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Capítulo Sete

Harry Heart:

Ainda olhando para Dominic em completo silêncio, percebi que alguns dos convidados também aguardavam alguma reação minha.

As cortinas se fecharam, e minha tia Sofia subiu ao palco com um segundo microfone na mão.

— Uma linda música, mas vamos deixar que os dois resolvam seus assuntos sozinhos — disse tia Sofia, tentando acalmar a situação. — Agora vamos ao vídeo das nossas fotos.

A atenção dos convidados foi desviada para o vídeo, mas eu continuei olhando para Dominic. A sala parecia se fechar ao nosso redor, deixando apenas nós dois no centro de tudo.

— Dominic... — sussurrei, tentando entender a presença dele ali. — Por que você voltou? Como? — Perguntei, ainda em choque e tentando acalmar minha mente lentamente. — Só posso estar sonhando, depois de tanto tempo.

Ele pegou minhas mãos, acariciando-as suavemente. Durante cinco anos, desejei sentir seu toque novamente, e agora, finalmente, ele estava ali, tão real.

— Não é um sonho — Dominic disse, sorrindo amplamente. — Realmente, voltei para Atlanta! Voltei para você, Harry.

Desliguei o microfone, acreditando que meus tios estavam tentando ouvir a conversa. Coloquei-o em cima do piano e, impulsivamente, dei um tapa no rosto de Dominic.

— Por que você fez isso? — perguntei, minha voz tremendo de raiva e alívio misturados. — Você não sabe o quanto eu sofri? — As palavras saíram num sussurro, carregadas de anos de dor e saudade reprimida.

— Julgo que merecia esse tapa — Dominic falou, esfregando o rosto onde foi atingido. Comecei a dar vários socos seguidos em seu peitoral. Por ser mais forte, aposto que ele mal sentiu.

— Seu idiota, sabe quanto tempo fiquei esperando você voltar? — gritei, atingindo seu peito com cada palavra. — Pensei que você iria me esquecer, que teria os mesmos pensamentos que meu pai tinha sobre mim, que eu não sou bom o bastante para nada.

Parei de bater nele e encostei a cabeça em seu peito, enquanto Dominic se mantinha em silêncio.

— Sabe o quanto queria esquecer você? — falei, sentindo as lágrimas encherem meus olhos. — O tempo todo, queria esquecer você e poder viver minha vida sem acreditar em uma promessa vazia. Mas fiz uma promessa de que esperaria por você.

Ele levantou meu queixo lentamente, forçando-me a olhar em seus olhos.

— Uma vez li em um livro que quem mais demora a fazer uma promessa é quem a cumpre mais rigorosamente. O autor é Jean-Jacques Rousseau — disse Dominic, me abraçando com força. — Minha promessa ainda vale, Harry. Meu maior amor sempre será você e só você.

Seu abraço era um refúgio, e pela primeira vez em anos, senti a possibilidade de um futuro.

Porque me mantenho na esperança de que isso seja verdade, agora consigo compreender uma frase que li uma vez:

"A esperança é a poesia da dor, é a promessa eternamente suspensa diante dos olhos que choram e do coração que padece."

— Sei que mudamos muito, mas quero de verdade conhecer esse Harry que até canta em público — Dominic falou, e eu me afastei dele. — Quem é esse Harry que olha para todos com uma vontade sem igual, onde a esperança vive dentro dele?

Fiquei com vergonha e Dominic riu.

— Vejo que ainda tem vergonha de ser elogiado — Dominic disse. — Pelo menos ainda contém um traço do Harry que conheci no passado.

Levantei os olhos lentamente e vi um brilho sem igual nos dele, uma mistura de pura curiosidade e sinceridade. Naquele momento, percebi que, apesar de tudo, Dominic ainda via algo especial em mim. Algo que talvez eu mesmo tivesse esquecido.

— Vamos colocar a conversa em dia depois. Para de tentar me fazer ficar envergonhado — falei, mostrando que, de fato, mudamos muito em cinco anos.

O Dominic e o Harry adolescentes se afastaram e cresceram, tornando-se adultos que sabem o que desejam.

Lembrei-me de uma frase que minha mãe recitou antes de morrer:

"Voltar a viver antigas ideias não é uma opção quando se está bem agora. Se ficou para trás, significa que houve um motivo para não fazer parte do seu presente!"

Será que realmente posso considerar a ideia de voltar a me envolver com Dominic?

Seria uma boa trazer as ideias do passado, que tinha com ele?

Será bom para mim e Milo tê-lo em nossas vidas? Dominic não vai me abandonar junto do nosso filho, assim que seu pai surgir e tentar nos afastar.

Não posso fazer isso com Milo; a felicidade dele é mais importante do que meus sentimentos em relação ao meu passado.

Não aguentaria ver meu doce filho sofrer ao ver o pai, que mal conhece, ir embora.

Dominic pegou meu rosto delicadamente com as mãos, unindo nossas testas.

— Dom, eu... — comecei a falar, mas ele me interrompeu.

— Sei o que está pensando. Ele não vai nos interromper mais — Dominic disse. — Só seremos eu, você e os meus dois filhos.

Afastei-me rapidamente dele, encarando-o.

— Você teve filhos? — perguntei, surpreso. — Mas pelas notícias, não parecia que você estava se relacionando com ninguém.

— Adoção. Ambos são filhos de amigos que fiz na Europa. Ninguém sabe da existência deles para que não tentem machucar com notícias ou envolver minha carreira. Meus amigos morreram em um acidente de carro meses atrás, então, como as crianças não tinham familiares, eu as adotei discretamente — Dom falou, pegando o celular e desbloqueando-o. — Lembra que eu dizia que sempre quis ter três ou quatro filhos?

Ele me mostrou uma foto de uma bebê de pele morena e um garotinho coreano de seis anos, junto a um filhotinho.

— Essa é a Ayla, tem cinco meses, e esse é o Daniel, ele tem cinco anos. O cachorrinho se chama Mickey — Dominic explicou. — Seus pais eram pessoas que eu podia chamar de verdadeiros amigos, se importavam comigo e sempre me ouviam quando eu precisava.

— Eles são lindos — falei admirado. — São muito fofos, por que não os trouxe?

— Lembra da Gabriela, a amiga do meu irmão? — Dom perguntou, e eu assenti. — Ela queria muito conhecê-los e meu sobrinho também, então os deixei na casa dela por essa noite.

— O Alex teve um filho? — perguntei surpreso, enquanto Dominic assentia e deslizava o dedo para o lado. — Olha que fofura.

Na foto, havia Alex, irmão mais velho de Dominic, com um garotinho de cabelos escuros e olhos azul-claros tomando sorvete.

— Meu irmão ama incondicionalmente o Cameron — Dominic disse, guardando o celular. — O sonho dele é ser um pai melhor do que o nosso foi e escutar as necessidades dos filhos! O meu também. Daniel e Ayla merecem o melhor.

Antes que pudesse pensar no que dizer, soltei a língua:

— Dominic, será que você consegue realmente estar presente para mim e para Milo, sem deixar que nosso passado ou as pessoas que nos machucaram interfiram?

— Milo? — Dominic perguntou, confuso e com os olhos brilhando de expectativa.

— Eu tive um filho — falei, e Dominic me olhou com intensidade. — Aposto que viu o Milo quando estávamos cantando ou em uma vídeo-chamada.

Peguei o celular do bolso e mostrei a foto do Milo.

— Ele é lindo — Dominic falou, apaixonado. — Você e o pai dele devem estar felizes em ter um garotinho assim.

— Dom, ele é seu filho — falei de uma vez. — Engravidei depois da nossa primeira vez.

— Naquela festa — Dominic falou, se lembrando. — Eu te abandonei com um filho! — Ele abaixou a cabeça. — Me conta o que aconteceu com você nesses cinco anos.

Suspirei.

— Após a festa e você ter ido embora, meu pai me deixou trancado naquele quartinho que tinha na casa dele, sem comida, apenas preso lá dentro — falei, lembrando do passado. — O tempo passou, então um dia meu tio Robin me tirou de lá e descobrimos no hospital minha gravidez. Aceitei isso e fui levando, estudando e trabalhando para cuidar do nosso filho.

— Por que não tentou entrar em contato comigo? — Dominic perguntou, pensativo. — Claro, eu mudei de número, e você deve ter pensado que não iria querer saber de você ou dele.

— Tive muitos medos e acabei deixando a vida seguir — respondi. — Se quiser, podemos tentar seguir juntos, eu e você com nossos filhos.

— Adoraria ter isso, com você e eles — Dominic disse, e eu sorri.

Ficamos ali conversando mais um pouco até voltarmos para a mesa onde os outros estavam com meu filho.

Voltamos para a mesa sorrindo como idiotas. Consegui ver Bianca sussurrar algo para Vinícius. Até imagino o que seja!

Cheguei na mesa e todos olharam para nós dois.

— Gente, esse é Dominic Rosende — apresentei Dominic, e o pessoal fez o mesmo.

Dom olhou para Milo e parecia não acreditar no que via. Virou-se na minha direção.

— É ele? — Dominic perguntou com a voz frágil.

— Sim, é ele — respondi enquanto nos sentávamos à mesa.

Milo pediu colo e ficou olhando para Dominic, curioso, e Dominic também olhava para ele. Realmente, os filhos às vezes são os reflexos dos pais!

— Já faz um bom tempo — Jacob disse, olhando para Dominic. — Pensei que você nunca voltaria.

— Demorei para me livrar do controle do meu pai, e também para juntar dinheiro e fazer o meu próprio negócio! — Dominic falou. — Como iria voltar sem nada, para construir um futuro com o Harry?

Fiquei vermelho de vergonha, e o idiota do Jacob sorriu amplamente ao ver isso.

— Que ótimo, agora não vou ouvir meu primo se lamentar por causa de você — Jacob falou, rindo.

— Por que você construiria uma vida com meu papai? — Milo perguntou.

— Porque eu amo o seu papai — Dominic respondeu, e fiquei ainda mais vermelho.

— Não vou deixar — Milo falou, abraçando meu pescoço. — Só eu vou cuidar do meu papai.

— Mas quero cuidar de você também — Dominic disse. — Vamos fazer assim: nós dois cuidamos do seu papai, pode ser?

Milo olhou desconfiado para mim, que estava mais vermelho que um tomate, e depois voltou a olhar para Dominic, pensativo. Que fofura, ele fica fazendo essa cara, as bochechas cheias como as de um esquilo.

— Pode ser — Milo falou. — Mas o papai é só meu.

— Pode deixar, ele é todo seu — Dominic disse para nosso filho e sussurrou no meu ouvido: — Ele lembra muito você quando era mais novo — se afastou e continuou. — Igualzinho mesmo, fala que não lembra no comportamento!

— Não, você era mais revoltado! — respondi. — E seus cabelos eram mais rebeldes, já estariam revidando se alguém não fizesse algo que você quisesse.

— Você me conhecia tão bem — Dominic disse, como um bobo apaixonado. — É bom estar de volta, para você! Minha melodia.

— Que romântico, mas tenho uma pergunta — Bianca falou, pensativa. — De onde veio o nome Fantasma Pianista?

— É uma homenagem ao Harry — Dominic explicou. — Já que ele ama o Fantasma da Ópera e me fazia assistir à peça quando tinha uma na cidade ou ler o livro que se baseou.

— Sabia que alguém seria mais original que isso, só tirou "Ópera" e colocou "Pianista" — Jacob falou. — Agora acredito que o amor pode durar anos e ainda deixar a pessoa doidinha.

Dei um tapa no ombro de Jacob, mas acabei rindo.

**********************

Todos comiam e conversavam, enquanto tia Sofia e tio Robin circulavam, falando com cada mesa de convidados.

Olhei para o palco e reparei em uma figura no último degrau. Ele usava um capuz preto, escondendo seu rosto.

Ele pegou o microfone que estava no piano e se virou para os convidados, atraindo a atenção de todos.

— Que linda noite, não é? — perguntou o homem, com uma voz que parecia um pouco bêbada. Meus nervos se contraíram de pavor; sempre reconheceria essa voz. — Que triste que minha família não me convidou.

Ele tirou o capuz e revelou o rosto do meu pai. Meu coração acelerou; fazia tanto tempo que não o via de perto, mas o pavor ainda era o mesmo.

— O QUE FAZ AQUI? — tio Robin gritou, furioso.

— Calma aí, Robin — Benjamin Heart falou. — Entrei de penetra só para vir dar a vocês um presente bem sincero do meu próprio coração — sorriu perversamente. — Sofia, sabia que o Robin tem um segredinho muito sujo?

Tia Sofia olhou do marido para Benjamin, que bêbado, tirou uma pasta de dentro da blusa.

— Imaginem a minha surpresa ao descobrir que o irmão da minha falecida esposa teve a coragem de trair a própria esposa — Benjamin falou, e tio Robin saiu do choque inicial, correndo em direção ao palco. — E com uma mulher bem mais jovem e atraente.

Tio Robin chegou ao palco e deu um soco com toda a força no rosto do meu pai. A pasta que ele tinha em mãos caiu no chão. Meu tio continuou a socá-lo cada vez mais.

Levantei do lugar junto com Vinícius e várias outras pessoas com crianças, saindo dali. Alguns convidados tentavam separar tio Robin e meu pai, que começava a revidar os socos.

Axel e Milo choravam, assim como outras crianças que dormiam há poucos minutos.

******************

Depois de separar os dois, alguém chamou a polícia, e eles levaram o demônio do meu pai embora.

Tia Sofia estava com as fotos na mão, enquanto uma mulher ruiva cuidava dos ferimentos do tio Robin. Alguns convidados foram embora, e minha tia jogou as fotos no chão antes de ir para o meu carro.

Jacob foi em direção ao pai, e quando vi, meu tio estava no chão novamente, com Jacob o socando.

— Como pode? — Jacob gritou. — Tenho nojo de você!

Queria ir até ele e impedir, mas lembrei de Milo.

— Vem, vou levar você para casa, sua tia também! — Dominic disse, e vi que tia Sofia estava dentro do meu carro, tremendo. — Você não está emocionalmente preparado para dirigir, assim como sua tia e primo!

Não respondi, apenas entreguei a chave a ele, esperando Jacob vir também. O caminho até em casa foi silencioso, com Milo chorando de medo pelas horas que passou antes.

Ele e tia Sofia me preocupavam, pois, enquanto um chorava, o outro só tremia.

Como meu tio pôde ter feito isso?

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Gostaram?

Que coisa horrível o Robin fez!

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