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Capítulo 10 - Descanso

Olá lindxs,

Como viajei. Recarreguei a mente de ideias. Vamos fazer uma att seguidinha. ontem e hoje. hehehe. Espero que estejam gostando. 

Na mídia: Stoa com a música Sakrileg.

Até a próxima att, talvez quarta. bjokas.


Capítulo 10 – Descanso

Dubois estava na estrada diante da taberna, com a mão pressionando a cabeça dolorida e envolta em ataduras, enquanto fiscalizava a maldita tarefa de colocar os cadáveres de seus companheiros no carro flutuante de suprimentos. Marcus partira para Moldovan, a fim de dar a notícia ao Bispo. Giggio reunira o punhado de homens ainda capazes de montar e partira em perseguição de Elazar e Filipe Touret. Dubois ficara incumbido de comandar os inválidos e os mortos, algo que ele percebeu ser mais uma punição do que uma tarefa.

Gritou uma ordem para o motorista, quando o último corpo foi colocado no veículo de carga. O homem resmungou alguma coisa e avançou vagarosamente, em sua longa jornada para a cidade-Estado de Moldovan. Ao vê-lo afastar-se, Dubois reparou que uma figura inesperada vinha em sua direção. Um homem gordo e ofegante trajando as vestes marrons de um monge parou, para recuperar o fôlego, quando o carro passou a seu lado. Depois seguiu pela alameda lamacenta, em passos incertos, mas decididos.

O guarda deu meia-volta e saiu em busca de seu cavalo. Naquele dia já estivera bem perto de necessitar dos ritos de réquiem do sacerdote de sua matilha, ver o padre trouxe um arrepio de mal agouro.

A rua estava vazia quando o monge Damastor alcançou o ponto em que o guarda estivera parado. Fez uma pausa ali, enxugando o cenho e observando as ruínas do pátio da taberna. Por um momento, a culpa transpareceu em seus olhos cansados e injetados de sangue. Depois meneou a cabeça, fez deslizar do ombro o odre de vinho e bebeu até esvaziá-lo. Quando se encaminhou para a taberna, tinha os passos incertos do homem que já bebeu demais.

O taberneiro estava agachado no pátio, vasculhando entre os destroços quebrados, à procura de algo que ainda valesse a pena salvar. Não houve grande recompensa a seus esforços em agradar a Guarda do Bispo. Malditos shifters. A Guerra devia ter acabado com todos.

Ouviu o som chocalhante de canecas de estanho às suas costas e se virou, gritando furiosamente. – Deixem o vinho em paz, seus bastardos fedorentos! – Tarde demais, viu que era um monge, o homem em pé atrás de uma mesa chamuscada, servindo-se de generosa dose de bebida. Seu rosto ficou vermelho. – Desculpe-me, padre – murmurou.

A expressão chocada do monge amenizou-se. – O Deus Único já o perdoou, meu filho – disse Damastor, com gentileza. Ergueu a caneca, esgotou seu conteúdo e acrescentou. – Disseram-me que Elazar Bellini esteve aqui não faz muito tempo.

– Pode-se dizer que sim – respondeu acidamente o taberneiro, refletindo que as notícias corriam depressa.

– Por acaso viu a direção que ele tomou? É muito importante que eu o encontre.

– Eu lhe direi o que vi, padre – replicou o taberneiro. – Espadas, flechas, fogo e sangue! Shifters lobo em sua forma animal se engalfinhando como animais selvagens que são. – Após falar, atirou um prato quebrado contra a parede e contemplou-o estilhaçar-se.

Damastor Menjou assentiu tristemente e serviu-se de mais uma dose. Esvaziou a segunda caneca e enxugou a boca. – Que Deus tenha piedade de você e daqueles desesperados o bastante para beberem este vinho! – Largando a caneca, o monge saiu do pátio em passos vacilantes e voltou à estrada. O taberneiro meneou a cabeça. O monge já fazia uma ideia de qual direção tomar.

Bem no alto das montanhas e já tarde naquele dia, numa clareira mais isolada, longe do centro da cidade e coberta de ervas daninhas, no meio da floresta, recebeu dois visitantes inesperados. Um casal de meia-idade que dali arrancava penosamente o seu sustento ergueu os olhos de sua série interminável de tarefas quando dois homens montados em enorme cavalo negro emergiram lentamente do meio das árvores.

Varrendo com uma vassoura desmantelada uma nuvem insignificante de poeira pela porta da entrada, a mulher parou o que fazia e espiou, enxugando a testa com mãos engorduradas. Seus olhos apertaram-se, ao ver os dois homens. O que montava à frente e que ela podia ver com mais nitidez parecia perigoso... mas não tinha aparência de pobre.

– Pierre! Pierre! – gritou estridentemente pelo marido, correndo pelo quintal.

De onde estava, no campo ao lado do estábulo, Pierre estudou os estranhos. Seus olhos lhe contavam mais ou menos a mesma história. Sua mão ainda segurava a foice que estivera afiando e uma sombria especulação lhe encheu os olhos. Passou um dedo ao longo da afiada lâmina em curva, até que uma pequena linha de sangue lhe surgiu na polpa do polegar. Levando o dedo à boca, ele o chupou pensativamente.

Filipe olhou rapidamente pelo terreno do sítio meio desmantelado, enquanto Elazar guiava o garanhão negro. O estábulo em ruínas, o terreiro imundo, a cabana com paredes descascadas e o teto de palha apodrecida... aquele não era o tipo de lugar onde queria passar a noite.

Entretanto, era difícil encontrar alguma habitação em um ponto tão alto das montanhas... e Filipe sabia que Elazar era agora um homem tão perseguido quanto ele próprio. A julgar pelas maneiras de seu companheiro e pelas armas que levava, Filipe desconfiou que ele talvez fosse fugitivo há muito mais tempo. No momento, tinham que aceitar o que lhes aparecia. Por outro lado, àquela altura ele passaria a noite gostosamente no inferno, desde que pudesse descer deste cavalo.

Elazar não fez comentários, mas Filipe observou duvidosamente seus possíveis anfitriões para aquela noite, enquanto eles caminhavam ao seu encontro. Já vira muita gente assim... envelhecida antes do tempo, acabada pela dureza da vida. O corpo emagrecido do homem estava encurvado pelo trabalho de muitos anos dobrando as costas, em um regime quase de fome. A gorda e desleixada mulher do avental sujo, os fitou com olhos embaçados e sem vida, seu rosto duro, um mapa de sofrimentos. Filipe já vira muita gente como aquela...e muita gente que tentou transformá-lo em um deles. Consciente de si mesmo ajeitou nos ombros a túnica roubada e mal ajustada ao corpo.

Elazar girou na sela e desmontou. Filipe deslizou após ele, mal conseguindo ficar de pé, ao tocar o chão. Seu corpo doía em tantos lugares que, a esta altura, as dores pareciam anular-se umas às outras.

– Bom dia – cumprimentou o shifter cortesmente. – Gostaria de pedir-lhes abrigo por esta noite. Para mim e... olhou para Filipe – meu companheiro de armas. O rapaz ficou extasiado e endireitou os ombros.

O homem examinou Elazar de alto a baixo, como se tentando decidir o quanto era perigoso ou a quantidade que poderia comer. – Não temos comida para partilhar, – respondeu – mas há palha na estrebaria... por um preço.

Seus olhos nunca pousaram em Filipe. Irritado, o rapaz puxou sua bolsa roubada de dinheiro, fazendo com que as moedas tilintassem tentadoramente. – Muito bem-dito, meu caro amigo, mas não se preocupe. Não estamos acima da compaixão por aqueles que estão na miséria...

Interrompeu-se. Seu gesto não fizera em Pierre o efeito desejado. Em vez de o reconhecer como alguém da mesma classe de Elazar, e não na deles, o rancheiro e a mulher se lilmitaram a ficar olhando a bolsa de dinheiro, como que hipnotizados.

Bellini olhou bruscamente para Filipe. Depois deu um passo, ficando à frente dele, de maneira protetora, cortando a visão de Pierre. – Seu jantar será pago e nossas acomodações, também – declarou. – Esta noite, nós e vocês nos empanturraremos de coelho! – Virando-se, fez sinal para o falcão, com um braço estendido. – Hoi! – O falcão disparou da sela e logo pairava nos ares, ao sol da tarde que findava.

Uma hora depois eles tiveram não um, mas dois coelhos mortos pouco antes, para o banquete do jantar. Filipe recolheu madeira e fez uma fogueira no pátio, seguindo ordens de Elazar, enquanto o homem mais velho esfolava os coelhos e os enfiava em espetos. O shifter parecia não sentir vontade de entrar na casa de Pierre, preferindo fazer sua refeição ao ar livre.

O rapaz concordava inteiramente, bastante familiarizado com os parasitas e o fedor que provavelmente encontrariam lá dentro.

Pierre e a esposa juntaram-se a eles, quando o cheiro do coelho assado impregnou o ar.

Filipe mal podia controlar-se, enquanto os coelhos não ficavam prontos; o cheiro da carne recém-assada deixava-o tonto de fome. Os donos da casa, por outro lado, empurraram-no para um lado e apoderaram-se da carne primeiro; comeram voraz e ruidosamente, como animais selvagens. Ao observá-los, Filipe procurou fazer sua refeição com pelo menos uma aparência de calma e indiferença. Foi mais fácil do que esperava. Seu estômago vazio havia encolhido a ponto de conter bem menos do que ele esperava.

Elazar comeu pouco e distraído, embora nada houvesse ingerido durante toda a tarde, inclusive após sua batalha na taberna. O falcão empoleirou-se na cumeeira da estrebaria, acima dele. Grasniu uma vez, agitou as asas incessantemente e olhou para o sol poente. Ele ergueu a cabeça ao ouvi-lo grasnir e olhou na direção do horizonte, como se seguisse sua indicação. Jogando um osso ao fogo, levantou-se sem pressa.

Filipe ergueu os olhos para figura altiva de Elazar. Enquanto olhava, a mão ossuda de Pierre apoderou-se de um pedaço meio comido de carne em seu prato. O rapaz baixou os olhos, quando o movimento o alertou. Deu de ombros, com a mais natural indiferença. – Nós comemos isto todas as noites – disse com desdém.

A certeza de que de agora em diante comeria daquela maneira cada noite tornou sua mentira mais convincente. Tornou a fitar Elazar, que continuava de pé. O rosto do homem, com tons avermelhados pelo sol que se punha e a claridade da fogueira, era a face dura de quem espera a execução. Uma tristeza infinita lhe cobria os olhos. Passou em silêncio ao lado do fogo e afastou-se, seu vulto alto e escuro silhuetado contra os raios rubros do sol.

Filipe ainda olhava para Elazar, mostrando uma mescla de curiosidade e preocupação. Adoração e saudade de uma coisa que ele nem sabia o que era. Absorto nisso, não percebeu o olhar especulativo de Pierre para seu próprio rosto perplexo. O homem então fitou seu hóspede e depois sua esposa, assentindo de maneira quase imperceptível. As feições da mulher ficaram tensas.

Em largas passadas, Elazar caminhou para trás do estábulo desconjuntado, onde o garanhão negro pastava pacientemente entre as ervas. Ali, começou a remexer nos alforjes da sela, esquecido dos outros ou do que poderiam pensar. Suas mãos encontraram a fluida maciez de tecido e a gélida curvatura de metal polido com a facilidade de uma longa familiaridade.

Puxou uma veste masculina de gala em seda azul e o capacete ornado de asas douradas que um dia usara em seu legítimo posto de Capitão da Guarda. Contemplou-os por um longo momento, perdido em recordações, antes de erguer os olhos para o sol que se punha. – Um dia...

Elazar repetiu a promessa que fizera a si mesmo — e a Isaac — antes de tantos sóis poentes; Isaac, que lhe infundia forças para suportar a noite que tinha pela frente.

Filipe levantou-se de junto da fogueira, abandonando os restos do coelho para os seus anfitriões, e seguiu o shifter silenciosamente, através do quintal. Parou a um metro de distância das costas de seu companheiro. Elazar nem o ouviu chegar. O rapaz estacou, indeciso, espiando sobre o ombro do outro. Pestanejou de surpresa, ao ver uma fina veste de gala em seda, arrumada com esmero entre os suprimentos. As mãos de Bellini largaram o tecido e afundaram-se no alforje, procurando algo mais no fundo. Seus dedos encontraram um surrado pedaço de pergaminho, que desdobrou com cuidado. A escrita estava tão apagada que Filipe decifrou apenas uma única letra, um "I" maiúsculo. Viu as mãos de Elazar tremerem.

– Senhor? – sussurrou Filipe. Sem nem perceber ele estava com ciúme. De quem era aquela roupa? Certamente pertencia a algum nobre. Dava para perceber que não era um tecido ordinário. Mas, fino e, decerto, caro.

Elazar girou sobre si mesmo com a velocidade de uma cobra atacando. Filipe viu lágrimas brilhando em seus olhos, na fração de segundos antes que os mesmos olhos se enchessem de furiosa raiva.

O rapaz recuou um passo, sentindo o coração comprimido pelo mesmo terror de quando vira Elazar pela primeira vez. Abriu a boca, mas, por um momento, não conseguiu emitir som algum. – Se... nada há que eu possa fazer, – gaguejou – vou voltar para junto do fogo.

O rosto de Elazar mudou lentamente. A tormenta passou através de seus olhos e desapareceu, tão subitamente como aparecera. Ele correu a mão pelos cabelos escuros, cortados rente. – Há uma baia no estábulo – disse com um misto de ordem seca e suave desculpas. – Cuide de meu cavalo, antes de juntar mais lenha para a fogueira.

Filipe engoliu um nó áspero e duro de inesperada irritação, mas assentiu da maneira mais agradável que pode. Tomou as rédeas do garanhão com dedos incertos, esforçando-se ao máximo para imaginá-lo um velho e dócil animal puxador de carroça.

– Vamos, minha menina, vamos...

O cavalo empinou-se com um relincho irado e recuou violentamente, arrancando-lhe as rédeas da mão. Fixou um olhar enfurecido no rapaz, como se houvesse recebido o pior dos insultos. Ele sorriu nervosamente. – Garotinha arisca, não é mesmo? Oh... como ela se chama? – perguntou, esperando que, se pudesse chegar a termos mais pessoais com o animal, tudo correria melhor.

– O nome dele é Trovão – disse Elazar. Filipe corou.

– Lindo nome – disse, recusando-se a se sentir humilhado.

Elazar tomou as rédeas do garanhão e as passou para Filipe. – Vá com ele – disse ao cavalo.

Filipe ficou quase desapontado quando o cavalo não assentiu. Afastou-se levando o garanhão com extremo cuidado, falando o tempo todo do modo que esperava fosse o correto. – Escute, Trovão. Antes de nos conhecermos melhor, acho que deveria lhe sobre O Deus Único e sua enorme misericórdia e como ele me tirou de Aosta...

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