Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 72 - Metade mar, metade saudade

n/a: olááá... esse capítulo foi meio repentino, mas ta tudo certo. Dedicaria pra todas vocês, mas não tem como não dedicar para a aniversariante mais louca e sensacional leticiajacques . Só pra não perder o costume, ai vai um capítulo de presente de aniversário pra você, te amo um tantão assim, não tem como não ser grata eternamente ao wattpad !

  Ahhh, a música do cap. é Home da Gabrielle Aplin! Espero que gostem...

Cap. 72 – Metade mar, metade saudade

Talvez eu não conseguisse descrever a sensação de pisar em um lugar novo, inspirar todo aquele oxigênio a quilômetros de distância do que eu chamava de casa, que agora provavelmente é só mais um apartamento na página dos classificados pra alugar. Talvez, não, eu não consigo mesmo. Podemos juntar várias palavras sem nunca conseguir explicar para o outro porque sua cabeça nunca pareceu tão no lugar e seu corpo tão leve, apesar do cansaço de sucessivas horas de voo, trajetos longos de ônibus, até mesmo de barco.  Porque tudo parece tão maravilhoso, mesmo quando se está perdida no centro de Bancoque com toda a equipe e simplesmente rir disso? Não há qualquer explicação lógica para a experiência incrível que é viajar. 

 Obviamente nem tudo é fantástico, maravilhoso, sempre passamos os clássicos "perrengues", pedir um prato do cardápio imaginando "X" e receber "Y", a língua completamente indecifrável, culinária exótica, fuso horário, cansaço, saudade. 

                         
                         Depois de quase dois meses a língua tailandesa estranha soava como música, e já estava apreciando a culinária que antes era exótica. A ideia do estágio era auxiliar nas gravações e na construção dos roteiros, acordávamos às 7:00 de segunda a sábado e domingo era a minha "folga", dificilmente não havia nada especial a ser gravado no domingo. Ou seja, era um trabalho em tempo integral pulando de cidade em cidade. Para isso contávamos com um guia tailandês: Khalan. Ele tinha mais ou menos a idade do meu pai, imagino (por volta dos 50 anos) e trabalhava como guia há mais de 30 anos.  Nos tirou de muitas furadas e ainda colaborava muito com o roteiro, dando dicas e sugestões. Conhecer a Tailândia orientada por um morador local estava sendo incrível.

                Ficamos um mês em Bancoque. Uma cidade tumultuada, barulhenta e bagunçada em todos os sentidos. O trânsito caótico, poluição visual, pouca infra-estrutura e muita pobreza. Um contraste gritante com Londres. Era triste, porque o povo era muito receptivo e simpáticos enquanto muitos viviam em situação de miséria. Foi um choque de realidade. Nos deparamos com construções de todos os tipos, desde templos antiquíssimos a construções modernas. No final das contas, eu até que tinha gostado, mas definitivamente não me mudaria pra lá. 

                O momento atual da viagem, definido por mim como estado de paz, era na ilha de Phi Phi. Depois de dias pulando de ilha em ilha, paramos por uma semana nessa ilha de nome engraçado. Definitivamente a palavra para definir esse lugar era PAZ. 

Brisa do mar batendo nos meus cabelos, céu azul, mar verde cristalino. Deitada na esteira pegando sol, ouvindo qualquer música que meu iPod quisesse. Ah isso é paz. Minha mãe riu a primeira vez que disse que me mudaria pra cá,  mas ela acha engraçado porque nunca teve a chance de experimentar a paz que é esse lugar. Oposto gritante de Bancoque, aqui eu moraria. Não sei por quantos dias a paz começaria a se tornar incômodo, mas por enquanto estava ótimo. Já era o nosso quarto dia e como era domingo, até o presente momento, aproveitava minha folga da melhor maneira possível: fazendo nada. E nesse paraíso terrestre fazer nada era ainda mais gostoso. 

                Estava tranquila pegando um sol, quando alguém bate na minha cabeça que estava tampada pelo chapéu.

-Madame, ligação pra você. - Karen disse debochando do meu estado atual. Olhei a questionando quem seria e ela deu de ombros. Levantei-me da esteira sacudindo um pouco da areia, vesti minha camiseta e me direcionei a recepção do resort.

Agradeci ao me entregarem o telefone, e ao colocar no ouvido me surpreendi.

-Alô?

-Sua nojenta! - sim, ele estava berrando. - Como você ousa ir pra Tailândia e não avisar?

Eu sabia que minha mãe não ia conseguir guardar segredo, sabia.

-Eu estou bem Louis, obrigada. - gargalhei com a sua reação.

-Megera, fiquei doido  atrás de você. Quase arrombei a porta do seu apartamento. -exagerado.

-Desculpa... Foi bem infantil da minha parte, admito. Não vai se repetir, Louisito.

-Promete?

-Prometo. - disse firme. - Se alguém perguntar por mim pode dizer que to aqui, ta?

-Como se alguém perguntasse.

-Chato! Retiro tudo o que disse! - fiz birra.

-Brincadeirinha, Giochata já falou pra todo mundo. - ri do apelido, Louis era mesmo uma criança. Espera, Giovanna falou o que? Pra todo mundo quem? 

- Ela tem saído com a gente, ela e o Niall são amigos agora, ou outra coisa, quem entende... - em seguida ele esclareceu.

Aquela traidora, nem me disse nada. É, Giovanna precisaria me atualizar sobre algumas coisas.

-Mas me conta desse estagio! Como esta sendo? - expliquei rapidamente pra ele. - Uau, parece férias, troca de trabalho comigo.

-Não curto sua equipe. -brinquei.

-Aham, tanto que já pegou 3 dos 5. – Louis não sabe brincar. Ele disse e em seguida começou a rir escandalosamente.

-Valeu Louis, nos falamos no próximo século, tchau. - fingi que ameaçava desligar e ele berrou pra me impedir. Segurei o riso pelos segundos que consegui até começar rir, sendo acompanhada por Louis.

-Jessy, Jessy, você tinha que ir pra tão longe, hein? - ouvi sua respiração pesada transparecer pela linha, em seguida soltou uma risada abafada. - estou com saudade.

-Também estou, Lou. – senti um aperto no coração, e acho que tinha nome certo: saudade.

-Quem sabe eu e Ms. Calder não vamos ai te fazer uma visita, estava mesmo pensando em viajar no ano novo. - verdade, o ano estava praticamente no fim e eu não me dei conta.

- Quer dizer que tem alguém aqui namorando de novo, né? Vocês dois não tem solução. - brinquei com a notícia.

- O que eu posso fazer se ela não resiste a mim? - revirei os olhos deixando escapar uma risada.

- Menos Louis, muito menos. - alertei-o.

Poderíamos ficar séculos conversando, mas eu estava em pé na recepção do resort só com um camisão e os pés cheios de areia. Nos despedimos e eu disse que mandaria notícias.

A ideia de não avisar para os meninos nunca me pareceu tão idiota quanto nesse momento. Me senti praticamente como uma criança brincando de pique-esconde do outro lado do mundo. Ri de mim mesma, que bom que estava amadurecendo pelo menos.

Voltei pra minha praia, mas notei que Karen havia roubado minha esteira. Parei ao seu lado fazendo sombra e pigarreei.

-Foi namorar, perdeu o lugar. - ela mostrou a língua. Agradeço todos os dias a Deus por ter uma chefe tão madura, uau. Ri do seu comentário e me deitei na esteira ao lado.

-Vai me contar mais do seu namorado ou? - ela me olhou com um olha ameaçador, comecei a temer por ficar em silêncio.

- Eu não tenho namorado, primeiramente, Louis é um amigo de infância... - mostrei a língua. Adorava o grau de intimidade que existia entre eu e minha chefe, sério. Parecíamos amiguinhas da escolinha. Isso porque ela tinha quase 35 anos de idade.

-Hm, Louis.... - ela parecia analisar a grande informação que era o nome do Louis. - prossiga.

Ela ordenou.

-Não esqueça que sou sua chefe. Desligamentos de estagiários acontecem com uma frequência que você nem imagina.

-Você é perversa, sério. -disse fazendo-a rir e negar em seguida. -Estudamos juntos desde os três anos de idade e éramos vizinhos de porta. Nos mudamos pra Londres praticamente na mesma época. É isso.

Na verdade tem muito mais que isso, mas vamos deixar em off a parte da amizade colorida e todo o resto.

-Ele também estuda na LAA? - neguei com a cabeça.

-Ele é músico. - talvez pop star definisse melhor, mas preferi não polemizar.

-Ah sim. Então, essa é a hora que você começa a falar do seu ex namorado. - cara de pau. Ri do seu comentário e fiz uma careta. - Ta bem, pode contar dos seus rolos com o Louis, que está de bom tamanho por enquanto.

Ficamos jogando papo fora até o sol se por, que foi um espetáculo, diga-se de passagem.

-Hein, se arruma que hoje a equipe vai dar uma saída e você é da equipe, caso você tenha se esquecido. Nem me venha com a desculpa da dor de cabeça. - como eu amo a sutileza da minha chefe.

Tomei um banho, coloquei uma saia longa florida com tons de azul e verde , a mais nova peça que me apaixonei na viagem,  uma regatinha branca e uma rasteirinha gladiadora marrom escuro. Maquiagem reduzida a um pouco de máscara para cílios e um batom cor de boca, brinquinho pequeno e algumas pulseiras. Deixei meus cachinhos caírem sobre meus ombros e estava pronta.

Encontrei o pessoal na recepção, que se resumia a 6 pessoas, notei que ainda faltavam algumas. Sentei-me sobre o sofá e lembrei-me da ligação de mais cedo e um sorriso se abriu em meu rosto, estava feliz por ter falado com o Louis, eu deveria ter ligado antes. Tenho que tentar compreender mais essa minha necessidade de afastamento, ela já estava tomando contornos patológicos, balancei a cabeça, estava na hora de parar com isso.

Luccas, o direto de fotografia, me chamou fazendo com que eu acordasse das minhas divagações.  Iríamos a uma cabana na beira da praia que teria música ao vivo. Fomos andando pela areia mesmo e já podíamos avistar algumas luzes esverdeadas. A música que tocava era animada, mas não conseguia identificar  que ritmo era aquele, música tailandesa quem sabe? 

O grupo ocupou um canto do local fazendo uma rodinha e comentavam animados sobre algumas histórias engraçadas que já haviam acontecido em filmagens como por exemplo o elefante que saiu andando com a Karen na índia, ou quando um dos cameras man, no caso o George, esqueceu a câmera gravando e flagrou Jimmy, que é quem controla as finanças, dançando sozinho Single Ladies da Beyoncé.

-Tudo mentira. - Karen se infiltrou na rodinha. - Não acredite nesses homens, Jessica. Não valem um centavo.

Ela foi solenemente ignorada, foi quando começou a liberar os podres deles. Foi hilário ela contando quando George quebrou a privada em um restaurante muito chique em Milão e jorrou água pra fora do banheiro. Todos riam muito enquanto ele se acanhava. Os dois, inclusive, Karen e George, eram casados. Adorava aquele casal. Já era fã dos dois,era incrível como eles conseguiam conciliar tão bem e, quando necessário, separar vida pessoal e trabalho.

Talvez fosse impossível falar em qualquer casal e não me lembrar do meu último relacionamento e o olhar do Zayn não tomar conta da minha mente. Pensei que ele amaria estar aqui, amaria a Tailândia. Encarando Karen e George pensei que relacionamentos deveriam ser assim, fáceis, leves. E acabei concluindo que meu namoro nunca tinha sido assim.

 Pensei melhor e talvez eu apenas estivesse procurando uma razão para ter acabado, como se tudo na vida devesse fazer parte de uma cadeia lógica, como se a explicação “não era pra ser” nunca fosse o bastante. Encarando o mar, bebendo meu drink de maracujá, conclui que nem tudo precisava ter uma explicação. O mar era gigantesco, misterioso e eu não precisava de explicação nenhuma sobre ele para estar apaixonada por ele.Olha isso: eu estava na Tailândia, com certeza não haveria nenhuma cadeia racional que explicasse exatamente porque eu estava ali naquele momento e não em Londres. Talvez os porquês não fossem tão importantes, ou fossem, não sei.

Eu sabia de poucas coisas, cada dia novo aqui era dia de desaprender algo e mesmo assim me tornar mais sábia. Sabia que amava o barulho do mar, que estava com saudade de casa, mas não do meu apartamento ou da casa dos meus pais em Doncaster, mas do “Bom dia” da minha mãe, do beijo de boa noite, da risada do Louis, da cara de brava da Giovanna, do sotaque do Niall, dos conselhos do Liam, do jeito implicante do Harry, do olhar do Zayn.

Lição de hoje pra vida toda: casa não é um lugar físico, mas onde reside o seu coração.

N/a: admito. Esse cap não é o mais legal do mundo, mas tava meio emperrado, então achei melhor postar o que já tinha do que fazer vocês estarem séculos. Mas prometo que termos mais ação no próximo. Beijos, boa noite!!

Maria Clara

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro