Capítulo 46 - Memórias
n/a: Olá meus amores! Então eu demorei pra postar de novo, foi mal de novo :( mas no final eu me explico!
Então, esse capítulo é um pouco diferente de todos os outros que eu já escrevi, mas eu espero que vocês gostem! Ah, e a música ao lado, é o cover do Boyce Avenue de Last Kiss da Taylor Sfwit. A versão ficou muito linda e acho que ela encaixa bem no capítulo...
Cap. 46 – Memórias
As poucas coisas que conseguia me lembrar da noite passada já eram o suficiente pra querer me fazer ficar no sofá em um sábado tão bonito e ensolarado. Depois de errar em beijar Harry e depois Zayn eu pelo menos acertei em ligar para o Alex. Em menos de vinte minutos ele já estava do lado de fora do Funky Buddha. Ele viu minha cara de choro, sabia que eu estava bêbada, mas me tratou como se estivesse tudo bem. Me levou para tomar em um sorvete, me fez rir com coisas bobas. Eu tinha finalmente conseguido respirar... Me levou em casa, me deu um beijo na testa e me disse:
-Fica bem... E quando quiser conversar estou aqui...
Não demorou para que eu caísse no sono. E quando vi o sol já havia invadido o meu quarto, me obrigando a acordar. Tomei um banho, fiz um café quentinho e me sentei no sofá. Pluguei o iPod na caixinha e coloquei na reprodução aleatória. Mil coisas começaram a se passar em minha cabeça quando começou a primeira música. Músicas tem esse poder, não sei se só em mim, poder de me levar pra outros lugares. Olhava em direção à janela... E eu morava mesmo em Londres, não era mesmo? E há quase um ano...
Vozes, pessoas, lugares...Memórias invadiram minha cabeça.
“- O que você pretende com isso?- eu resmunguei enquanto era conduzida de olhos vendados por Louis.
-Sempre impaciente... – o ouvir dizer. Não o via mas tinha certeza que havia um sorriso estampado em seu rosto. De repente suas mãos pararam de tapar minha visão. Foi quando vi muitas pessoas, balões.
-Surpresa Jessy! – Louis disse empolgado. Eu deveria estar branca do susto que tomei com todas aquelas pessoas ali. Uma festa surpresa...
Ele me abraçou forte. Perguntei se tudo aquilo tinha sido armação dele. Ele sorriu sem graça, sorri de volta.
-Eu te amo seu idiota! – disse e empurrei seu braço.”
(1º de julho de 2010, dois dias antes do início das audições para o The X-Factor.)
Entretanto, as memórias minhas e do Louis duraram pouco. Deram espaço pra aquele que durante os últimos meses ocupou todos os espacinhos vagos e os antes ocupados da minha cabeça. Flashes da noite passada eram perturbadores. Como era possível tantas coisas acontecerem em um período tão curto de tempo? A confusão entre as luzes o seu olhar, a música alta, sua voz no meu ouvido. Minha cabeça doía só de me lembrar... Adicionando a tudo isso um inocente, como eu possivelmente poderia ter usado o Zayn? Não passava pela minha cabeça.
O pior de tudo, o seu nome não saia da minha cabeça. A última palavra sempre, a última imagem antes de fechar os olhos. Na verdade, o pior de tudo era como as coisas haviam mudado tanto... O primeiro sorriso, as primeiras palavras... Desde então, a vida me fez o belo favor de entortar bem os nossos caminhos. Por um instante eu fui mesmo capaz de acreditar que nossos caminhos davam no mesmo lugar, entretanto em pouco tempo eu percebi que eu era apenas um atalho na vida dele... Há coisa de um ano eu me via olhando para aqueles olhos verdes ao vivo pela primeira vez...
“-Quer dizer então que é o senhor que está apertando a bunda do meu Louis sem autorização? – fingi estar indignada. Ele olhou para Louis esperando por uma resposta.
-É, meu amor, este homem tem abusado de mim. – e como era de se esperar, Louis entrou na brincadeira deixando Harry ainda mais confuso. O braço de Louis passou por minha cintura, agora éramos um “casal”. Ele até chegou a pedir desculpas, alegando que não sabia que namorávamos. Achei fofo. Todos começaram a rir fazendo com que ele percebesse que não era nada daquilo. Um sorriso aliviado, mas ainda sem graça ainda prendia seu rosto. Sorriso bonito, olhos brilhantes...”
(agosto de 2011, meeting com a One Direction, primeira semana em Londres – capítulo 2)
[...]
“Logo depois de elogiar umas 30 vezes o macarrão da minha mãe ele se levanta e começa a recolher as coisas da mesa. Achei melhor ajudá-lo, entretanto ele decidiu arrancar os pratos da minha mão antes que eu os levasse para a cozinha.
-Não, pode deixar que eu faço isso.
-Não, eu faço! – tomei os pratos de volta.
-Eu já disse que faço. – então ele os tomou de volta.
-Deixa de ser teimoso Harry, você é visita, não precisa fazer nada disso. – argumentei. Estávamos prestes a começar a terceira guerra mundial por causa dos pratos. No fundo eu não estava tão irritada, estava até achando muito bonitinho ele querendo ajudar minha mãe. Mas o meu orgulho não me deixaria autorizá-lo a roubar os pratos da minha mão.
-Jess, ele quer me ajudar. Deixe-o, não tem problema. – minha mãe interveio da cozinha, atrapalhando o meu plano de atrapalhar o Styles a ajudá-la. Styles, filho da mãe, já havia conquistado a minha mãe...
(Setembro de 2011, primeira visita da minha mãe à Londres – capítulo 5)
[...]
“Dia conturbado, eu diria... Styles encontrar eu e Louis deitados na mesma cama, mil anos e argumentos para convencê-lo do contrário que sua cabeça dizia. Dor de cabeça, ressaca. Tão fofo como ele se importava tanto sobre o que eu achava dele. Copo quebrado, cacos de vidro. Meu olhar no seu, tão próximos pela primeira vez.
-Você é sempre assim, se faz de forte? – ele estava sentado ao meu lado na borda da banheira, apoiando minhas costas de modo que seu braço passava por trás de mim e se apoiava em minha cintura.
-Tipo isso... – confessei sem graça. Ele me aconchegou em seu peito, me puxando para mais perto dele. E de novo eu me sentia estranha com ele tão próximo.
-Sabe, não precisa ser assim, não quando eu estou por perto... – o tom de sua voz, rouco, e essas palavras me fizeram respirar fundo. Uma atmosfera diferente se instaurou e a distancia entre nós dois, que sempre existiu, parecia ter simplesmente desaparecido.
De um jeito carinhoso ele passou a mexer no meu cabelo, minha cabeça estava recostada em seu ombro e meus olhos quase se fechando. As suas palavras soavam como tranqüilizantes. É, eu definitivamente gostava de senti-lo tão perto, tão preocupado comigo. De repente ele para de mexer no meu cabelo, olho para cima tentando entende-lo, quando seus olhos fitam os meus. Olhos que eu nunca tinha notado o quão verdes eram. Eu jurava que ele estava aos poucos aproximando o seu rosto do meu. E isso foi quando ouvi a porta se abrir bruscamente. Drogas, Louis! Logo agora?”
(Duas semanas após o início das aulas, setembro 2011 – capítulo 7)
[...]
“-Harry, Caroline, lembra? – disse enquanto tentava empurrá-lo pra longe. Apesar disso, parecíamos estar a cada instante mais próximos.
-Caroline foi embora, já disse. Ela não importa agora...
-Do que você está falando? – disse. Ia me afastar, minhas pernas bambas fizeram com que eu me desequilibrasse um pouco e ele, que estava próximo me segurou, nos aproximando novamente. – Você está bêbado, só está dizendo tudo isso porque está bêbado, eu sabia.
-Eu? Eu não estou bêbado.
-Seu mentiroso, é claro que está. Todo mundo está bêbado aqui, eu estou. – disse revoltada. Havia desistido de uma vez por toda de controlar minhas palavras.
-Ok, eu notei. Mas eu não quero a Caroline, eu quero você.
A determinação em sua voz, somada ao modo como ele me segurava, firme, me fazia querer que todas aquelas palavras desencontradas nossas acabassem em um beijo. Entretanto, minha cabeça ainda pensante me disse que não.”
(Festa de lançamento Up Alll Night, Funky Buddha, 19 de outubro de 2011 – capítulo 13)
[...]
“-Vou fazer falta na sua vida, não vou? – o empurrei para trás.
-Seu convencido! – exclamei. Ele estava com o mesmo sorriso bobo de hoje mais cedo. Seus olhos verdes, enquanto me encaravam, pareciam brilhar, o que tinha ele de tão especial hoje? Ele estava diferente, interessantemente lindo. Acenei indo, então ele finalmente disse:
-Um mês de saudade, vê se não morre sem mim. – brincou mais uma vez, eu dei a língua e então virei às costas e fui.”
( Início da Up All Night Tour, novembro de 201 – capítulo 23)
E a partir desse dia, por algum motivo estranho, ele passou ser o assunto principal, o sorriso mais bonito, a voz mais envolvente, o olhar mais brilhante. Aprendi a sentir calafrios, a deixar meu coração acelerar e a esperar qualquer correspondência por parte dele. Até que em um dia, 01 de janeiro de 2012, todos os sonhos de olhos fechados se passaram sobre os meus olhos:
“E depois da melhor noite da minha vida, seus olhos me encaravam aflitos. Seus cabelos molhados e bagunçados pela água do mar, seu tórax se movia compassado a sua respiração funda. O que ele queria de mim afinal?
-Harry, o que você quer? Porque você quer tentar algo comigo? – perguntei séria.
-Porque eu gosto de você? – ele aproveitou então a distância entre nós para me colocar sobre seu colo e entrelaçar seus braços sobre minha cintura. – E os seus olhos dizem o mesmo.”
(Mergulho, Virgin Islands, 01 de janeiro de 2012 – capítulo 32)
[...]
“Passava apressada pela sala, onde estava o meu telefone afinal?
-Harry, você viu o meu telefone? – perguntei enquanto continuava perambulando de um lado para outro vasculhando todos os cantos.
-Não... – ele disse calmo. – Sem querer te apressar... Porque eu te esperaria eternamente enquanto você procura o seu celular, mas a sessão de cinema não espera, sabe...
Ele fez uma careta. Passei próximo ao sofá, peguei uma almofada e arremessei em sua direção. Revirei os olhos, “seu chato”, disse e acabei deixando um riso escapar.
- O que seria isso no bolso da sua calça? – ele perguntou quando estava inclinada de costas para ele. Senti sua mão puxar o telefone, que, pelo visto, estava na calça o tempo todo. O olhei sem graça e em poucos instantes começamos a rir juntos da situação estúpida. Ele se levantou, ficando de frente para mim. Suas mãos foram ao encontro da minha cintura e foram descendo aos poucos, até que ele as colocou cada uma em um bolso da minha calça.
-Então, ainda tem alguma coisa no meu bolso ou? –perguntei e vi um sorriso malicioso se abrir em seu rosto. Balancei a cabeça fingindo reprovação, em seguida aproximei meu lábio do seu, dando um beijo rápido. Afinal, estávamos em cima da hora já.
Fui ao quarto pegar uma jaqueta e minha bolsa. Ao voltar para a sala encontrei Harry próximo a porta me encarando. Perguntei se havia alguma problema, ele me olhou da cabeça aos pés e em seguida disse tranquilo que não.
-Você é estranho... – brinquei ao me aproximar da porta. Ele pegou minha mão direita e disse algo como “dá uma voltinha”, não entendi nada, mas foi conduzido por suas mãos me fazendo girar.
-Você fica muito bem nesses jeans, hipsta.
Ri da sua cara de bobo, agradeci e então abri a porta e o empurrei pra fora do apartamento.
-Seu bobo... – disse enquanto andávamos até o elevador e na sequência ele roubou um beijo rápido em meus lábios e depois abriu aquele sorriso incrível com direito àquelas covinhas fofas. Apertei suas bochechas.
-Você é a coisinha mais linda do mundo!- disse.
-Isso eu não posso discordar. – o empurrei. Balancei a cabeça em reprovação.
-Seu convencido...”
(Ida ao cinema, abril de 2012)
Como não se apaixonar, não é mesmo? Minha mente vagava em lembranças incríveis, apesar do desfecho desastroso. Eu nunca aceitaria que os meses em que ficamos juntos fossem apenas uma grande mentira. Eu nunca o obriguei a estar comigo e, no fundo, eu ainda gostava de pensar que ele de fato me quis ao lado dele.
“Hipsta...”
Sua voz continuava ecoando em minha mente. Ele ainda era o assunto principal na minha mente, eu ainda estava apaixonada. Mas, estava, sobretudo, decidida a esquecê-lo. Éramos um caso perdido, o que era uma pena porque eu gostava mesmo de ouvir meu nome em seus lábios.
“Jess...”
O café já havia acabado há muito tempo. Xícara vazia ao pé do sofá, olhos para o teto, mente que ia longe.A hora do café da manhã já havia passado há muito tempo, a música já havia parado de tocar, eu só ouvia a sua voz. Como tudo consegue soar perfeitamente bem em sua voz, Harry?
“Hispta... hipsta... hipsta...”
n/a: então, deu pra matar uma saudade do casal? haha bem, espero que vocês tenham gostado! Comentem e me digam se está maneiro hahaha Então, eu disse que ia postar antes, mas acontece que eu fiquei doente na terça e na quarta tive que fazer um trabalho pra entraegar na quinta, Moral da história: só acabei o trabalho intem a noite! :( ai não tive como escrever o cap., mas agora eu estpu fialmente de fériasssss! AI vou fazer o meu máximo pra postar mais caps!!!! Minha lindas, obrigado pelos comentários no cap. passado, vocês são demais! beijos,
Maria Clara
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