Capítulo 2: Entre Casos e Lendas
Estava pensativa em relação ao que aconteceu, tentando compreender, tentando desvendar algo que tenha passado despercebido.
- Encontrou alguma coisa?
Liz chegou me entregando um copo de café, agradeci e analisei mais uma vez os relatórios dos casos passados, passei a mão pela cabeça imaginando, pensando calmamente sobre uma solução.
- Nada, todos morreram da mesma forma, embora fossem apartamentos diferentes mas todos com o mesmo número, 103.
- O primeiro caso relatado com a mesmas características foi com Helen Ritcovsk - Eliza disse mostrando a pasta com as fotos da cena do crime - Não havia pistas, não havia testemunha, então o caso foi encerrado.
- Havia sim testemunhas - Respondi, Liz apenas olhou para mim já esperando mais explicações - eles apenas foram impedidos de falar.
- Como assim?
- Alisson Soares foi irmão de Erivam - respondi lembrando-me daquela noite - e morreu da mesma forma, antes dele ir embora ele havia dito pra mim que viu um homem disforme que se escondia debaixo de mantos negros e carregava uma foice.
- Então nosso assassino está agindo como um anjo da morte?
- Não tenho certeza, tenho suspeitas de que estamos lidando com algum tipo de Seita.
Se eu estiver certa, tenho que encontrar o diário e descobrir quem é o assassino e o mais rápido possível antes que faça novas vítimas.
- Bom dia meninas - Diego comprimento com um copo de café na mão e uma rosquinha - estou interrompendo algo?
- Não - Respondi - estávamos apenas olhando os antigos casos que não foram solucionados.
- Entendi.
- Você precisa de alguma coisa Diego? - Perguntou Liz olhando-o para o mesmo.
- Quase me esqueci, Karlo já está fazendo o pagamento, só falta vocês duas receberem.
- Okay,- Liz olhou para mim, embora fosse a mais velha do Departamento as vezes tenho a impressão de que fica escondendo algo, mas não sei o que é, des de quando entrei pra polícia venho tendo essa sensação em relação a Elisa - irei logo receber.
- Pode ir, - concordei - depois eu irei.
Enquanto Liz foi receber fiquei olhando as fotos das vítimas das antigas até as mais recentes. Diego também analisava ao meu lado.
- Helen Ritcovsk - Comentou.
- Ela foi a primeira vítima - Falei um tanto apreensiva - e as vezes me pergunto se são selecionados pois todos morreram da mesma forma, quase a mesma idade.
- Há uma lenda que meus pais me contaram sobre esta garota.
- Pois bem, estou ouvindo.
- Depois da morte de Helen a família decidiu contratar um detetive particular para o caso, toda vez que descobria algo anotava em seu diário, depois que entregou o diário a família de Helen coisas estranhas começaram a acontecer.
- Que coisas estranhas?
- Dizem que o fantasma de Helen começou a persegui-los, os deixando perturbados, então um por um foi se matando.
- Através de acidentes e suicídios.
- Exato, mas são apenas lendas.
- Dizem que lendas nascem da verdade.
- Não acha que está crescidinha demais para assistir Naruto Shippuuden não?
- No dia que o governo estipular uma lei que proíbe pessoas de minha idade assistir a animes, é bom preparar os melhores agentes para me caçar.
- Okay, não irei discutir com você sobre desen...
- Animes. - O interrompi o fazendo me olhar incrédulo.
- Tudo bem, animes, satisfeita?
- Não acredito no que ouvi - Eliza se aproximou mostrando não acreditar no que havia acabado de ouvir - estamos num caso sério e você estão agindo feito crianças?
- É que...
- Não quero nem saber - Liz estava séria - vamos focar no real problema, descobriram alguma coisa que pode nos favorecer?
- Não - Respondi - Mas podemos fazer umas visitas aos parentes das vítimas.
- Já fizemos isso no passado e sempre a mesma história, os pais chegaram em casa e se depararam com o corpo no chão decaptado.
- Não havia sobreviventes?
- Havia sim, - Respondeu Eliza - Mas era loucura o que eles diziam.
- Preciso confirmar a história, poderia me passar o endereço?
- Imaginei que pediria isso, - Eliza tirou da gaveta de sua mesa um envelope e me entregou - Ela se chama Ariel, estava com Nagila quando aconteceu, e isso foi poucos meses antes da morte de Alisson.
- Você não vem comigo? - Perguntei.
- Não, tenho que ajeitar algumas papeladas.
- Eu posso ir com você Kaira, além do mais não tenho muito o que fazer aqui.
- Tudo bem, sairemos em quinze minutos.
- Okay.
Peguei o copo de café para dar mais um gole e a única coisa que desceu foi apenas uma gota, uma única gota de café, havia acabado e não tinha percebido então joguei o copo na lixeira, reuni todo o material do Caso e guardei na gaveta, peguei minha arma e meu distintivo e os guardei. Pronto. Estava pronta para sair. Farei o assassino pagar pelo que fez, nem que seja a última coisa que eu faça.
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