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Capítulo 67 - O que sobrou de nós

N/a: olá todasss! Como estão? Então, sobre o capítulo: entendedores entenderão hahah A música pra essa cap. é Angels, do The XX. Espero que gostem...

Cap. 67 - O que sobrou de nós

-Terra para Jess, você está ai? - Vi Evelyn balançando escandalosamente o braço me fazendo acordar do transe ao qual estava passando. - Nós só temos mais 15 minutos de almoço e você nem encostou no seu macarrão.

Olhei para a comida praticamente intocada a minha frente e senti meu estômago embrulhar, eu não estava com nenhuma vontade de comer aquilo ou qualquer coisa.

-Não sei, to meio sem fome. - tentei me explicar.

-Ah para com isso, menina. Você tem que comer alguma coisa, reagir. - agora Eve estava sacudindo meus ombros. Fiz uma careta e questionei: reagir?

-Não é como se eu estivesse sem falar com o meu namorado por dias ou nada, eu estou bem, está tudo maravilhoso. - afastei o prato e me debrucei sobre a mesa.

-Ok, está tudo uma merda mas não por isso que você vai ficar sem comer. Levanta, vai. - e lá estava ela mais uma vez me sacudindo.

-Muito obrigada. - disse irônica depois de me erguer. Eve empurrou o prato pra perto de mim e ficou me olhando incisiva até que o poder do olhar dela me fez pegar o garfo e comer um pouco mais da metade, já estava de bom tamanho.

Estávamos escovando os dentes quando Evelyn se manifestou sem mais nem menos:

-Já sei, hoje depois daqui nós vamos naquele pub que tem aqui na frente. Você precisa se distrair! - eu fiz uma careta, sim. - Não aceito não como resposta.

-Eu não estou no clima, certeza que serei uma péssima companhia. - disse terminando de guardar minhas coisas na necessaire.

-Não me importo, não quero saber. - ela disse praticamente como um mantra.

Cada uma foi pra sua sala, pois Evelyn era estagiária do setor de mídia e publicidade, enquanto eu estava com a parte da produção. O tempo se arrastou, não havia muita coisa para fazer, o que, para a minha infelicidade, me dava tempo de sobra pra pensar. Apesar de que eu deveria pensar, essa era a "ideia".

Parecia que tinha sido ontem a festa na casa do Harry, a discussão com o Zayn, a conversa com o Louis e todo o resto. Resto, eu digo, o que foi aquela madrugada. Justamente o que eu não queria pensar. De como o silêncio foi substituído pelos meus soluços.

-Por favor, não chora. - lembro de sua voz em meu ouvido, sua mão afagando meus cabelos.

Talvez naquele momento ele tenha se cansado do meu choro, de mim, pois ele se levantou bruscamente e me ergueu junto com ele. Olhou fixamente pra mim como se questionasse o que estava acontecendo. Então passou sua mão carinhosamente por minha bochecha fazendo que parte da minha tensão caísse por terra. O caminho que seus olhos fizeram por mim, tive vontade de desviar meus olhos e procurar qualquer canto daquele quarto escuro, mas não. Continuei meus olhos fixos no dele como se quisesse entendê-lo, como se eu pudesse, só de olhá-lo.

Vi o movimento do seu tórax e não pude deixar de reparar em cada detalhe, de como a falta de iluminação e a fresta de luz entrando pela janela o deixavam ainda mais atraente. Passei meus olhos sobre cada tatuagem que havia ali fazendo um caminho por seu abdômen. Tive vontade de tocar, como se o meu toque fosse capaz de me responder o que cada tatuagem significava, de me dizer quem era aquele que estava a minha frente, que também me observava.

Tive medo de me mover, mas algo me levou a colocar a minha mão sobre a arma tatuada próximo ao fim de seu abdômen, ao lado direito. Passava de leve a ponta do meu indicador sobre aquele revólver não mais querendo entender nada, mas sim querendo sentir como era tocá-lo mais uma vez.

Vi-o morder o lábio inferior e sua respiração se tornar descompassada. Sua boca se abriu, mas nenhum som audível saiu de lá, talvez ele tivesse tentando dizer algo. Me afastei deixando meu corpo cair sentado sobre a cama, olhei para cima e lá estava ele paralisado, provavelmente estava fazendo o que eu deixei de fazer quando entrei nesse quarto: pensando. Mais uma vez o fotografei com os olhos, percebendo que seu olhar estava perdido em alguma parte de mim. E me questionei porque nenhum dos dois conseguia dizer ou fazer nada, qual era o motivo daquela inércia.

Levei minha mão até minha nuca pra acabar bagunçando meu cabelo, fechei meus olhos por um instante pensando que talvez esse momento pudesse trazer de volta a minha lucidez. Mas ao abrir os olhos encontrei os dele fixos nos meus e vi seu corpo se inclinar para pousar por instantes seus lábios no meu. Sorri ainda fraca por tudo que estava acontecendo, por não ser capaz de compreender qualquer coisa que fosse diferente do fato de que estávamos ali, só eu e ele.

O movimento das minhas mãos foi como involuntário, o empurrei para fora da cama. Ele me olhou confuso e se colocou de pé, devagar me sentei na beirada da cama e assistia minhas mãos fazerem algo que eu não possuía controle algum sobre. Minhas mãos atravessaram suas costas, descendo até encontrarem o zíper da sua calça. Quando me dei conta tanto sua calça quanto minha blusa já estavam no chão e assim uma sucessão de peças de roupas sendo largadas pelo chão daquele quarto enquanto nossas bocas se encontravam desesperadas como se cada beijo fosse o último. Nunca era e nunca tinha fim, nem limite.

-Jessica! - ouvi Robert me chamar de sua sala me fazendo praticamente cair da cadeira enquanto acordava do transe em que as memórias daquela noite me colocavam.

Respirei fundo e balancei minha cabeça como se me arrependesse de tudo que aconteceu naquela noite, como se eu não quisesse aquilo tanto quanto ele queria. Levantei-me e fui praticamente me arrastando até a mesa de Robert para receber uma pasta.

-Convidados da semana que vem. Não precisa ver isso hoje, já está tarde. Pode ir, amanhã você cuida disso. - e ele estava sorrindo pra mim, eu deveria estar deplorável mesmo, porque o Robert estava me mandando ir embora cedo, ele estava com pena de mim. Larguei a pasta sobre a minha mesa sem nem mesmo abrir, como ele mesmo disse, eu veria isso amanhã.

Eu estava com pena de mim mesma, fui ao banheiro dar um "jeito" pra que fosse possível sair na rua se assustar alguma criancinha. Encarei meu reflexo no espelho quando tudo que eu conseguia ver e pensar era naquela noite, respirei fundo mais uma vez e voltei àquele quatro pra encontrar todas as memórias as quais eu por mais que tentasse não conseguia esquecer. Desde aquela noite, flashes nos momentos mais indevidos atravessavam minha mente. Balancei a cabeça como se nada daquilo importasse pra mim, como se aquela noite não tivesse significado algum, mentiras repetidas mil vezes, quem sabe algum dia se tornassem verdade.

Abri a porta do banheiro pra descobrir, para a minha infelicidade, que não havia conseguido despistar a Evelyn. Lá estava ela com sua coisas, encostada na parede, fiquei me sentindo mal por ter mesmo tentado fugir dela, sendo que ela só queria me ajudar. Talvez eu precisasse de ajuda, talvez alguns chopps não fariam mal.

Errado. Os chopps foram a faísca que acenderam o meu pavio. Lá estava eu em uma mesa de pub fazendo confissões sobre o meu namoro para um estranho que simultaneamente dava em cima de mim. Droga, eu deveria ter parado no segundo chopp e ter recusado a dose de tequila. Bufei cansada daquela situação e procurei Eve pelo balcão, fiz sinal de "vamos vazar" e ela confirmou com a cabeça.

Íamos andando para o metrô enquanto ríamos dos acontecimentos da noite. No final das contas, pelo balanço geral, havia sido bom, eu até estava rindo. Apesar de não ter exatamente funcionado para desligar minha mente de tudo que estava a ocupando pelos últimos dias, mas o que eu posso fazer afinal se isso me parecia impossível?

Nos despedimos pois pegaríamos sentidos diferentes. Sentei-me no vagão praticamente vazio enquanto sentia-me fora daquela dimensão, flutuando, o bom e velho efeito do álcool. Em passos rápidos me conduzi ao meu apartamento, tratei de tomar um banho, no qual me esforcei seriamente pra não cair do chão do box, tendo em vista o meu senso de equilíbrio afetado.

Ao me deitar na cama já pronta pra dormir decidi pegar meu telefone, nenhuma notificação além de uma mensagem da minha mãe desejando boa noite. Zayn, "visualizado pela última vez às 10:34 PM", há 10 minutos atrás ele estava online. Meus dedos coçavam, eu queria mandar qualquer coisa nem que fosse um oi, mas eu não podia, nós havíamos combinado:

-Acho melhor darmos um tempo. - ele disse depois de parar de andar de um lado pro outro. Coçou a cabeça, olhou para o chão para depois dizer aquilo sem olhar nos meus olhos. Tive vontade de perguntar o que eu tinha feito de errado, afinal? Porque depois daquela noite ele queria se afastar? Eu sabia, no fundo, que era o melhor, que nada aquilo deveria ter acontecido. Nada disso veio à minha boca, apenas confirmei com a cabeça aceitando suas condições.

Entretanto, no momento que peguei o telefone eu parecia simplesmente ter me esquecido de toda a conversa, pois quando vi já estava discando seu número. Escutei chamar até cair, 1, 2, 3 vezes. Cada vez que eu ouvia a caixa de mensagens eu ficava com mais raiva e tornava a ligar. Perdi as contas de quantas vezes liguei, sem sucesso, para ele. Chegou num momento que a caixa de mensagens passou a ser motivo de um choro desesperado. E não me contentei apenas em tentar ligar mais uma vez, fui a sua conversa e mandei um áudio dizendo que ele não tinha o direito de me ignorar, de me deixar sozinha quando eu mais precisava dele e outras coisas nesse mesmo tom enquanto chorava. Terrível, péssima idéia, idéia de bêbada, no mínimo. Cansada, larguei meu telefone ao lado do meu travesseiro e acabei fatalmente pegando no sono.

Acordei na manhã seguinte com o despertador, mas o que me despertou mesmo foi a quantidade de mensagens e ligações perdidas do Zayn. Eu rolava a conversa enquanto xingava mentalmente. Que droga, porque eu tinha mesmo que ter feito aquilo?

"Jessica, pelo amor de Deus, atende o telefone."

"O que está acontecendo? Você está bem"

"Eu não quis te deixar sozinha, me desculpa..."

"Meu Deus, porque você não responde?"

"Estou voltando pra Londres..."

E agora ele havia virado religioso, até professando o nome de Deus estava. Bufei e larguei o meu telefone sobre a mesa de cabeceira e comemorei por não estar com sinal algum de ressaca, pelo menos isso.

No caminho pro banheiro como uma luz a sua última mensagem alcançou a parte pensante do meu cérebro. Ele estava voltando pra Londres? Não, meu Deus. Corri de volta para o quarto e respondi às mensagens.

"Eu estou bem, não precisa mover um dedo."

E eu era mesmo ótima em ser grossa por mensagem de texto. Larguei o telefone mais uma vez e fui me arrumar para ir para o estágio. No caminho do metrô estava pedindo pra Deus férias (sim, eu sou religiosa mesmo). Não agüentava mais ver a cara do Robert, apesar de que almoçar e poder conversar com a Evelyn estavam me fazendo bem, ela conseguia distrair um pouco minha cabeça.

Ocupei a minha mesa, largando minha bolsa na lateral. Peguei a pasta e fui em direção ao bebedouro pegar um pouco de água, no caminho de volta à minha mesa abri a pasta, pra que! Quase cuspi a água do copo, o destino tava brincando legal comigo. Convidado da semana que vem: One Direction.

O mundo estava de brincadeira comigo? Isso era alguma pegadinha da Evelyn? Li o contrato que regularia a entrevista: 20 minutos, apresentação de duas músicas do novo álbum, não falariam da vida pessoal. Juro ter respirado aliviada, tudo o que eu não precisava nesse momento era formular perguntas sobre vida pessoal (leia-se vida amorosa, ninguém nunca se interessa pela família ou pelo hábitos diários) dos meninos, que eu, aliás, sabia praticamente tudo.

Eu não estava acreditando que estava tendo que estudar a One Direction. Isso é tudo que eu não pedi pra Deus? Como eu daria um "tempo"? Como eu poderia pensar em mim e no Zayn se tinha que ficar colhendo informações sobre a banda? Mas trabalho era trabalho. Construí mais ou menos um roteiro para o programa e no final da tarde entreguei para Robert.

Mandei uma mensagem para Evelyn convidando-a pra ir à cafeteria, eu estava precisando de cafeína, ou qualquer distração. Minha cabeça estava a ponto de explodir. Ela respondeu que me encontrariam em cinco minutos. Enquanto isso, ocupei uma mesa em algum canto da cafeteria e fiz questão de conferir pela milésima vez no dia se o Zayn havia mandado mais algo e adivinha? Não. Pelo visto ele ficou mesmo chateado com a minha resposta levemente grossa.

Ouvi um barulho que me fez tirar os olhos da tela, essa era Evelyn ocupando o lugar à minha frente.

-Tudo certo? - ela perguntou com um sorriso no rosto, provavelmente fazendo uma remissão mental a ontem a noite, especificamente ao meu estado bêbada.

-Na medida do possível, é claro. Quero dizer, fiz merda ontem... - nisso comecei a narrar a épica história de bêbado que utiliza indevidamente o celular fazendo-a rir, quem não acharia graça afinal? Até eu estava quase rindo, se eu estivesse no clima de rir das coisas. - E se não pudesse ficar melhor, Robert me deu uma tarefa, fazer o roteiro dos convidados da semana que vem. E adivinha só quem vai vir ao programa?

-Pode ficar melhor sim, depois de amanhã eles vem aqui pra uma pequena reunião antes do programa de segunda que vem. - e agora era oficial, eu estava mesmo com uma sorte ridícula. Valeu, Deus (e eu estava ficando mesmo muito religiosa).

Obviamente eu não consegui pensar em mais nada a partir daquele momento que não fosse a reunião com a One Direction, eu estava rezando pra que Zayn não voltasse de Bradford só pra isso. Mas como as minhas últimas preces não estavam sendo atendidas, talvez Deus tivesse outros planos pra mim, pois, ao abrir a porta da sala de reunião dei de cara com os cinco meninos ocupando a mesa redonda. Meu coração estava em um ritmo descompassado, estava nervosa e apreensiva com a presença do Zayn naquele cômodo depois de quase uma semana sem trocar uma palavra sequer com ele.

Ao notarem minha presença eles se entreolharam não entendendo muito a situação, foi quando Robert se manifestou.

-Essa é Jessica, minha estagiária. Qualquer coisa que precisarem podem pedir a ela.

Acenei sem graça e vi Louis segurando o riso. Filho da mãe, estava tentando me fazer rir.

-Jessica, por favor, - Louis começou e já sabia que não ia ser coisa boa. - vou querer um croassaint de chocolate e um capucchino, por favor.

Sem que Robert visse, revirei os olhos. Louis com certeza estava me sacaneando. Vi Niall querendo se manifestar, sabia que ele seria o próximo.

-Jess, tem como você arrumar alguma coisa pra eu comer na cafeteria? Pode ser um croassaint também, mas salgado e uma coca, por favor. - diferente do Louis, Niall era um fofo. Devo ter visto Robert engasgar com a água quando ouviu Niall me chamando de "Jess".

- E vocês, querem algo da cafeteria? - olhei para Liam, que piscou pra mim, Harry e Zayn. O último sem fazer qualquer contato visual. E eles agradeceram, dizendo que não.

Fui à cafeteria buscar o que Niall e Louis, o inconveniente, haviam pedido. Coisa de dez minutos depois estava de volta. Ao entregar para Louis ele me fez o desfavor de me chamar de "linda", se Robert ainda não havia engasgado ia engasgar agora. Revirei os olhos mais uma vez, eu sabia que Louis não ia relevar o fato de que eu estava ali acompanhando a reunião. Sabia. Mas o que eu mais temia mesmo era ter que encarar o Zayn.

Lembrei-me pela milésima vez da fatídica noite, de todos os momentos em que eu devo ter sonhado com aquele momento, mas como e porque era tão diferente dos meus sonhos? Tive vontade de desaparecer dali, de não ter que encarar os seus olhos que agora estavam me procurando. Respirei fundo e a imagem dele sobre mim devastou meus pensamentos. Balancei a cabeça e ouvi meu nome, era Robert:

-Você pode levar o Zayn até o banheiro? - engoli seco, mas obviamente, disse que sim, melhor que isso, "claro". Sorri simpática e o vi levantar da cadeira. Assim que nós dois saímos pela porta senti sua mão em meu ombro. Seu toque foi como um choque, doía, doía estar ali com ele, doía não saber o que estava se passando na cabeça dele.

-Eu preciso falar com você... - ouvi sua voz e estremeci.

-Agora não, Zayn. - tentei colocar alguma firmeza em minha voz e comemorei internamente, pois havíamos finalmente chegado à porta do banheiro masculino.

-Você sabe voltar ou? - questionei antes de ele entrar.

-Me espera. - ele disse entrando no banheiro. Encostei-me sobre a parede e tive apenas tempo de respirar fundo, pois a porta em instante havia se aberto novamente.

Senti-o agarrar meu pulso e me puxar pra dentro do banheiro. Quando vi ele já estava me arrastando pra dentro da cabine. Só tive tempo de me situar quando o vi me encarando ofegante. Comecei a questionar o que estava acontecendo quando ele colocou seu indicador sobre a minha boca pedindo que eu fizesse silêncio. Não houve tempo algum pra raciocinar, quando me dei conta sua boca já havia encontrado a minha. Suas mãos procuraram o meu corpo e involuntariamente fiz isso também. O espaço minúsculo da cabine parecia ideal e a cada instante nossos corpos se aproximavam mais e mais. Não era como se estivéssemos sem nos ver há uma semana, para os nossos corpos parecia uma eternidade.

Estava imersa naquele momento até que senti sua mão desabotoar meu sutiã logo depois de abrir a própria calça.

-Você enlouqueceu? - me afastei e olhei-o incrédula. Abotoei de volta meu sutiã, abri a cabine e, mesmo correndo o risco de encontrar alguém, sai rapidamente sem olhar pra trás. Entrei no banheiro feminino, que ficava ao lado, e a primeira coisa que fiz depois me trancar dentro da cabine foi quase como reflexo deixar um mar de lágrimas cair dos meus olhos. Porque isso doía tanto? Porque lembrar daquela noite era igualmente doloroso? Porque tudo que envolvia nós dois, desde aquele dia, se resumia em algo puramente físico? Onde estava o resto? Pra onde foi o sentimento que me segurava, que nos mantinha juntos?

Tentei respirar fundo, tentei parar de chorar. Não consegui mesmo sabendo que eu tinha que voltar pra sala de reuniões porque, afinal, eu só estava acompanhando Zayn até o banheiro. Mas eu não tinha condição alguma. Mandei uma mensagem par Eve, rezando que ela respondesse. Pedi que ela fosse até a sala e avisasse pro Robert que eu tinha tido um problema em casa, que precisava falar urgentemente com a minha mãe, que ela iria me cobrir. Felizmente ela não demorou a responder e disse que me cobriria sim, mas só se eu falasse pra ela o que estava acontecendo depois. Não respondi.

Respirei fundo, sai da cabine pra tomar um susto com o meu reflexo no espelho, não tinha condição alguma de sair agora. Lavei meu rosto consecutivas vezes com a água gelada da torneira. Senti meu telefone vibrar em meu bolso, Evelyn havia me mandando algumas mensagens.

"Onde você tá?"

"A reunião já acabou... esse menino de olhos azuis e cabelos castanhos não para de me perguntar sobre você."

"Ele disse que só vai embora quando falar com você"

Louis... Agora, definitivamente, não era a melhor hora pra conversar nada com ninguém. Peguei meu celular novamente e mandei uma mensagem diretamente pro Louis jurando que conversaríamos depois, que não era nada sério.

"Olha lá, hein... Fica bem, pequena. Sabe que qualquer coisa eu to aqui."

A mensagem do Louis conseguiu me fazer abrir um sorriso e me sentir, de certo modo, aliviada pois eu sabia que podia mesmo contar com ele.

Depois de alguns minutos sai do banheiro e fui diretamente à sala do Robert me explicar. Pedi desculpas e inventei qualquer coisa sobre algum parente estar internado. Eu não tinha como explicar pra ele o que tinha mesmo acontecido, a não ser que eu quisesse perder o meu estágio. Eu sabia que mentir não era legal, mas acho que ele não ia aceitar bem algo como "então, eu estava me pegando com o meu namorado no banheiro quando percebi que aquilo era completamente insano, ai eu larguei ele lá e fui chorar na cabine do banheiro". É, acho que ele não ia lidar muito bem com a verdade mesmo, nem eu estava.

E mais uma vez estava lá Robert com pena de mim me liberando mais cedo. Estava arrumando minhas coisas quando vi Eve se aproximando.

-Te devo minha vida. - sorri grata.

- Que isso, u gostei bastante de ficar naquela sala. Os meninos são mesmo uma graça...

Ri do seu comentário e respirei fundo porque mais uma vez a imagem do Zayn havia atravessado a minha mente.

-É, você não quer ir lá pra casa não? Podemos tomar um chá, comer um bolo... - convidei-a, a última coisa que eu precisava agora era ficar sozinha.

-Ai você aproveita e conta o que aconteceu... - ela disse incisiva, pelo visto não conseguiria escapar dela hoje.

Apesar di meu plano ser, como sempre, tentar fugir de qualquer pensamente que me levasse ao Zayn, mais como defesa aos meus sentimentos conflitantes do que por qualquer outro motivo, eu decidi contar tudo para Eve, que me ouvia atenta. Depois de me dar alguns conselhos ela concluiu, um pouco preocupada, eu diria:

-Jess, você não está legal... Talvez seja bom você ir a uma psicóloga, conversar com ela talvez ajude você a colocar a sua cabeça no lugar... Tem uma que atende os funcionários da BBC, porque você não marca um horário?

Psicóloga? Talvez seja uma boa.

n/a: entããõ? Me digam pelo AMOR DE DEUS, o que acharam! Eu preciso da opinião de vocês. Ah, me desculpem pelo final sem sentido, talvez faça sentido no próx cap, espero que faça hahaha Muuito obrigada por tods os votos e comentários sensacionais e hilários nos ultimos caps. Ah, temos um grupo no whatsapp, quem queriser entrar só falar comigo! Beijos, boa noite e uma ótima semana pra todos nós!

Maria Clara

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