Capítulo XIII
As mazelas de ser um nobre é que todos esperam a cortesia de um santo e a moral de um anjo[...]
Lord Lykaios
Um pequeno ser mergulhou entre as arvores, os pés descalços, o capuz que o condenava. Maldito mago negro! As mentes do algoz atras chicoteava o tornando rígido em sua busca, nas agulhas de pinheiro encharcadas, a respiração intoxicante no peito, as têmporas batendo forte, arfando com os homens em uma perseguição em frenesi.
O ser com a respiração áspera no peito, tropeçou e caiu de lado, sujando o manto com a neve semiderretida, buscou ver as silhuetas, os nós das mãos marcados pelo frio, corte profundos e a mente escurecia de momento em momento.
Ficou no chão, esperando que a sorte o ajudasse, espiando através da floresta, murmurando uma antiga oração. O clérigo tinha sido duro consigo, as marcas da curta, porém intensa, estadia nas terras baixas havia tirado de si muito, e dado apenas os demônios de seus sonhos tortuosos e torturantes. O grande líder estava ali, andando entre a mata densa, escorregando em uma caminho íngreme e sem muita luz, torcia para não torcer o tornozelo, enquanto o mago dependia disso.
Lykaios não queria alertar o caminho, andou mudando a sua direção até que simplesmente desapareceu. O suor frio dentro do manto. O mago sentia que o seu opressor estava ali, perto, as possibilidade finitas o faziam lamentar, não sabia ao certo o que fazer, estava fraco. Magos usam muita Nis, parecia um vaso com várias rachaduras, e o azeite fugia em fluidos constantes. Em breve estaria vazio.
Não tenha medo, magos negros com medo são prezas fáceis!
Jogou-se para o lado e caiu, quebrando arbustos ao se afastar, esperando que uma das lanças daqueles homens o atravessasse nas costas a qualquer momento. Arquejando, se levantou com muita dificuldade, mais rachaduras. Viu algo se aproximando, a ponta brilhantes, reluzindo o metal do Arquilanos. Desviou-se, correu em direção de uma arvore grande. Imóvel, ficou esperando pela chuva de metais e adereços, apenas um silencio sepulcral, nada, nenhum grito de ordem, nenhuma magia das sombras ou balbucios das pragas de seus caçadores.
Esticou o pescoço o pescoço para espiar a sua situação e a dos outros e, com um zumbido surdo, o nobre tentou acertá-lo. O mago negro apareceu do outro lado do tronco, pulou e correu, contornou a arvore em mais um salto e lançou um das adagas em seus bolsois, a direção mirava a testa do homem alto, olhos amarelos e o símbolo vil, o lobo prateado e os seus seguidores azuis. Humanos nobres que se intoxicaram com os metais. A prata em demasia tinha o seu preço. O homem alto era Lord Lykaios, um nobre que odiava magos negros, o porque era desconhecido, mas o grau das suas torturas poderia ser injustificável para os mais puritanos. O sorriso maligno de Lykaios foi visto pelo mago que soltou um curto gritinho de pavor e continuou correndo.
Obrigado por nos mostrar a sua localização.
A silhueta saltou em direção do mago, os dois caíram juntos no chão molhado e foram rolando pela terra, a pele do mago sendo rasgada por galhos, enquanto nem arranhavam a pele caucasiana do homem alto, os socos de Lord eram cureis e evitavam os pontos vitais, queria fazer aquela criatura sofrer. O mago se desvencilhou dos golpes e acabou batendo grosseiramente em um tronco colossal, seus ouvidos começaram a apitar. Um aviso de que estava em apuros. Aquele homem o odiava, ele sentia que deveria dizer que nem todos os magos negros eram pederastas safados, boçais e cruéis. Que havia ali um grupo que era bondoso, sábio e manso. A voz não saía como deveria e o mago se assustou mais uma vez ao ver o dragão das sombras atras de Lord Lykaios. O homem era uma lenda. Não ande pelos bosques escuros, lá você pode ter a punição dos deuses de encontrar Lord Lykaios e seus amigos Arquilanos.
— Eu tenho a missão de mandar todos da sua espécie para as covas das terras baixas, me desculpe, garoto. Não é nada pessoal, eu apenas preciso de informação para começar pelas cabeças do seu bando. — Lykaios ao completas as palavras, um vento forte deu um tapa no rosto do mago negro que caiu inconsciente.
Mesmo inerte, as mãos do rapaz estavam cravadas na terra, duras, destinadas a serem mantidas ali, até que Lord vociferou palavras ao vento e arrancou as mãos do garoto. O uivo do lobo albino das montanhas competiu com guincho da criatura.
— Sem truques... — o nobre não continuou, sentia um calafrio vibrante, aquilo era um sinal. Quatro anos de sua vida se esvaíram de suas mãos. O preço da magia de sua família era muito caro, pelo menos para ele. Mas valeria a pena se a sua missão estivesse sendo cumprida. É assim mesmo.
O Arquilanos carregou o corpo, com o sangue estancado, apenas se via uma sibilação estranha vinda dos lábios do rapaz. Nada de mais, o desfiladeiro era fundo, fundo demais, com as laterais íngremes e rochosas. A trajetória vinha repleta de arvores. O Arquilanos não reclamava do peso do corpo, nem se irritava com o barulho que vinha dele, apenas fazia o seu trabalho. O homem era grande, desde que Lord o conhecia era uma criatura assustadora, o nobre de dois metros aparentava ser uma criança perto do Arquilanos, com a tatuagens inomináveis em seus braços modelados em músculos trincados.
O rio lá embaixo, furioso, água branca espumante ladeada por pedras escuras. Isso não era bom, apenas aumentava a tensão. A tensão aplicada a natureza gerava atenção.
A embarcação envolta de metais e um mastro poderoso o esperavam, com os marujos festejando a base de gin.
Mais um mago negro para ser "interrogado"
Foi girando lentamente no ar, os membros se sacudindo, os malditos espasmos da temperatura bizarra das montanhas, apavorado demais para gritar, preferiu manter o silencio. O vento era cruel com os seus olhos, puxava as suas roupas, o manto negro não estava com ele, apenas se viu um garoto magro, de pele clara, olhos azuis e rosto fino, o garoto não tinha músculos, parecia ser fraco. Ouvia os homens dizendo que o seu tórax parecia de vidro, bastaria um soco e uma explosão de cacos. Fingiu estar desacordado, pelo menos era o que mais queria naquele momento.
Queria acreditar que os homens o deixariam em paz ao sabem de suas intenções, mas homens acostumados com a escuridão da maldade sentiriam seus olhos queimarem ao ver a luz. Isso era desagradável. O garoto apenas se encolheu em posição fetal e as lagrimas escorreram. Monstro ou não, aquele mago chorava.
— Hey, garoto! Sei que esta acordado. Eu não irei fazer muito mal, prometo. — a voz grave de Lykaios era um trovão, reverberava por todos os seus ossos. — Apenas preciso de respostas. A culpa do seu sofrimento está nas mãos de um semelhante seu. Ciar. O maldito que anda com as mesmas roupas. Que fala o mesmo idioma e que desenha as mesmas imagens na madeira. Eu preciso saber qual é o ponto fraco daquele maldito.
Nada. Nadinha. O menino apenas forçou as suas pálpebras, porém, sem delicadeza ele escutou o som do metal batendo em algo ao seu lado.
— Ou se preferir posso arrancar essas pálpebras primeiro.
O garoto engoliu em seco e abriu os olhos.
— Bom garoto, adoro ver magos negros com medo de mortais. — disse dando uma risada. — nos torna mais parecidos.
O garoto conhecia Ciar, o responsável pela destruição de sua casa, mas não sabia ao certo ao que aquele monstro era vulnerável. Ciar sim, esse era um monstro.
— Eu ódio Ciar. — o garoto disse voltando a fechar os olhos. — ele iniciou uma batalha perto da minha casa, arrastou uma massa de demônios de todas as classes aos pés do vilarejo, dos riachos ensanguentados às pedras com as vísceras dos meus pais. Eu odeio Ciar.
— Não tente me engana... — Lord via a verdade nos olhos da criatura, que tremia, os dentes pareciam descadenciados. — Bulbo, dê comida a esse rapazinho. O ódio dele, se for real, nos abrirá portas.
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