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Capítulo 23: Hotel Cinco Estrelas

Saint Luna, 05 de setembro de 2021
Domingo - 09:56 P.M.

Ainda era difícil engolir que minha mãe estava desaparecida.

Eu não sabia bem como contar isso para o meu pai. Claro, ele sabia do sobrenatural, mas era do tipo de pessoa que preferia não se meter e deixar para quem realmente sabe o que está fazendo. No entanto, como trabalha em uma universidade um pouco longe, quase não o vejo em casa. Ele confia em Kaylee e eu, mas com o perigo eminente e com minha mãe fora de rota, tudo desanda.

Tento não deixar meus pensamentos muito focados na missão da minha mãe. Ela vai ficar bem, minhas tias vão ficar bem e a missão será bem sucedida. No momento, meu grupo precisa de mim para que finalmente consigamos deter a Trívia nem que seja por alguns dias.

Kaylee, Lexie, Lucas, Ava e eu estávamos no Porsche de Kaylee, enquanto Vincent, Maya e Dener foram de fusca. Eu estava mais tensa que o normal, pois não sabia como seria dessa vez, se Trívia realmente cairia na nossa armadilha.

Quando encostamos o carro, desço e observo ao redor. O hotel era enorme, ficava alguns passos da estrada, com um enorme jardim. Não havia casas ou estabelecimentos próximos, apenas um denso matagal. Aquela estrada era vazia, tinha pouca iluminação, pois era uma das vias mais perigosas de Saint Luna.

— Relembrando do plano. — Lexie começa dizendo assim que nos aproximamos do outro grupo. — Sabemos que o quinto ritual ainda não foi concluído, e sabemos que será aqui, em algum momento. Nosso plano é pegar a Trívia de surpresa, e não sabemos quanto tempo ela levará para aparecer, mas dada às circunstâncias, não deve demorar muito.

Kaylee olha para o céu, e ao notar a escuridão noturna, todos conseguimos ver a névoa densa se formando ao redor de uma lua Nova pouquíssimo visível.

— Hoje. Ela virá hoje. — Kaylee diz com o braço cruzado. — Trívia segue um padrão. Hoje deveria ser lua minguante, mas é nova. Assim como no hospital, assim como na noite anterior à missão do templo, assim como no dia em que a professora de teatro morreu.

— Vincent ficará no carro da Kaylee enquanto o resto do grupo entra no hotel. Maya, Dener e Claire procuram o altar que Trívia usará para o ritual, enquanto Kaylee, Ava e Lucas fazem um feitiço para anular magia. Vocês ficarão vulneráveis, então Claire e Dener trarão a pessoa para fora e Vincent os levarão para longe. Caso haja alguma luta, é necessário que os melhores em combate permaneçam para que o plano dê certo. — Lexie continua falando, e o resto de nós presta bastante atenção. — Eu vou cuidar dos detalhes, da comunicação de vocês para que nada falhe como o que ocorreu na missão do hospital.

— É, admito que é um ótimo plano. — Ava diz, ajeitando o cinto que prendia na sua calça de couro. — Podemos ir.

Kaylee se aproxima de Lexie e as duas começam a falar sobre algo que não consigo ouvir. Ava e Lucas fazem comentários baixos um com o outro, e Vincent se aproxima junto à Maya e Dener.

— Olha, se vocês virem que a situação vai ficar feia, apenas fujam. Não importa se não conseguirem salvar a pessoa do sacrifício. Eu quero vocês vivos acima de tudo, e se der errado, a gente resolve depois. — Vincent diz sério, com a mandíbula levemente tensa. — Eu não posso perder mais ninguém.

— Elas vão voltar, Vince. — Digo, tentando aliviar a situação, mas nem eu mesma tinha certeza.

— Seja um bom motorista, viu? — Diz Maya, se aproximando de Vince e lhe dando um selinho.

— Vou ser melhor que o Toretto. — Vince brinca, dando um sorriso fraco de lado.

Após todos se despedirem, olho para Kaylee e ela apenas acena com a cabeça. Respiro fundo e começo a contornar o prédio, sentindo os gêmeos me acompanharem. Havia uma enorme porta com os vidros quebrados, o que não foi muito difícil de abrir.

— Que cheiro horrível! — Dener comenta, segurando firme seu arco e flecha que não soltou desde a nossa primeira missão. — Meninas, se algo aparecer, podem ficar atrás de mim.

— Ah, sei. — Maya diz desacreditada, desviando de alguns vergalhões e resto de entulhos espalhados pelo salão.

Estávamos na recepção. Havia pedaços de madeira, concreto e aço por todo o lado. O chão estava úmido e a parede com cinzas pretas por quase toda extensão, incluindo o teto. Por estar escuro, nós três pegamos uma lanterna e ligamos, conseguindo enxergar melhor o caminho à nossa frente.

Estão na linha, grupo A? Câmbio. — Ouço a voz da Lexie no comunicador no meu ouvido.

— Estou ouvindo. — Digo, mas não obtenho resposta. — Alô? Lexie?

— Tem que falar câmbio. — Dener sussurra ao meu lado.

— Ah, certo. Estou ouvindo. Câmbio. — Digo novamente e ouço o chiado do outro lado.

Estão vendo alguma coisa? Câmbio.

Só mofo, sujeira, camisinha usada. — Olho os detalhes ao redor. — Tem a área de serviço, o restaurante e a cozinha ainda. Quer que olhemos? Câmbio.

Sim, mas sejam rápidos. O grupo B está indo para o andar de cima para olhar os quartos e a área de lazer. — Lexie diz bem concentrada. — Se acharem alguma coisa, avisem. Câmbio desligo.

Eu hein. — Maya diz quando Lexie desliga da chamada.

Ao entrarmos no restaurante, o cenário piora. As mesmas estavam jogadas para todos os lados e a iluminação era cada vez mais decadente. Um pedaço do teto cai mais a nossa frente, fazendo nós três levarmos um grande susto.

— Droga, este lugar está caindo aos pedaços! — Comento, apontando a lanterna na direção da cozinha. — Vamos seguir em frente.

Assim que Dener empurra a enorme porta que nos levaria até a cozinha, o cheiro fica cada vez mais forte. Deixo a lanterna cair e tampo a boca quando vejo restos mortais jogados perto do fogão. Era uma pessoa, com roupas rasgadas e com uma poça de sangue embaixo.

— Pelos deuses! — Dener diz chocado, torcendo o nariz. — Esse corpo está recente demais para ser um dos mortos do hotel. Não acham?

— Até porque, os mortos do hotel foram queimados. Essa pessoa foi devorada. — Maya se aproxima do cadáver, coberto de larvas e com alguns dos órgãos expostos. — Devorada viva.

Tomo coragem e volto a olhar o corpo. O sangue estava fresco, e seu rosto pálido ainda estava intacto. Estava com os olhos abertos e uma expressão de desespero, apesar de haver um enorme buraco na sua cabeça.

— Será que foi algum animal? — Sugiro.

— Ou algum monstro. — Assim que Maya diz isso, sons de murmúrios preenchem todo o lugar. — Vamos sair daqui. Dener, coloca o óculos e vê se consegue ver alguma coisa.

Dener logo pega o óculos na sua pochete e coloca no rosto. Ele olha ao redor, atentamente, mas sua expressão não muda.

— Não tem nada de sobrenatural. Nada que seja mágico ou feito de magia. — Ele conclui. — Às vezes foi só um lobisomem, sei lá.

— Lobisomem, Dener? — Maya pergunta perplexa. — Lobisomem não existe.

— Bruxas também não deveriam existir e existem. Vai saber os segredos desse mundo sobrenatural, maninha. — Dener dá de ombros.

— Shhh. — Levanto o dedo indicador para os dois e pego minha lanterna do chão, olhando atentamente na direção em que os murmúrios se aproximavam.

Uma criatura atravessa a porta e faz um movimento como se estivesse farejando algo. Dener, Maya e eu ficamos estáticos por algum segundo, mas com um leve movimento, a criatura olha para gente e começa a correr na nossa direção. Era da altura e da estatura de uma mulher, usava um vestido longo com mangas bufantes totalmente rasgado e com o pano sujo. Alguns fios de cabelo desciam do seu couro cabeludo, e sua pele parecia uma gosma que respingava o caminho que ela fazia. Seus dentes eram grandes, maiores que os de uma pessoa comum.

Maya, Dener e eu imediatamente corremos na outra direção. Por sorte, a enorme cozinha possuía duas portas, então saímos facilmente pela segunda, que ficava no lado oposto. Demos de cara com uma escadaria enorme, que subia dando longas voltas. Sem hesitar muito, começamos a subir.

— Eu errei, não é um lobisomem. É um zumbi! — Dener diz desesperado, mas concentrado em colocar uma flecha em seu arco e mirar para trás. — Inflammat!

Como eu era a última, Maya segura meu pulso e me puxa para cima, enquanto Dener se coloca na minha frente. Ambos davam a entender que estavam me protegendo. A ponta da flecha de Dener de repente começa a pegar fogo, e ao atingir o zumbi, seu corpo começou a incendiar. No entanto, não foi o suficiente para pará-la.

Na escada, vários outros começam a se juntar. De repente, estávamos sendo perseguidos por dezenas de zumbis, e todos tinham aspecto de que tiveram na antiguidade. Eram os corpos que foram queimados, as vítimas do incêndio.

Conbusit. Do latim, queimados.

— Lexie, tem zumbis nos perseguindo. Câmbio! — Digo desesperada, enquanto Maya me puxava e Dener atirava algumas flechas.

Ah, droga! — Lexie dá uma pausa. — Estou localizando vocês mas escadas principais. O grupo B está na zona leste, também cercados. Vão para a zona norte, tem uma saída de emergência perto do espaço de banho. Câmbio!

Lexie nos mandou seguir para o norte porque tem uma saída de emergência! — Aviso aos gêmeos, e finalmente quando paramos de subir, vejo os dois ofegantes.

— Tenho poucas flechas. O fogo e o veneno não os danificam. — Dener diz tentando recuperar o ar. — Ah, não!

— O que foi? — Maya pergunta, derrubando uma pilastra e nos dando alguns segundos de vantagem até os zumbis ultrapassarem.

— Acho que ela está aqui. — Dener engole o seco, ainda com os óculos de detecção paranormal, só que olhando na direção do salão de banho.

— Droga! — Os zumbis eram fortes e rápidos, demais. Pareciam não sofrer dano, seja lá qual fosse a arma que usássemos.

Olho ao redor e busco algo que me dê alguma vantagem. Vejo galhos de árvores invadindo o lugar pelas janelas quebradas, dando certa vida ao lugar.

Semina explosivae! — Sinto meu poder sair pelas minhas mãos, onde uma chama rosa clara preenche todo o local.

Os galhos começam a ganhar vida e brotar folhas, as quais brotam flores que cospem sementes nos pés dos zumbis. Logo, as sementes começam a explodir uma por uma, fazendo com que os zumbis explodam junto e espirre sangue e gosma por todo lado.

— Boa, Claire! — Maya diz orgulhosa, mas logo volta a olhar o enorme espaço à nossa frente. — É agora ou nada. Eu distraio Trívia caso a veja, e vocês levem o corpo pela saída de emergência.

Andamos alguns metros até darmos de cara com um salão, coberto de espelhos, a maioria, quebrados. Havia um enorme vão no chão, cercado por um corrimão que nos protegia de cair. Lá embaixo, havia uma enorme piscina de sala, profunda e escura.

— Como é bom revê-los! — Trívia diz triunfante, então logo percebo o altar ao nosso lado, com as velas pretas e o símbolo do heptagrama.

Maya faz uma expressão perplexa quando a vê. Parecia que a reconheceu imediatamente. Logo ao nosso lado, um homem o qual não conhecia, preso por cordas que seguravam no teto. Olho para Dener, que confirma silenciosamente e passa os dedos pela flecha.

— Maldita! — Maya range, então um fogo celestial preenche seu corpo inteiro em um tom dourado. — Lissa.

— Feliz pela surpresa, Maya querida? — Trívia ri e debocha da cara de Maya. — Achei que gostaria de ver sua velha amiga, sabe, para relembrar os bons momentos. Para lembrar o quão insignificante você continua sendo, Maya, e não é uma maquiagem que vai mudar isso em você.

Maya não tira os olhos de Trívia. Por alguma razão, era a primeira vez que a deusa romana afrontava um de nós diretamente. Talvez Maya a intimidasse, ou Trívia estivesse perdendo a paciência.

Enquanto Dener atingia a corda com a flecha, que fez o homem cair de jeito no chão, Trívia o segura com a força da mente para que ele não prossiga. Maya, imediatamente, reage e lança uma espécie de fogo cósmico na direção de Trívia, fazendo-a distrair e soltar Dener. Maya segura seu chicote e prende as mãos de Trívia, que a puxa para perto.

Tento criar uma barreira de plasma, mas meus poderes de repente já não estavam mais ali. Maya percebe o mesmo, e Trívia, também. Sorrio, imaginando que Kaylee, Ava e Lucas conseguiram fazer o feitiço de anulação de poder.

— Vão. Eu cuido dessa aqui. — Maya diz com sangue nos olhos. — Quero ver se ela se garante no soco.

Maya dá um chute em Trívia, que ainda perplexa e confusa por estarmos todos sem poderes, começa a se defender dos socos de Maya. Dener e eu tentamos soltar as cordas presas pelo corpo do homem, e eu analiso sua pulsação para nos certificarmos que ele ainda estava vivo. Enquanto a luta prossegue árdua, Dener e eu apoiamos os braços do homem no ombro de cada um de nós, impulsionando para ficar de pé.

Trívia fica por cima de Maya e pega um pedaço de vidro, pronta para disferir um golpe em Maya, que desvia e dá uma cotovelada na boca de Trívia. Seu sangue era escuro como lodo, e sem poderes, Trívia não era nada.

Antes de Dener e eu descermos a rampa de emergência, vejo Trívia segurar um vergalhão e o atravessa na barriga de Maya, fazendo-a perder a força e cair de joelho, próxima ao corrimão. Enquanto isso acontecia, zumbis se aproximavam de todo o canto, cercando as duas. Os olhos de Maya logo perdem o brilho e deixando o sangue cobrir seu corpo, então sua voz silenciosamente sussurra um "saiam daqui". Dener não viu, mas uma sensação péssima de culpa atingiu todo meu corpo.

Sinto a bile na minha boca enquanto descemos com o homem. Ao sairmos do hotel, andamos rapidamente até o carro onde Vincent estava esperando. Dener abriu a porta de trás, jogando o homem inconsciente dentro e entrando logo em seguida.

— A Maya... — Começo a falar, pensando em voltar correndo para ajudá-la.

— O que tem a Maya? — Vincent pergunta sério, antes de dar partida no carro. — Claire, o que houve com a Maya?

— A Trívia... ela... a Maya vai morrer! Precisamos voltar, eu preciso ajudá-la! — Digo em choque, sentindo meu olho borrar pelas lágrimas.

Dener me olha surpreso, sem entender nada. Vincent desce do banco do piloto e entrega a chave para Dener.

— Cuida disso. Vou atrás dela. — Ele diz tenso, mas tentando não demonstrar.

— Você vai morrer lá dentro! Têm muitos zumbis, é perigoso! — Aviso, mas ele não me dá ouvidos.

— EU NÃO VOU DEIXAR ELA MORRER LÁ SOZINHA, ENTENDEU? — Vincent grita, e logo se vira e sai correndo para dentro do hotel.

Trovões ecoam pelo céu.

Esse nem era o pior da noite ainda. Mesmo sem o ritual, algo muito ruim estava prestes a acontecer.

Uma borboleta preta sobrevoa ao nosso lado, entrando por uma janela e saindo pela outra. Era um sinal.

Dener acelera o carro.

Continua...

• • •

Nem todos podem ser salvos.

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