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✿*:・Capítulo IX

Querida senhorita,

Peço desculpas pela confusão que acabei causando pelo meu choro descontrolado, assim que levei Dominik de volta até a carruagem fiz questão de esclarecer o mal entendido, deixo aqui um singelo acessório que ao encontrar, me fez vir a mente sua pessoa , espero que goste!

Ass: Liliya D.Payne

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— Por que ela se deu a esse trabalho? Aquele bicho preguiça não ousaria fazer nada comigo — Lilith arqueou as sobrancelhas, olhando o par de brinco de ametistas que tinha sido entregue junto a carta.

— Não é de conhecimento público sua proximação com o Príncipe Herdeiro, senhorita. A Lady deve ter apenas se preocupado — Menas colocou o livro de contabilidade em cima da mesa de escritório, designando mais trabalho a Marquesa.

— Que garota estranha, na posição dela não há muitos benefícios em me adular — Lilith deixou o par de brincos na gaveta, pegando uma folha em meio aos papéis — De qualquer forma, tenho que agradecer pela ética, o que eu coloco?

— "Agradeço por sua preocupação, apesar de não me importar e pensar que poderia está agindo dessa forma para conseguir algum benefício sobre mim" —  a morena respondeu calmamente, enquanto organizava alguns papéis da mesa, de pé em frente a Marquesa — Oh, os papéis de reabertura da mina foram aprovados pelo Imperador, já anunciei as vagas para contratação de mineradores.

— Sua zombaria é surpreendente, já pensou em se tornar uma boba da corte? — Lilith retorceu o rosto em uma careta.

— Como poderia abandonar minha leal mestra apenas por conta dos meus talentos inatos? A senhorita é a maior apreciadora da minha presença — Menas se curvou em uma reverência — Assine os papéis, preciso finalizar os contratos ainda essa semana — voltou a corrigir sua postura, ajeitando o monóculo com a mão.

— Aah, que seja — Lilith revirou os olhos em sinal de desistência, verificando os documentos.

    A Marquesa tinha gastado a noite pensando sobre a visão aterrorizante que havia visto durante a festa do chá, e depois de algum tempo, lembrou do brasão de uma família que levava uma tulipa gravada.

    Payne.

    Salvar a tulipa e longos cabelos encharcados de sangue, junto com a imagem digna de ser uma assombração, tanto os homens quanto as mulheres da casa Payne tinham cabelos longos, então quem deveria salvar exatamente? E por que?

    A prometida do Príncipe Herdeiro não parecia ser desagradável como os outros, mas isso não significava que Lilith tinha simpatizado com a garota logo de início.

    Parecia que quando mais coisas descobria, mais perdida ficava.

— Senhorita? — Dana abriu a porta do escritório com cuidado, atraindo atenção das duas mulheres, mesmo tendo recebido a permissão de entrar sem a necessidade de anunciar, ainda se sentia desconcertada todas às vezes.

— O que houve? — os olhos de Lilith focaram nos cabelos negros de ovelha da jovem, que hoje estavam amarrados como um grande pompom.

    Parecia macio, a Marquesa tinha muita vontade de apertar.

— Chegou u-uma carta — a garota se apressou a entregar o envelope em suas mãos, o selo da família imperial estampado na frente.

    Estranhando um pouco o contato repentino, Lilith pegou o abridor cortando o papel e se pôs a ler, identificando um convite para o baile de primavera que iria acontecer em alguns meses.

— É normal enviarem com tanta antecedência? — Menas perguntou, causando inveja na Marquesa ao notar que ela acariciava os cachos de Dana.

— Não, meu pai costumava ser um dos últimos a receber os convites — Lilith deixou a carta junto a de Liliya, já que ambas precisavam ser respondidas — Não sei se ele está com pena de mim ou desejando o que tenho.

— Ele... precisa adular a senhorita para ter o marquesado? — Dana hesitou um pouco antes de dizer.

    Mas sua fala pareceu atingir a Marquesa em cheio, deixando-a pensativa.

— Não... de fato, Dana. Ele não precisaria, se quisesse ter o marquesado para si bastava me deixar no mosteiro e barrar a posse do meu tio com minhas acusações, então por que...? — os olhos de Lilith se pressionaram, sem conseguir chegar a nenhuma conclusão óbvia o suficiente que justificasse as atitudes do Imperador.

— Na melhor das hipóteses, seja pena, porém creio que seja melhor a senhorita manter uma certa distância — Menas mencionou, ainda acariciando de pé os cachos da mais jovem.

— Sim, você está certa — não queria perder seu humor pensando naquela família.

    Enquanto assinava mais papéis, o tempo foi passando e em algum momento, acabou rendida pelo cansaço e adormeceu sobre a mesa do escritório.

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    O jardim do palácio central era algo esplendoroso, haviam espécies de todos os reinos do continente de Omine sendo cultivadas de forma meticulosa e ordenada, estátuas podadas em arbustos e pequenas pedras azuis brilhantes decoravam o caminho.

— Irei tratar de assuntos sérios, me espere aqui — a voz fria e rígida de seu pai soou em seus ouvidos, antes de levar um pequeno empurrão com a mão para que se afastasse.

    Apesar de fraco, Lilith cambaleou, por pouco não caindo devido ao seu tamanho, aos dez anos sua constituição era definitivamente frágil diante de um adulto.

— A frieza com que trata sua filha me surpreende a cada dia mais, Hector — o Imperador apareceu logo atrás dos dois, atraindo a atenção para si, e ao notar que estava sendo encarado pela menina, deixou um sorriso crescer nos lábios — Meus filhos estão brincando com meu sobrinho no jardim lateral, pequena. Vou pedir para que uma servente lhe acompanhe para não ficar entediada enquanto espera os adultos.

   Meio hesitante, vendo que seu pai não havia discordado, Lilith se curvou e seguiu em passos apressados a servente.

"Não me arrumei o suficiente hoje?" — a menina pensou, arrumando o grande laço rosa que estava no topo da cabeça, o vestido com babados que ia até sua canela, deixando amostra as pequenas botas, combinavam exatamente com ele.

    Tinha que ter feito algo errado para seu pai tratá-la daquela forma, ou seria apenas mau humor? A criança tentava decifrar formas de agradar o homem até  notar os três meninos à frente.

    Scott, o jovem duque de cabelos dourados e olhos verde-água parecia está se divertindo, enquanto trocava golpes com gravetos com Emery, o segundo príncipe que possuía a mesma cor de cabelo, porém os olhos dourados típicos da linhagem imperial eram como um ímã de atenção em seu rosto zangado.

    Lilith andou até o pequeno Dominik, que estava sentado no banco de mármore folheando um livro, e então se sentou ao seu lado em um pulo, cruzando os braços com a expressão emburrada.

— Que chato ficar sentado aqui enfurnado em um livro — a menina murmurou.

— ...ao menos eu estou com um livro — Dominik devolveu a ofensa sem tirar o rosto das folhas, já acostumado com a personalidade da jovem Colaines.

Uhmph... E por que está sozinho? — perguntou mesmo irritada, sem controlar a curiosidade.

— Falaram para eu não ficar muito com o Emy e com o Scott se não ia ser ruim para eles... por conta do meu cabelo preto, não sou digno... — Dominik murmurou a última parte, repetindo o que havia ouvido de outros adultos, usando a mão para afastar os fios negros que caiam sobre sua testa.

    Era um fato que corria por todo o continente, apenas membros da família imperial conseguem ter as características únicas e marcantes das cores douradas, o cabelo deles não eram loiros e sim, de fato, cor de ouro, algo surreal e hipnotizante para quem olhasse à primeira vista.

    Mas Dominik não tinha conseguido herdar essa marca em seus cabelos.

— Acha que também não sou digna? — Lilith ergueu as sobrancelhas, se inclinando em direção do menino com uma presença ameaçadoramente fofa, mas que o fez retroceder se protegendo com o livro.

N-não?

— Então não dê ouvidos para aqueles velhotes! O que importa é nossos olhos, não vê? Os meus são lindos como uma joia e o seu como ouro, por que nosso cabelo ia fazer diferença? Você tem que ser mais inteligente, bleeh — Lilith deu língua para ele, debochando de sua estupidez.

    Mas isso apenas fez o jovem de doze anos sorrir segurando uma risada.

— Sim, você está certa, obrigada, Lily — Dominik deixou os fios caírem sobre ele novamente.

— É óbvio que eu estou certa, eu sempre estou certa! Não vai me dar nada em troca por te consolar? Eu fui muito gentil.

    Dominik ergueu a sobrancelhas, se perguntando se pessoas gentis cobravam em troca — Hmm, se eu me tornar o príncipe herdeiro, vou deixar que você tenha um pedido para o que quiser, que tal?

    A menina pensou um pouco, parecendo quebrar a própria cabeça para decidir se aceitaria ou não, mas então ergueu a mão para que dessem um aperto — Combinado. Não vale desistir, não tem mais volta, viu? Quem mente perde a língua.

    Dominik deu um pequeno riso, concordando com ela.

— Lily! Quando você chegou? Eu não te vi — o Scott de treze anos veio correndo em direção a menina, se jogando em um abraço — Está tão fofa de laço, parece uma boneca.

KYAAA! Saí, saí, saí! Você está todo suado, seu porco — Lilith empurrou o menino de si, jogando ele para cima de Dominik, que por fim o jogou no chão.

— Céus... Vocês dois são tão cruéis, me descartando como lixo — Scott se estirou no chão como se houvesse morrido.

— Domi, cava um buraco e enterra ele — a expressão de nojinho tomou o rosto da menina, fazendo os dois rirem.

— Ah, então foi por isso que você saiu correndo, a coisinha tá aqui — Emery se aproximou com uma careta no rosto, secando o próprio suor da testa com as mangas.

— Coisinha sua mãe — deu língua enquanto cruzava os braços.

— Que mãe? A que você também não tem? — o menino sorriu em deboche.

— Parem vocês dois, o pai está no jardim ao lado, se começarem a brigar de novo não irei ajudar dessa vez — Dominik suspirou, colocando o livro entre os dois, que viraram a cabeça.

— Foi ele que começou, por que tá brigando comigo também? — um biquinho se formou nos lábios de Lilith

— "Foi ele que começou, por que tá brigando comigo também?" — Emery repetiu com a voz desengonçada, fazendo a menina quase inflar de ódio.

— Lily, joga o livro do Domi na cabeça dele, do jeito que é cabeça oca nem vai sentir direito — Scott ergueu a mão dando a ideia, ainda largado no chão.

— Deixem meu livro fora disso... — Dominik abraçou o próprio livro como se fosse um recém nascido preste a ser roubado, despertando riso nos outros três.

— Sair dessa forma não irá resolver nada, Hector! — a voz anormalmente alta do Imperador chamou a atenção das crianças.

— E como não? Você nunca me ouve, acha que vai conseguir continuar barrando os avanços tecnológicos por mais quanto tempo? Griser pode ter cedido às suas vontades, mas Turin está longe disso — a discussão parecia estar se aproximando aos poucos do jardim lateral.

— É o Marquês que está se aproximando... Scott, Domi, levantem — Emery ordenou um pouco receoso, mas assim como foi dito, as crianças fizeram, Scott se levantou do chão ficando um pouco mais afastado do banco junto a Emery e Dominik se levantou indo para o outro banco, deixando apenas Lilith a um espaço considerado de todos.

    A menina nervosamente ajeitou o laço na cabeça e as dobras de seu vestido, deixando a postura em perfeito estado.

— Essas coisas são perigosas, Hector. Não há benefício algum em criar armas que possam matar alguém tão rapidamente, não vê os problemas que temos com guerras apenas com armas manuais?

— Diz isso somente porque se preocupam em tirar essa coroa da sua cabeça, mas não se preocupe, se você não quiser, tenho certeza que há quem apoie — Hector então adentrou o jardim, indo em passos pesados em direção a Lilith, que rapidamente se pôs de pé — Saudações as estrelas do império e a vossa alteza real, que a glória da deusa esteja convosco — ele se curvou para os príncipes até receber o sinal de Dominik, e então agarrou o pulso de Lilith com firmeza, apenas para arrastá-la de volta por onde tinha vindo.

P-pai, isso...

— Depois.

    Estava machucando, era apenas isso que ela gostaria de falar, mas não queria incomodá-lo ainda mais, virando a cabeça para trás, Lilith pôde ver os olhares dos três meninos, compadecendo por sua situação.

— Você não ousaria procurar o templo para isso, Hector. Saiba que isso será considerado uma traição se for obtido provas — Aleksandr se interpôs no caminho do homem, que parou de forma abrupta, quase levando a filha ao chão.

— Pois que assim seja — respondeu com firmeza, desviando dele para continuar a sair.

— Sua ganância ainda acabará lhe levando ao caixão, Hector. temo pela vida de sua filha, espero que não a guie para o mesmo destino que a mãe...

— Não diga sobre coisas que não sabe! — o Marquês gritou irado.

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    Lilith piscou os olhos um pouco atordoada, a luz do sol incomodando por recém acordar, lhe fazendo cobrir o rosto.

O que foi isso...? — murmurou para si mesma.

    Tinha certeza que aquilo de fato já havia acontecido, mas por que não se lembrava? Melhor, por que se lembrou somente agora?

    Por algum motivo, sentia que algo a impedia de pensar mais a fundo a respeito disso.

— Procurar o templo para fabricar armas... — os dedos de Lilith tamborilaram sobre a mesa — E um favor de Dominik, isso pode ser interessante.

    Um sorriso cresceu em seus lábios.

🥀"As memórias não são apenas sobre o passado, elas determinam o nosso futuro."🥀

– The Giver

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