Capítulo 33 - Um casal
n/a: então, eu amo muito essa música e acho que ela até que se encaixa bem com o cap., espero que gostem!!!
Cap. 33 – Um casal
-Bom dia? – disse quase invadindo seu apartamento. Ele estava apenas de samba-canção com os cabelos bagunçados. Olhinhos pequenos, ele havia acabado de acordar com certeza, entretanto, eram quase duas da tarde. Quando já estava dentro do apartamento ele me deu um selinho , pegou minhas mãos e me conduziu até o seu quarto. Ao entrarmos ele se jogou na cama.
-Nem pensar! – exclamei. – Isso não são horas de dormir.
Coloquei as mãos sobre a cintura tentando demonstrar autoridade.
Achei que ele fosse se levantar, mas o que ele na verdade fez foi se sentar próximo de onde eu estava, agarrar minha cintura com as duas mãos e me jogar pra cima da cama. Gritei seu nome em oposição e ele fez sinal de silêncio.
-Vem dormir comigo, vem... – ele convidou dengoso. Estava deitada ao seu lado, um fitando os olhos do outro. Nesse momento nossos corpos se aproximaram ainda mais para que um lábio pudesse alcançar o outro. Um beijo calmo, no ritmo sonolento de Harry tomou conta da minha boca, conduzindo minha língua a movimentar-se na em sua boca. Em poucas semanas o nosso beijo já havia melhorado muito desde a primeira vez. A cada encontro ele parecia conhecer mais as coisas que eu gostava. Antes de separar nossas bocas mordeu meu lábios inferior e voltou a me beijar, mas dessa vez de modo um pouca mais intenso, mas nada que o acordasse de fato.
-Então, te convenci a dormir comigo? – ele disse insinuando algo.
-Estúpido. – disse, rolei os olhos e em seguida dei um murro em seu braço, depois me levantei da cama. – Acorda de verdade, coloca uma roupa decente que estarei te esperando lá fora.
Já ia fechando a porta quando me virei para ele que agora estava esparramado na cama:
-Ah, e vai precisar de muito mais pra me convencer. – dei a língua e então fechei a porta. Fui até a sala, me sentei no sofá e liguei a televisão. Fiquei rodando por alguns canais, mas nada de fato interessante estava passando. Coisa de 5 minutos depois Harry se jogou no sofá, agora ele estava usando uma calça de moletom e uma camisa branca simples.
-Bonito o suficiente para a madame? – ele brincou.
-Lindo! –exclamei e dei um selinho nele.
Ignoramos a televisão ligada e conversávamos sobre o que faríamos hoje. Acabamos combinando em pedir comida mexicana. Fomos à cozinha e preparei algo para Harry comer.
Coisa de uma hora depois Louis chegou na cozinha apensa de samba-canção.
-Bom dia casal! – ele exclamou e se sentou ao meu lado, me roubando um beijo na bochecha. – Algum plano especial pra hoje?
Balançamos a cabeça dizendo não, então ele fez uma careta. E pegou uma caneca e colocou café.
Então éramos mesmo um casal... Agíamos como, passávamos mais tempo do que o normal juntos. A convivência se tornou mais estreita, Harry sempre quando podia ia me visitar a noite. Jantávamos e depois ficávamos conversando no sofá, nos beijávamos com freqüência. Nos fins de semana eu ia para a casa dos meninos. É, acho que éramos um casal, um casal que não estava namorando. Durante essas 3 semanas que estávamos juntos a palavra “namorados” não havia ousado sair da boca de nenhum de nós dois. Se eu não queria? Claro que sim, mas não havia certeza se Harry queria entrar em um relacionamento com “nome” depois de ter ficado tanto tempo com Caroline.
Falando em Caroline, o término dos dois foi bem polêmico. Ela havia, pelo que Harry havia me dito, até que aceitado bem terminar, pois o namoro dos dois já estava bem desgastado. Mas muita coisa foi e ainda estava sendo dita. As revistas de fofocas, somados aos sites e ao jornal confabulavam muitas coisas sobre os motivos, possíveis traições e etc. Isso estava, literalmente, tirando o sono do Harry. Um dia desses ele me ligou de madrugada, eram 3 da manhã de uma quarta-feira. O telefone vibrando na mesinha de cabeceira me acordou em um susto, ao ver seu nome na tela atendi imediatamente.
-Te acordei? – ele perguntou sem graça do outro lado da linha.
-Óbvio, mas não tem problema... – respondi, com certeza, sonolenta.
-Não estava conseguindo dormir... E pensei que ouvir sua voz me ajudaria.
Um sorriso se abriu em meu rosto, e apesar do sono meu coração bateu de alegria. Harry não era aquela pessoa de fazer muitas declarações, ou ainda não tinha feito muitas. Me elogiava ao me encontrar, e no primeiro dia que ficamos, na festa de ano novo, ele disse todas aquelas coisas sobre meus olhos, o que foi bem romântico, devo admitir. Mas não era exatamente habitual. Além de que ainda achava um pouco cedo, para ambos, lançar mão de muitas declarações. Eu estava certa dos meus sentimentos, mas por medo e da falta de certeza do Harry sobre os seus, preferia me conter.
-Então, me diga, o que está te incomodando? – perguntei preocupada.
-Você sabe, as coisas que andam dizendo sobre mim...
-Harry, eu já te falei, para de dar atenção. Pode ir desligando esse computador... Tenho certeza que você está olhando o que esses sites estão falando por ai...
-Tá bom, vou desligar... Mas você, por favor, não vai dar atenção pra eles também, ok?
-Pode deixar...
-Eu estou falando sério, é uma coisa que eu acho que a gente ia precisar conversar uma hora ou outra. Não quero que você dê ouvidos ao que esses sites e programas de fofocas dizem... Na verdade é isso que está tirando o meu sono, não quero que você descubra coisas falsas de mim por essas fontes.
-Harry, eu prometo que não vou dar atenção pra essas coisas...
Conversamos mais um tempo sobre música, ele já havia me dito que gostava muito de John Mayer. Eu não era a maior fã do mundo, mas era apaixonada por algumas músicas.
-Escuta Free Falling. –sugeri.
-Porque? Quer me fazer sentir culpado?- ele disse, provavelmente, se lembrando da letra.
-Talvez. – brinquei. – Gosto da música, pode te ajudar a dormir.
-Só se você cantar pra mim...
-Meu filho, se eu cantar pra você ai que você não dorme mesmo. – disse o que o fez rir.
Então um silêncio se instalou até que ouvi sua voz cantar a primeira estrofe e o refrão de Free Falling, senti um arrepio subir pelo meu corpo e um sorriso ainda maior que o primeiro se abriu em meu rosto.
“And I’m free falling”
Apesar de estar tarde da noite, sua voz soava de modo perfeito naquela música. Música que eu andei ouvindo bastante ultimamente. Eu continuava apaixonada, e cada dia eu parecia cair mais fundo. Mas o melhor de tudo é que eu podia senti-lo caindo junto. Talvez o sentimento não se equiparasse, talvez ele não gostasse tanto de mim quanto eu dele, mas de algum modo eu sentia, vindo dele, um carinho que eu nunca havia sentido antes.
Éramos apaixonados contidos, um casal que não estava namorando, casal que não ia a encontros, que não saia junto, um casal que não saia de casa. No primeiro mês entendi que ele queria evitar boatos devido ao término com Caroline, por isso todos os nossos programas se resumiam a ir para a minha casa, sua casa ou para a casa de um dos outros meninos e só. Apesar de isso me incomodar um pouco, sabia que seria melhor assim. Pelo que eu tenho notado a mídia tem um poder interessante abalar relacionamentos.
n/a: achei que o cap. terminou meio non-sense, mas espero que tenham gostado hahaha
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