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Capítulo 29 - Alfa, Ômega e Humano


Olá lindxs,

Chegamos no penúltimo capítulo. Espero que gostem. Próximo capítulo tem hot. me avisem se não gostam para que eu possa sinalizar o início e o final da cena. ok?

bem.. vamos ver como Elazar vai encarar o Bispo de Moldovan. 

na mídia: Tartalo com a música Journey trough the highlands. 

bjokas e até a próxima att. 

**

Capítulo 29 – Alfa, Ômega e Humano

Elazar caminhou para o Bispo, cego e surdo aos rostos que o fitavam e aos sussurros atordoados a cada lado, obcecado pela ânsia que vinha do mais fundo de sua alma e agora o consumia por inteiro.

O Bispo parecia uma estátua de gelo cintilante, à luz das velas. Segurava o báculo ereto quando o alfa parou diante dele, à distância de uma espada. — Mate-me, Elazar — avisou em voz insegura — e a maldição continuará para sempre!

A mão de Elazar Bellini se crispou no punho da espada, quando os músculos se retesaram para o golpe.

— Pense em Isaac! — gritou o Bispo. Elazar o encarou, com olhos apáticos.

— Ele está morto.

O Bispo abriu a boca. Elazar viu o terrível vazio de sua própria perda espelhado nos olhos do Bispo. Sua angústia efervesceu em súbito ódio e ele ergueu a espada.

— Alfa!

Elazar parou, o braço imobilizado no ar, ao captar interiormente a memória do som de uma voz que imaginara nunca mais ouvir ao natural e não por gravações ou dispositivos móveis. Virou-se. Isaac estava parado à entrada da catedral, emoldurado pela escuridão — vivo e radiante pela surpresa ante o milagre que subitamente o libertara. Usava o mesmo manto de seda azul-lavanda com que o vira pela última vez, antes que a maldição os envolvesse.

Era o manto que ele levara consigo e guardara para ele, naqueles dez últimos anos. Tocou a tira de seda azul atada em torno de seu braço, olhando para ele. Os olhos de Isaac cintilavam de amor ao ver-lhe o rosto. Tinha-os fixos nele e piscava como um cego que, repentinamente, recuperava a visão.

Elazar o contemplou, petrificado, durante o interminável momento em que Isaac começou a caminhar em sua direção. Ele movia-se lentamente, como que ainda incerto sobre a própria realidade, mas seu sorriso aumentava a cada passo que o deixava mais perto dele. Elazar embriagou-se naquela visão, como o homem perdido no deserto, que finalmente alcançava o oásis.

Então, ele se virou para o Bispo. Sua mão enluvada e ensanguentada o agarrou pelo pulso, manchando a alvura imaculada das vestes. A ponta da espada foi fortemente pressionada contra o peito do homem.

— Olhe para mim — disse Elazar, em voz terrível. — Olhe para mim!

O Bispo obedeceu, de olhos esbugalhados, tomados pelo medo.

— E agora — acrescentou Elazar — olhe para nós!

Agarrou o queixo do Bispo e o obrigou a girar a cabeça, até vê-lo encarar Isaac. O shifter falcão olhou para eles, ainda se aproximando do altar. A meio caminho do comprimento da catedral, um feixe de luz solar bateu no piso, diante dele, quando o sol começou a emergir de trás da face da lua, além da rosácea estilhaçada.

Isaac hesitou, de olhos ensombrecidos pela dúvida, mas logo reiniciou a caminhada, passo a passo, com ar decidido. Elazar conteve a respiração e percebeu que o Bispo se retesava, sob o aperto de sua mão.

No extremo oposto da catedral, Filipe e Damastor seguiam com os olhos a trajetória de Isaac; o monge estava em mudo silêncio.

O facho de luz ganhou volume assim que Isaac penetrou nele. Todo ele fosforesceu, absorvendo a claridade, foi envolvido em cheio pelo clarão, naquele instante em que o tempo se imobilizou... e transpôs o cone luminoso. Tornou a piscar, admirado. Dez anos sem ver a luz do sol. Chegou diante deles, radiante pela luminosidade solar, o sorriso acentuando-se, ao constatar que, real e irrevogavelmente, era humano outra vez durante o dia.

Elazar o contemplou com um misto de temor e respeito, porque também percebia que, por fim, a esperança se concretizava. Desceu os degraus do altar e foi ao seu encontro. Quando o alcançou, ficou de joelhos e tomou-lhe as mãos.

Isaac apertou-se contra ele, confirmando a materialidade de ambos. Então, soltando as mãos, passou ao seu lado e caminhou para o altar, em direção ao Bispo. Seus olhos ardiam de intenso triunfo, ao encontrarem as pupilas fixas e pálidas de seu torturador. Dez anos separados de seu companheiro. Dez anos sem o calor de seus braços.

Parando diante dele, encarou-o com firmeza e abriu a mão. Em sua palma estavam as peias que mantêm um falcão cativo. Isaac as deixou cair aos pés do homem, tendo no rosto a mais fria expressão de desprezo. Depois, dando-lhe as costas, começou a afastar-se do altar.

Atrás dele, os olhos do Bispo ficaram negros de um ódio que era puro fanatismo. Tocando a base do báculo com o pé, ele deixou exposta a lâmina de aço, oculta na extremidade metálica. Então, dando um passo à frente, ergueu o báculo como se fosse uma lança.

— Elazar! — gritou Damastor, do fundo da catedral. — Cuidado!

Elazar deixou de contemplar Isaac e viu o Bispo, com o báculo erguido no ar, atrás dele. Rápido, levantou o braço e lançou a espada de seu pai contra o altar, com toda a força que pôde. A lâmina afiada perfurou o coração do Bispo, empalando-o contra o altar e dando-lhe morte instantânea. Isaac se virou e seus olhos abarcaram a cena, horrorizados.

Olhou de novo para Elazar e então correu para ele, abraçando-o apertadamente dentro do círculo de luz solar, com o rosto enterrado em seu peito. Um súbito rumor de espanto e temor encheu o paralisante silêncio em torno deles.

Elazar ergueu a cabeça e olhou para o altar. Seu olhar fixo mostrava incredulidade; Isaac virou-se em seus braços e olhou também.

O Bispo desaparecera. As vestes que usara pendiam do altar, em uma espécie de cascata vazia. Em seu lugar, um lobo velho e descarnado enfrentava a congregação, com olhos assustados e amedrontados perscrutando a extensão da nave. O animal exibiu as presas amareladas, ao afastar-se do altar e sair correndo pela nave da catedral, executando um amplo arco ao passar pelo facho de luz em torno de Elazar e Isaac. Escapando por entre o círculo de sacerdotes emudecidos e boquiabertos, com o rabo entre as pernas passou em disparada ao lado de Filipe e fugiu pelas portas escancaradas. A lei do retorno se concretizava ali diante deles.

Elazar tornou a apertar Isaac contra si, abraçando-o tão apertado quanto podia. O círculo luminoso aumentou em torno deles, expandindo-se como a fulgurante alegria dos dois. Isaac riu, deliciado, quando Elazar o ergueu no ar e rodopiaram juntos, girando e girando na atmosfera dourada. Ele tornou a colocá-lo no chão e voltou a abraçá-la, sentindo-o quente e real contra seu coração.

Depois beijou-o profundamente, interminavelmente, os dois corpos não mais separados como o dia e a noite, mas unidos naquele momento, da mesma forma como eram unas suas almas.

Filipe passou os braços em torno de Damastor, apertando o velho monge em extasiada congratulação, enquanto contemplava Isaac e Elazar, finalmente abraçados. O monge estava muito orgulhoso. Filipe puxou-lhe a cabeça descabelada para baixo e a beijou, sorridente.

Nas laterais da catedral, Filipe viu que os sacerdotes reunidos de rostos aliviados por estarem vivos, mas ainda não entendendo o que se desenrolou diante deles, ao verem o casal feliz que se abraçava, envolvido pela luz do sol — sabendo que haviam testemunhado algo sobrenatural e oculto e que aqueles dois não eram humanos.

Isaac e Elazar terminaram o beijo e separaram-se, mas suas mãos ainda os mantinham unidos. O ômega se virou para a entrada da catedral e lá avistou Filipe; por um breve momento, seu alegre sorriso pertenceu inteiramente a ele.

O rosto do rapaz ficou radiante, quando um súbito e cintilante orgulho o invadiu. Extasiado, com expressão transbordante de amor, cheia da maior felicidade, Isaac piscou-lhe um olho. Filipe baixou o rosto, ruborizado; quando tornou a erguê-lo, piscou em resposta — e encontrou os olhos de Elazar, que o fitavam com frieza. O sorriso morreu-lhe subitamente na boca, mas até perceber que Elazar começava a rir com vontade. Então tornou a sorrir, seu sorriso agora mais amplo do que antes.

Viu que Elazar e Isaac retomavam o abraço e se beijavam de novo, envoltos pelo chuveiro de luminosidade dourada e seu sorriso aumentou ainda mais, a ponto de fazê-lo imaginar que nunca cessaria. Naquele momento, Filipe se sentia feliz como nunca em sua vida, e, doravante, cada novo momento de sua existência teria que ser medido por aquele. Afinal, ele tinha vivido o sonho... e, graças a ele, o sonho se tornara realidade.

O rapaz estava tão imerso em seus pensamentos que não notou o casal se aproximando e levou um susto quando foi engolfado por dois pares de braços carinhosos e protetores. Seu coração derreteu quando suas bocas se uniram num beijo a três.

— Vamos pra casa, vamos pra Valperga. — Elazar e Isaac não paravam de se tocar ou tocar em Filipe. Gestos gentis, carinhos, finalmente poderiam reivindicar o segundo companheiro deles. Filipe chegou a pensar que nunca se encaixaria entre aqueles dois, os vendo tão envolvidos. Mas, entendeu a saudade, a ânsia de um sentir o outro depois de uma década de separação.

Elazar só queria tomar um banho e abraçar seus companheiros em sua enorme cama em casa. Mas, ele era o Alfa da matilha Bellini, agora que Marcus estava morto. Era sua responsabilidade cuidar do bem-estar deles e de suas famílias. Ele, então, saiu da igreja e contou o que aconteceu entre ele e Marcus. Desde a traição de seu primo até sua morte dentro da catedral. Deixou que os membros da guarda fizessem sua escolha: ir para Valperga com eles ou voltar para o chão. Pois, agora Moldovan não seria um território seguro para a matilha. Outro bispo seria designado e uma fúria anti-shifter desencadeada.

Ele, Isaac e Iakos tinha mapeado as cidades flutuantes que abrigavam shifter. Nesses dez anos muitas delas tornaram-se refúgio para vários seres não-humanos. E o alfa garantiu que aqueles que não quisessem seguir sua liderança poderiam escolher outro lugar, mas por agora Valperga estava acoplada a Moldovan e era urgente sair do território Unitarista.

**

Enquanto os dois shifters acomodavam seu povo no prédio do cassino Filipe foi levado para o apartamento deles. Era tudo estranho. Como um habitante da Idade Média fosse transportado num passe de mágica para o século XXVII. O jovem ladrão viu alguns homens desmontarem uma grande jaula que havia em um dos cômodos. Gaiolas e poleiros também foram retirados tão rápido que demorou um pouco para registrar para que serviriam aquelas coisas.

Doeu seu coração ao pensar na vida que seus companheiros levaram até aqui. Elazar enjaulado durante a noite e Isaac preso numa gaiola durante o dia. Agora eles poderiam mudar de forma conscientemente e desfrutar das liberdades que sua parte animal lhes dava.

Ele entrou em todos os cômodos. Fazia muito tempo que ele não usava um banheiro completo. Olhou-se no espelho e não ficou contente com o que viu. Ele ganhou algum peso desde que começou a andar com Elazar e Isaac. Mas, ainda estava magro demais. Resultado do ano que ficou preso em Aosta. Afinal, por que eles iriam alimentar alguém que iria balançar na forca? Sua barba começava a crescer e seu cabelo também. Quando foi admitido na cidade-prisão rasparam todos os pelos de seu corpo. Disseram que era uma questão de higiene.

Ele estava ali. Sentado na tampa da privada. Olhando em volta sem saber como se limpar. Ele não sabia mexer em nada daquilo. O sentimento de inadequação crescia a níveis alarmantes. Filipe ouviu uma porta bater ao longe. Tanta gente entrou e saiu do lugar de Elazar e Isaac sem nem dar um segundo olhar para ele. Não que ele ligasse. Droga, claro que ligava. Voltou a ser o rato. O ladrão de comida. Invisível. Aquele que escapava de qualquer lugar. E ele já fazia planos para voltar ao chão.

Isaac entrou no apartamento. Não sentiria nenhuma falta da jaula ou da gaiola ou dos poleiros. Mas, não era isso que procurava e sim um certo humano que exalava agora um cheiro de insegurança e tristeza. Seu nariz torceu pelo cheiro acre do medo que também começava a aumentar.

— Filipe! — ele chamou se deixou guiar pelo seu olfato. Encontrou o rapaz sentado segurando os joelhos. — Aqui está você. Que tal tomarmos um banho? Aposto que nunca entrou em um chuveiro. — Isaac sorriu ao ver Filipe balançando negativamente a cabeça. — Anime-se meu corajoso companheiro.

Sim. Aquela pequena frase mudou tudo por dentro. Filipe cresceu. Endireitou-se e sorriu. Isaac tinha um efeito fulminante sobre seu humor. Lembrou que isso era o que os ômegas faziam, certo? Acalmavam a matilha. Aqueciam um coração partido. Traziam paz. Em dois segundos Isaac o tinha em seus braços e Filipe afundava o rosto na curva entre o pescoço e o ombro sentindo o cheiro tranquilizador de seu companheiro.

— Senhor, eu não sei como vou me encaixar aqui. É tudo diferente. Meu lugar é no chão. Eu sou tão comum como terra e ... — Filipe não conseguiu terminar a frase. Os lábios macios de Isaac estavam sobre os seus.

— Você está no lugar que deve estar. Comigo e com Elazar. Somos companheiros. Seu lugar é aqui com a gente. — disse o ômega afastando os lábios e dando beijinhos no rosto e pescoço. — Vamos tomar um banho e eu vou tirar suas dúvidas de como funcionam as coisas fora do chão.

Filipe ficou observando Isaac tirar as roupas revelando um corpo magro, mas tonificado. Lindo. Lembrou de seu próprio reflexo e voltou a se encolher. Ele estava magro. Os ossos apareciam sob a pele. Seu cabelo mal raspado deixando falhas na cabeça. Ele não se sentia corajoso agora.

Isaac, sensível ao desconforto de Filipe chegou perto. E com beijos e carinhos foi despindo o humano. Abriu o chuveiro deixando a água esquentar. Trazendo o rapaz para o jato gostoso. E começou a ensaboar o corpo judiado de Filipe. Além das marcas das garras de Elazar no peito; as costas tinham marcas de antigos castigos. Provavelmente recebidos na prisão. Isaac beijou cada marca, cada cicatriz.

Depois incentivou seu segundo companheiro a também explorar. Tocar em seu corpo. E Filipe, timidamente, lavou o corpo de Isaac. Tocando. Acariciando. Beijando. O ômega percebeu a inexperiência de seu companheiro humano. Como suas mãos estavam trêmulas. Como ele fechava os olhos para a ereção que surgia nos dois.

Sem querer apressar nada, Isaac enxugou Filipe depois se secou e foram deitar na grande cama king size. Quando estava dando a volta para se deitar do outro lado uma dor surgiu em seu ventre. Um calor espalhando pelo corpo a partir de um ponto em suas entranhas. O seu cio estava voltando. Ele sabia que isso poderia acontecer, mas pensava que ainda demoraria uns dias para o ciclo se ajustar. O suor brotou em sua testa e viu Filipe olhando em pânico.

— Chama Elazar, Filipe. — Ele apontou o comunicador na mesinha de cabeceira. Filipe pegou o aparelho sem saber como a coisa funcionava.

Filipe só entendia uma coisa: Isaac estava sofrendo. Ele tinha convivido o suficiente com shifters para desconfiar do que se tratava, afinal Isaac era um ômega e o ambiente foi tomado pelo cheiro doce e intoxicante.

— Isaac, é você? Está tudo bem? — A voz de Elazar surgiu pelo receptor do aparelho.

— Alfa? — Filipe estava ofegante. — Venha logo. Isaac precisa de você. Eu não sei o que fazer. O cio dele veio. Eu...

Com um clique seco a ligação foi cortada e Elazar correu. 





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