Ela fechou os olhos tentando desviar esses pensamentos.

— Tu me quer? — Ele perguntou, enquanto aproximava seus dedos da intimidade dela.

Angeliny sentiu um calafrio percorrer seu corpo. O membro ereto dele, pulsava de encontro ao seu quadril.
Ela estava com raiva de si mesma. Por desejar alguém que destruiu algo tão valioso. E por mais que seu corpo entrasse em combustão perto de Alexander. Angeliny lutando contra seu desejo, respondeu:

— Não!

Furioso ele a solta, e se afasta. — Pois bem. Como queira.

Ele saiu rapidamente do quarto. Descendo as escadas, rumo a rua. Angeliny sentou na cama. Seu corpo ainda ardia de desejo, só de imaginar como séria ser tocada por ele, sua pele arrepiava. Talvez impedi-lo de prosseguir com as carícias não tenha sido uma boa decisão.

Alexander ao virar a esquina, entrou em uma taverna rustica. A musica barulhenta incomodava seus ouvidos. Porem, ele ali continuou.

Uma mulher trajando vestido vermelho se aproximou, pondo-se ao seu lado.

— Deseja companhia senhor? — Ela pergunta com sua voz doce.

Alexander após virar o líquido da caneca de metal em sua boca,  virasse para mulher, no intuito de dispensa-lá. Porem, ao olhar nos olhos verdes e os cabelos castanhos ondulados. Ele a compará com Angeliny.

— Desejo. — Ele responde entre-dentes.

A mulher segura na mão dele, guiando o até um dos quartos vagos da taverna. Ela o senta sobre a cama. E se ajoelha na frente dele.

Ela abaixa-lhe as calças e toma o membro sobre os lábios fazendo movimento de vai e vem. Alexander desejou sentir algo. Mas a única que possuía sua mente e coração era Angeliny e somente ela seria dona do seu desejo.

Ele estendeu a mão e afastou a cabeça da mulher. Impedido que continuasse.

— Perdão senhor. Fiz algo que não lhe agradou? — A pobre moça pergunta ao se levantar.

— Não. Apenas esses não são os lábios da que mulher que amo.

Ele se levanta e fecha suas calças. Ao tirar do bolso duas libras, ele as lança sobre a cama.

Alexander saiu da taverna, e encostou na parede, deixando as lágrimas saírem de seus olhos. Ele se achava fraco por se sentir culpado de ter permitido que outra mulher tocasse seu corpo. Mesmo acreditando que jamais teria o prazer de sentir os lábios de Angeliny fazendo o que aquela mulher tentou fazer.

A friagem da noite não o incomodou. Alexander voltou para hospedaria. Deu ordem ao cocheiro a respeito de Angeliny. Em seguida selou um cavalo seguindo apenas com seus criados, para casa.

Na manhã seguinte. Angeliny estranhou a ausência de Alexander. As coisas dele não estavam mais no quarto, e até então ele não havia mandado ninguém ir chama-lá.

Ela após se arrumar desceu as escadas se deparando com o cocheiro um homem baixo de bigodes pontudos e barba rala.

— Bom dia, senhora. — Ele faz reverência.

— Bom dia. Onde se encontra lorde Magnus?

— O lorde mandou avisar-lhe que ia na frente. — Ele responde sem olha-la nos olhos.

— Faz muito tempo que ele foi?

— Ele partiu ontem a noite, senhora.

— Ontem a noite! — Ela grita preocupada.

Angeliny sentiu um nó se forma na garganta. Pois, todos sabem que é perigoso viajar a noite. Angeliny passou rapidamente pelo cocheiro, e falou:

— Rápido. Prepare a carruagem, partiremos imediatamente.

[...]

Angeliny entrou em casa correndo, seu coração batia descompassado ao imaginar o pior. Ao se deparar com uma criada, ela logo perguntou:

— Por favor. Onde está o lorde?

A criada idosa olhou confusa para ela, e apontou para o topo da escada. Angeliny lentamente se virou, para se deparar com Alexander que a observava.

Ela estava aliviada por vê-lo bem, mas também estava irritada pela falta de juízo e consideração. Angeliny correu escada acima. Ficado de frente para ele.

— Onde estavas com a cabeça? Porque fizestes isso? — Ela tentou conter suas lágrimas que insistiam escorrer pela face.

— Não fiz nada. — Ele respondeu apático.

Angeliny desejou bater naquela face perfeita. Porem, Alexander passou por ela, indo se trancar no escritório.

Ela seguiu para o quarto onde ficou a maior parte do tempo. Tentando entender o que se passava com sigo. Ela gostava dele, desejava-o, e de certa forma se importava com ele. Então porque não se entregava de uma vez?
Talvez só precisasse disso, para esquecer de uma vez aquele que partiu seu coração.

Então estava decidido se Alexander ainda a quisesse. Está noite, ela seria dele.