O Diário: PT 1/6
Ontem mesmo eu nunca imaginaria que estaria escrevendo algo assim em um caderno.
Não estou fazendo isso por medo ou coisa parecida, mas sim porque estou prestes a fazer algo extremamente perigoso, então talvez eu não saia viva para contar o que aconteceu neste dia ou nos próximo. Realmente não sei quanto tempo isso vai durar. Meu objetivo é que alguém ache este diário, saiba quem eu sou, como eu morri - se eu morrer - e quem ou o que me matou. E que continue esta jornada por mim se puder.
Irei começar me apresentando. Meu nome é Amélia Gabrielle Merendes Oliveira, tenho 16 anos. Moro na cidade de São Paulo com os meus pais em um prédio perto do centro. Os nomes deles são Julia Merendes Oliveira e Paolo Merendes Venâncio. Moro em São Paulo desde sempre.
Durante minhas férias de verão, sempre visitava - ou ainda visito, se eu estiver viva - meus avós numa cidade do interior do estado de SP. Meu avô, o Seu Balmirio, é um fazendeiro da região. Herdou a fazenda do meu bisavô e depois minha mãe é quem vai herdar. Ela provavelmente vai vender a fazenda depois do falecimento do meu avô. A vida nas lavouras não é para ela.
Enfim, hoje é 15 de dezembro de 2017. Eu cheguei aqui ontem, dia 14. Para explicar melhor o que ocorreu nesses dois dias preciso explicar algumas coisas para trazer um contexto.
Sempre que eu visito - ou visitava - meu avô, ele me contava história do folclore como do Saci, Curupira, lobisomem, essas coisas malucas que ninguém que tenha mais de seis anos acredita. E o "ninguém" incluía a mim. Ontem ele recontou algumas histórias e obviamente não acreditei. Mas hoje tudo isso mudou. Hoje eu descobri que tudo que ele me contou é real e também descobri que ele nunca me contou a história inteira.
Ele só me contou a história do começo depois que eu tive a minha primeira experiência sobrenatural. Quando eu sofri um ataque da Mula Sem Cabeça em plena luz do dia.
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