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Depois que encontrei o Leonard voltei à fazenda e folheei o livro até de trás para frente. Não encontrei absolutamente nada na primeira tentativa, mas depois do jantar voltei a procurar e finalmente achei o tal Elliot. Não vou colocar exatamente tudo que li sobre o Monroe, pois a maior parte só confirmava o que eu já sabia (algo realmente assustador, aliás). Mas houve um trecho em específico que chamou muito a minha atenção:

"Elliot Jefferson Monroe (1698-1736) foi um dos maiores e mais poderosos latifundiários portugueses do começo do século XVIII. Em 1717, casou-se aos 19 anos com Giselle Samont Ramara (1700-1724), que mais tarde adotou o sobrenome do marido e passou a chamar-se Giselle Samont Monroe. O casal teve sete lindos filhos. Porém, após o nascimento do sétimo filho, a residência de Monroe foi tomada por um incêndio dado como acidental. Os sete filhos e Giselle faleceram no ocorrido. [...]"

Agora eu me pergunto... A história que meu avô contou não tinha deixado claro que eram seis irmãos? O que aconteceu com o sétimo filho? E se o incêndio não foi um acidente? Por que Monroe não foi morto também? E se ele existiu, por que o sétimo filho não aparece na história que meu avô contou? Alguém mais sabe desse sétimo filho?

Ao invés de esse texto trazer respostas, deixou mais perguntas. A única certeza que consegui com ele foi a de que toda a história é verdadeira. Ou pelo menos parcialmente verdadeira. Eu sinto que tem algo errado.

Depois de minha cabeça quase explodir, resolvi pegar um velho caderno em branco e uma caneta que havia na cômoda do meu avô. Talvez escrever me ajude a pensar, pôr as ideias em ordem..., mas acho que isso está tão bagunçado que não tem como arrumar.

Com todos esses relatos, com certeza você que está lendo isso, seja quem for, já está ciente da gravidade desta situação. O que acontece está muito além da nossa compreensão. Nem eu que estou vivendo isso consigo entender. Justamente por não entender, fiquei escrevendo um diário com a ajuda da luz de uma lanterna e escondida debaixo das cobertas enquanto a tal Diana não parecia, esperando que ela chegasse logo.

E então ela chegou.

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