a minha avó não quis e ficou com ele. É exatamente no 5º andar, entre o apartamento da minha tia, do meu tio e da minha prima, e o da minha amiga Marta. Eu irei ficar com a minha avó, já que é nesse apartamento que tenho as minhas coisas e o meu quarto. A minha avó põe a chave na fechadura e roda para a direita. Ela abre a porta está tudo escuro, o que é estranho já que estamos a meio do dia e a minha avó não costuma fechar tudo a sete chaves. Ela entra, depois eu, a Marta, a Maria e a minha tia entram. A minha tia fecha a porta e só fica o escuro.

De repente, acende-se uma luz, eu fecho os olhos e só consigo ouvir: "Surpresa". Abro os olhos lentamente e vejo toda a minha família e amigos, quer dizer, quase toda. Vejo os meus avós paternos, a minha tia Anabela, irmã do meu pai, o meu tio Cristiano, marido da minha tia Anabela, o meu outro tio, Manel, o marido da minha tia Sofia, a minha prima Matilde, filha da Sofia e do Manel, o meu primo Vasco, filho da Anabela e do Cristiano, a mãe e o pai da Marta, a minha madrinha Petra, o meu padrinho César e a sua filha Marina, ela é um pouco mais velha que eu. Eles vieram todos só por causa de mim? Aww. Não consigo evitar e uma lágrima escorre. Tive tantas saudades.

Eles montaram uma mesa enorme para o almoço, com doces e salgados. Eles fizeram uma festa para mim. Eles fizeram os meus doces e petiscos favoritos. Como é que eles ainda se lembram. Dançámos, cantámos, bebemos, comemos e acima de tudo, diverti-mo-nos. Eu não me divertia assim à muito tempo. Tinha saudades de ter a família toda reunida. Ficámos todos juntos até às onze da noite, quando todos se foram embora. A Marta despediu-se de mim e disse que nos víamos amanhã. Os meus tios também vão. Ficamos só eu e a minha avó. Ela vira-se para mim e diz que tem uma surpresa. Ela tapa-me os olhos com uma venda e conduz-me. Eu adoro surpresas, mal posso esperar para saber o que é. Paramos calmamente e a minha avó começa a tirar a venda. Abro os olhos e fico de boca aberta.

O meu quarto! Continua igual. Nada mudou. As estrelas permanecem coladas no teto. A minha cama continua com todos os meus peluches, as minhas bonecas, os meus livros, tudo permanece no mesmo lugar, mas está tudo limpo. Eu adoro como o meu quarto permanece intacto, faz-me lembrar de quando era criança. A minha avó deixa-me e eu acomodo-me. Estou muito cansada. Amanhã será um dia bastante longo. É melhor eu ir descansar. Vou à casa de banho que é do outroblado do corredor. Tiro as minhas lentes de contacto, lavo a cara, os dentes e ponho os meus óculos . Volto para o meu quarto. Tiro os óculos e deito-me na cama, apago a luz. Olho as estrelas no teto. Elas ainda brilham. Isso deixa-me mais calma e serena.

Eu não acredito que a minha mãe disse aquilo à minha tia. Ela não pode manter o Carlos longe das suas origens por muito mais tempo. Ele merece conhecer a família dele de verdade, não apenas conversar por vídeo chamada. Eu gostava mesmo que a minha mãe me entendesse, só isso.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro