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Que a Verdade Seja Dita

Diana pediu para todos ficarem em silêncio e começou a narrativa.

– Isso tudo é tão complicado que nem sei como explicar direito. Primeiro, eu queria contar a nossa versão da história e as partes que ninguém mais ouviu. Assim, talvez as coisas possam ficar mais claras.

"Bem... Tudo começou como você já sabe. A Giselle, nossa mãe, estava prometida ao Monroe. Todavia, nenhum dos dois desejava esse casamento. Por isso o cara deu a proposta para ela: se Giselle achasse seu amor verdadeiro até o dia do casamento, estaria livre para viver com o amor dela. Então, ela encontrou o Ellesh, nosso pai. Mas, quando ela se apaixonou, descobriu que ele era um bruxo e ele deveria ir embora porque era perigoso para ambos, pois ela poderia morrer junto com ele e todo esse blá, blá, blá. Mas, a partir daí, a história começa a ficar errada. O pai não estava com medo dos cidadãos do vilarejo, mas de outras coisas.

"Depois disso, aconteceu aquele bagulho lá que o Monroe foi até a casa dele, falou um monte na cara dele e se deu mal. Logo em seguida, foi o dia da enrascada. O pai na verdade sabia de tudo, por isso fez um esquema. Enquanto ele ficava distraindo a Giselle durante a noite toda, Edmur arrumava suas coisas e fugia. Aí, no dia seguinte, Ellesh foi caminhar com a Giselle como se não soubesse de nada. E então, quando ela falou para ele fugir, até nessa hora ele atuou e tal. Ele deixou que os caras o capturassem. Então amarraram ele na árvore e nosso pai jorrou a maldição antes de morrer. A maldição dos seis filhos. Só que, nessa época, ele tinha um trato com alguém. Ele nunca contou quem era, mas aparentemente esse 'alguém' trouxe ele de volta e só podia fazer isso uma vez.

"Eu sei o que está pensando agora. No livro que você leu estava escrito que Monroe havia tido sete filhos com Giselle. É verdade, foram sete. E foi por causa do sétimo filho, o Arthur, que Giselle morreu. Ele não era exatamente nosso 'irmão', mas um meio-irmão. Era realmente um filho de Monroe. A Giselle começou a ter sentimentos pelo marido e queria ter um filho dele. E tiveram. Mas isso enfureceu o nosso pai, que resolveu se vingar. Ele causou um incêndio, matou Giselle e o Arthur e depois sequestrou nós seis. Ele nos apresentou para o Submundo e o Inferno, mas também nos deu esta casa. Criou a gente durante algum tempo e ajudou a desenvolvermos nossas habilidades que ele mesmo nos deu. Ele dizia que tínhamos uma missão especial, a de trazer ele de volta à vida.

"Ele estava vivo nessa época... Então não entendíamos muito bem. Mas... Um dia ele disse ao Leonard para encontrá-lo na figueira amaldiçoada depois do pôr do Sol. O Leo foi... E encontrou-o morto apunhalado no coração. Não nos pergunte o que aconteceu ali... Nunca soubemos. Tudo que pudemos fazer foi enterrá-lo ao pé da figueira. Ballphyzar ajudou a colocar um feitiço para tornar o lugar acessível apenas para nós.

"Então... Continuando. Isso aconteceu quando Bia tinha uns 17 anos e logo chegou o aniversário de 18 anos dela. Um dia depois, ele deu ao Nando, no caso o Fernando, um colar com uma jóia roxa presa a um pingente de ouro. Ele disse que aquela pedra poderia ajudar a completar nossa missão. Segundo as palavras dele, enquanto nós não o fizéssemos voltar à vida, ele estaria preso no Submundo. Só que havia um problema: tinha uma pessoa certa para quem devíamos entregar a jóia e teríamos de encontrá-la. Então ele nos expulsou do Submundo e proibiu de voltarmos enquanto não achássemos essa pessoa. Ele deixou a gente sozinho aqui na Terra... Perdidos, sem saber por onde começar.

"Como estávamos completamente desnorteados, resolvemos pedir ajuda ao mundo bruxo. Esse lugar é outra dimensão chamada Dimensão 82. Fomos ao Castelo dos Mages, que é onde um grupo de bruxos muito poderosos se reúne para discutir assuntos políticos. Ele fica em um planeta chamado Nacoida e, mais especificamente, na capital de um país chamado Guako.

"Lá nós fomos recebidos por um bruxo chamado Ballphyzar. Ele é tipo o rei mais poderoso de Guako, então tínhamos certeza de que ele teria uma resposta para nós, uma luz sequer.

"Explicamos toda nossa situação para ele e o Ballphyzar deu a nós um amuleto que funcionava como uma bússola. Ele apontaria para o que estivéssemos procurando. O amuleto tem tipo um ponteiro feito de uma joia azul, que flutua preso sobre uma plataforma circular, feita de um cristal branco. O círculo fica fixado em uma circunferência de ouro presa a uma corrente também de ouro. Ele disse que se chama Amuleto Kelari. Na Língua Mística (uma língua usada pelos bruxos na invocação de magia, entre outras coisas), 'Kelari' significa 'querer'. Mas quando voltamos, descobrimos que esse amuleto não apontava para lugar nenhum. Ele só ficava rodando o ponteiro sem parar. Então desistimos e ficamos um tempo aqui, apenas esperando. O Leo até tentou fazer buscas algumas vezes, mas sem sucesso. Porém, um dia o ponteiro parou e passou a apontar para uma única direção. E ele nos trouxe até você.

"E quase esqueci uma parte. Voltando ao dia da 'emboscada', descobrimos o porquê de o pai deixar com que eles o matassem, sendo que poderia ter se defendido. Ballphyzar nos explicou que ele era procurado no mundo bruxo e aparentemente ele queria se passar por morto, e a estratégia deu certo.. Basicamente, foi essa a história."

Amélia pensou por um momento. Era tanta informação para processar que estava começando a ter dores de cabeça. Algo ainda não fazia sentido nessa história. Os irmãos preferiram manter-se em silêncio e deixar os pensamentos da garota fluírem.

– O que aconteceu com Edmur? Ele também era procurado no mundo bruxo? — Perguntou depois de algum tempo processando.

– Sim, ele era procurado, mas não por crimes tão graves quanto os de Ellesh. E não sabemos o que aconteceu com ele. Ninguém sabe. Ele simplesmente sumiu.

– Ok... Outra pergunta: o tal rei bruxo que me recuso a tentar pronunciar o nome sabe que Ellesh está preso no Submundo?

– Sabe.

– Então, se ele é um foragido, porque não vão atrás dele?

– Tirando a parte que ele é um espírito extremamente poderoso e indestrutível, é porque agora ele tem o total controle do Submundo, o lugar de onde saem e para onde vão os espíritos humanos. Ele conseguiu conquistar as criaturas de lá e matar a Guardiã do Submundo, que era quem mandava lá antes dele. Agora ele tem olhos por toda a parte. Todos os espíritos que saem dos corpos da Terra agora estão sobre o domínio dele. Esses espíritos são completamente leais a ele, assim como alguns demônios. Eles o ajudam a ter uma grande proteção. Existem milhares deles e juntos são poderosos demais. Não vale a pena ir atrás dele. Seria suicídio. E traição também não é uma opção, que é o nosso caso. Por isso estamos fazendo o que ele quer. Se não fizermos, ele pode nos matar. Além do mais, o pai disse que só pode desfazer nossa maldição quando estiver em seu corpo novamente. Como queremos muito ser normais e não temos escolha, achamos que seria melhor para todo mundo continuar com a missão.

– Isso responde a muita coisa, mas... Ele não pode sumir do nada. Edmur deve estar em algum lugar. Isso se ele não morreu de velhice. Essa história está mal contada! Eu acredito em vocês, claro. Acredito que seja isso que saibam, mas não acredito que seja tudo para ser dito. Aliás, desculpe se eu for grosseira, mas o pai de vocês é extremamente cruel.

– Sabemos disso, mas não temos escolha a não ser trazer ele de volta.

– Eu acho que está certa...

– Além do mais, ele tem o controle da alma do Fernando para usar em horas de emergência.

– Como assim?

– O poder da alma do Fernando é muito grande. O que você está vendo não é o corpo dele, mas sim um espírito materializado. O Nando já está morto, mas o espírito dele é capaz de tomar uma forma física, mesmo estando no mesmo plano em que os vivos. O pai criou uma pérola que pode controlar o Fernando como se fosse uma marionete. Você não tem ideia do estrago que o Nando pode fazer em um minuto. Não sabemos como ele fez aquela pérola, mas sabemos o porquê. Nando é o único que não pode, de forma alguma, se voltar contra ele, já que é o mais poderoso entre nós.

Nando assentiu. Abaixou a cabeça e as orelhas como se estivesse entristecido com aquilo. Amélia, tentando conter a vontade de abraçá-lo, (e talvez de apertar suas bochechas), tentou confortá-lo.

– Não fique assim, isso não é algo inteiramente ruim! Se Ellesh quer ter algum controle sobre você, é por que tem ciência do tamanho da força que te deu. Se ele tem medo de que você se vire contra ele, isso não te torna perigoso, na verdade só mostra o quanto você deve ser incrível!

Nando, ainda de orelhas baixas, olhou para Amélia e sorriu timidamente. A garota pôde ver um pouco dos dentes pontiagudos e amarelados. Imaginou a força da mordida que eles teriam. Deveria ser assustador.

– Hummmm... Senti um climinha ou é impressão minha? — Luan provocou dividindo o olhar entre Amélia e Nando.

– Climinha? Meu filho, aqui o termômetro já explodiu! — Leo entrou no jogo com o tom mais histérico que conseguiu.

– Esses dois são uns idiotas, não liga. — Diana tentou afastar um pouco do constrangimento de Amélia.

– Ah, Diana! não vai me dizer que os dois não são um casal perfeito? — Luan insistiu.

– Com licença, senhores Debi e Lóide, ela está aqui há menos de uma hora! — Gabriel finalmente se manifestou.

– E daí? Nunca ouviu algo sobre amor à primeira vista? — Leo retrucou.

– Cara, a única coisa que fiz foi confortá-lo dizendo o que eu penso. Não significa que esteja apaixonada por ele. — Amélia tentou refutar, um tanto sem jeito.

Leo encarou-a como se estivesse ofendido.

– Nossa, grossa...

– Ah... Desculpa, eu não queria...

– Tudo bem, querida, eu estava só brincando. — Leo de repente voltou ao seu semblante sorridente e apertou a bochecha de Amélia.

A garota percebeu que demoraria até conseguir entender aquele cara.

– Bom, voltando ao assunto antes que haja mais algum comentário idiota... — Diana continuou. — Você entende o quanto você é importante para nós, Amélia?

– Sim, entendo.

– Nós precisamos da sua ajuda. Mesmo, de verdade. Queremos muito ser normais, ter uma vida como qualquer outro humano, e você é o caminho para isso. Você pode nos ajudar?

Amélia sorriu. Em um nanosegundo sua mente processou tudo em que estaria se metendo caso dissesse sim. Acabou concluindo que aquela seria uma ótima história para contar.

– Sim. Eu posso e quero...

Não conseguiu terminar a frase. Houve um grito coletivo parecido com um "AAAAAEEEEHHH". Em um gesto muito rápido, Leo pegou a garota em seu colo e pulou e rodou pela sala, comemorando e gritando de alegria. A felicidade dispersada naquela casa era tanta! Nem parecia que segundos atrás tinham tido uma conversa séria e tensa.

Leo parou subitamente, pigarreou e, com Amélia ainda em seu colo, pediu a atenção de todos.

– Meus irmãos! Nesta hora, momento e lugar, declaramos Amélia oficialmente da família. Mais especificamente, declaramos nossa cunhada! Nando, pode pegar a sua noiva.

Leo colocou a garota nos braços de Nando com rapidez o suficiente para o irmão não poder fazer nada. Ignorando o olhar irritado lançado sobre si, Leonard riu junto com os outros.

Nando olhou para Amélia com a intenção de pedir desculpas pela atitude constrangedora do irmão desmiolado, mas quando seus olhos encontraram os dela, não soube o que fazer. Mais uma vez suas orelhas caíram. Para não ficar com cara de bobo, deu um sorriso muito sem graça que fez Amélia rir. Agradeceu por ser apenas um espírito, porque senão teria ficado vermelho. Fazia muito tempo que não se sentia constrangido perto de alguém. Ou por alguém.

Saindo de um transe momentâneo, olhou para o sofá. Em uma atitude automática, colocou a garota sentada ali. No segundo seguinte, Leonard surgiu da cozinha, na qual a entrada era um arco de madeira sem porta na lateral da escada que levava ao andar de cima. Estava com uma garrafa de champanhe na mão.

– Monamigos! Isso pede festa!

Amélia nunca tinha visto uma festa tão estranha como aquela, mas com certeza foi a melhor que já vira até então.

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