Com um tom cheio de preocupação, apela ao seu cônjuge, uma pausa é feita para falar enquanto começa a vislumbrar para os olhos que, lentamente, se cruzam, confusos e inseguros sobre como devem reagir. O marido, com uma desinteressada expressão, deixa de mastigar a sua comida, vira-se para a mulher enquanto exprime menos do que o mínimo de cuidado, e aguarda para ouvir o esperado fim da sua frase, sentindo que, mais uma vez, as discussões começarão.

Conhecendo sua parceira, a declaração e tom da mesma, indica que provavelmente tem consciência que sua internação foi agendada, e expulsará parte dos seus sentimentos sobre ele, obrigando-o a "pagar" pela escolha que todos tomaram antes da decisão, nada que possa fazer irá evitar o conflito, aceitando os resultados e contendo-se a si próprio, são as suas defesas contra tais condições. Assim como o homem, os filhos estavam fartos de ver o ambiente, que deveria representar conforto e amor, ser constantemente arruinado pela mãe com suas falas e loucuras cotidianas, todos se questionam: "O que levou a este ponto na relação de nossa família?"

Ela completa: "Ele chegou". O alívio, ao saber que os xingamentos não seriam proferidos à eles, vem em forma de suspiro junto com a decepção de saber que sua doce companheira, antes cuidadosa e simpática, havia se tornado em alguém tão paranóica e explosiva desde seu acidente. O aspecto de angústia e intrigação das crianças é rapidamente notado. Ao virar sua cabeça ao alvo dos olhares, testemunha a entidade referida, uma enorme figura com sua face deformada, olhando para tudo e nada de uma só vez, chega silenciosamente e permanece assim. Notado em primeiro lugar pela esposa, o alongado rosto, que implicava credulidade e estranheza, junto com suas intenções ambíguas, parecia demonstrar facínio por algo ali presente. A mulher, antes sentada em sua cadeira, levanta-se enquanto seu casulo, em formato de pele, se rasgava lentamente, mostrando, dessa forma, seu real aspecto e objetivo.