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Capítulo 5 - A Perseguição


Olá lindxs,

Consegui att antes do prazo. eeeee. Espero que estejam gostando. 

Na mídia artista: Brunnuh Ville com a música: the wolf and the moon

Próxima att quinta ou sexta. 

bjokas.

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Capítulo 5 – A Perseguição

O Bispo caminhava serenamente pelo pátio de sua mansão, atrás da catedral de Moldovan, seu refinado e fortemente guardado domínio pessoal. Rosas e crisântemos ainda desabrochavam nos jardins verdejantes e abrigados, dando a impressão, como ele, de que a vida estava perfeitamente ordenada e sob o controle mais absoluto. A escolta pessoal e seu secretário seguiam-no a uma discreta distância, como de hábito. Fora de seus aposentos privados, ele estava constantemente exposto.

Olhou para cima, quando o som de pés calçando botas intrometeu-se em sua não tão pacífica contemplação. O Capitão Marcus Bellini caminhava rapidamente para ele, através dos jardins. A boca do Bispo comprimiu-se. Nem por um instante esquecera o som do alarme interrompendo o serviço religioso, mas não permitiria que nem mesmo Marcus percebesse seu descontentamento e preocupação. O exercício do poder completo exigia, pelo menos, a aparência de total confiança e frieza.

– Notícias alarmantes, Excelência Reverendíssima. – Irrompeu o capitão, parando ofegante diante dele.

O Bispo franziu o cenho. – Você esqueceu, Marcus?

O rosto do Alfa Marcus congelou-se. Caindo instantaneamente de joelhos, ele beijou o anel de esmeralda que o Bispo lhe apresentava. Era uma humilhação a sua posição de Alfa da matilha Bellini, mas fazia parte do acordo. Contudo, antes de tornar a se levantar, as palavras fatais lhe escaparam, – Um dos prisioneiros fugiu.

O Bispo retirou a mão com um puxão, os olhos pálidos cintilando. – Ninguém foge no dia das execuções – disse, em voz suave. – O povo desta cidade aceita isto como uma questão de fato histórico.

Marcus engoliu em seco. – A responsabilidade é minha — murmurou, com o suor brotando na testa.

– Sim, é.

O capitão ousou erguer os olhos novamente. – Será um milagre se ele conseguir escapar com vida do sistema de ventilação...

– Eu acredito em milagres, Marcus – disse o Bispo. – É um componente inerente ao meu ofício.

O shifter desviou os olhos nervosamente. – De qualquer modo... – Procurou escolher as palavras que afastariam de seu pescoço a ira do Bispo. – Trata-se apenas de um ladrãozinho insignificante, um pedaço anônimo de lixo humano...

O Bispo olhou friamente para ele. – Grandes tormentas costumam anunciar-se por uma pequena brisa, Capitão. E os fogos da rebelião podem ser acesos por uma única fagulha. – O Bispo desviou os olhos, sua expressão ficou distante, como se possuísse algum conhecimento de outro mundo, conferido a ele de um modo que nenhum mortal comum pudesse compreender.

O Alfa levantou-se, com o queixo crispado. – Se ele estiver lá fora, eu o encontrarei, Excelência Reverendíssima!

O Bispo olhou de novo para seu capitão e seus olhos apertaram-se. – Uma vez que tem a minha bênção, só posso invejar seu inevitável sucesso neste assunto.

O Capitão da Guarda curvou a cabeça como uma criança pequena que foi repreendida, não mais capaz de enfrentar o olhar da ofuscante figura de branco, em pé à sua frente. Mais do que a maioria dos homens, ele sabia que o Bispo não mantinha sua posição de poder pela simples graça do Deus Único... Girando nos calcanhares, afastou-se tão depressa quanto teve coragem.

O Bispo viu-o afastar-se. Somente quando Marcus estava quase fora de vista ele fechou levemente os olhos suspirando, com imperceptível apreensão. Tocando seu anel de esmeralda, girou-o em torno do dedo.

O Alfa Marcus montou em seu cavalo e partiu a galope, afastando-se da mansão do Bispo como se perseguido por demônios. Seus homens haviam revistado a cidade e os seus encanamentos, nada encontrando. Sem dúvida, aquele nojento vermezinho, Filipe Touret, devia estar morto. Contudo, apenas para o caso de continuar vivo, ele convocou seus homens e se decidiu por uma vistoria também nos campos abaixo da cidade.

Na base da ponte que foi estendida até o chão abaixo, os guardas reuniram-se a cavalo, em torno de um carro aéreo carregado de suprimentos. Marcus virou-se impacientemente na sela, quando Giggio, seu lugar-tenente, aproximou-se. – Leve dez homens na direção de Tanzi! – gritou. – Eu seguirei para o norte, para Colina.

O sol já se punha e restava pouco tempo para a busca, antes que a noite caísse. Mais guardas colocaram-se à sua volta, enquanto ele dava ordens. Firmando-se nos estribos, a fim de localizar o carro com os suprimentos, o shifter esporeou o cavalo naquela direção.

Atrás dele uma pequena sombra encharcada de água e lama disparou de sob o arco da ponte que começava a ser recolhida e agachou-se embaixo do carro que flutuava a poucos centímetros do solo.

– Vocês! — gritou Marcus para os dois homens no carro. – Levem os suprimentos!

A sombra esgueirou-se por baixo do veículo quando o lobo passou junto dele em seu cavalo, desaparecendo subitamente. – Ao meio-dia de amanhã, nós nos encontraremos fora das portas de Colina! – O capitão olhou para as tropas que o esperavam, com expressão dura. – O nome do homem que encontrar Filipe Touret será levado à atenção pessoal do Bispo! Assim como o corpo daquele que o deixar escapar!

Ficou olhando, enquanto Giggio partia a galope com suas tropas, entre pedrinhas e faíscas que voavam de baixo dos cascos dos cavalos. Então, fez seu cavalo girar e conduziu seus homens para o norte.

Os dois guardas deixados para trás com o veículo dos suprimentos entreolharam-se no silêncio vazio que se seguiu, dando de ombros o motorista colocou o carro em movimento. O automóvel engasgou e sacudiu antes de começar a se deslocar. A alta tecnologia do passado não tinha tanta demanda por falta de peças e combustível. Sendo aos poucos substituída pelas carroças e charretes de milênios atrás.

Aninhado entre os eixos do carro, Filipe se colou à enlameada parte de baixo do veículo como se fosse uma parte integrante da sujeira que se grudava na lataria, enfiando os pés nas juntas dos cantos traseiros. Sorriu, pestanejando, quando o carro finalmente começou a mover-se.

Tateou com os dedos machucados, em busca de um melhor ponto de apoio. Uma placa frouxa no fundo do veículo cedeu inesperadamente, ao apertar-se contra ela. O pequeno ladrão riu e a fez deslizar para um lado, sempre atento ao potencial de uma situação. Enfiando um braço pela abertura, deixou a mão vagar entre os suprimentos, orientada pelo tato.

Seu coração saltou, quando os dedos se fecharam sobre algo que identificou de imediato e sem dúvidas a bolsa cheia de moedas pendendo do cinto do condutor. Com a máxima delicadeza, ele experimentou os cordões que a prendiam.

– Se quer saber, estamos procurando um fantasma – disse lugubremente a voz do segundo guarda sentado no lado do passageiro.

Filipe hesitou, depois voltou a manejar a bolsa, mas os cordões tinham sido firmemente amarrados. Sua mão se crispou de frustração, começando a tatear ao longo do cinto do homem.

– Tome cuidado. . . — avisou o motorista. A mão de Filipe ficou gélida. – Dizem que o Bispo deixa sua janela aberta à noite e que as vozes dos descontentes chegam até ele na forma de uma nuvem negra.

Os dedos de Touret roçaram a adaga do condutor, pendendo perto da bolsa de dinheiro. Mostrando uma perícia nascida de longa prática, ele a fez deslizar da bainha e cortou com perícia os cordões da sacola. A bolsa de dinheiro e a adaga desapareceram através da placa do fundo, sem o menor som.

– Neste caso – disse o segundo guarda, – eu tenho um recado para o Bispo. – Soltou um sonoro arroto, – Feche sua janela!

Os dois homens caíram na gargalhada. Embaixo do carro, Filipe abriu a bolsa e examinou o conteúdo com olho clínico. Sorriu. Depois olhou para cima, tomado de súbito remorso, para a fatia de céu que brilhava por entre o soalho do veículo. – Bem sei que prometi, Senhor Deus – sussurrou. – Nunca mais roubaria de novo. Contudo sei, como percebes, que a carne é fraca e minha vontade vacilante.

Puxando os pés dos cantos do veículo e soltando as mãos, ele se deixou cair silenciosamente na estrada empoeirada. O carro e seus ocupantes continuaram avançando em meio ao crepúsculo, ignorando o que havia acontecido.

Filipe ficou, de joelhos em tempo de ver os últimos raios do sol que se punha, desaparecendo atrás das colinas distantes. Um lobo uivou um pouco mais perto. O som lúgubre e desolado ecoou pela terra vazia. Ele ficou de pé com um estremecimento e esgueirou-se para os arbustos à beira da estrada.

Durante os dois dias seguintes, o Rato levou a vida de um animal perseguido. Os guardas de Moldovan enxameavam por toda parte, cobrindo o chão como uma praga, prometendo ricas recompensas por sua captura e terríveis castigos para quem o ajudasse. A fúria e a persistência da busca deixavam-no surpreso e desalentado. A ideia de que se dariam a tanto trabalho para capturar um insignificante ladrãozinho estava além de sua compreensão. Entretanto ele não ousava mostrar a cara em nenhuma cabana de camponês, enquanto a busca estivesse em andamento, de maneira que sobreviveu à custa de raízes, frutos silvestres e sobras meio apodrecidas, largadas nos campos. Tinha uma bolsa cheia de moedas debaixo de seus andrajos, mas não se animava a aproximar-se de uma casa o suficiente, nem para roubar alimento ou roupas.

Durante o dia, escondia-se na floresta; à noite, dormia nas árvores, a fim de fugir aos igualmente impiedosos caçadores que agiam nas trevas. O próprio tempo pareceu se voltar contra ele. O céu que permanecera quase sem nuvens por dois anos, a despeito das preces intermináveis dos lavradores, de repente se enchia de nuvens negras, despejando uma chuva tempestuosa, com rajadas de vento frio típicas do outono. Filipe passou sua segunda noite, faminto e congelado, aninhado na forquilha de uma velha árvore da floresta, sob um inútil e inadequado abrigo de ramos entrelaçados.

Segurando-se ao tronco com mãos entorpecidas, enquanto a chuva incessante lhe molhava o corpo e o rosto, ele roeu um nabo murcho, até seu estômago enrolar-se em nós e rebelar-se.

Agoniado, pôs para fora os restos meio digeridos e depois, descansando a cabeça contra a casca áspera do tronco, fechou os olhos, sentindo-se profundamente infeliz... Em algum lugar devia existir um mundo melhor do que aquele... E se acreditasse nisso o suficiente, poderia estar lá... Sua mente livre voou para as terras inexploradas da imaginação.

Com os olhos apertadamente fechados, a água escorrendo pelos cílios e nariz, ele aos poucos começou a sorrir. Em algum lugar, na terra de seus sonhos, o sol estava brilhando, como sempre, esquentando suas as costas.

– É verão — murmurou ele, imaginando um dia sem chuva com um suspiro. – O sol quente e brilhante dança nas águas azuis como uma criança. E "ele" aparece.

Ele via o homem claramente agora, os cabelos mais reluzentes do que o sol, o rosto jovem e claro mais belo do que as rosas e lírios à beira do lago. O coração de Filipe inundou-se de alegria, quando "ele" o beijou ternamente e jurou que nunca o deixaria – "Oh, Filipe, eu te amo tanto... Jamais tive um instante de felicidade que não fosse dado por você". E com essas palavras e a visão desse homem que invadia seus sonhos desde a adolescência, ele adormeceu.

Ao acordar pela manhã, ele descobriu que o tempo, pelo menos, havia melhorado. Suas esperanças brilharam com o nascer do sol. Desceu da árvore, movendo-se como um velho reumático. Estirando braços e pernas para livrar-se do entorpecimento, comeu um punhado de bagos amassados e entrou na floresta.

A manhã era ensolarada e quente para o outono. Suas roupas secaram, pela primeira vez em dias. Cerca do meio-dia, ele conseguiu finalmente esgueirar-se até uma cabana solitária e roubar um pão que esfriava no peitoril de uma janela. Não parou para dar as graças antes de devorá-lo, esperando que o Senhor Deus Único reconhecesse sua gratidão pela velocidade com que o comia.

Reforçado por sua primeira refeição substancial, em um período mais longo do que podia recordar, caminhou para os campos. Estava perto da cidade flutuante de Tanzi. Não vira nenhum guarda em toda a manhã e começou a esperar que se tivessem distanciado ou, pelo menos, cansado de procurá-lo. A esta altura, certamente já haviam desistido de caçar um único e imprestável ladrão. Se assim fosse, ele não se sentia nem um pouco humilhado por essa desistência.

Já no fim da tarde, ousou parar ao lado de um riacho, a fim de descansar e lavar-se. A chuva que caíra havia levado consigo a parte mais repulsiva e fedorenta que ele trouxera da cidade prisão de Aosta. Uma nuvem com uma leve forração prateada pensou ele, não tão agradecido como deveria estar. Sua túnica e as calças, que antes já eram velhas e usadas, estavam agora em farrapos, mas muita gente se vestia assim, naqueles dias. Com sorte, poderia roubar vestes melhores. Se conseguisse tornar-se mais ou menos apresentável, talvez passasse por um honesto viajante e não por um fugitivo caçado. Imaginou-se comendo um bom assado de carne quente, bebendo vinho aquecido até ficar com as entranhas entorpecidas, dormindo em uma cama seca e macia de uma estalagem, em vez de em uma árvore... Filipe sorriu, satisfeito.

Ajeitou-se sobre uma rocha aquecida, meio escondida entre as ervas silvestres e juncos à margem do pequeno rio. Friccionou os pés doloridos, saboreando a visão do sol poente, emoldurada pelo arco da ponte. Em seguida, com o maior cuidado, tirou a camisa arruinada fazendo caretas quando o tecido áspero arranhava os profundos vergões semi cicatrizados em suas costas. Estirou o braço para trás e os tocou de leve, pestanejando.

Antes de sua captura um ano atrás, mantivera a Guarda do Bispo em selvagem e furiosa caçada através do labirinto de ruas em Moldovan. Por fim, eles terminariam apanhando-o e tinham-no surrado sem dó, em retribuição. E quando foi transferido para Aosta ele continuou sofrendo surras periódicas do carcereiro e seus oficiais prisionais.

Filipe deixou a camisa cair, com parte de seu bom ânimo desaparecendo. – Tu os enviaste todos contra mim, Senhor Deus – disse, erguendo o queixo, com um certo prazer em seu martírio, – mas eu sobrevivi. Vês diante de Ti um Jó dos tempos modernos...

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