Reaproximação
Angel andou por toda cidade atrás das ervas que Alexander havia escrito no papel. Nunca pensou que fosse tão difícil encontrar salvia e flor de anis no verão. Porém depois de muito andar conseguiu comprar todos os itens da lista. Incluído um pequeno caldeirão de cobre.
Ao apanhar o celular na bolsa ela discou o número descrito no verso do papel.
- Alo. - ao ouvir a voz dele, seu corpo estremeceu involuntariamente.
- Sou eu, só estou ligando para dizer que já estou com os ingredientes. - Ela falou tão rápido que quase atropelou as palavras.
- Está bem. Amanhã eu vou te buscar no campus para fazermos o feitiço.
- Espera eu pensei que fossemos fazer isso hoje. - Ela atravessou a rua.
- Mas que pressa Angel. Amanhã, amanhã fazemos isso está bem. Agora eu tenho que desligar.
- Manaus não ouse desligar... - e só o bipe foi ouvido do outro lado da linha. - Mal educado.
Irritada ela guardou o celular na bolsa e seguiu para o campus. Quando chegou em seu quarto apanhou sua bola de cristal e ao sentar se sobre o chão, respirou fundo e pensou em Alexander.
- Que eu veja através de seus olhos e sinta através dos seus pensamentos. Como vento eu vá sem dificuldades a onde você está. - uma névoa branca preencheu o espaço dentro do globo de vidro e a placa do hotel hoyal surgiu. - aí está você.
Ela sussurrou e ao se levantar guardou o objeto dentro da caixa embaixo da cama. Apanhou suas sacolas e seguiu para fora do campus onde pegou um táxi.
Ao descer do carro, passou pelo Hall de entrada e seguiu para recepção onde um jovem de cabelos castanhos cumprimentava a todos que chegavam.
- Bom dia senhorita em que posso ajudá-la.
- Bom dia. Eu estou aqui para ver Alexander Magnus.
- Só um instante. - Ele disse ao tecla no computador. - A sim senhorita, eu vou avisá-lo que chegou.
O rapaz apanhou o interfone e ao discar um número, falou:
- Bom dia senhor Magnus a uma senhorita aqui que deseja vê-lo. - ao olhar para Angel, ele perguntou. - Perdão senhorita, mas qual seu nome?
- Angel. - Ela respondeu.
- A senhorita Angel. Pois bem. - 3le desligou. - a senhorita pode subir ele está na cobertura.
- Obrigada. - ela falou ao seguir para o elevador.
Ao entrar ela apertou o botão para cobertura esperou pacientemente, quando as portas se abriram ela seguiu pelo corredor até uma porta branca. Ao bater duas vezes, ela ouviu a voz dele.
- Estou indo.
Quando ele abriu a porta, o coração dela disparou ao vê-lo semi despido. Alexander usava uma calça de moletom preta e um robe da mesma cor que estava aberto na frente deixando amostra seu belo peitoral.
- Como me achou? - Ele perguntou ao se escorar no batente.
- Eu... é... - Ela fechou os olhos se odiando por estar tão afetada por ele.
- Você perdeu a voz foi? - Ele deu um meio sorriso.
- A... - Ela murmurou e sem pedir licença passou por ele invadindo o quarto.
- Claro que você pode entrar. - Ele zombando se virou para encará-la.
Angel olhou em volta reparando que não era um simples quarto de hotel. Ali onde estava era a sala, com janelas de vidro que iam do chão ao teto. Com uma decoração moderna e luxuosa. Sofás em forma de L estofados em cotele branco.
- Eu pensei que tivesse deixado claro que só íamos trabalhar com o feitiço amanhã. - Ele cruzou os braços.
- E por que não hoje? - Ela perguntou ao virar para encará-lo.
Alexander fez menção em responder, no entanto uma voz feminina o interrompeu.
- Aí Lex você vai demorar? - a morena perguntou ao sair do quarto que ficava ao lado da sala.
Angel olhou em volta procurando de onde vinha a voz. Seu olhar se deteve na bela jovem usando uma lingerie de renda branca. A garota estava escorada no batente da porta, e sensualizando mecheu em uma mecha do cabelo.
- Eu estou indo princesa, só me de um minuto. - Ele respondeu com um meio sorriso.
A garota lhe deu as costas exibindo seu belo corpo. - não demore. - Ela respondeu ignorando a presença de Angel, que só agora reconheceu a moça.
- É a garçonete? - Ela perguntou zombedeira.
- Eu disse que estava ocupado. - Alexander respondeu ao encará-la.
- Nossa! - ela exclamou ao desviar o olhar.
- O que foi esse "nossa"? - Ele perguntou ao apanhar as sacolas das mãos dela.
- Nada. E que você mudou. - Ela respondeu ao se sentar no sofá.
Alexander apenas sorriu e colocou as sacolas sobre a pequena mesa de vidro no centro da sala.
- As pessoas mudam Angel.
- Eu sei. As vezes penso que mudam demais. - Ela não podia evitar o tom melancólico.
Alexander sentiu uma enorme vontade de se aproximar, de abraçá-la . Mas nada fez, apenas permaneceu parado olhando para a figura que um dia lhe importou tanto.
- Não fique assim. Amanhã faremos a poção e logo você estará nos braços dele. - a naturalidade nas palavras foram um tanto assustadora para Angel.
Ele não parecia se importar mais, talvez realmente tivesse superado, mas ao invés de se sentir feliz, por uma razão inusitada ela sentiu-se abandonada.
- Claro. - foi tudo que conseguiu dizer.
Espalmando as mãos no sofá ela se pós de pé.
- Então eu vou indo.
Quando deu um paço para frente, tropeçou na dobra do tapete persa. Com rapidez e mestria Alexander a segurou em seus braços.
Seus olhos se encontram por milésimos de segundos, porém para ambos fora como se o tempo parasse. Ao endireita-la, Alexander rapidamente se afastou.
- Até a vista. - Ele evitou olhá-la.
Angel sorrindo constatou que apesar da mudança e do ar de superioridade, ele ainda nutria algum sentimento por ela. E notando o tom cordial e arcaico que ele usará, resolveu responder do mesmo modo.
- Até a vista senhor. - E rindo ela fez uma leve reverência.
- Engraçadinha. - Ele balançou a cabeça em negativa.
E Angel sorrindo seguiu até a porta, e ao segurar na maçaneta olhou por cima do ombro.
- Você já sabe onde me encontrar. - Ela saiu fechando a porta por trás de si.
Com um logo suspiro, ele se sentou passando as mãos sobre o cabelo. Depois de tanto tempo acreditava que aquele sentimento insano havia se extinguido de seu ser, no entanto foi só tê-la em seus braços por alguns segundos e seu coração parecia saltar de seu peito.
- Seu tolo. - Recriminou se irritado.
Depois de tudo se recusava a imaginar qualquer coisa com ela, aceitando em se âmago que Angel e Angeliny são pessoas totalmente diferentes e que sendo assim não sentia nada por ela.
[...]
Angel saiu do hotel e caminhou sem pressa pela rua. A visão dos olhos dele não saia de sua mente, ela se lembrava bem da profundidade e da intensidade das íris cinzas, e por mais que quisesse negar. Seu coração se aqueceu por estar envolvida nos braços que mesmo depois de tanto tempo lhe foram tão familiar.
- Pare com isso. - se recriminou.
Não era justo com ele e muito menos com sigo, afinal não podia cometer o mesmo e magoa-lo outra vez. Mesmo que a sensação de ainda estar sendo abraçanda permanecia em sua pele.
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