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Quando o hotel foi reformado, Havler resolveu construir uma coisa que não era vista em nenhum lugar na Brasil: uma pista de esqui com um teleférico. Mas é claro que não existia neve, não neve de verdade. Havler comprou uma máquina de fazer neve artificial, e pelo que Antônio sabia ela tinha custado mais de 1 milhão de dólares.

O hotel foi reinaugurado em junho de 1990 e a máquina foi testada e aprovada. O teleférico recebeu seus visitantes e o lugar voltou a matar.

Uma garotinha de nove anos desapareceu na montanha e jamais foi encontrada. A coisa não estava naqueles jornais, mas Antônio sabia porquê estava lá. Ele tinha ajudado nas buscas pela criança.

Foi a primeira vez que ele viu algo estranho no hotel Pride Outstretched propriamente dito.

O frio das montanhas o fazia pensar que ele estava de fato na Europa. Antônio procurava a garota pela trilha 3 que na verdade era uma estrada que ia dar na casa de máquinas do teleférico. Ele estava acompanhado de dois policiais. Já estavam voltando quando ele pensou ter visto alguma coisa entrando na casa de máquinas. Poderia ser apenas algum funcionário encarregado da manutenção do teleférico. Mas ele achava que não, e de repente ele teve a mesma sensação que teve há 21 anos quando esteve ali pela primeira vez, quando existia uma casa no lugar do hotel. A sensação fez seu corpo se arrepiar e Antônio descobriu que estava com medo.

Ele se aproximou da casa de máquinas e então a porta se abriu. Ele viu a escuridão lá dentro, e no meio da escuridão viu a garotinha, viu os olhos dela, e eram olhos de uma coisa maligna. E de repente aquela coisa maligna falou com ele da mesma forma que tinha acontecido em 1969, e dessa vez ele a ouviu:

" Venha aqui conosco Antônio. Estamos todos mortos. Venha morrer conosco. "

Antônio era um homem petrificado. Ele ficou ali, tremendo de medo, em estado de pânico. Se fosse uma criança, teria mijado nas costas.

— Ei.

Ele deu um salto e viu um dos policiais, olhando para ele com ar de preocupação, porque ele devia estar mais branco do que aquela maldita neve artificial.

— Você está bem?

— Eu... Sim... Estou.

Antônio olhou novamente para a casa de máquinas e não havia nada lá.

Daquele dia em diante ele passou a acreditar (ele sabia, só não acreditava) existia alguma coisa terrivelmente errada com aquele lugar. A casa de máquinas do teleférico entrou para sua lista de lugares perigosos do Pride Outstretched.

Os jornais estavam ali. Todos os podres do hotel registrados.

Em 1992 uma das faxineiras encontrou uma hóspede morta na banheira de um dos apartamentos. A velha tinha enfiado um secador de cabelos na vagina. Kesia, a garota que a encontrou, enlouqueceu e precisou ser trancada em um manicômio.

Um jornal de 1993 trazia como manchete a estada de um hóspede ilustre no Pride Outstretched. Tratava-se do Presidente da República.

Ele foi hospedado em uma das luxuosas suítes do sexto andar.

Antônio folheou o jornal, uma matéria de três páginas com fotos de Itamar Franco e João Havler em um aperto de mãos e posando para a foto.

Ele deixou o jornal de lado e pegou outro, era um jornal do dia seguinte, dia 15 de julho de 1993. A manchete era a seguinte:

MEMBRO DA COMITIVA DO PRESIDENTE SE MATA NO HOTEL PRIDE OUTSTRETCHED.

Mais uma tragédia aconteceu no luxuoso hotel Resort Pride Outstretched. Márcio Campos, de 28 anos, membro da comitiva do Presidente Itamar que está hospedado no referido hotel, se matou na noite de ontem...

A notícia descrevia todo o bizarro evento. Antônio não conseguia entender porque um homem de 28 anos com uma carreira invejável e um salário de 10 mil por mês resolvia se jogar do fosso da escada de um hotel.
Foi o que acontece. O homem simplesmente se atirou pelo fosso da escada e caiu lá em baixo.

A cabeça dele explodiu quando bateu no chão e salpicou as pessoas que estavam lá com pedaços de cérebro e gotículas de sangue.

Algumas pessoas entraram em choque e a tragédia entrou para a coleção bizarra de mortes do Pride Outstretched.
E o hotel não parou por aí. Apenas perdeu o status, porque depois daquilo nenhum presidente se hospedou no hotel.

Em 1999, ele encontrou Priscila, uma jovem faxineira de 19 anos morta dentro de uma das imensas máquinas se lavar da lavanderia.

Fazia exatamente uma semana que Priscila estava desaparecida, e Antônio achava que a polícia já tinha desistido de procurar a moça.

Naquele dia Antônio pegou uma caixa de ferramentas e foi até a lavanderia para trocar a correia de uma das máquinas.

Priscila estava dentro da máquina que ficava no canto à direita, e até hoje ele não conseguia entender porquê ninguém a encontrou. Como ninguém tinha sentido o cheiro?!

Ele percebeu que havia alguma coisa dentro da máquina e abriu a tampa.

Antônio soltou um grito e se afastou.

Priscila estava lá, em avançado estado de putrefação, os olhos abertos totalmente brancos, estranhamente desprovidos de pupilas. Ela abraçava os próprios joelhos.

Como sempre, a polícia nunca foi capaz de descobrir a causa da morte de Priscila.

Mas naquele dia, Antônio sentiu alguma coisa. Algo inexplicável que o encheu de um pavor tão grande e daquele momento em diante ele passou a evitar a lavanderia. Só ia lá em caso de extrema urgência e não ficava mais do que três minutos.

Mais uma morte no hotel, mais uma morte sem solução aparente.

O fato é que sempre havia mortes no Pride Outstretched. Elas sempre aconteciam A última vítima tinha sido Carlos. Sua morte seria notícias nos jornais de amanhã e cada vez mais o hotel ganhava fama: o hotel assombrado, o hotel maldito.
Mas Antônio sabia que não se tratava apenas do hotel. Era o lugar. Era o que tinha acontecido naquele lugar, algo que ele não tinha a menor ideia do que era. Talvez os mineiros daquela mina tivessem de fato encontrado alguma portal em 1950 e soltado alguma coisa, algo que ainda estava solta. Alguma coisa bizarra, que a mente humana não podia entender. Uma coisa que tinha fome e se alimentava de morte. O hotel Pride Outstretched era um cemitério e a maldição que havia naquele lugar se alimentava de morte.

A vida morria quando se aproximava daquele hotel.

Tudo aquilo estava oculto. As pessoas diziam que o hotel era assombrado. Muitos (ele era um deles) tinham medo, mas ninguém sabia a verdade por trás das paredes. Uma verdade que ele queria revelar.

Aquela era a última temporada do Pride Outstretched, Havler estava decidido, e durante aquela temporada ele escreveria seu livro e revelaria tudo, sem se importar com o que pudesse acontecer depois.

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