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A detenção


ㅡ O que está acontecendo aqui? ㅡ James pergunta com os olhos arregalados. Bem, talvez ele esteja pensando que algo aconteceu entre nós.

Sirius está sem camisa e eu estou com o meu cabelo todo bagunçado; estou deitada na cama ao lado de Sirius, que tinha um braço por cima do meu corpo.

ㅡ Não é nada do que você está pensando ㅡ digo tentando me levantar ㅡ Será que dá para me ajudar? ㅡ Aponto para o braço do cabeludo. James revira os olhos e tira o braço de Sirius de cima de mim, então me levanto e arrumo a minha roupa.

James me olha esperando uma explicação.

ㅡ Olha, James, eu estava tentando acordar esse... essa pessoa, mas aí ele me puxou e me prendeu ㅡ digo naturalmente, olhando emburrada para Sirius, que ainda estava dormindo.

Sirius dormindo acabou me lembrando algo do qual me fez sentir dor de cabeça. Me lembro de ver essa cena, dele dormindo profundamente sem qualquer preocupação, mas como seria possível?

Minha mente se torna um borrão e eu me vejo parada em frente de uma pintura. Estou em um corredor iluminado por apenas uma lâmpada, a qual balança sem qualquer tipo de corrente de ar. A pintura retrata uma mulher, sorrindo. Ela parecia cansada, além de estar com medo; seus olhos tinham olheiras e estavam levemente arregalados. Seu cabelo estava impecavelmente preso em uma trança, a qual caía por seu ombro direito. Em sua bochecha esquerda havia uma cicatriz, algo a cortou. Ao fundo, era possível ver uma casa feita de madeira e uma árvore florida. O céu azul evidenciava pássaros voando. Mas, apesar do cenário colorido, ela estava com medo: seus olhos refletiam algo.

Eu me aproximei para ver, parecia ser uma sombra com olhos brilhantes. A sombra não era nítida, por isso fui cada vez chegando mais perto. Quando estava quase tocando o quadro com meus olhos, vejo algo que me assusta: a sombra era Christian. Ele estava segurando uma varinha e apontando para a moça, mas não dava para ver nada mais do que isso.

Me afasto e vejo o nome da pintura escrito em caneta preta: "A arte da mentira – Artista Desconhecido."

Antes que eu possa reagir, todo o ambiente gira e eu caio no chão. Sinto uma mão segurar o meu braço. Abro os meus olhos e vejo que é James que me segura; ele me ajuda a levantar e fica me olhando com um ponto de interrogação estampado em seu rosto.

ㅡO que foi isso? ㅡ ele pergunta lentamente, como se estivesse com medo da resposta.

ㅡEu não sei... ㅡ respondo, não me sentindo mais tonta ㅡParece que... tem alguém tentando entrar em minha mente.

ㅡ Não tem mais ninguém aqui além da gente.

ㅡ Eu sei. Eu só... fiquei com essa sensação. ㅡ passo as mãos em meu cabelo ㅡEu de repente fui jogada para outro lugar. Isso é possível?

ㅡ Você estava aqui, Marina. Só que caiu do nada quando terminou de falar.

Eu olho para ele atentamente. Algo estava errado com seu rosto, parecia diferente. Ele não parecia ser o James de sempre.

Decido não responder. Quando ele percebe, continua o assunto como se nada tivesse acontecido.

ㅡ E por que você quer acordar ele?

ㅡ Porque eu e ele temos uma detenção para cumprir. ㅡ digo.

Seu rosto pareceu voltar ao normal e a preocupação em seu olhar sumiu.

ㅡ Hm... Então boa sorte para acordar ele. ㅡ James diz, indo em direção para a própria cama.

ㅡ Espera aí, você vai me ajudar com isso.

ㅡ Por que eu faria isso?

ㅡ Porque estou mandando.

James para e me olha. Eu sustento o seu olhar. Ele revira os olhos, se levanta, pega a varinha e fala:

ㅡ Aquamenti.

Que droga, eu poderia ter feito isso. Um feitiço básico que consigo fazer de olhos fechados.

Um jato de água, obviamente, sai da varinha de James, molhando o rosto de Sirius.

ㅡ QUE PORRA É ESSA? ㅡ Sirius grita. Ele se levanta rapidamente e olha para a cama, depois olha para James. ㅡ Eu te odeio.

ㅡ Pronto. ㅡ diz James, voltando a dormir e ignorando a fala do cabeludo.

Me viro para Sirius e digo:

ㅡ Vamos, temos uma detenção agora.

Sirius apenas bufou e foi para o banheiro. Enquanto isso, ando até a cama do meu irmão e pergunto:

ㅡ Você tem alguma ideia do porquê eu caí assim?

James se vira na cama e me olha com a sobrancelha franzida.

ㅡ Quando você caiu?

[...]

Depois de quase 10 minutos, Sirius desce as escadas. Só tem nós dois na Sala Comunal, porque ninguém é louco o suficiente para acordar cedo em pleno sábado. Ou porque ninguém ficaria na Sala Comunal quando Hogwarts é extremamente grande e linda.

ㅡ Vamos? ㅡ pergunto.

Ele não fala nada, apenas se aproxima. Seus passos são tão precisos que por um momento penso se ele os ensaiou no banheiro. Sirius chega tão perto que consigo sentir a sua respiração batendo em meu rosto. Ele coloca a mão em minha cintura e me puxa para um beijo. Eu não faço ideia do porquê, e nem quero saber. Retribuo na mesma intensidade.

Isso parecia tão certo. Eu me sentia em paz. É como se todo o nervosismo do meu corpo fosse puxado para fora. Além de certo, era maravilhoso também. Eu poderia passar a minha vida toda fazendo isso.

A sensação me fazia vibrar e eu poderia facilmente sair pulando de felicidade. Eu conseguia prestar atenção em tudo, mas ao mesmo tempo não conseguia focar em nada específico.

Isso me fazia lembrar de casa, mesmo não tendo uma casa.

Depois de um tempo nos separamos. Fico encarando ele, esperando uma explicação.

ㅡ Me desculpe... eu... eu perdi a cabeça ㅡ ele diz, colocando a mão na nuca ㅡ eu... eu vou parar com isso, eu prometo.

A verdade era que eu não queria que ele parasse. Queria que fizesse isso sempre que nos encontrássemos. Queria isso. Sentia-me completa com isso.

Eu não sabia o que falar. Talvez ignorar seria o melhor. Mas eu sei que não posso ignorar para sempre. Um dia, talvez, vou ter que lidar com isso.

ㅡ Vamos logo ㅡ digo, me virando e indo em direção ao quadro da Mulher Gorda.

[...]

O caminho foi silencioso. Em cada canto escuro, eu me imaginava beijando Sirius. Isso com certeza já está ficando fora do controle.

Mas então me lembro do caderno em branco. O homem sentia isso pela mulher? Ela sentiu isso por ele? O que exatamente o amor significava? Ele vinha rápido ou devagar? Seria possível se apaixonar após uma troca de olhares?

Perguntas rodeavam a minha cabeça como uma chuva no verão: forte e avassaladora.

Quando chegamos à cabana, Hagrid já nos esperava do lado de fora.

ㅡ Bom dia, crianças! ㅡ ele diz, eu reviro os olhos e falo:

ㅡ Bom dia, e não somos crianças!

Hagrid me ignora quando Sirius comenta:

ㅡ Não liga pra isso, Grid. Ela fica bravinha quando acorda cedo.

O meio gigante olha para Sirius como se o tivesse visto pela primeira vez. Talvez fosse o apelido que o cabeludo usou, ou talvez Hagrid estivesse com saudades disso. Seus olhos brilharam e um pequeno sorriso apareceu em seu rosto.

ㅡ Ah, claro! Vamos, me sigam ㅡ seguimos Hagrid até o jardim dele, onde há várias caixas de madeira cheias de penas e tintas.

Isso vai demorar.

Sirius parece pensar o mesmo, porque suspira pesadamente ao meu lado.

No final das contas, não demorou tanto assim. Hagrid levava duas caixas de cada vez, então foi rápido. Quando acabamos, Hagrid nos convidou para entrar na casa dele. Aceitamos e logo estávamos comendo biscoitos e tomando chá.

Hagrid falou sobre a última guerra, mas em nenhum momento tocou nos nossos nomes. Nós perguntamos algumas coisas, e ele ficou feliz em poder conversar. Sirius fez algumas piadas sobre o cabelo de Hagrid, disse que sempre foi o sonho dele deixar do mesmo tamanho que o do meio gigante. Eu dei risada de basicamente tudo, foi um dia muito agradável.

Canino estava bem mais velho já, com alguns pelos brancos. Perguntei sobre como ele ainda era o mesmo de quando eu estudava, e Hagrid disse que Dumbledore havia lhe dado uma ração para Canino envelhecer mais devagar. Então, se um cachorro normal vivesse quinze anos, Canino viveria sessenta anos. O que seria bom, afinal de contas.

Ver Sirius rir e se inclinar para trás é algo extremamente satisfatório. Eu conseguia ver a felicidade em seus olhos, e isso me deixa feliz também.

Olho pela janela e vejo algo que fez o meu coração disparar: a garota da pintura estava parada e olhava em minha direção. Devagar, ela desfez o sorriso assustador e apontou para si mesma. Ela usava um cordão prateado com um pingente amarelo. Depois, apontou para Sirius e sibilou devagar:

"O irmão."

Régulus? Era isso que ela estava querendo dizer? Que colar era aquele? Quem era ela? Por que James fingiu que eu não tinha caído?

Sirius e Hagrid pareciam não reparar no que estava acontecendo. Eles continuam rindo e comendo, enquanto tem uma garota na janela apontando para eles.

ㅡ O quê? ㅡ pergunto, mas nenhum dos dois pararam de conversar.

A mulher arregalou os olhos e simplesmente... sumiu. Ela desapareceu quando eu, por menos de um segundo, pisquei.

Decidi ignorar como James tinha feito. Talvez fosse o melhor. Talvez tudo isso esteja nos confundindo. Talvez o futuro esteja afetando a nossa cabeça.

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