n/a: Genteee, eu vou aparecer do nada e jogar esse cap. porque amanhã eu trabalho, ai tenho que dormir hahahah mas em breve vou postar outro cap. explicando tuuuudo. Beijos, bom estar de volta. 

Música: Do not disturb, Drake (musicassso amigos - não tem link do youtube porque o Drake tem um sério problema de direitos autorais e tudo que não é do vevo dele tem o áudio alterado, se não é excluído, então se possível escutem no spotify porque vale a penaaa) 

@amnd_69 seu desejo é uma ordem ;)

 Capítulo 81 – Cada um com o seu cada qual

Parei e pensei por instantes antes de bater na porta. Eu tinha um plano, eu deveria ter um plano. Respirei fundo tentando expulsar a minha vontade de entrar no quarto mandar o Louis pra aquele lugar e sumir desse hotel, de tudo.

-Jessy, a que devo a honra de sua ilustre presença? – Louis disse ao encostar a porta atrás de nós. – Se me permite...

Todo o odor do quarto fez sentido quando ele voltou ao isqueiro para acender o que era, aparentemente, um baseado.

-Fique à vontade, o quarto é seu, a banda, a turnê... – disse tentando administrar a minha raiva.

- E então? – Louis disse depois de soltar a fumaça e perfumar o ambiente novamente.

-Hm, eu acabei de conversar com o Zayn e ele não me mandou nenhuma carta, sabe. Queria saber se você sabe de algo. – cada palavra friamente calculada. Comemorei mentalmente o fato de não ter atropelado tudo.

A minha fala parecia ter sido cômica, ou algo do gênero, porque a reação do Louis foi gargalhar. Meu sangue parecia estar esquentando. Mordi os lábios, cerrei os punhos como alguma tentativa de autocontrole esperando que a estúpida crise de risos do Louis passasse. Alguns instantes depois, retomando o ar e não abandonando o sorriso, ele declarou simplesmente que havia sido ele, mexendo na bagunça do Zayn.

-Aquele papel estava lá, tinha o seu nome. Só encaminhei para o remetente. – a tranquilidade com que o Louis falava parecia só incrementar a minha raiva.

-Caralho, Louis, sério, qual o seu problema?

-O meu? Nenhum, querida. O Zayn estava na merda, você decidiu sumir pra só Deus sabe onde, a carta estava ali e dizia várias paradas. Enfim... esse noivado, você sabe, você conhece o Zayn... não significa nada... – e lá estava o Louis explicando como se falasse de qualquer trivialidade enquanto fumava aquele cigarrinho e jogava toda a fumaça na minha cara.

-Sabe, Louis, não importa o que estava na carta, que você nem deveria ter lido. Começa por ai. A decisão de mandar essa carta não era sua, isso é tão simples, até um idiota como você sabe. Não era da sua conta, não é. – e a partir dali, depois de receber fumaça na cara, risada irônica, essa era a Jéssica irritada que estava tentando meditar no elevador pra não explodir. Tarde demais.

- Na moral, Jessica. Eu sou idiota o suficiente pra ouvir aquele monte de mimimi sobre como você ainda gosta do Zayn e ficou mexida com a porra da carta pra me chegar aqui e dar pro Harry. Sério. Eu que sou idiota e fico alugando o meu ombro pra você. Cresce, supera. Será que depois daquele monte de merda que deu você ainda não sabe quem é o Harry?

-Ai meu Deus, quem mencionou o Harry? O que isso tem a ver com ele? Ou melhor, nada disso é da sua conta. Sério, Louis. – respirei fundo, tentando recuperar a sanidade e colocar na minha cabeça que aquilo era um Louis chapado que abduziu o meu melhor amigo.

-Ótimo, nada disso é problema meu mesmo. São todos seus e você cria eles sozinha, nem precisa da minha ajuda. – ele disse isso seguido de mais uma risada irônica.

-Se você não se lembra foi você que me apresentou todas essas pessoas. – e o meu tom de voz estava cada vez mais elevado, em breve eu estaria gritando, sem dúvida.

-Você não precisar ser amiga dos meus amigos, isso é uma escolha sua. – olhei pro Louis tentando entender o que ele estava falando e que rumo essa conversa tinha levado enquanto ele fumava enquanto usava o celular e fazia outras coisas que não olhar pra mim.

-Também não preciso ser sua amiga, não mesmo, não pra ficar ouvindo esse monte de merda de você. – disse irritada e planejava fazer dessa frase a minha frase final, de efeito e sair do quarto.

-Eu disse alguma mentira? - e o Louis decidiu rebater a minha frase de efeito. – Não quero te chatear, mas só falei verdades.

-Ai Louis, sério, pega esse monte de verdades e faz sabe o que?

-Enfiar no cú? Sério Jess, quantos anos você tem? – e lá estava o Louis rindo de mim de novo, o que me deu uma nova vontade de socar a cara daquele retardado, mas me contive, pensando mais nas fãs que veriam ele mais tarde.

-É sério, da próxima vez cuida da sua vida, obrigada. Ah, e apaga isso, você não vai querer aparecer chapado no show, né. – sugeri, casualmente, como se não quisesse matá-lo.

-Sabe que eu não me importo? Como você mesma disse, cuida da sua vida. – Louis rebateu.

-Boa sorte, espero que as fãs e a mídia descubram o quão babaca você é. – soltei sem pensar. Acho que a última coisa que eu tinha feito dentro daquele quarto foi pensar.

Sai do quarto com vontade de desaparecer, mas o que fiz foi começar a chorar, vendo 20 anos de amizade indo pelo ralo por causa das minhas confusões amorosas. Tudo começou por causa do Louis, desde o dia que pisei naquele maldito flat, e por causa dele estava acabando. A minha vontade real, depois de chegar no meu quarto, secar minhas lágrimas, era sinceramente acabar tudo aquilo ali. Deixar aquele hotel e deixar tudo que me ligava ao Louis, ao One Direction. Amaldiçoei a minha viagem ao Brasil, as minhas escolhas, a noite passada com Harry, a minha conversa com o Zayn, a discussão com o Louis.

Respirei fundo, a última coisa que eu queria era ficar pra assistir esse show. A última coisa que eu queria era ficar. Peguei o meu telefone e liguei pra companhia aérea torcendo em conseguir trocar a passagem por um custo menor do que o meu rim, o que deu mais ou menos certo. O valor da trocar era quase de uma nova passagem pro Brasil, mas como eu não tinha arcado com o custo da passagem, achei que era hora de eu arcar com as minhas escolhas. Eu queria ir embora e era isso que eu faria.

Ainda faltavam horas para o voo, mas arrumei as minhas coisas e fui para o aeroporto. Passei pelos corredores do hotel sem encontrar ninguém, felizmente, mas não escapei do grito das fãs, que aparentemente gritavam para todas as pessoas que cruzavam a entrada do hotel. Avisei por mensagem que iria embora para Gemma antes que ela mandasse a polícia atrás de mim e ela espalharia o recado pra quem ela achasse conveniente.

Encostei a cabeça no assento do táxi e ia olhando o mar, as coisas, tudo ficando pra trás, menos as lembranças de agora a pouco. Indo e voltando.

Depois de horas de espera e de voo, lá estava eu em Londres, entrando no apartamento do Louis para pegar as minhas coisas. Mesmo mal tendo consegui pregar o olho no avião eu não poderia ficar nem mais um dia no apartamento do Louis, não depois daquele discussão estúpida e do silêncio brutal após da discussão, nem uma mensagem dele ou de ninguém além da Gemma, sentindo muito por eu ter que ter voltado mais cedo por causa do meu "trabalho", claro.

Eu estava morta, acabada, exausta. Porém, mais uma vez lá estava eu dentro de um táxi, amaldiçoando o clima glacial de Londres e já sentindo falta daquele clima tropical maravilhoso do Rio ou da minha paz anterior. Encostei a minha cabeça e era quase certo que eu cochilaria, pois iriamos para o outro lado da cidade. Chegando em Brixton o taxista me avisou, me acordando do meu pequeno cochilo. A rua estava cheia, ainda eram duas da tarde de uma sexta-feira e a única vontade que eu tinha era chegar logo pra tomar um banho e dormir.

Chegando ao meu destino eu sabia que a minha sorte (ou melhor, azar) não iria me trair, tocando a campainha, a porta foi aberta:

-Jess, entra aí. – Alex me recebeu com um sorriso (lindo de morrer, sim) e um abraço apertado. – Giovanna tá na faculdade, daqui a pouco ela tá chegando aqui. Sinta-se em casa. 

  n/a: não me odeiem nem odeiem o Louis. Fé que tudo vai dar certo. Vou e volto <3 Love youuu

Maria Clara