1 Dia Para O Casamento
Cristian sente algo úmido sobre sua testa. E com muita dor no corpo, ainda de olhos fechados ele ergue a mão para tirar o objeto que lhe incomodava.
- Nem pense nisso. - ele ouve a voz do pai dele.
Ao abrir os olhos com dificuldade, ele olha para o homem a sua frente.
- Pai... - ele tenta se levantar, mas seus músculos doem e ele volta a cair no colchão de capim.
- não tente se levantar. - o pai dele fala ao se aproximar e se sentar do lado dele. - como se sente? - ele recolhe a compressa.
- Como se tivesse pulado de um penhasco. - ele sorri zombeteiro.
- É bom saber que ainda tem forças para troçar. - ele fala bravo, e aperta a perna de Cristian que urra de dor.
- Urs... pai! - ele reclama.
- Meu filho idiota.
- Onde estamos? - Cristian pergunta, sentindo suas lembranças voltarem.
- Onde acha? - ele devolve a pergunta levantando as mãos. - estamos na sede do Conselho. Mais especificamente na cela deles. Tu se lembra do que aconteceu? - ele pergunta o encarando.
- eu lembro de ter fugido e depois de ter pulado do penhasco, mas é só. - ele massageia suas têmporas.
- Os guardas te apanharam logo depois que vosmicê saiu da água. Isso foi a um dia.
- O quê? - ele grita, tentando se levantar, para em seguida cair de novo.
- Acalme-se. - o pai dele o ajuda a voltar para o colchão improvisado.
- Não... - ele geme - eu preciso sair daqui.
- Tu não consegues nem ficar de pé e mesmo que conseguisse, não sairia dessa cela, eles a encantaram para que nenhuma magia funcione.
- Eu preciso pai. Não posso ser fraco agora. Angeliny precisa de mim!
- Há! - o pai ri com escárnio - deixe disso.não vê como essa moça faz mau para ti? - a amargura era visível na voz dele.
- isso não é verdade! - ele tenta se apoiar em seu antebraço, o que não foi uma boa ideia, seus nervos tremeram como se tivesse levando um choque e a dor, que ele não conseguia distinguir se vinha do osso ou dos músculos.
- A não é? Olhe para ti. Quebrou o nariz por ela, desafio alguém, pulou para morte. O que ela fez por tu, durante todo esse tempo? - ele se levanta e anda de um lado para o outro indignado.
- O senhor se esquece de que ela é uma dama, e não a muito o que possa fazer por mim. - ele a defende.
- Ela pelo menos poderia tentar. Veja tu, está jogando o nome da nossa família na lama. Todo o conselho está contra ti, eles o consideram um traidor. E a mim também, por tentar ajuda-lo. - ele senta e bate as mãos nos joelhos.
- Eu lamento. - Cristian fala com sinceridade. E o pai dele dá de ombros - eles também o prenderam aqui?
- Não. Apenas estou aqui para cuidar de ti, e tentar em vão colocar juízo nessa sua cabeça dura. Filho. - ele olha suplicante - desista dessa moça. Afinal ela irá se casar dentro de um dia.
- Nunca. Me pedir para renunciar a Angeliny, e como me pedir para que deixe de respirar. Ela é minha vida, meu tudo. - o pai dele reparou que os olhos dele brilharam ao citar o nome dela.
- Só espero que esse amor, não te destrua.
Cristian apenas sorri. E se deita mirando o teto cinza.
- Esse amor não me destrói. Apenas me deixa mais forte.
- Se forte é isso. - o pai dele aponta para ele - eu que não queria essa força. O Conselho irá te liberar depois do casamento de sua preciosa. Provavelmente.
- Darei um jeito de sair antes.
- eu duvido. - o pai fala mal-humorado.
"Eu vou sair daqui, e vou te liberta Angeliny, custe o que custar!". Ele pensou.
[...]
O dia se passou de pressa. Angeliny correu para seu quarto e abrindo uma das gavetas de sua penteadeira, ela apanha uma bola de cristal. Ela pega a carta de Cristian, segura abaixo do globo cristalino.
- por favor funcione. - ela sussurra esperançosa.
Seu intuito era conjurar um feitiço localizador, no entanto, seria improvável que conseguisse visto que para isso, era preciso ter um objeto pessoal da pessoa, tal como roupa ou cabelo.
Ela se concentra, fitando o objeto. Porém, nada acontece, ela grita de frustração e lança a bola de cristal na parede. Partindo o objeto e milhares de pedacinhos brilhantes.
Angeliny estava sem esperança, faltava apenas um dia para seu casamento. E Cristian simplesmente havia sumido.
"Não era possível que ele a tivesse deixado. Ou seria?". Ela pensou já sentindo as lágrimas vindo. Ela era um fracasso como conjuradora. E não entendia como alguém como ela poderia ajudar o conselho.
Perdida em seus pensamentos ela caminhou até a janela. Inconscientemente ela acariciou o colar em seu pescoço e olhou para lua. Se recordando das juras de amor que Cristian lhe fez.
"Não, não importa o que digam, eu sei que ele jamais desistiria de mim. E sem dúvidas eu não desistirei dele". - ela beija o medalhão. Ela iria se casar com Alexander, se era isso que todos queriam. Mas ela daria um jeito é cedo ou tarde, ela voltaria para seu amado. Nem que para isso tivesse que matar alguém.
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Capítulo curto eu sei. Kkkkk foi só para explicar o paradeiro do Cristian. Próximo capítulo o tão esperado casamento acontecerá.
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