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Complicação

Caminhei entre as mesas, indiferente ao som da música. Eu me sentia anestesiado. O volume alto deveria me incomodar... Mas era como se os meus outros sentidos se sobrepusessem ao ambiente. E eles me guiaram diretamente a ela.

A luz irritante piscava sobre a pista de dança lotada, eventualmente realçando os corpos, mexendo-se numa massa compacta ao som pulsante. Meus olhos varreram a área... E lá estava ela, dançando de maneira indecente com aquele humano tolo... Como era o nome dele, mesmo? O estudante de medicina, Troy Anderson. Dalilah finalmente resolveu voltar a sair com rapazes...

Bom pra ela.

Melhor pra mim.

Eu deveria estar satisfeito. Mas não estava. Na verdade, eu não encontrava sossego, porque nada do que Dalilah fizesse era simples, comum, normal... Ela perdeu o controle desde que eu a deixei pela última vez. Agora, queria fazer tudo de forma exagerada: dançar, beber, viajar, transar... Doía-me vê-la assim... Ela estava sofrendo. Mas não havia nada que eu pudesse fazer a respeito. Para o bem dela, Dalilah teria que superar o nosso rompimento.

Eu teria que superar o nosso rompimento.

Minhas narinas se dilataram, detectando aquilo que eu já sabia só de olhar para os dois. Eles tinham alto teor alcoólico no sangue; e Dalilah estava bem próxima da embriaguez. Anderson estava apreciando aquilo... Só pela maneira como ele a comia com os olhos quando ela jogava a cabeça para trás e os braços para o alto...

Os olhos humanos escondiam muito pouco de mim. Era óbvio que ele estava achando fácil levá-la para cama naquele estado. Meus músculos se retesaram prontos para arrancá-lo do lado dela e retalhá-lo vivo. Ali mesmo. Na frente de todo mundo. Já pensou? Uma cena digna de um show de horrores...

Não, eu não faria nada disso. Não tinha o direito de me importar.

Antes que meus olhos se tornassem amarelos de raiva, recoloquei os óculos escuros e me encostei à parece. Não faria mal observar Dalilah por um tempo... e ver como a noite dela terminaria. Meu estado de espírito ficaria pior se não tivesse certeza de que ela chegou à pensão McPherson, sã e salva. Contudo, não foi para vigiar Dalilah que eu vim ao bar preferido dos universitários, e sim para avisar Adriano da chegada de Erienne e da comitiva que a acompanhava.

A líder do clã escocês viera especialmente para atender a um pedido do cahill. Dificilmente saía de seu reduto... O assunto devia ser muito importante. Eu não fazia ideia dos negócios que os uniam, mas podia apostar que Justus sabia.

E lá estava eu, olhando para Dalilah como um idiota, dividido entre o dever e o instinto.

Num rápido relance pelo interior do BP, localizei Adriano e Melissa próximos à pista de dança. Ele tinha passado um braço em torno dos ombros dela, enquanto bebia sua taça de "alguma coisa". Ele estava ficando descuidado demais, expondo-se assim, na frente dos humanos... Ainda por cima, sem segurança alguma... Mas que droga, cadê o Justus? Quando eu era responsável pelo protocolo de segurança, o cahill jamais ficaria descoberto desse jeito. Mesmo que contra a própria vontade. O comportamento dele estava me dando nos nervos.

Claro que tudo aquilo fazia parte de seu plano, fosse ele qual fosse, e eu não deveria contestá-lo.

De repente, Adriano ergueu os olhos na minha direção, e sua sobrancelha sempre irônica se arqueou, como que me inquirindo a esclarecer a minha presença ali... (Já que eu fora sumariamente dispensado de cuidar da garota humana naquela noite.)

De repente, ele olhou na direção da pista de dança e uma expressão compreensiva passou-lhe pela face. Ele falou alguma coisa junto ao ouvido de Melissa e se levantou, caminhando a passos lentos na minha direção. Parou do meu lado e sem dizer nada, apontou com o queixo para a pista de dança. Eu não fingi que não entendi. Mas não estava a fim de falar sobre o assunto. Ainda mais com o cahill.

Antes de tudo e acima de tudo, Adriano era o rei. Foi um duro golpe quando ele jogou sua autoridade na minha cara, mas precisei reconhecer que um abismo nos separava agora. Eu jamais tornaria a cometer o erro de misturar as coisas.

-A vida, por mais longa que seja para nós, é muito curta para os humanos. Não desperdice a vida dela, Stephen. Dalilah gosta de você.

Fui invadido por uma onda de ressentimento. Nunca gostei de discutir minha vida amorosa. No entanto, era muito fácil para ele dar conselhos, bancar o magnânimo, depois de deixar claro para todo mundo que eu não merecia sua confiança. Eu me virei para ele.

-Não vou colocar a vida dela em risco. – Imediatamente, notei um brilho de raiva passar pelos olhos de Adriano. O comentário o atingiu, embora minha intenção não fosse propriamente comparar o caso de Melissa ao de Dalilah. Abrandei a voz ao acrescentar: - Ela está melhor sem mim.

-E você? Está melhor sem ela? – Adriano deu uma risada sem humor. – Pensa que não sei que você costuma visitá-la à noite, quando ela está dormindo?

Meu rosto teria ficado vermelho de embaraço, se eu não fosse um imortal.

-Acha isso justo? – Ele perguntou, sem esperar resposta. –Os humanos chamariam isso de vampirismo. No melhor estilo íncubo, ou súcubo... Tanto faz! Os humanos são bem criativos para criar suas teorias a nosso respeito – ele meneou a cabeça, olhando preguiçosamente ao redor. - Você sabe que esse tipo de relacionamento estabelece uma conexão durante os sonhos. O humano acorda perturbado, até mesmo desorientado... E sem saber o motivo – ele inclinou a cabeça na minha direção, e sua voz saiu rápida como um chicote. - Está colocando a garota em risco, de um jeito ou de outro. Só não está deixando que ela aproveite isso da mesma forma que você está aproveitando. Eu chamo isso de hipocrisia, irmão.

Bufei.

-Como foi a execução da tarefa que lhe confiei? – Adriano decidiu mudar de assunto.

Eu me empertiguei todo. Aquele era um assunto que muito me preocupava, uma vez que dizia respeito ao plano de conter o Conselho. O cerco em torno do resultado dos testes feitos na humana estreitava-se cada vez mais. Adriano estava fazendo seus movimentos, mas não deixava ninguém saber. Apenas distribuía ordens e esperava que fossem obedecidas. Nunca se comportara assim, tão despótico.

-A tarefa foi executada com êxito, cahill. Meu time explodiu as instalações da Cahill Farmacêutica, no Mato Grosso. A notícia já chegou ao Conselho. Plantamos uma prova falsa para os caçadores, fazendo com que acreditassem que os Sopros da Morte foram os autores do ataque. Cici foi convocada para depor sobre a fórmula do reagente, que estava sendo desenvolvido lá. Agora é com ela.

Isso me preocupava. Caridade estava colocando sua cabeça em risco com toda essa mentira.

-Ela sabe o que dizer e o que apresentar a eles – Adriano murmurou, inclinando a cabeça. No palco, Dwayne Preston e sua banda tocaram os últimos acordes da música agitada.

-Você deve encontrá-la daqui a pouco. – Adriano me lembrou. - Vá! Eu e Melissa ficaremos de olho em Dalilah.

-Eu não...

-Não tente disfarçar. Sei que está preocupado com a garota, uma vez que Alanis continua na cidade. Por falar em Alanis... Ela disse alguma coisa de interessante, quando o seguiu pelo milharal?

Eu desviei os olhos, antes de confirmar com um aceno de cabeça. Adriano não pediu esclarecimentos - voltou a olhar para a multidão. Era o comportamento esperado. Alanis correspondeu ao que ele já previa. Portanto, não adiantava ocultar dele a verdade dos fatos; mentir para o cahill era um risco muito alto. Ele sempre descobria.

Eu me virei em direção à porta, e falei por sobre o ombro:

-Você sabe que o Conselho não vai engolir isso.

-Eu sei. Aí, estaremos no meio de um impasse. Você terá que escolher um lado... É o que o preocupa, não é mesmo? Que lado será que Stephen vai escolher? – ele fez o comentário mansamente, em tom de troça, mas que caiu entre nós como uma bomba.

Finalmente avistei Justus, atrás de Adriano. Ele acompanhava a nossa conversa a uma distância discreta. A um sinal de Adriano, ele se afastou, mas não sem antes me lançar um olhar estranho.

O sentimento de injustiça estava começando a me corroer. Eu pigarreei, tentando absorver mais aquele golpe.

Tratei de enveredar por um assunto menos explosivo:

- Erienne já chegou à cidade. Ela e a comitiva estão acomodadas na ala leste da mansão.

-Eu sei.

Lógico que sabia. Que diabos eu fui fazer ali, então? Eu me virei e saí do BP com uma vontade enorme de me transformar e correr por aí, sem destino certo. Mas não podia fazer isso agora. Precisava ir ao encontro de Caridade e discutir os detalhes da nossa operação.

***

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