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Capítulo 11

Acordei pela manhã e fui para o banheiro. Me arrumei, bonitinha (ok, eu coloquei a saia ao contrário umas duas vezes, mas ninguém precisa saber disso), e fui colocar minhas lentes. Mas quem disse que eu as encontrava?

- Cadê vocês? - perguntei para o ar, enquanto procurava a caixinha debaixo da cama. Decidi acordar Lucy (que estava com uma poça de baba no travesseiro). - Lucy, Lucy, LUCY!!!

- Ai, que que é. Eu não vou pra escola hoje!

- Primeiro, nós já estamos na escola. Segundo, você viu minhas lentes?

-Vi... não. - E voltou a dormir.

Resolvi refazer meus passos de ontem. Depois que os meninos foram embora, eu tirei as lentes e as coloquei na caixinha, que estava em cima da minha cama. Será que eu dormi em cima da caixinha? Comecei a jogar tudo o que tinha na minha cama para o chão. Fones de ouvido, livros, canetas, um Doritos... Mas nada de lentes. Olhei no relógio e faltavam 17 minutos para começar a aula. Mandei uma mensagem para Chad:

"Fodeu, não estou achando minhas lentes! Eu estava com elas ontem, não estava? Ah, pega alguma coisa pra eu comer."

Dois minutos depois, ele me respondeu.

"Você estava usando suas lentes ontem, eu me lembro. Tomara que as ache... ou vai pra aula sem as lentes mesmo, ninguém vai perceber. Ok, vou pegar comida pra você, sua gorda."

Ah, quer saber? Que se foda essa merda toda! Vou fazer estilo Samara, jogar os cabelos pra frente da cara e boa, tô linda, tô diva, tô assustando todo mundo. E a minha primeira aula era de... (pausa para olhar no papelzinho com os horários)... história!! Yeah! Eu veria a Josinéia de novo!

Fui andando lentamente pelo corredor, procurando Chad. Até que o encontrei encostado no meu armário - me esperando, suponho.

- Oi.

- Ai! Jesus, que susto! Para de assustar os outros desse jeito, menina. Não foi legal! Não. Foi. Legal!

- Tô assim por causa dos meus olhos, seu burro. Cadê a comida?

- Tá aqui. - Ele pegou um saquinho que estava guardado dentro de um bolso dele e colocou rapidamente na bolsa-que-eu-carrego-para-não-ter-que-ficar-andando-com-o-estojo-na-mão. - Nossa, que emoção!

- Por que?

- Parece que estamos contrabandiando alguma coisa.

- Ahn, tá. Preciso ir pra aula, nos vemos depois.

Segui meio rapidamente até a sala de história e graças ao Senhor, a Josinéia ainda não estava lá. Me sentei na última carteira da última fileira e fui ver o que tinha no saquinho. Maçãs fatiadas. Eu odeio maçã fatiada. Não tem toda aquela emoção de ficar com a casca no meio do dente; tentar tirar com a unha, mas acabar piorando; e ter que largar a maçã pra poder ir no banheiro pegar fio dental. Sei lá, maçã fatiada perde a graça toda. Mas é a vida. Tive que comer as maçãs.

Zack me percebeu ali e se sentou do meu lado, fazendo com que o menino que estava ali mudasse de lugar.

- Por que fez isso?

- Isso o quê?

- Por que o expulsou do lugar?

- Não o expulsei, apenas pedi para ele mudar de lugar, para eu poder ficar ao lado da minha namorada.

- Não sou sua namorada.

- Eu sei, você sabe, mas ele não precisa saber. - Eu ri.

- Ah, Zack. - Acabei olhando para ele, fazendo-o perceber meus olhos.

- Você não está com suas lentes!

- Pois é, não sei onde as coloquei. Eu já procurei, mas não as acho.

- E tomara que não ache nunca mais; seus olhos são muito bonitos para ficarem escondidos em lentes castanhas. Aposto que muitos adorariam tê-los.

- Lá vem. Todo mundo fala que meus olhos são bonitos, mas eu tiro as lentes por uns dias, que vários já começam a falar que é lente, que é não sei o que, que eu só quero chamar atenção...

- Achei que você não se importasse com o que os outros dissessem.

- Eu não me importo, de verdade. É só que... dá raiva, sabe? E, nos momentos de raiva, eu acabo me descontrolando.

- Ariel... Depois que as aulas acabarem, vá ao jardim secreto, está bem? Tenho que te mostrar uma coisa.

- Tá bom.

***

Quando chegou a hora do almoço, Mike veio correndo até mim.

- E aí? Por que está olhando para o chão?

- Ahm, nada, nada. Mas... você já reparou no piso da escola? É tão liso, cinza, com uns quadradinhos...

- Você tá com algum problema?

- Não.

- Tá drogada?

- Não.

- Então por que está olhando o chão da escola?

- Porque deu vontade.

Até o momento, meu plano de passar despercebida sem ninguém ver meus olhos, tinha dado certo... Mas Mike tinha que estragar tudo. Ele tentou puxar meu queixo com o dedo, mas eu continuava olhando para o chão.

- Ariel, olha pra mim. - Ele tentou de novo. - O que aconteceu? Você tá chateada comigo? Me fala!

- Não é nada, já te disse. Eu só estou com vontade de olhar pro chão.

- Então quando você resolver parar de olhar pro chão e olhar pra mim, aí a gente conversa. - Ele saiu andando, olhando pra baixo. Ah, ele pode, mas eu não! Ok, ok. Essa é a vida, né? Essa é a vida.

Contei pro Chad, que disse "C'est la vie, mon amour". É a vida, meu amor. Eu aposto que se um dia ele tiver um problema e eu falar "É a vida, meu amor" (não falo francês, fazer o quê né?), ele me joga no lixo. Ariel não pode nada nessa vida; Ariel não pode olhar pro chão, Ariel não pode bater nos outros, Ariel não pode dizer "É a vida, meu amor". ARIEL NÃO PODE NADA NESSA PORRA!

***

Depois de mais aulas e de meus conflitos internos, eu fui para o meu quarto e me troquei. Fui no refeitório, peguei um Doritos e fui para o jardim secreto. Zack ainda não estava lá. Eu juro que se esse menino não vier em dez minutos, eu vou embora. Aí eu percebi que ele tava lá sim, conversando com um véio. Segui até eles.

- Ah, oi Ariel.

- Você está aqui há muito tempo? Eu me atrasei?

- Ah, não, eu é que cheguei cedo. Aliás, enquanto eu te esperava, fiquei conversando com o Herbie. - Ele apontou pro véio e eu lhe estendi a mão. Sou educada.

- Muito prazer.

- Ah, então você é a doidinha dos cabelos rosa que tanto ouvi falar. Bonita ela, hein? - O velho deu uma cotovelada em Zack, que corou um pouco.

- O senhor ouviu falar de mim?

- Esse aqui ó - apontou pro Zack -, não para de falar de você.

Olhei para o Zack, que deu um sorriso de lado e olhou para o chão. Voltei meu olhar pro Herbie.

- Espero que tenha falado bem.

- Bem? O menino quase que fez uma escultura sua pra me mostrar o quanto você é linda, gentil - ele começou a fazer uma voz fina e juntou as mãos -, fofa, de bem com a vida, o quanto seu cabelo é sedoso e cheiroso e... - Zack tapou a boca de Herbie.

- He-hey, acho que já deu seu horário, né não Herbie?

- Ah, é. Como o tempo passa voando. Preciso ir. Se cuidem, viu?

Ele foi embora, deixando eu e Zack. Nos olhando. Ninguém falava nada. Até que eu resolvi me pronunciar.

- Então... Por que queria que eu viesse aqui?

- Ah, é verdade. Eu queria falar com você em particular. E te pedi pra vir aqui porque... É, porque não tem ninguém aqui.

- Bom, então tá. - Me sentei e dei umas batidinhas no banco. - Sente-se aqui, meu jovem. Qual é o seu problema? - Cruzei minhas pernas e fiz uma pose profissional, fazendo-o rir.

- Eu só... quero entender. Você e o Mike. Vocês estão namorando?

- Não. Nós só nos beijamos uma vez e... é, se for contar na hora da briga são duas.

- Tá bom, era só isso mesmo.

- Você me fez vir até aqui, todo misterioso, só pra me perguntar isso?

- É, quando eu tento falar com você, todo mundo interrompe.

- Ahm, tá, tá. Quanto tempo falta pro jantar ainda?

- Meia hora.

- Então eu vou ficar aqui mesmo.

- Eu fico com você.

Eu e Zack ficamos olhando as flores, e depois fomos até o gazebo. Nos debruçamos na cerca branca do gazebo e ficamos conversando, até que eu resolvi perguntar:

- Aquilo que o Herbie disse sobre mim, era... era... verdade?

Ele corou, olhando pra baixo.

- Eu converso com ele às vezes; conto sobre você, sobre o quanto gosto de você.

- Você gosta de mim?

Ele me olhou, mas tipo, olhou realmente. Eu ainda estava sem minhas lentes, se querem saber. Lentamente, ele assentiu, chegando mais perto de mim. Intercalava o olhar entre meus olhos e minha boca, mas não foi ele quem tomou a iniciativa. Fui eu.

Ai gente, desculpem por demorar pra atualizar; mas eu recompensei, não foi?

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