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sept

Com a ajuda de Monsieur Gouin, eu penhorei o anel da avó do meu ex - Deus abençoe a alma dela - e dei início ao meu plano mirabolante de oficialmente me tornar uma merchand de modes, como eles chamavam os designers de moda por aqui. Estava tudo indo muito bem, até o momento que eu me deparei com uma máquina de costura do século dezoito e percebi que eu não sabia como operar aquela merda e eu tinha menos de uma semana para não somente aprender, mas também terminar a encomenda de Madame du Barry. Eu paguei os Gouin para usar o depósito deles como um ateliê provisório e dediquei meus dias e noites àqueles vestidos. Eu fui a uma loja de tecidos e percebi o quão diferente tudo era. Eu e mais duas amigas nos juntamos para produzir um típico robe a la française alguns meses atrás para os nossos estudos Rococó, mas eu tinha pouca ou nenhuma experiência com métodos de costura setecentistas. Minha vantagem: os vestidos que eu elaborei para Madame du Barry eram inspirados em modelos Christian Dior mid-century, sem os típicos babados e drapeados exagerados que as mulheres nobres costumavam usar em 1769. Eu substituí os complexos detalhes por laços eschelles e enormes mangas removíveis - ambos muito usados nessa época, mas eu adicionei um toque moderno ao optar por composições mais simples. Sempre que Madame Gouin tinha uma pequena pausa das crianças ela parava para me ajudar ou me levar algo para comer. Nos poucos momentos que eu tinha para tirar minha cabeça do trabalho e descansar um pouco, eu me permitia sentir ao mesmo tempo duas emoções muito intensas: luto pelo que eu costumava ter e gratidão pelo que eu tinha agora.

Contrariando até mesmo minhas próprias expectativas, eu fui capaz de terminar os vestidos. Eu estava exausta, meus dedos cheios de bolhas, calos e pequenos machucados por conta daquelas agulhas e aparatos de costura antigos. Mas eu consegui - e até fiquei satisfeita com o resultado. Ao meio-dia de uma terça-feira, eu e um rapaz que eu paguei algumas moedas para me ajudar estávamos no alpendre de Madame du Barry com várias caixas contendo os vestidos desmontados que eu fiz para ela.

— Eu devo dizer que estou impressionada com o resultado. — Disse a condessa. Ela estava usando o vestido preto e branco em cima de um pequeno palanque, cercada pelas empregadas que ajudaram ela entrar nele. — Eu confesso que estava um pouco ansiosa por encomendar um vestido de uma modista desconhecida que bateu na minha porta. — Ansiosa pelo quê? Você nem sequer pagou pela fabricação do vestido, sua louca. O que exatamente você tinha a perder!?

— Eu fico muito feliz e satisfeita que você gostou dos vestidos, madame. — Eu respondi educadamente.

— São tão majestosos, mas com um toque de simplicidade que eu considero encantador. — Disse Madame du Barry. Ah, sim, dez jardas de tecido sedoso e sete sub-trajes, o minimalismo da nobreza francesa. — Eu amei, irei contatar minha milliner para me encontrar os mais lindos chapéus para combinar com esses belíssimos vestidos. Muito obrigada, Joséphine.

Eu me ofereceria para fazer os chapéus de Madame du Barry, mas sinceramente eu estava exausta. Ela me pagou e isso obviamente não cobriu os gastos que eu tive com as máquinas e equipamentos, mas aquilo era um começo. Enquanto a famosa Madame de Pompadour foi uma grande patrona das artes, a última amante de Louis XV foi mais uma shopaholic histórica - as gigantes perucas entalcadas e os vestidos com enormes panniers, normalmente associados à Maria Antonieta, começaram com Madame du Barry. Ela ainda estava por ser apresentada formalmente à corte de Versalhes, então naquele momento ela ainda não era a influencer rococó que eu precisava para alavancar a minha carreira, mas tendo o conhecimento da história próxima ao meu lado, tudo o que eu tinha que fazer era ser paciente e esperar.

Paris sempre foi uma cidade cara e eu estava plenamente ciente disso. Começar um negócio de moda não seria uma tarefa fácil - sem contatos, sem dinheiro e sem o suporte que eu tive a vida inteira. Certo, um desafio! Eu estava naquele momento em que reclamar não era uma opção. Além de sobreviver, minha principal meta era simplesmente não surtar. O dinheiro que eu tinha não era suficiente para que eu alugasse um ateliê apropriado por mais de um mês, mas os locadores não precisavam saber disso. Eles engoliram algumas mentiras inofensivas sobre eu ser filha de mercadores de seda de Lyon e eu consegui um pequeno estúdio na rue Saint-Honoré. Eu decidi dar vida à minha coleção "Versailles bondé" e criei uma espécie de mostruário para dar a todos a impressão de que eu era uma modista experiente e muito habilidosa (e também para aprender a manejar uma máquina de costura antiga direito). Haviam outros merchands de modes naquela vizinhança e todos eles pareciam curiosos sobre mim, mandando assistentes para dar encaradas longas demais para o meu ateliê - memórias da faculdade de moda, olá! Eu mesma comecei a desenhar e pintar alguns cartazes e panfletos, um por um, para serem distribuídos no meu bom e velho (ou futuro?) Les Marais. Em 1769, meu bairro era habitado por nobres minoritários, pessoas com dinheiro o suficiente para aparentarem serem da realeza, mas não importantes o suficiente para viverem em Versailles. Eles pareciam ser o público-alvo perfeito para mim naquele momento.

O começo não foi fácil, eu vou admitir. Mas ninguém quer ouvir sobre minhas crises de choro, minhas noites sem dormir e como eu desenvolvi vinte e sete alergias de pele diferentes pelas precárias condições de higiene disponíveis no século dezoito - a melhor parte de ser Angelique era ter um pai boticário, com certeza. Eu estava solitária para caralho, eu acho. Os Gouin eram maravilhosos, mas eles ainda eram pessoas da classe trabalhadora, a mais-pequena-burguesia no melhor dos casos, e não tinham tempo, recursos ou até mesmo generosidade o suficiente para me dar a ajuda que eu precisava. Eu recebi algumas encomendas minoritárias, mas a verdade é que as pessoas não pareciam interessadas em meus designs, não pareciam interessadas em uma modista desconhecida com um ateliê minúsculo em cima de um café humilde. O aluguel estava bem próximo de vencer e eu estava começando a surtar quando, mais uma vez, eu fui salva pela batida de um cavalheiro em minha porta.

— Posso te ajudar? — Eu perguntei para o homem que bateu na porta do meu ateliê. Era um senhor na casa dos sessenta anos, usando roupas características da alta nobreza. Ah, menina, isso vai ser interessante. Um outro homem estava ao lado dele - usando roupas chiques, mas eu sabia que aquelas eram roupas de trabalhador.

— Você está diante de Monsieur Louis François Armand de Vignerot du Plessis, duc de Richelieu. — Disse o homem. Espera, o quê?

— Você é Mademoiselle Joséphine? — Perguntou o velho, entrando no meu ateliê. A boa e velha educação da nobreza francesa...

— Sim, eu sou... — Eu disse, ainda processando o nome daquele homem. Merda, acho que eu sei quem ele é. — Joséphine Marchand, Monsieur le duc. Ao teu dispor. — Eu fiz uma pequena reverência. Eu realmente espero que eu tenha acertado o título. Meu Deus, como eu odeio dizer "ao teu dispor."

— Bem, eu confesso que eu estava esperando mais desse lugar. — Murmurou o duque. — Mas, enfim, eu estou aqui por conta de uma amiga, Jeanne. Você deve conhecê-la como Madame du Barry.

— Sim, monsieur. Eu fiz um par de vestidos para ela.

— E você parece ter feito um bom trabalho... Ela realmente gostou dos vestidos.

— Eu estou... Muito feliz em saber disso. — Eu disse, sorrindo. Francamente, velho, aonde essa conversa vai chegar?

— Eu fui incumbido de uma tarefa extremamente importante, Mademoiselle Joséphine. Eu estou encarregado de encomendar o vestido que Madame du Barry usará em sua apresentação formal na corte. — Disse Richelieu. Ok, eu estou gostando de onde essa conversa está indo. — E eu entrei em contato com as mais famosas modistas de Paris para isso. Merchands que trabalham com os tecidos mais finos... Em ateliês muito melhores.

— E como vai isso? — Eu perguntei, um pouco irritada.

— Terrível. Ela rejeitou todos os modelos apresentados à ela. Ela continuava falando dos vestidos de tarde que você fez para ela... Ela disse que nunca provou vestidos tão elegantes.

— Eu estou honrada. — Eu disse, tentando agir como se não fosse nada demais.

— Então você estará encarregada de uma honra maior ainda. — Disse o Duque de Richelieu. — Criar o vestido que Madame du Barry usará em sua apresentação em Versalhes.

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