"Estou correndo para o seu lado. Meu amor, onde você está? Quando você estiver pronto, nós podemos nos entregar. Eu me rendo. " - Surrender, Natalie Taylor

Último capítulo antes do epílogo.

Jimin

Era difícil acreditar que Hiduna havia simplesmente sumido, deixando a todos nós confusos e sem saber ao certo o que fazer.

Olhando em volta, eu percebi Namjoon um tanto absorto, talvez porque não esperava a resposta que teve de Hiduna, e além disso, ninguém esperava.

- Vamos para casa - eu disse para Jungkook, que apenas confirmou.

Então, eu caminhei até meus pais, entrando o suficiente na água para lhes dar um abraço.

- Vocês podem vir me ver sempre que quiserem - eu disse, depois de abraçar os dois. - Eu amo vocês - eu também disse, os vendo sorrir, assim como eu.

- Nós também te amamos - meu pai disse, acariciando minha bochecha.

Depois, eu segui até Jeongguk, que também sorria minimamente. Eu também lhe abracei.

- Obrigado por sempre estar ao meu lado.

- Eu quem devo agradecer por isso. E eu quero que você saiba que eu não fiquei triste com sua escolha - ele disse, depois que me soltou do abraço. - Eu sinto como se não fosse conseguir te fazer feliz se você ficasse comigo.

- Você não me ama dessa forma, não é? - eu perguntei, mas não preocupado com isso. Eu sei que ele me ama, mesmo que de forma diferente.

- Não, não assim - eu sorri para ele, para mostrar que estava tudo bem.

Então, eu saí da água, os vendo ir embora logo em seguida. E então, eu me virei, caminhando em direção aos outros ali presentes. Nós temos que conversar sobre Politéia.

- Vocês vão me ajudar? Em relação à Politéia? - eu perguntei, olhando para cada um. Vi então que Jungkook não estava mais com minha amiga em seus braços, o que significava que ele havia a levado para dentro.

- Nós vamos, Minnie. Mesmo que o fato de você ter passado por tudo o que passou foi culpa dela, nós entendemos que ela se arrependeu. Se você perdoou ela, então nós também a perdoamos - foi Jin quem disse, sábio como sempre o vi ser, falando por todos ali. - Mas antes de tudo... - ele voltou a dizer, sorrindo mais a cada instante. - A sua maldição acabou!

Com isso, todos nós explodimos em alegria. Jungkook correu em minha direção, me pegando no colo e me rodando, sem me deixar cair ou ao menos escorregar.

Então, Jungoo me colocou no chão, apenas para me segurar de um jeito diferente. Ele passou seus braços pela parte de trás de meus joelhos e minhas costas, me tirando do chão assim. No momento seguinte, ele caminhou comigo até a água, mesmo que eu dissesse para ele me colocar no chão.

Ele caminhou até que estivesse com dificuldade de andar, fundo o suficiente para que pudesse me jogar no mar sem me machucar, e foi o que ele fez. Em um momento eu estava em seus braços, e no momento seguinte eu já estava na água, totalmente coberto, e me esforçando para sair dali. Quando emergi, todos estavam sorrindo, inclusive eu.

Então, todos vieram até onde Jungkookie e eu estamos, e sem calcular, começamos uma brincadeira. Uns jogavam água nos outros, e de tudo que já fiz enquanto estava aqui, essa é uma das minhas coisas favoritas.

A brincadeira continuou por um tempo, eu pude ver o rosto alegre de meus amigos. Além disso, eu percebi como é bom vê-los assim, felizes ao ponto de não se importarem se estavam molhados, ou se iriam acabar adoecendo depois, mesmo que o tempo não esteja propício para isso.

Eu parei de jogar água, apenas para observar melhor os seis garotos ali presentes. Os ver sorrir e gargalhar, sabendo que o motivo sou eu, me trás uma sensação de êxtase inexplicável.

- Eu amo vocês - eu disse, baixinho. Talvez eu tenha dito baixo o suficiente para eles não ouvirem, mas foi alto o suficiente para que eles começassem a prestar atenção em mim.

- O que? - Hoseok perguntou, em tom de que era para eu repetir o que eu havia dito. Ele ainda sorria, com aquele sorriso que impressiona a qualquer um.

- Eu amo vocês! - eu repeti, muito mais alto que antes, sentindo meu peito esquentar com a maravilhosa sensação que tive ao dizer isso, e mais que isso, a maravilhosa sensação que tive ao ver que a reação deles com isso foi totalmente positiva.

- Nós também te amamos, Jiminie - todos responderam juntos, me fazendo gargalhar. Eu nunca havia me sentido tão feliz em toda a minha vida.

No momento seguinte, senti mais água em meu rosto. A sensação da água em minha pele nunca foi tão boa. Não identifiquei quem recomeçou a guerra, mas aquilo desencadeou mais uns bons minutos ali.

Quando começou a ficar tarde, nós decidimos entrar para dentro de casa, a casa que agora também seria minha.

Depois que todos já haviam tomado banho, Jungkook emprestou algumas roupas nossas para nossos amigos. E depois que os sete estavam prontos, enfim começamos o assunto no qual precisa de nossa atenção.

- Como vamos fazer para ajudar a Politéia?

- Nós sabemos que ela precisa saber se realmente ama o Jeongguk, mas também precisa do sincero perdão dele - Taehyung pontuou o que lembra que Hiduna disse.

- E também não podemos esquecer dos contratempos que acompanham a maldição - Yoongi também disse. - Precisamos tomar cuidado com a lua cheia, mas não podemos cuidar ao ponto de atrapalhar. Sabemos que ela tem que passar por isso.

Antigamente eu diria que ser atingido pela lua era extremamente ruim, e que passar por isso não era nem um pouco necessário. Claro, não que ainda não seja realmente ruim, porém, agora eu sei que tudo foi verdadeiramente necessário, e além disso, foi para o meu bem.

- E ela não pode ficar com Jimin nem Taehyung, por causa da presença dos dois e de Jungkook - Namjoon disse, pontuando outro detalhe. - E é por isso que ela vai ficar na casa do Yoongi, como ele havia dito mais cedo.

- Sim - Yoongi confirmou, deixando claro mais uma vez que concorda com isso.

Nós ficamos mais algum tempo discutindo sobre esse assunto, assim como também falamos sobre outras coisas.

Como Politéia ainda estava dormindo, decidimos que ela dormiria aqui essa noite. Jungkook a havia colocado em meu quarto, o que significa que: ou Jungkook ou eu dormimos no sofá, ou nós dividimos a cama.

- Eu não vou deixar você dormir no sofá, Jungkook! - eu disse, tentando fazer com que ele tirasse essa ideia da cabeça.

Nesse momento, depois de nossos amigos já terem ido embora, nós começamos a nos arrumar para dormir. Até que percebemos a falta de camas na casa. Claro, nesse momento nenhum dos dois tinha pensado em dividir a mesma cama, mesmo que isso já tenha acontecido algumas vezes.

- E eu também não vou deixar você dormir no sofá, Jimin! - o problema é que nós dois sabemos o quanto o sofá é desconfortável para passar uma noite.

- Mas eu dormi em uma pedra praticamente a minha vida inteira, eu já tô acostumado a não dormir confortável - eu disse, apontando pro sofá. - Tirando que nem é tão ruim assim, esse sofá é de longe muito mais confortável que minha cama no mar.

- Mesmo assim! - ele disse, também apontando para o bendito sofá, ao mesmo tempo em que chegava mais perto de mim.

Nós dois estávamos estressados, ambos preocupados com o bem estar um do outro. Aleatoriamente, eu me lembrei que nós não precisávamos dessa briga toda. Não faço ideia de como a Politéia não acordou, mas com certeza teríamos atrapalhado os vizinhos, se tivéssemos algum.

- Jungoo! - eu chamei, para tentar contar a ideia que eu acabei de ter. Entretanto, ele não parecia disposto a ceder.

- Não! Eu já disse que nã... - sem ter outra opção, eu apenas segurei em ambos os lados de suas bochechas, o puxando em minha direção.

A princípio, foi apenas um selar de lábios, meio afobado pela falta de ar que a discussão passada causou. Em seguida, tudo parece ter ficado mais calmo, enquanto o simples selar evoluía para um beijo igualmente calmo. Eu senti as mãos de Jungkook pousarem em minha cintura, enquanto as minhas permaneciam em suas bochechas.

- Calma - eu disse, quando interrompi o beijo. - Temos uma solução fácil para isso - esperei que ele dissesse algo, porém, parecia desnorteado demais para isso. - Minha maldição acabou, Jungoo, nós não precisamos mais tomar cuidado com o que fazer por termos medo de influenciar na minha escolha. Eu já escolhi você - eu vi um sorriso nascer em seus lábios. - Nós podemos dividir a cama - eu enfim disse, lhe contando a única solução que tive para o grande "problema".

- Tudo bem - ele respondeu, apenas concordando. - E nós namoramos - ele também lembrou, sorrindo ainda mais.

- Sim, namoramos.

Dessa forma, nós finalmente conseguimos dar continuidade ao plano inicial, que era nos arrumar para dormir. Porém, ao passar pelo meu quarto, eu pude ver a Politéia ali, ainda dormindo em minha cama. Ela estava enrolada nas cobertas, e eu me lembro que quando me transformei, fiquei sem roupa nenhuma, o que significa que ela também deve estar.

- Como vamos fazer para vestir a Poli? - eu perguntei para Jungkook, quando voltei para a sala, onde ele estava.

- Podemos emprestar alguma coisa nossa, não temos tempo de comprar algo agora, já está tarde, e até chegarmos na cidade vai estar mais tarde ainda - eu concordei, sabendo que realmente não haviam lojas abertas neste momento.

Sendo assim, nós fomos até meu quarto. Jungkook me ajudou a vesti-la cuidadosamente, tomando devidamente os cuidados para não a expor demais. Depois, nós enfim continuamos, mais uma vez, o que íamos fazer. Como já havíamos tomado banho, a única coisa que precisamos fazer foi trocar de roupa.

- Quer comer alguma coisa? - Jungoo perguntou, quando eu apareci na sala, mais uma vez.

- Não estou com muita fome agora, e eu acabei de perceber que ainda é cedo para ir dormir. Quer fazer alguma coisa?

- Não sei - ele ficou um tempo pensando, antes de abrir um sorriso fofo. - Quer caminhar na praia?

- Mas estamos de pijama - eu disse, apontando para nós dois.

- Não tem problema, ninguém vai ver.

Eu sorri, apenas assentindo. Jungkook estendeu a mão para mim, e eu aceitei de bom grado. Nós saímos de casa, tendo a vista do pôr do sol sendo refletida na água do mar. Uma visão tão linda que chegava a tirar o fôlego. Eu sorri ainda mais, sentindo os resquícios do calor do sol em contato com a minha pele.

Nós começamos a caminhar, lado a lado, ainda de mãos dadas, sentindo o vento e o cheirinho de mar. Naquele momento, tudo parecia estar na mais perfeita paz, que era tudo o que eu queria, desde o início.

- Você ainda é minha sereia, Jimin - Jungoo disse, chamando minha atenção para si, sua voz estava tão suave que se não estivéssemos em silêncio, talvez eu não tivesse escutado. Ele ainda olhava para o horizonte.

- É tritão, Jungkook, não sereia - eu corrigi, assim como sempre fiz.

- Não importa, você sempre será a minha sereia.

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Me desculpem pela demora em publicar essa história e as outras que estou escrevendo (para quem acompanha as outras), eu ando com muita coisa para fazer, e muitas vezes me falta tempo para escrever. Eu prometo que nem que tenha que escrever aos pouquinhos, mas eu não vou desistir de nenhuma história.

Eu espero que tudo esteja ficando bom e que estejam gostando.

Até a próxima ❤️