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Capítulo 28 - Um dia sem noite, uma noite sem dia.

olá lindxs,

aí vai mais uma att. um pouco atrasadinha. tudo atrasou essa semana. mas... consegui att. 

Na mídia: Blind Guardian com a música Past and Future Secret

bjokas e até a próxima.

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Capítulo 28 – Um dia sem noite, uma noite sem dia.

Elazar fez seu garanhão dar meia-volta, ao ouvir Marcus entrando montado na catedral. O Capitão da Guarda fez sua montaria parar bruscamente logo após a entrada e então os dois homens encararam-se, com olhos impregnados de ódio, cada qual sabendo ser aquela a última vez que um deles enfrentaria o outro. Os dois garanhões corcovearam, pisoteando as lajes lisas do piso, captando a tensão dos respectivos cavaleiros e esperando o sinal para arremeterem.

O cavalo cinza de Marcus empinou-se subitamente nas patas traseiras e investiu para diante. Trovão empinou-se também, a um sinal de Elazar, que ergueu a espada e avançou ao encontro do inimigo.

O clero ali reunido dispersou-se em meio a uma incredulidade mesclada ao pânico, quando os dois guerreiros transformaram a catedral em campo de batalha. Elazar atacou seu primo traidor com ferocidade, assim que os cavalos de ambos encontraram-se. O Capitão da Guarda aparou o golpe e fagulhas voaram pelos ares, no choque de aço contra aço.

Um ódio sombrio pairava nas pupilas de Marcus Bellini, quando ele ergueu a espada, visando o capacete de asas douradas de Elazar. Este também ergueu prontamente sua espada, desviou a lâmina do outro para um lado e revidou o ataque, antes que Marcus recuperasse o equilíbrio. Investiu, visando a garganta de seu adversário. Marcus levantou o braço e sua proteção de cota de malha desviou o golpe, mas Elazar percebeu a fina e recente linha vermelha que lhe manchava a manga branca.

Fugazmente, refletiu que os perplexos sacerdotes que os observavam boquiabertos, a cada lado, não faziam a menor ideia do motivo pelos quais eles lutavam ali dentro. Que invocassem o testemunho do Deus Único e breve saberiam que tipo de injustiça o impelira a praticar um homicídio na casa do Deus dessas pessoas...

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Filipe corria pelas ruas tortuosas da cidade, em busca do beco que Damastor lhe descrevera, o lugar onde encontraria escondida a carroça do monge. O céu escureceu ainda mais enquanto ele corria, até dar-lhe a impressão de que o crepúsculo ganhava corpo, nas ruelas estreitas e apinhadas. O próprio ar ficava mais frio. Tornou a observar as nuvens com expressão ansiosa; nunca vira antes um céu igual àquele.

Por fim, alcançou a esquina que estivera buscando e correu pelo beco abaixo. Parou de súbito, ao ver o guarda morto e a carroça vazia. Não havia sinal de do monge ou do falcão.

Não importava — quem agora precisava de sua ajuda era Elazar. Filipe caiu de joelhos e engatinhou debaixo da carroça. Seu rosto tenso distendeu-se em um sorriso, quando a mão encontrou a empunhadura da espada do alfa, presa às tábuas de um canto, onde a escondera duas noites antes. Libertou-a com um puxão. Depois, mantendo-a junto ao corpo, percorreu correndo o beco em sentido inverso, a caminho novamente da catedral.

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Dentro da catedral, Elazer mergulhou em direção a Marcus, preparando-se para o choque, quando o outro tornou a aparar seu golpe. Ambos agora sangravam de ferimentos de pouca monta, mas nenhum deles podia lançar-se a um ataque decisivo. Ofegando pelo esforço, ele reconheceu, taciturnamente, que um estava à altura do outro. Percebia a fagulha de fanatismo e medo por sob o ódio nos olhos de seu primo — e soube o que impelia o atual alfa da matilha Bellini àquela batalha, quase tão inexoravelmente como a necessidade de vingança impelia ele próprio. Marcus, contudo, não era seu verdadeiro inimigo, mas somente um obstáculo que agora devia transpor, para alcançar o Bispo. Não podia perder aquela chance única.

Voltou a atacar Marcus, com toda a fúria assassina de sua obsessão. Conseguiu ultrapassar-lhe a guarda e o punho de sua espada atingiu o capacete de Marcus, desequilibrando-o na sela. Trovão corcoveou contra o garanhão cinza, cavalo e cavaleiro movendo-se instintivamente como uma só criatura. A lâmina da espada de Elazar se chocou ruidosamente contra a de seu adversário. Marcus Bellini caiu da sela, o capacete e a espada voando pelo piso. Seu cavalo disparou pela nave abaixo.

Elazar fez Trovão girar, levantando a espada para o golpe que liquidaria o traidor. Entretanto seus olhos captaram um movimento inesperado nos fundos da catedral. Erguendo o rosto, viu que o guarda-costas do Bispo corria aos tropeções para o campanário não vigiado, a fim de repicar o toque de alarme.

Esquecendo Marcus, Elazar forçou Trovão a recuar, quando viu o guarda-costas estender os braços para as cordas. Em desespero, puxou sua besta da sela, fez pontaria e atirou. A flecha atingiu o alvo e o homem caiu com um grito. Ao cair, no entanto, seu corpo enrolou-se nas cordas e o sino começou a soar.

Elazar ficou transido de horror ao ouvir o toque de alarme, percebendo o que tinha feito — recordou quem mais ouviria o toque daqueles sinos e executaria suas ordens finais. — Não, Damastor! — bradou, como se sua voz pudesse sufocar o som dos sinos. — Não!

Damastor ficou hirto na escuridão da soleira onde se refugiara. Os sinos da catedral soavam através da cidade, dando o toque de alarme. Elazar fracassara... ambos haviam fracassado. O velho monge encolheu-se contra a parede, ouvindo o som que rezara para nunca ouvir. Olhou para o falcão encapuzado que se empoleirava cegamente em sua manga, para a adaga que tinha na outra mão... Seus olhos ficaram turvos.

— Senhor Deus Único e Todo-poderoso — murmurou, com voz trêmula. — Não compreendo por que esta bela criatura deveria pagar com a vida por seus pecados. Nunca pretendi prejudicar ninguém e, no entanto, quanto mal causei! Teus ouvidos estão surdos para mim, porém peço a Ti que ouças as últimas batidas do coração deste bom homem e do homem a quem ele amou, concedendo a eles os lugares que merecem no Reino dos Céus.

Com mão vacilante, levantou a adaga, voltada para o peito do falcão... e depois ergueu os olhos uma última vez, pesquisando o céu carregado, em busca de um sinal. Além dos tetos da cidade, nas alturas acinzentadas do firmamento, surgia uma diminuta nesga azul, quando as nuvens começaram a afastar-se.

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Elazar ficou imobilizado sobre a sela, durante um momento que pareceu eterno, atordoado pela dor. Marcus ergueu-se e engatinhou pelo chão à procura de uma arma. Encontrou seu capacete caído, apanhou-o e em seguida o atirou contra o adversário.

Elazar voltou subitamente à realidade, fez uma finta rápida com o corpo e esquivou-se da trajetória do capacete, que vinha direto para sua cabeça. Ouviu algo estilhaçar-se a grande altura. Olhou em torno e depois ergueu os olhos, quando então viu cair uma chuva de vidro colorido, um arco-íris que caía, porque o capacete acertara o vitral da rosácea, acima das portas da catedral.

Elazar ofegou. Pelo buraco denteado do vidro, brilhava uma nesga de vivido céu azul... e a face do sol, quase inteiramente coberta pelo disco da lua. Sentiu-se tomado por respeitoso temor, enquanto contemplava o sol eclipsando-se.

Via, afinal, aquilo que nunca acreditara poder ver ainda vivo: um dia sem noite, uma noite sem dia...

Ouviu as exclamações e gritos dos sacerdotes aterrorizados, quando uma boa parte deles correu da catedral para a praça que escurecia. Os sinos continuavam a dobrar, anunciando o dia do Juízo Final... recordando-lhe que aquele momento finalmente chegara, um instante... tarde demais.

Elazar se virou para o altar, onde o Bispo permanecia aferrado a seu báculo, sozinho e sem vigilância. A boca do homem se repuxava para trás, em um ricto de sorriso que poderia ser de medo ou de cruel zombaria. Elazar nada mais viu; nada mais passou por sua cabeça a não ser a necessidade de reclamar sua vingança.

— Maldito! — bradou furiosamente. Era uma maldição e uma promessa. — Maldito que vá para o inferno que tanto acredita! — Fincou esporas e o garanhão negro saltou para diante, na direção do altar.

Ao perceber a intenção de seu antigo alfa, Marcus arrancou do encaixe o mastro de um estandarte preto e branco. Correndo para o adversário, firmou a ponta do mastro no piso e saltou pelo ar, indo chocar-se contra o lado de Elazar.

Elazar caiu do cavalo e os dois homens estatelaram-se pesadamente sobre as lajes do piso. Ele lutou para ficar de pé, agora perdido o capacete, juntamente com sua espada.

Engatinhou pelo chão em busca de sua arma, quando Marcus encontrou a própria espada e a empunhou. O Capitão da Guarda cambaleava de exaustão, porém ele não estava em melhores condições. Elazar empunhou a adaga, preparada para o ataque, enquanto apanhava sua espada e se virava para enfrentar Marcus.

Os sacerdotes que não tinham corrido para a praça continuavam amontoados entre os pilares das arcadas, orando para serem salvos do fim do mundo ou fitando boquiabertos os dois lutadores, como meros espectadores de um espetacular combate.

Elazar concentrou-se em Marcus, apelando para todos os truques brutais aprendidos em batalha, usando a espada, a adaga e os punhos, desesperado para encerrar a luta, antes que o momento em que deveria enfrentar o Bispo se passasse e ficasse perdido para todo o sempre.

Marcus revidava da mesma forma, porém agora lutava por sua vida e Elazar percebeu que ele começava a ter medo. Continuou atacando sem trégua, forçando o Capitão da Guarda a recuar cada vez mais, até finalmente acertar-lhe o queixo com a empunhadura da espada e um soco. Marcus caiu de joelhos.

Assustado pela multidão tomada de pânico, o garanhão de Marcus voltou da entrada do templo e intrometeu-se entre os dois, se chocando contra Elazar. Este foi jogado ao chão, a espada voou da sua mão e bateu contra o piso, fazendo sons metálicos. Marcus olhou para o Bispo, com um sorriso cruel de triunfo espalhando-se no rosto.

— Mate-o! — bradou o Bispo. — Mate-o!

Marcus saltou para diante. Elazar esforçou-se para ficar em pé, enquanto via sua espada fora de alcance, partida em dois pedaços. Um súbito e estridente assobio chamou-lhe a atenção para a obscurecida entrada da catedral. Filipe estava lá, segurando uma espada de lâmina larga, que em seguida jogou para ele, atirando-a pelo piso.

Incrédulo, Elazar viu que era a espada de seu pai — a mesma que julgara perdida para sempre, além de qualquer esperança. Engatinhou para ela, mas Marcus estava à sua frente e barrou-lhe o caminho. O pé do Capitão da Guarda disparou para diante, acertando seu rosto em cheio e jogando-o para trás.

De pé, ao lado do inimigo caído, Marcus ergueu sua espada bem alto. — Você está morto, Elazar! — sibilou.

A espada desceu velozmente, mas Elazar conseguiu escapar no último segundo, rolando para um lado. A lâmina colidiu contra o piso, arrancando diminutos fragmentos de pedra, lançados pelos ares. Elazar tornou a rolar de volta, imobilizando a lâmina com o corpo e assim afrouxando a pressão da mão de Marcus. Suas próprias mãos se fecharam sobre a empunhadura e ele arrancou a espada com um puxão, girando-a no mesmo movimento e enterrando-a no peito do outro.

O corpo de Marcus se dobrou em agonia e caiu no chão, ao lado dele. Elazar se levantou com esforço, a respiração ofegante. — Quem está morto agora? — murmurou em tom ácido, fitando o corpo imóvel de seu primo.

Elazar cumprira uma parte do que tinha prometido à Deusa Lua. Virou-se para Filipe, que continuava parado à entrada com os olhos arregalados, depois contemplou a rosácea, onde a face do sol havia desaparecido por completo. Inclinou-se para recolher a espada de seu pai e então deu meia volta, a fim de encarar o Bispo. Agora, cumpriria a última promessa.

O Bispo estava parado diante do altar, olhando com estupefação para a face negra do sol e para ele. Elazar cruzou em largas passadas todo o comprimento da catedral em direção ao altar, de espada em punho.

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