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Capitulo Vinte e Três

Harry Heart:

A manhã estava tranquila, com um sol suave filtrando-se pelas cortinas da sala. O ar estava carregado de uma sensação de renovação, uma esperança silenciosa que contrastava com os desafios do dia anterior. Acordei cedo, antes mesmo do alvorecer, ainda perturbado pelas memórias do passado e preocupado com o futuro de Oleg.

Enquanto preparava o café, ouvi passos leves vindo do corredor. Era Oleg, com os olhos ainda inchados de sono, mas com uma expressão de curiosidade e talvez um pouco de alívio. Ele parou na porta da cozinha, hesitante.

— Bom dia, Oleg — disse, sorrindo calorosamente. — Dormiu bem?

Ele assentiu timidamente, esfregando os olhos.

— Sim, senhor. Obrigado.

— Não precisa me chamar de senhor. Pode me chamar de Harry. Está com fome?

Oleg assentiu novamente, e eu o convidei para se sentar à mesa. Enquanto servia torradas e suco de laranja, Milo e Daniel apareceram, ainda de pijama, com sorrisos sonolentos. Eles se sentaram ao lado de Oleg, começando a conversar com ele de maneira despreocupada, como se já fossem velhos amigos. A visão deles juntos trouxe um calor ao meu coração, um lembrete de que, apesar das adversidades, a bondade e a amizade podiam florescer mesmo nas circunstâncias mais difíceis.

Dominic entrou na cozinha logo depois, parecendo mais descansado do que na noite anterior. Ele me lançou um olhar de cumplicidade antes de se sentar ao meu lado, começando a servir-se de café.

— Temos um longo dia pela frente — disse ele em voz baixa, para que as crianças não ouvissem. — Michael conseguiu marcar uma reunião com o assistente social esta tarde. Parece que ele pode encontrar um lugar seguro para Oleg.

Assenti, sentindo uma mistura de alívio e ansiedade. A perspectiva de resolver a situação de Oleg era encorajadora, mas eu sabia que o caminho ainda seria cheio de obstáculos.

— Vamos dar o nosso melhor — respondi, apertando a mão de Dominic por um breve momento, buscando força na nossa união.

O resto da manhã passou em um borrão de atividades e preparações. Enquanto as crianças brincavam no quintal, Oleg parecia mais à vontade, rindo e correndo com Milo e Daniel. Cada sorriso que ele dava era uma pequena vitória, uma confirmação de que estávamos no caminho certo.

Finalmente, a hora da reunião chegou. Com Oleg ao meu lado, entramos no carro e dirigimos até o escritório do assistente social. O percurso foi silencioso, com Oleg olhando pela janela, absorvendo as novas paisagens. Dominic segurou minha mão o tempo todo, um gesto de apoio mudo, mas poderoso.

Ao chegarmos, fomos recebidos por Michael, que nos guiou até a sala de espera. Sentamos ali, a tensão no ar quase palpável. O assistente social, um homem de aparência gentil, logo apareceu e nos chamou para entrar.

— Vamos resolver isso juntos — sussurrei para Oleg, apertando sua mão antes de entrar na sala.

Era o início de uma nova jornada, uma que exigiria coragem, paciência e muito amor. E estávamos prontos para enfrentá-la, um passo de cada vez.

A sala do assistente social era simples, mas acolhedora, com paredes decoradas com desenhos de crianças e plantas nas janelas. O assistente social, um homem de meia-idade com cabelos grisalhos e um sorriso gentil, nos recebeu com um aperto de mão firme.

— Olá, sou Robert Thompson — ele se apresentou. — Por favor, sentem-se e vamos conversar sobre como podemos ajudar o Oleg.

Oleg se sentou ao meu lado, visivelmente nervoso, mas tentando se manter firme. Dominic e Michael também estavam presentes, oferecendo apoio silencioso.

— Oleg, você pode nos contar um pouco sobre o que aconteceu? — perguntou Robert com uma voz suave.

Oleg hesitou por um momento, olhando para mim e depois para Robert. Finalmente, ele começou a falar, sua voz baixa e trêmula.

— Eu... eu fugi de casa porque meu pai me bate. Ele fica bravo por causa de problemas com os clientes dele, e eu acabo apanhando — Oleg explicou, a dor evidente em cada palavra.

Robert assentiu, ouvindo atentamente. Ele fez algumas anotações e depois se voltou para mim.

— Harry, você mencionou que encontrou marcas no corpo de Oleg. Poderia nos contar mais sobre isso?

Respirei fundo, tentando manter a calma enquanto falava.

— Quando Oleg chegou, ele estava visivelmente assustado e machucado. Fui buscar roupas limpas para ele depois do banho e vi as marcas. Eram hematomas e cortes... marcas que reconheço bem — minha voz falhou momentaneamente, e Dominic apertou minha mão em solidariedade.

Robert olhou para mim com compreensão e depois voltou sua atenção para Oleg.

— Oleg, você gostaria de ficar com Harry e Dominic por enquanto? Podemos providenciar ajuda e garantir que você fique seguro.

Oleg olhou para mim, seus olhos cheios de esperança e medo. Ele assentiu lentamente.

— Sim, senhor. Eu gostaria disso — respondeu, a voz quase um sussurro.

Robert sorriu e fez mais algumas anotações antes de se levantar.

— Vamos cuidar de tudo, Oleg. Você está em boas mãos. Harry, Dominic, vou precisar de alguns documentos e informações para formalizar a guarda temporária. Também providenciaremos suporte psicológico para Oleg.

Enquanto Robert organizava os papéis, senti um peso enorme ser retirado dos meus ombros. Oleg estava a caminho de um lugar seguro, e eu estava determinado a fazer tudo o que fosse necessário para garantir que ele tivesse um futuro melhor.

Quando saímos do escritório, o sol da tarde brilhava forte, iluminando nossos rostos. Oleg caminhava ao meu lado, ainda apreensivo, mas com um pequeno sorriso começando a surgir.

— Vamos para casa, Oleg — disse, passando o braço ao redor dos seus ombros. — Temos uma nova jornada pela frente, e vamos enfrentá-la juntos.

Dominic sorriu para nós e Michael nos deu um aceno de aprovação antes de se despedir. Voltamos para casa com um novo senso de propósito e determinação.

A chegada em casa foi acolhedora. Milo e Daniel correram para saudar Oleg, e rapidamente começaram a brincar juntos no quintal. A visão deles brincando despreocupadamente trouxe um calor ao meu coração.

Mais tarde, enquanto preparávamos o jantar, Dominic e eu conversamos sobre os próximos passos. Haveria desafios pela frente, mas sabíamos que, com amor e apoio, poderíamos superar qualquer obstáculo.

Naquela noite, enquanto observava Oleg dormir pacificamente, senti uma profunda sensação de gratidão. A jornada estava apenas começando, mas estávamos prontos para enfrentar qualquer coisa, juntos.

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Dom me puxou para o sofá e caímos sentados. Ele ligou a televisão, mas a nossa atenção estava longe da tela.

— Acha que as coisas vão dar certo? — Dom perguntou, a preocupação evidente em sua voz. — Eu vi como você ficou quando o Oleg falou da situação dele. Se quiser, eu posso resolver tudo com o Michael sem que você precise se envolver.

Balancei a cabeça, sentindo o peso das memórias e das responsabilidades.

— Eu posso aguentar tudo — respondi, tentando convencer a mim mesmo tanto quanto a ele. — Eu ainda tenho os traumas que meu pai me deixou, mas tinha meus tios para me ajudar com isso. O Oleg não tinha ninguém. E mesmo que agora ele tenha a nós, eu não posso deixá-lo sozinho nessa.

Dom me olhou com olhos compreensivos, sabendo que essa era uma batalha pessoal tanto quanto uma luta por Oleg.

— Eu sei que é difícil para você — disse ele suavemente. — Mas não precisa carregar tudo sozinho. Estamos aqui para ajudar. Michael, eu, e até mesmo Milo e Daniel, todos nós estamos nessa juntos.

Suspirei, sentindo o alívio de compartilhar o peso da responsabilidade, mas ainda carregando a sombra do passado.

— Obrigado, Dom. Sua presença faz toda a diferença. Só... preciso de tempo para processar tudo isso.

Ele assentiu, apertando minha mão.

— Sempre estarei aqui para você. Para nós.

O silêncio que se seguiu foi confortável, carregado de compreensão mútua. Aos poucos, a tensão começou a se dissipar, e a rotina da noite tomou conta. A televisão murmurava em segundo plano, mas meus pensamentos estavam voltados para Oleg e para o futuro que estávamos tentando construir.

— Vamos fazer o possível para que Oleg tenha uma vida melhor — disse Dom, quebrando o silêncio. — E para que você encontre a paz que merece.

Assenti, sentindo uma nova determinação crescer dentro de mim. Juntos, poderíamos enfrentar qualquer coisa.

Enquanto a noite avançava, fiquei observando Dom, sentindo-me grato por ter alguém tão dedicado ao meu lado. A jornada não seria fácil, mas com ele, Michael e a nossa pequena família, eu sabia que poderíamos superar qualquer obstáculo.

Naquela noite, ao deitar na cama, segurei a mão de Dom, encontrando conforto em seu toque. Estávamos prontos para enfrentar os desafios que viriam, unidos por um propósito comum e um amor inabalável. E com essa certeza, finalmente consegui encontrar um pouco de paz em meio ao caos.

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Gostaram?

Até a próxima 😘

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