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ADRIANO: Pensamentos sombrios

Contudo eu não perca o ardor, nem deseje menor tortura;

Quanto mais a angústia atormenta, mais cedo abençoará;

E vestido com o fogo do inferno, ou brilhante com luz celeste,

Se ele é o arauto da Morte, a visão é divina.

Emily Brontë - Trecho de "A Prisioneira"

Interessante... Mas não ao ponto de interromper meus movimentos.

Encerrei a ligação tocando de leve o headfone e refleti a respeito das informações que Justus me forneceu. Ele estava na Noruega para observar o damphir... E o que resultaria de seu encontro com o drauger. Entre meus protetores, Justus era o único que possuía conexões com os draugers (por conta de um passado remoto em comum). Os imortais noruegueses podiam ser terríveis, mas eram leais ao código de honra das gangues. De um jeito distorcido, mas eram... Não esqueciam uma ofensa e muito menos um favor. Jamais.

Não era fácil contatá-los. Costumavam ser arredios, violentos; e sua organização era fechada, dividindo-se em gangues isoladas umas das outras, lideradas por um grupo principal: o de Kjell. Eu tinha minhas restrições em lidar com Kjell. Sérias restrições. A vontade era de arrancar-lhe a cabeça pelo que tentou fazer à Melissa. Dificilmente eu ficaria cara a cara com ele sem desejar matá-lo.

Eu também não esquecia uma ofensa. Jamais.

De todo modo, Justus estava lá para descobrir se o caçador caçaria a sua presa ou buscaria um aliado contra mim. As peças do tabuleiro se moviam de forma complexa, exigindo decisões igualmente complexas. Decisões que eu pretendia adiar indefinidamente... Minha prioridade agora era Melissa. E eu precisava manter o controle sobre mim mesmo se quisesse protegê-la.

O treinamento ajudava. "Corpo e mente integrados", era o que preconizava a filosofia wushu. E eu estava me dedicando como um náufrago agarrado ao salva-vidas, em meio ao oceano bravio.

Girei o braço de fora para dentro, levando o bastão em chamas à frente. Troquei de mãos conforme a sequência; era um movimento simples na minha rotina de treinamento... Apesar disso, o wushu exigia concentração. Já dizia o ditado: quem brinca com fogo acaba se queimando.

As artes marciais atuavam como uma espécie de higiene mental e, com sorte, traziam equilíbrio e paz de espírito ao praticante. No meu caso, talvez, algo próximo entre um e outro... Nunca plenamente. Paz de espírito é um luxo que desconheço desde a infância, quando fui arrancado dos braços de minha mãe para viver uma vida de refém entre os romanos.

Girei o bastão com mais violência, queimando de leve o antebraço. A dor era bem vinda. Eu queria desesperadamente esvaziar a mente! Entretanto, era difícil não pensar que a história estava se repetindo... Que os acontecimentos escapavam ao meu controle outra vez... Que com todo o meu poder, não tenho poder para decidir sobre o tempo de vida de um mortal... Quando, ironicamente, o destino decidiu que o meu tempo de vida na terra se estenderia – indefinido. Mesmo que eu esteja mais do que disposto a dar a minha vida por ela.

Era terrível e arrasador!

Girei uma última vez, sentindo o desespero se misturar ao vazio da minha existência - temperando assim o tédio da repetição, enquanto eu golpeava o ar com o mesmo movimento: uma, duas, três vezes. Fechei os olhos por um momento. Precisava anestesiar meus pensamentos sombrios.

Não era assim que nos chamavam, na Antiguidade? Sombrios... Monstros sanguinários que tomavam o que queriam, trucidavam e destruíam. Será que, algum dia, deixamos de ser?! Uma risada sem alegria escapou da minha garganta, camuflando a dor que eu lutava para esconder de todos. Principalmente, dela.

Inclinei-me para um ataque frontal, retrocedi e dei um chute no ar, recuando o bastão perigosamente perto do rosto. O lado sombrio podia ser contido, mas nunca eliminado. Era a força feral contra a qual lutávamos diariamente para manter sob controle. A fera em mim ansiava por coisas conflitantes, compelindo-me a agir de forma absoluta: subjugar, destruir, proteger, acasalar...

E de repente, eu a senti.

Devorá-la!

O bastão vacilou de leve, as chamas tremeram. Ela estava escondida em algum ponto lá em cima, perto da entrada, espiando-me treinar... Seu perfume natural me alcançou como um soco no estômago. De diferentes formas, ele me contava sobre o seu estado de saúde, a ameaça progressiva, mas também me derrubava pela sua condição de mulher. A minha mulher.

Algo doce e sutil se modificou naquele aroma único. Fechei os olhos para saborear a mudança. Ela estava excitada. A pressão desceu do meu estômago para a virilha. Os músculos se contraíram em resposta e um rosnado quase escapou do meu peito. Respirei fundo.

Ela não fazia ideia do poder que exercia sobre mim...

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