Cap. 25 – Feliz Natal? 

O mais estranho de tudo, mesmo, eram pessoas desejando feliz natal no meio de uma festa de aniversário. Eu estava acostumada com isso, mas, normalmente, nos anos anteriores, isso acontecia dentro da casa da família do Louis em Doncaster. Como religiosamente o Natal tinha um significado pra mim, além de estar incomodada com o casal 20 comemorando dentro do quarto eu decidi ir embora. Tinha a desculpa perfeita de estar indo para Doncaster pela manhã. Liam me olhou com uma cara de “sei muito bem porque você está indo embora”, dei de ombros, eu ia do mesmo jeito. Ele ainda tentou me convencer por alguns minutos, mas quando percebeu que eu não mudaria de idéia chamou um taxi pra mim.  Me despedi e fui. Minhas coisas já estavam prontas pra ir pra casa, iria no vôo das 9:40. Coloquei meu despertador para às 07:30.  Depois de me arrumar deitei na cama, teria 6 horas de sono. No final das contas acabei dormindo 2 e alguns minutos, pois quando me deitei não consegui dormir de jeito nenhum, peguei meu iPod, tentei ouvir todas as músicas com efeito sonífero possíveis, mas os meus pensamentos gritavam mais alto, eu estava mesmo você sabe o que por você sabe quem?

Acordei com aquela sensação horrível de ter dormido 5 minutos. Me arrumei e sai em direção ao metrô, como só levaria uma mochila. Comprei um café e fui tomando. Coisa de 3 horas depois já estava em casa recebendo presentes de natal. Havia comprado um CD para meu pai e um colar para minha mãe. Ganhei uma bota maravilhosa dos meus pais. Estava pulando de alegria e me divertindo quando meu celular vibrou em meu bolso.

“Feliz Natal hipstaaaa! Tudo de bom pra você e sua família! Manda um beijo pra Tia Jen.”

Me coração deu um saltinho quando vi que era do Harry. Tranquilo, tranquilo, sem alardes internos.

-Quem era? –minha mãe perguntou curiosa.

-Harry, mandando feliz natal. – disse fingindo naturalidade. – Ele mandou um beijo pra você.

-Esse menino é uma graça mesmo! Diga a ele que eu mandei outro...

Harry “uma graça”... Eu já estava começando a detestar as minhas reações ao nome dele.

Minha mãe fez um silêncio de aproximadamente 5 segundos, não que eu tenha contado, suspirou e em seguida soltou:

-E ai, já arrumou algum namoradinho em Londres? – ela me abraçou como se encorajasse a dizer.

-Não, mãe... – disse a verdade.

-Harry seria um ótimo namorado. – ela sugeriu.

-A namorada dele também acha isso. – disse cortando o barato dela. Na mesma hora, meu pai, como um ninja, surgiu na sala perguntando quem era esse tal de “Derek”.

-Não tem Derek nenhum pai! – e sim, meu pai tinha uma capacidade incrível de ouvir as coisas trocadas.

-É Harry, amor... – minha mãe esclareceu.

-Por acaso ele é o seu namorado? – ele perguntou se fazendo de “pai ciumento”, o que ele não era de fato.

Respondi um sonoro não, bufei. Nem em casa eu estava livre disso. Céus!

Ajudei minha mãe com os preparativos para a ceia.  Ela me avisou que os Tomlisons viriam. Perguntei se Louis estava ai, minha mãe disse que Jay falou pra ela que ele chegaria às 17 h.

Eram quase oito horas quando a família do Louis chegou. Todos nos cumprimentamos. Meus pais conversavam com Jay, as gêmeas brincavam de Barbie na sala enquanto eu, Lottie, Fizzie e Louis jogávamos baralho. Eu sempre fui péssima com jogos de carta, por isso perdi quase todas as rodadas. Depois da ceia as gêmeas acabaram dormindo no sofá, Fizzie e Lottie mexiam no computador no escritório e eu e Louis conversávamos em meu quarto.

- E ai, o que você achou dela? – Louis perguntou.

-Legal... – disse um pouco desinteressada.

-Ei! Eu estou querendo sua opinião, isso é importante! – ele chamou minha atenção.

-Desculpa, desculpa... – disse agora prestando atenção.

-Em que mundo você está? – ele perguntou um pouco irritado.

-No mesmo que você, bonito. – rebati. – Ok, o que eu achei sobre  a Eleanor... Bem, ela é bonita, simpática, gostei dela. Também não troquei muitas palavras com ela, mas ela parece ser ótima.

-Sério?

-Seriíssimo. Qual é o grande problema Louis? Você gosta dela? – ele assentiu com a cabeça. – Gosta o suficiente pra entrar em um relacionamento, com responsabilidades, compromissos etc?

-Gosto!

-Então é isso Lou, conversa com ela...

-Como eu devo fazer isso?

-Ah, chama ela pra jantar, sei lá e conversa com ela. Não que eu não ache legal você fazer uma daquelas surpresas românticas, só que acho que um namoro é uma coisa que deve ser conversada, sabe? Se der pra juntar os dois, o romântico com o sensato, maravilhoso! A não ser que já esteja mais que certo ela aceitar, ai você faz alguma coisa mega ultra romântica.

-Hm, entendo... – ele disse pensativo.

-Que coisinha mais linda você apaixonadinho! – apertei a bochecha dele.

-E a senhorita? – ele olhou desconfiado pra mim.

-Eu? – me fiz de desentendida.

-Você entendeu...

Nessa hora meu celular começou a vibrar sobre minha escrivaninha, me salvando dos entendimentos do Louis. Entretanto, gelei ao ver o nome no visor.

-Quem é? Está esperando o que pra atender? – Louis disse observando que eu estava paralisada em frente ao celular.

-Harry...

n/a:  Cap. curtinho, eu sei. Mas é que hoje eu tenho que ir dormir cedo, porque amanhã eu tenho a minha primeira entrevista de estágio da minha vida hahaha estou ansiosa, então me desejem boa sorte haha Boa noite amores! Beijos

Maria Clara