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Capítulo 35: O Julgamento Final

Algumas semanas se passaram desde o que aconteceu no templo naquela noite.

Conseguimos resgatar Lexie enquanto Hécate libertou Maya dos domínios da Trívia. Trívia era poderosa, mas não tanto quanto Hécate, que a exilou do nosso mundo, para um lugar onde acredita ser bem mais seguro. Dessa vez, Trívia não conseguiria ter contato com ninguém, sem chances de voltar.

Lexie estava apenas com alguns ferimentos leves, os quais curei com meu dom. Maya foi levada para casa por Dener e Lucy, e Lucy garantiu que não culparia sua filha pelo o que aconteceu.

Porém, Maya não ficou isenta do ocorrido. Ela tinha sangue nas suas mãos, e de um jeito ou de outro, teria que passar por um julgamento. O julgamento ficou marcado para hoje, no templo de Saint Luna após o retorno dos bruxos e bruxas que saíram em missão.

Atravesso a rua e vejo a cafeteria do outro lado. Assim que abro a porta, ouço o sininho tocar e procuro Noah com os olhos. O vejo levantar a mão em uma das mesas perto da janela, e logo me aproximo.

- Olá, Claire, né? - Ele questiona para confirmar meu nome. - Como você está?

- Estou bem, eu acho. - Respondo, sentindo meu coração disparar forte.

- Que ótimo. - Ele responde com um sorriso. - O que você queria falar comigo?

- Eu... - Por um instante, acabo perdendo o raciocínio sobre o que eu deveria falar.

Assim que segurei a mão de Noah, senti meu coração apertar. Seus olhos verdes, agora sem brilho, fitavam o nada, alheios ao mundo ao redor. Lembrei-me daquele em que recebi a notícia da sua morte, o dia seguinte em que fui ao seu enterro e me debrucei sobre seu caixão, acreditando ter perdido uma parte de mim.

Respirei fundo, focando na energia ao meu redor. Os murmúrios das conversas se transformaram em um zumbido distante enquanto eu me concentrava no feitiço de cura. Meus dedos traçaram padrões no ar, canalizando a energia da natureza que fluía através de mim. Senti calor irradiando de minhas mãos conforme a magia começava a agir.

- Você vai ficar bem, Noah. - sussurrei, mais para mim do que para ele, enquanto o poder da cura se espalhava por seu corpo. A pele pálida começou a ganhar cor, e sua respiração tornou-se mais regular.

Pensamentos de quando nos conhecemos inundaram minha mente - suas piadas bobas, seu sorriso contagiante. Era difícil acreditar que ele estava de volta, mas tão distante de mim.

Finalmente, terminei o feitiço e recuei, observando Noah com expectativa. Seus olhos verdes piscaram lentamente, focando-se em mim pela primeira vez desde que começamos o ritual. Hesitante, ele franziu a testa, como se tentasse se lembrar de algo.

- Noah, sou eu, Claire. - Murmurei, segurando sua mão com ternura. - Você está de volta.

Ele piscou várias vezes, confuso, tentando processar o que estava acontecendo.

- Claire? - Noah sussurrou com sua voz rouca e fraca. - É você... eu lembro de você!

Meu coração se apertou novamente ao perceber que talvez o feitiço tenha funcionado. Um nó se formou na minha garganta enquanto lutava para conter as lágrimas.

- Você teve um acidente. - respondi suavemente. - Achamos que você estava morto, mas então... Noah, eu pensei em você todos os dias desde a sua morte. Mas quando te vi sem se lembrar de mim, sem se lembrar de nós, achei que seria o fim de tudo.

Ele olhou em volta, parecendo confuso. Ele parecia atordoado, e eu imaginei que a recuperação das suas memórias poderia causar um baque no seu cérebro.

- Eu me lembro de tudo. Da escola, da minha família, do Vincent... eu me lembro de você, Sweetheart. - Sorrio, quase sem conter as lágrimas. - Eu preciso saber como minha família está, minha mãe, meus irmãos.

Me levanto da cadeira e vou em sua direção, abraçando-o com força. Finalmente pude sentir a presença do meu Noah, a pessoa que eu sempre amei, e não de um desconhecido sem memórias.

Noah retribui lentamente, como se também precisasse daquele abraço há muito tempo. A magia de cura havia feito seu trabalho, mas agora era o amor e a paciência que nos guiariam adiante, rumo à reconstrução de tudo o que ele havia perdido.

• • •

Estou diante do grande salão do templo, onde os murmúrios ecoam pelas paredes de pedra polida. A atmosfera é carregada de tensão e expectativa, enquanto Maya, a jovem que desencadeou tudo isso, está no centro do julgamento. Ela parece pequena e frágil diante da majestade do templo e da seriedade dos presentes. Era estranho ver Maya assim, tão indefesa, apenas uma menina frágil e com medo das consequências.

Do lado direito, vejo algumas das bruxas e bruxos mais fortes do mundo, estando entre elas, nossas mães: a antiga tríade de Hécate. Minha mãe, Alice, é a primeira a se levantar com determinação.

- Alta Sacerdotisa, compreendemos a gravidade do que ocorreu, mas Maya agiu sem compreender totalmente as consequências. Ela é jovem e merece uma chance de redenção.

A Alta Sacerdotisa, Lucy, apesar de ser a mãe da pessoa que cometeu o crime, ouve com atenção, seus olhos profundos analisando cada palavra.

- Entendo, Alice. Alguém se opõe a esta afirmação?

Um sussurro inquietante surge do lado oposto do salão, onde os defensores mais conservadores se reúnem. Uma voz firme se destaca, uma bruxa anciã.

- Alta Sacerdotisa, o Livro das Sombras é o nosso legado mais sagrado. Maya liberou uma entidade antiga que poderia trazer desgraça ao nosso templo. Devemos manter a integridade de nossas tradições. Mesmo ela sendo sua filha, é de sua responsabilidade fazer a devida punição. O sangue das pessoas que morreram está nas suas mãos também caso pretenda defendê-la.

Maya baixa os olhos, sentindo o peso das acusações sobre seus ombros. Eu queria ir até ela, abraçá-la e tirá-la dali, mas era um julgamento importante. Fugir dele só prejudicaria Maya mais ainda e ela poderia até mesmo ser castigada ficando sem seus poderes.

- Eu não queria causar tanto transtorno. Eu sei que fui burra em acreditar na Trívia, mas... eu estava perdida e com medo. Eu só queria ser aceita. - Maya diz em um tom baixo.

- Sangue de pessoas que morreram? - Seline questiona perplexa e se levanta bruscamente do seu posto. - Maya cometeu um erro, sabemos disso, mas as pessoas que ela escolheu realmente eram boas pessoas? Um nazista podre, um pedófilo, assassinos, um motorista de tráfico humano! Trívia se equívocou e tentou matar o Vincent e a Lexie, que não tinham nada a ver com os padrões de Maya, então, mesmo que eles tivessem morrido, não teria sido culpa da Maya. Além disso, a própria Hécate destinou todas as tríades existentes a matarem homens de sangue pecador! Eu matei meu namorado, Jesse matou o irmão adotivo, Alice matou o pai. Me diga, anciã, somos criminosas por cumprir um ritual da própria deusa?

Todos do coven ficam em silêncio por alguns segundos, e logo começam a sussurrarem entre si. Seline ajeita a postura e se senta no seu lugar novamente, enquanto Jesse sussurra algo para ela.

- Isso não anula o fato dela ter roubado algo tão importante para nós! Algo que estava sob responsabilidade da Alta Sacerdotisa! - Um homem um pouco mais velho diz, apontando para Lucy. - O roubo do Livro causou grandes catástrofes pelo mundo inteiro. Criaturas e entidades adormecidas foram soltas, feitiços secretos foram revelados e nosso pilar da magia foi colocado em jogo apenas por causa de uma adolescente irresponsável?

- Ele tem razão! Imagine quantas pessoas ao redor do mundo morreram por causa das coisas que ela deixou escapar no livro! - Uma mulher responde. - Os problemas dela poderiam ter sido resolvidos com terapia, não liberando a Trívia.

- Caros senhores, compreendo perfeitamente o posicionamento de vocês. No entanto, creio que no momento a responsabilidade dos atos cometidos por Maya seja minha. Falhei como mãe. Se eu tivesse ouvido e acolhido mais a minha filha, os meus filhos, isto jamais teria acontecido. - Lucy diz, surpreendo a todos e fazendo Maya olhá-la emotiva. - Tenho séculos de vida e de experiência com a magia e com os seres humanos, mas a única coisa que admito nunca ter aprendido foi a amar alguém. E foi difícil criar dois filhos sozinha, apesar de ter sido uma escolha minha gerá-los apenas com meus genes. Eles cresceram como soldados, pois priorizei uma função a eles ao invés de incentivá-los a viverem suas próprias vidas. Falhei em não lhes dar a atenção necessária e nem o amor que nunca recebi, e nem de protegê-los como Hécate nos protege, e nem ouvi-los como Hécate nos ouve. Portanto, declaro que Maya está absolvida dos seus crimes cometidos para a Alta Sociedade Mágica. Todos nós erramos em algum momento, e esse é o momento para aprendermos e evoluírmos.

- A Alta Sacerdotisa tem razão. - A voz de Hécate no centro da Assembleia assusta alguns, mas imediatamente, ao vê-la, todos se curvam. - Ora, meus filhos e filhas. Vocês são humanos com dons especiais herdados de mim, não deveriam se cobrar tanto à perfeição. Nem eu como deusa fiz apenas escolhas certas. Meu ego não me fez enxergar o quanto algumas pessoas ao meu redor sofreram, e assim como eu, Lucy desamparou sua filha. Mas, ela tem razão quando diz que todos merecem uma segunda chance.

- Obrigada, Hécate. - Maya agradece baixo, desviando o olhar para o chão por vergonha. - Prometo não fazer mais nenhuma burrada.

- Bruxos e bruxas de todo o mundo, reunidos no grande grove! - Hécate clama resplandecente. - Os tempos da magia estão mudando. Surge uma nova geração da tríade divina, as quais foram escolhidas pelo próprio destino. Sabemos que pessoas más que conspiram contra a magia, contra mim, estão e sempre estarão em todos os lugares. Porém, os escolhidos para enfrentar estes desafios estarão acompanhados por mim, sob meu resguardo, e eu cuidarei para que nada lhes aconteça. Existem muitos bruxos e bruxas com magia nas veias, os quais nem sabem como utilizá-las, mas que possuem um grande potencial. Então, decidi criar uma Academia de Magia para que estes jovens sejam treinados desde cedo.

- Ah, tipo Hogwarts? - Seline questiona, e Hécate a encara com certa irritação.

- Por que todo mundo diz isso? - Hécate questiona indignada.

• • •

- E nosso último desafio será enfrentar o fim do ensino médio. - Diz Vincent ao meu lado, antes de adentrarmos no colégio.

- Se animem galera, hoje vocês verão o grande Dener brilhar no lacrosse! - O garoto correndo para perto de nós, com um grande sorriso no rosto. - E após a vitória da final do campeonato da Everest High School, comemoraremos com um show da Midnight Echoes! Se a Maya não tentar matar a Lexie de novo, claro.

- Eu vou tentar. É só ela não ficar de palhaçada para o meu homem. - Maya responde, apertando a bochecha de Vincent.

- Se ela tentar matar a minha irmã de novo, eu quebro o salto dela. - Kaylee diz brincando ao se aproximar.

Ouço o sinal tocar e olho para a porta, vendo os alunos entrarem correndo no colégio. Meu coração palpita por alguns segundos, e logo vejo Noah entrar no colégio. Assim que ele nos vê, ele sorri e se aproxima de nós, enquanto as outras pessoas sussurram sobre sua presença. Sua volta causou uma grande comoção na cidade, pois o que todos achavam ser uma perda, era apenas um recomeço. Um recomeço para Noah também.

- Que bom ver você de volta, maninho. - Diz Vincent orgulhoso. - Pelo menos você tem menos chance de sofrer uma tentativa de homicídio no MIT.

- Vincent! - O repreendo, pois não era um bom momento para brincar com uma tragédia.

- Foi só brincadeira.

Assim que entramos no colégio, senti uma energia boa passar por nós. A esperança brilhava em nós novamente, o sonho de viver um futuro grandioso, tanto nas nossas vidas pessoais quanto na nossa vida mágica. Dividíamos este segredo, apesar da magia não ser mais tão oculta assim na cidade.

Hécate estava conosco, nos acompanhando a cada passo que dávamos. Dessa vez tudo seria diferente, e mesmo que novas ameaças surgissem, estaríamos prontos para lutar até o fim para defender o que mais importa.

• • •

The end.

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