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Montanha de Mentiras

Passaram pela porta que apareceu no corredor e Amélia pôde ver o cômodo mais incrível de todo o castelo. O lugar era alto e muito espaçoso. Em um canto, havia uma estante enorme que ocupava uma parede inteira, onde se enfileiravam uma infinidade de livros.

Em todo o restante do lugar, equipamentos diversos estavam espalhados. Muitos deles, mas nem todos, pareciam com os que se encontrariam em um laboratório de ciências. Entre os equipamentos, estava um caldeirão enorme sobre uma espécie de lareira. A madeira embaixo do caldeirão estava um tanto queimada, indicando que já havia sido usada.

Ellesh caminhou até um balcão com vários instrumentos estranhos jogados sobre ele. Pegou um em específico que lembrava um compasso, mas no lugar onde deveria estar o grafite, havia uma plataforma retangular de metal que ajudava o instrumento a ficar em pé. No final desta, havia duas pequenas peças de metal. A garota deduziu que fosse para fixar algo entre elas. Sua dedução foi confirmada quando o bruxo pediu seu colar. Ela deu e Ellesh colocou o pingente entre as duas peças. Quando verificou que estava firme no lugar, o bruxo começou a abaixar a ponta afiada, que estava erguida (era parecida com a ponta seca do compasso). Conforme a ponta abaixava, a cor cinza metálica desaparecia e dava lugar a um vermelho ardente. Amélia percebia que a mudança de cor devia-se por estar esquentando mais a cada milímetro que se aproximava da joia. Quando finalmente tocou-a, fez-lhe um furo sem nenhuma dificuldade.

Ellesh, com uma agilidade impressionante, pegou um tipo de tubo de ensaio enquanto tirava a joia do instrumento. Como se quebrasse um ovo para fazer um bolo, do furo que fizera saiu um líquido viscoso, escuro e arroxeado, que escorreu para o tubo de ensaio. Quando o líquido pingou até a última gota, Ellesh jogou o colar no balcão. Amélia olhou para ele uma última vez antes de voltar a acompanhar Elle. O furo do colar fechou-se como uma ferida cicatrizada e desapareceu sem deixar rastros. Nem uma mísera rachadura. A joia apenas ficou numa cor um pouco mais clara.

Cada vez mais boquiaberta, voltou a observá-lo.

Ellesh agora colocava o tubo com o líquido em um suporte, onde havia outros cinco tubos vazios. Foi até uma gaveta de um dos armários e pegou um saco cheio de um pó azul. Pegou outro tubo de ensaio e o encheu com aquele pó até a metade. Depois colocou o tubo e o saco de volta no lugar.

Em seguida, andou até outro armário e tirou dali um tubo maior, com uma base redonda e uma garganta comprida. Voltou para onde deixou os tubos menores e despejou as duas substâncias que havia coletado no tubo maior. Depois, pegou um canivete afiado de uma gaveta, virou-se para Amélia e disse:

— Preciso de uma gota do seu sangue.

A garota estendeu seu pulso sem protestos. Ellesh fez um furo na ponta do dedo indicador. Uma gota de sangue fresco pingou no tubo e misturou-se com as outras substâncias.

Quando todos os ingredientes principais estavam postos, Ellesh pegou o tubo com a mistura e colocou sobre algo que se parecia com um mini fogão de uma só boca. Ele girou um botão e a boca acendeu. O tubo começou a esquentar. A última coisa que fez foi pegar uma garrafinha de água que estava pela metade e despejar toda a água no tubo. A água, o pó azul, o líquido viscoso e a gota de sangue, quando misturados, davam um efeito extraordinário. Dentro do tubo, agora havia uma camada azul, uma fina camada negra, uma vermelha ainda mais fina e uma camada transparente.

Depois de uns segundos encarando o tubo, Ellesh comentou:

— Só para avisar, isso vai demorar um pouco.

— Posso fazer algumas perguntas, então?

— Claro.

— O que são essas coisas aí?

— A camada azul é o Pó de Felizia. É um minério raro e serve para facilitar a realização de diversos feitiços. Ele substitui muitos ingredientes. Sem ele, eu precisaria de muito mais para fazer essa poção. Mas apesar desse benefício, deve ser usado com muito cuidado, sempre utilizando da medida exata. Já a camada negra é o seu sangue antes que seus poderes fossem bloqueados. A camada vermelha é o seu sangue de agora. A transparente é a camada mais rara de todas.

— O que é?

— Água potável.

— Engraçadinho. — Amélia riu... Inesperadamente. — O que bloqueou os meus poderes?

— Quando você morreu, seu espírito se comportou em um corpo incompatível com sua força e seus poderes foram bloqueados. Só que esse corpo já tinha um espírito, o espírito humano. Cada um desses espíritos tem uma alma, também chamada de Chama da Vida. A Chama é de onde provém toda a magia que o espírito carrega. Como um corpo não suporta duas Chamas, as Chamas dos dois espíritos fundiram e tornaram-se uma. Com isso, vai ficar fácil libertar seus poderes, pois basta que seu corpo se torne tão forte quanto a Chama. Essa poção que estou fazendo pode fazer isso.

— Quando eu morri? Você pode, por favor, parar de esconder detalhes?! O que é que eu sou afinal? Eu tive outra vida antes dessa?

— Não sei se está pronta para esse tipo de informação.

— Vamos cair na real e dizer que ninguém está pronto para esse tipo de informação! — Amélia o olhou torto.

— Tudo bem, tem razão, mas prometa que não vai surtar.

— Prometo.

— Ok... Você era a Guardiã do Submundo. Quando eu matei você, seu espírito foi atrás de um novo corpo porque você é "imortal" e sempre irá reencarnar em outra forma. A ideia que combinei com Lúcifer era matá-la e depois encontrar sua reencarnação. Antes de matar, Lúcifer tentou fazer você se aliar a ele da forma fácil, mas nada do que ele dizia fazia você mudar de ideia.

— Então desde muito antes vocês precisavam conquistar minha confiança. Custasse o que custasse.

— Sim.

Uma ideia terrível de repente surgiu na mente de Amélia. Algo que se destacou em sua confusão mental.

— O que exatamente você pediu para os irmãos fazerem quando os enviou para a Terra? — Perguntou com medo de sua teoria estar certa.

— Eu contei a eles sobre a Guardiã e que precisava dela para me trazer de volta à vida. Ordenei para encontrarem você e trazerem até mim.

— Eles conquistarem minha confiança não estava no plano deles... Estava?

Ellesh não respondeu. Começou a perceber a presença. A falta de uma resposta concreta fez a mente da garota tirar suas próprias conclusões. E com certeza não eram nada boas.

— Amélia... Eles fizeram o que foi necessário fazer. Mais nada. — Vendo o temor presente nos olhos da menina, tentou ser o mais imparcial possível.

— Eles não podem ter me enganado... Eles me disseram que eu era...

— Especial? Sim e você é...

— Da família. Eles disseram que eu era da família! — Lágrimas quentes de raiva e mágoa correram pela sua bochecha. – Isso foi mentira?

— Pode ter sido. — Sentiu a presença dele... Ele estava observando naquele instante. Aquilo era o máximo que poderia fazer.

— Se for mentira... Não vejo como eles podem ser melhores que você! — Amélia acusou, mas Ellesh não teve reação alguma. — Se isso tudo não passa de uma grande montanha de mentiras, então para mim só resta ir embora! Não tem nada de bom para mim aqui...

Amélia deu as costas para o bruxo e quase saiu andando, mas o outro a agarrou pelo braço e jogou-a na direção do balcão com uma força surpreendente, encurralando-a. Sua expressão era impassível, mas no fundo de seus olhos, Amélia enxergou o seu pânico.

— Escute, se ir embora é o que você quer, então assim será. Esse será o seu pedido depois que você me trouxer de volta. Tudo bem?

Amélia pensou brevemente sobre o assunto e enfim assentiu:

— Tudo bem.

Ellesh a fitou sem expressão alguma durante algum tempo, mas os olhos continuavam tentando dizer-lhe algo. Em seguida, desviou o olhar e libertou-a.

A poção enfim ferveu e Ellesh pegou uma colher, desligou o fogo e mexeu o conteúdo do tubo. Depois de dois minutos, parou, pegou um copo e despejou nele o líquido, que ficara com uma coloração verde-musgo. Deu o copo à Amélia.

— Beba o quanto aguentar. — Foi sua única instrução e ela apenas a atendeu quando sentiu o gosto da coisa na boca. Era amargo como uma couve mal temperada. E tinha um toque apimentado. Era horrível. Teve que beber sem parar ou não conseguiria chegar nem na metade do copo. Ainda por cima estava quente demais, mas não tanto quanto esperava.

Conseguiu beber três dedos a mais que a metade. Depois disso parou, colocou o copo de lado e tentou não vomitar.

— Agora só temos que esperar ela fazer efeito. Enquanto você não estiver pronta, está livre para fazer o que quiser.

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