Vingança doce Vingança
O bipe do aparelho ligado ao coração de Angel, deixava Lucy preocupada. Os médicos não sabiam exatamente o motivo dela não acordar, seu estado de saúde era um mistério.
Lucy a muito custo deixou sua amiga no hospital e retornou para casa, entrou no quarto em que Angel estava e procurou pelo celular da amiga.
Por sorte estava desbloqueado, buscou na lista de chamada e encontrou um número sem nome, tentaria na sorte.
[...]
Alexander e Lucian saíram para comprar os ingredientes para a poção da memória. Ao chegarem na casa de Lucian, o celular de Alexander tocou.
Ele o apanhou e ao ver o número de Angel optou por não atender.
-- Não vai atender? -- perguntou Lucian.
-- É a Angel. -- falou ao amassar as ervas em um pequeno pilão.
-- A para com isso -- Lucian apanhou o celular de cima da bancada e o atendeu, mesmo recebendo um olhar enviesado. -- Alô.... calma. -- olhou para Alexander-- e uma tal de Lucy e parece desesperada.
Alexander apanhou o celular -- Lucy o que houve?
Ela narrou toda a história, desde que Angel havia chegado até então. Alexander se sentou levando a mão até os cabelos.
-- Ela enlouqueceu -- esbravejou -- como foi fazer algo tão irresponsável!!
-- Preciso que você venha para cá, pois não sei o que fazer -- chorou -- temo que ela não acorde mais.
-- Me passe seu endereço e que vou pegar o primeiro voo disponível.
Lucy assim o fez. Alexander desligou o celular e olhou para Lucian.
-- Eu não entendi muita coisa, o que aconteceu com a Angel.
-- Aparentemente ela tomou uma poção retirada do seu livro e agora não acorda. -- Alexander parecia perdido-- tenho que ir até ela, porém também tenho que devolver suas lembranças. Porém, não tenho tempo para fazer isso de forma calma e indolor. Lamento.
-- Faça o que tem de ser feito.
Alexander se aproximou e ao segurar na cabeça de Lucian, lhe invadiu a mente. A dor fora excruciante e imagens aleatórias surgiram diante dos seus olhos.
-- Para! -- gritou.
-- Lamento, não posso parar.
[...]
Ambos embarcaram no avião. Lucian ainda massageava suas têmporas.
-- Ainda está doendo? -- Alexander perguntou.
-- Um pouco sua doninha traiçoeira -- falou disparado -- perdão -- pediu em seguida ao ver o olhar atônito de Alexander.
-- Eu entendo, está tudo confuso não é?
-- Está, estou eufórico para reencontrar Angel e ao mesmo tempo com raiva de estar aqui com você, mas essas lembranças não é quem eu sou.
-- Em parte eu fiz você se lembrar de como era através dos meus olhos então pode não fazer muito sentido. Sua magia vai voltar com o tempo, no entanto o que mais importa agora é você conseguir lembrar o feitiço e como quebrá-lo.
-- Eu estou tentando.
[...]
Ao desembarcarem seguiram para casa de Lucy, que os recebeu.
-- Onde está Angel? -- perguntou Alexander.
-- No hospital, não sabia o que fazer então a deixei lá.
-- E como pretende trazê-la para cá agora? Lucian perguntou.
-- Você está péssimo -- Lucy constatou ao ver o rosto pálido e os lábios arroxeados.
-- Tente recuperar as memórias de uma vida em um minuto.
-- Alexander, Angel havia me explicado que a imortalidade é devido a ligação com ele -- apontou para Lucian -- então não corre risco de morte né?
-- Não, porém não sabemos ainda o que a poção faz, vou trazê-la para cá.
-- Como? -- Lucian perguntou.
-- Me de o endereço do hospital que vou até lá.
-- Não vão te deixar sair com ela -- Lucy falou ao anotar em um pedaço de papel.
-- Não será necessário deixarem. Tudo que preciso é entrar lá, sair não será problema. -- Apontou para Lucian-- mostre o grimorio para ele e vamos ver o que aquela maluca fez.
Alexander seguiu para seu carro alugado, e foi em direção ao hospital.
-- Aqui está -- Lucy estendeu o grimorio para Lucian.
-- Você não parece gostar muito do Alexander -- ele constatou.
-- Não está errado, no entanto também não gosto de você. -- cruzou os braços.
-- Também te fiz mal no passado? -- perguntou ao passar as páginas.
-- Não mais do que estão fazendo a Angel.
-- Eu não tinha minhas lembranças, e para ser franco ainda não sei exatamente de tudo, está tudo embaralhado na minha mente.
-- Angel levou meses para conseguir ordena seus pensamentos, provavelmente você também vai levar esse tempo.
-- Infelizmente preciso resolver isso agora se quisermos ajuda-la.
Absorto na conversa se sobressaltaram os ver Alexander se materializar no meio da sala com Angel em seus braços.
Ele a levou para o quarto e a deitou sobre a cama. Não pode deixar de se consterna por ela, a mulher que um dia amou mais do que a si mesmo.
Tocou o rosto pálido e frio, sentindo seu coração apertado em seu peito.
-- Porque fez isso? -- perguntou ao se aproximar da face inerte.
Os lábios dela estavam levemente entre abertos, Alexander sentiu o desejo se aflorar em seu ser. Jamais se perdoaria caso ela não despertasse.
Quando estava prestes a beijá-la ouviu os passos de Lucian e Lucy que vinha correndo pelas escadas gritando que haviam encontrado. Alexander se endireitou rapidamente tentando não demonstrar seus sentimentos.
-- O que acharam? -- perguntou ao vê-los cruzarem o limiar.
-- O feitiço -- Lucian entregou para ele.
-- Isso não é bom -- Falou ao ler -- não é nada bom! -- exclamou -- Como pode fazer algo assim?
Questionou ao jogar o livro contra a parede. Lucy se sobressaltando, instintivamente se pós ao lado de Angel.
-- O que houve, por que não é bom? -- perguntou enquanto segurava a mão da amiga.
-- Por que? Por um acaso Lucy você já leu a história da bela adormecida? -- andou impaciente de um lado para o outro passando a mão no cabelo.
-- Quer dizer que...
-- Sim um feitiço de sono eterno. Onde você estava com a cabeça quando criou isso? -- Questionou Lucian.
-- Fala serio, vai jogar a culpa em mim agora? -- Lucian que estava sentado no chão se levantou -- lembra eu não sou mais aquele cara.
-- Não venha com essa para cima de mim! A culpa disso é sua, sempre sua maldita culpa! -- Alexander esbravejou.
-- Minha! Auto lá! Eu não tinha minhas memórias, como de fato eu mal as tenho, você sim sabia de tudo e ao invés de ficar ao lado dela a deixou! -- se aproximou para peita lo -- Você sim é culpado porque não cuidou dela?!
-- Não ouse querer me enfrentar McCartney!
-- Você que não me provoque Magnus.
Lucy atônita se levantou pondo se entre os dois.
-- Vocês que não comessem uma briga aqui, e além do mais a culpa é dos dois. -- com dedo em aste se virou para Cristian -- Você foi covarde e preferiu sua vidinha a ela e você -- apontou para Alexander-- preferiu o seu orgulho bobo ao encarar o fato de que ainda sente alguma coisa.
-- E você o que sabe?! -- Alexander questionou irritado.
-- Sei de tudo, Angel me contou tudo... então ao invés de procurar um culpado os dois podiam tentar resolver a situação, está bem evidente que se odeiam, mas também é evidente que a amam.
-- Até parece que eu...
-- Quieto Alexander-- Lucy o interrompeu -- não nega, bastou um telefonema para você vir o mais rápido que pode. Então será que tem como os criações deixarem as diferenças de lado e lutar pela única coisa que ambos tem em comum... o amor por ela. -- apontou para o corpo inerte sobre a cama.
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