A Gravidez Parte 2
—Milorde. Creio que te trago boas novas.
— Diga de uma vez doutor. — Alexander falou ansioso.
— Meus parabéns. Lady Angeliny de fato está esperando um filho seu. — O homem foi até Alexander e apertou sua mão.
Alexander sorrio e puxando de dentro de uma gaveta um pequeno saco de veludo vermelho, entregou para o doutor e disse:
— Creio que isso é o suficiente pelos seus serviços.
— É sim milorde, mas ainda terei de acompanhar a gestação de sua esposa. — O doutor responde pegando o pequeno saco com dinheiro.
— É claro, faça seu trabalho doutor.
O medico se retirou, deixando Alexander e Ayana a sós.
— Então milorde, vá ver lady Angeliny. — Ela falou com empolgação.
Alexander se sentou e cruzou as mãos na frente do rosto.
— Eu não acredito que ela vá querer ver-me agora.
— Porque milorde?
— Pelo fato de que agora que temos certeza que ela espera um filho meu, toda e qualquer esperança que ela tinha de ainda fugir com Cristian, se esvaiu, pois, nem mesmo ele aceitaria ela carregando um filho de outro.
— Mas isso é bom, não?
— Sim, é bom para mim de certa forma, contudo ela sem dúvidas não está feliz com a notícia. Para ser sincero tenho medo de que agora ela passe a me odiar e odiar essa criança. — Ele fala com tristeza. Ao se lembrar das palavras duras que ela havia lhe dito, mais cedo.
— Milorde. Eu duvido que Lady Angeliny, venha a odiar o Sir, ou a vosso filho. mas de fato penso que. Deve ir vê-lá.
Alexander assentiu com a cabeça e encostando em sua poltrona de couro preta, sorriu com entusiasmo e falou como que para si.
— Eu vou ser pai.
Ele se levantou e saindo de seu escritório, subiu às escadas e foi o quarto de Angeliny.
Ele entrou e deixou a porta aberta atrás de si. Ao se aproximar ele a ve sentada na beira da cama com as mãos sobre seu rosto tentando esconder as lagrimas que insistiam em cair.
— Angeliny. — Ele a chamou temeroso.
Ela tirou as mãos do rosto revelando seus olhos avermelhados.
— O que deseja? — Perguntou já sabendo da resposta.
— Pelo visto a notícia não a alegrou muito, não é mesmo? — Ele falou armagurado.
— Como vosmicê esperava que eu reagisse? — falou voltando a chorar.
— Vais odiar essa criança e a mim, não é? Eu sabia que não deveria ter vindo aqui!
Alexander segui para a saída do quarto, mas ela usando magia, fechou a porta.
— Alexander. Não diga uma tolice dessas, não vou odiá-los de maneira nenhuma. — falou se colocando de pé.
Ela caminhou até ele, e tocando seu ombro o fez se virar.
— Vosmicê sabe bem o porquê estou triste. Mas não estou assim por saber que espero um filho seu.
— Não. Está assim por saber que agora seu amado não irá te querer, e que seu plano de fuga não poderá ser posto em ação. — falou com desdém. E virou para encarar-lhe.
Ele estava enganado, ela nem sequer tinha um plano de fuga ainda. Apenas criou uma pequena e fugaz esperança de que poderia reencontrar Cristian.
— Alexander — Ela tocou em seu rosto — Eu te peço não me odeie por chorar, pois, isso é a única coisa que ainda posso fazer.
Ela ainda estava magoada com ele. Mas todas as desavenças pareciam inócuas, comparada a notícia da gravidez.
— Como posso odiar aquela que meu coração tanto Ama. Não posso prometer que vou compreender sua tristeza, pois eu faço de tudo por ti, mas só te peço que não parta meu coração ainda mais, minha rainha.
— Eu vou amar essa criança, Alexander — Ela tocou em sua barriga — E jamais vou odiar vosmicê, sabendo de tudo que já fez por mim. Esse bebê existe pelo fato de eu ter escolhido me entregar a vosmicê e não me arrependo disso.
— Mesmo que a meia hora atrás tenha dito que me odiava. — Ele força um sorriso.
— Não vou mentir, ainda estou um tanto magoada. Mas não o odeio de verdade, por mais que tenha...
— Eu sei. — Ele a interrompeu segurando nas mãos dela. — Será que um dia vai me perdoar.
— Só o tempo dira.
Alexander sorriu, e mesmo temerodo se aproximou dela, selando seus lábios em um beijo calmo e carinhoso, ao afastar seus lábios um pouco e colando sua testa na dela se manteve de olhos fechados, e falou:
— Nunca me deixe Angeliny.
— Como poderia? — Afinal esperava um filho dele, e como ele mesmo frisou, Cristian jamais aceitaria isso.
— Vosmicê promete, não me deixar?
— Prometo! — Ela fala ja sentindo uma lágrima rolar por sua face.
— Essa foi a promessa mas falsa que já me fez, sabia? — Ele falou sorrindo.
Angeliny sorriu também e se afastou dele.
— Espere aqui. Vou trazer uma coisa para ti. — Ele seguiu para o quarto dele.
Angeliny sentou na cama ainda sentindo um nó se forma em sua garganta. Ela acariciou a barriga imaginando como deixou as coisas chegarem a esse ponto.
Alexander abriu a gaveta de sua comoda, retirando dela uma pequena caixa de madeira com gravuras douradas.
Ele volta para o quarto de Angeliny e senta na frente dela, lhe estendendo a caixa.
— O que é isso? — Ela pergunta.
— Abra. — Ele fala cruzando as mãos na frente da boca.
Angeliny deslizou a tampa da caixa e ao ver o que estava dentro, se emocionou.
— Como? — Ela perguntou ao pegar o medalhão que ela jurava não existir mais. — Mas... vosmicê havia destruído ele.
— Magia. — Ele falou por fim. — Eu apenas fiz com que pensase que tinha destruído. Eu estava chateado, mas mesmo assim seria incapaz de destruir algo que fosse importante para ti.
— Mas destruiu meu relacionamento com...
— Angeliny. — Ele chamou o nome dela em repreensão.
— Desculpe. Eu sei que não devo culpar somente a ti por isso.
Alexander suspirou exasperado. — Eu posso ter participado no plano para afasta-los, mas não o matei, mesmo podendo.
— Devo agradecer por isso então? — Ela o encara. — Afinal por que está me devolvendo isso. — Ela balançou o medalhão.
— Porque sei que distribui mais sentimentos a isso do que ja teve por mim.
— Acha que isso ira me fazer perdoa-lhe.
— Não. E essa também não é minha intensão. Apenas quero que seja feliz. E como disse sei que sentiu falta desse mero objeto.
— Sempre sabe de tudo. — Ela falou se desarmando.
— É.
Alexander se levantou e seguiu para fora do quarto. Ele pensava ser impossível se sentir pior do que ja estava.
Angeliny agora estava grávida, o que significava que logo ele iria se reunir com o conselho e dar sequencia ao plano. Só de imaginar ficar longe dela, seu coração doeu e as lágrimas desceram por sua face.
Angeliny colocou o medalhão sobre seu pescoço, ao tocar na peça, ela se lembrou de Cristian e do amor que sentiu por ele. Alexander a surpreendeu ao lhe devolver o medalhão.
Para ela esse tinha sido o jesto mais lindo que ele fez. Se mostrou altruísta e desinterresando. Pois, sabia que isso significava muito para ela. O símbolo do amor dela e de Cristian.
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