Sensações estranhas Parte 2
Angel
Lucy entra na loja e Cristian fica do lado de fora. E pelo nervosismo de Lucy. Já sei que vai me pedir algo.
— Angel e… queria falar com você sobre uma coisa.
— Fale, já posso imaginar que vem bomba.
— É que Cristian não tem onde ficar, a pousada está cheia, se ele não achar algum lugar ele terá que ir embora hoje, e eu sei que você mora naquela casa enorme e…
— Pode parar! — a interrompo irritada — Você não está querendo que eu receba na minha casa um homem completamente estranho, você enlouqueceu?
— Calma ele não é nenhum bandido, eu receberia ele na minha casa, mas você sabe que ela é pequena, e meu pai bêbado, meu irmão e eu moramos lá, por favor Angel, olha a gente pega cópia dos documentos dele endereço do lugar onde ele mora até foto e digitais se for preciso. — Ela fala em tom irônico — você sabe que isso é importante para mim, e eu perdoei você, pelo que você fez, mas você me deve isso.
Ela sempre joga isso na minha cara me fazendo se sentir culpada.
— Está bem, mas se ele for algum psicopata e acontecer algo comigo e meu corpo for encontrado em uma viela escura e suja a culpa é sua. E eu virei puxar seu pé toda noite!
— Eu aceito. — Ela gargalha. — Mas se você quiser eu posso pedir para o Matt dormi lá com vocês, por precaução. — A malícia estava estampada em sua voz.
— Não! Muito obrigada! — Respondo irritada.
Ela sorri e se vira para sair quando falo:
— E Lucy. Depois disso, nossa dívida acaba.
— Com certeza.
Ela fala sorrindo e abre a porta para Cristian entrar, ele entra, e Lucy fala:
— Cris, a Angel vai receber você na casa dela.
— Obrigado. — Ele diz e estende uma sacola para mim — isso é para você.
Eu pego a sacola e abro dentro tinha uma pequena marmita e pelo cheiro eu já sabia ser lasanha. Meus olhos começam a se encher de lágrimas eu os aperto com força tentando reprimir o desejo de chorar.
— O que foi?
Pergunta Cristian, e logo em seguida Lucy fala:
— Amiga você está bem? — balanço a cabeça em afirmação e respondo — Me desculpe, é que esse era meu prato predileto e minha mãe fazia ele sempre para mim antes de morrer… e… eu não consigo olhar isso, muito menos comer sem lembrar dela me perdoe, mas não posso aceitar — falo colocando a sacola para o lado.
— Eu que peço desculpas, eu não sabia. — Cristian se justifica.
— Tudo bem. Agradeço a gentileza — falo esfregando os olhos.
— É incrível como um cheiro ou um som podem despertar memórias fortes em nós, nos fazendo reviver momentos algumas vezes esquecidos. — Ele fala com ternura.
— É sim — eu respondo.
— Tá! Angel você pode deixar a lasanha para mim, e ir mostra a casa para o Cris, que deve estar cansado — Fala Lucy sendo insensível.
— Sim, você tem razão — respondo saindo de trás do balcão.
— Nós podemos ir no meu carro, se não se importa?— Diz Cristian abrindo a porta da loja para mim, passar.
— É claro — respondo pegando minha bolsa e meus patins.
Entramos no carro de Cristian que era um Audi de cor vinho. Ele deu a partida. Enquanto eu ia mostrando o caminho.
Chegamos, ele estacionou de frente para minha casa, desci do carro e ele também logo em seguida.
— Vou abrir a porta para você.
Falei enquanto seguia para grande varanda de madeira.
Cristian
Fui abrir o porta-malas do carro e pegar minhas malas que era um média de mão preta feita de couro e outra com roda da mesma cor, fechei o porta-malas e segui em direção a enorme casa de cor creme.
Angel abriu a porta de madeira envernizada de cor vinho e nós entramos. A sala dela era enorme, o piso assim como o da varanda era de madeira e possuía a típica cozinha americana, na sala ainda havia um sofá de quatro lugares de couro marrom, no chão uma carpete marrom também com uma águia desenhada nele e na parede uma lareira linda que em cima havia alguns, porta retratos, e uma tv. De tela plana grudada na parede, do lado esquerdo uma grande escada com corrimão dourado.
— Seu quarto fica ali.
Angel fala apontando para a porta de correr marrom que ficava ao lado direito da sala.
— Aqui está sua chave. — Ela entrega duas chaves nas minhas mãos. — Essa e do seu quarto e da porta da casa, eu fico responsável pela nossa refeição, que comida você gosta?
— Io… sou vegetariano.
Respondo enquanto observava a casa.
— Entendi. Bom vou subir e pode ficar a vontade. Feche a porta da casa por favor.
Ela fala enquanto sobe as escadas correndo. Eu coloco minhas malas com cuidado no chão e vou para porta e a fecho.
Volto pego as malas e sigo para o meu quarto, abro a porta com a chave deslizando ela para o lado, pego minhas malas e levo para dentro. Fecho a porta atrás de mim.
No quarto havia um enorme guarda-roupa de madeira com uma abertura com espelho no meio. No centro havia uma cama de casal com edredom branco com bordados dourados e dois travesseiros, do lado direito uma porta que dava acesso a um banheiro. Havia uma mesa de cabeceira ao lado esquerdo da cama e a pintura das paredes eram beje tudo muito sofisticado.
Abri minha mala de mão sobre a cama e tirei dela uma bacia de porcelana branca com bordas douradas e algumas inscrições pequenas em torno dela, coloquei ela sobre o espaço vazio de frente para o espelho, fui ate a mala novamente retirei dela um pequeno frasco com uma poção de cor azul e joguei na tigela. Subiu uma grande bolha cristalina brilhante e eu pude ver Angel, ela estava se preparando para ir para o banho, retirei da mala outro frasco com uma poção rosa e esfreguei em minhas mãos falando as palavras para o feitiço. “Meus iste tactus sentitur cutem meam” que significa, “que meu toque seja sentido em sua pele como o seu na minha”.
Isso era, trapaça, eu sei, mas não podia resistir tanto tempo sem vê-la e agora ela estava ali, era bem possível que ela iria se assustar um pouco. Sorri e segui para o banheiro, entrei no boxe de vidro e liguei o chuveiro, eu sabia que ela estava no banho então só resta colocar meu plano em ação, tirei as roupas e entrei debaixo da água quente e logo senti as mãos dela me acariciado.
Vou explicar, estamos em banheiros separados, mas minha magia vai fazer com que cada vez que ela tocar seu corpo, eu sinta como se ela tocasse o meu e assim acontecerá também comigo quando me tocar ela ira sentir.
Pude notar a sensação de suas mãos passarem por trás da minha nuca e cabelos, descendo até meu peito e massageando lentamente, isso era uma verdadeira tortura para mim. Era minha vez. Eu ri agora sabendo o susto que ela ira levar. Toquei meu rosto como que fazendo uma carícia e eu podia ver também o que estava acontecendo com ela, ela se a sustou e olhou para trás, eu continuei agora passei minha mão em seu pescoço e ela deu um pequeno salto para trás e esbravejou.
— O que é isso!
Eu ri comigo mesmo e decidi ser hora de parar então falei. “Leporem tuam” tradução “cessar encanto” e prossegui com o meu banho normalmente.
Angel
Isso foi muito estranho e assustador, eu podia sentir uma mão me tocar na face e depois em meu pescoço.
Desliguei o chuveiro e sai enrolada na toalha branca, fique olhando para trás como se fosse ver um fantasma apesar de não acreditar nisso.
Balancei a cabeça tentando esquecer o ocorrido e fui ate meu guarda-roupa, peguei uma lingerie preta e uma blusa de algodão branca, um short jeans azul-escuro que chegava na metade das minhas coxas. Escovei os cabelos deixando soltos e desci as escadas e fui para à cozinha, prepara o jantar e já que meu inquilino era vegetariano.
Preparei uma salada de batatas e um arroz branco com creme de milho, para ele, e para mim um belo bife assado com limão e batatas fritas. Coloquei os pratos sobre a mesa e as panelas ao meio dela.
Fiz um suco de morango na jarra de vidro e o depositei lá, também usei meus talheres de prata um em cada lado dos pratos de porcelana cor creme e dois copos de vidro, me sentei e fiz meu prato, e comecei a comer.
Cristian, abriu a porta do quarto e veio até a cozinha, ele parecia ter saído do banho seus cabelos estavam soltos e molhados e alcançavam a altura de seus ombros, ele vestia uma camisa de malha preta de manga curta colada em seu corpo o que deixava a mostra o peitoral bem definido e os braços musculosos, vestia também calças de moletom preta que o deixou bem “sexy”. Só agora percebi que esse homem é um perigo.
Quando voltei a olhar para o rosto dele ele estava sorrindo, fiquei tão sem graça que desviei o olhar para o prato. Cristian se aproximou e se sentou se servido também, eu não conseguiria olha-lo de novo, e para piorar ele fala:
— Non precisa ficar com vergonha. — Ele ri.
— Eu… vergonha… de… quê?
Ainda gaguejo. Minha nossa se não fosse um mico maior ainda, eu enfiaria minha cara no prato, ele só fazia rir.
— Você está muito bonita.
— Eu já terminei.
Eu me levanto rápido para colocar o prato na pia quando vou me virar para sair dou de frente com ele.
— O que você esta fazendo? — falo um pouco irritada.
Ele ergue a mão mostrando um copo, e fala:
— Vou pegar água.
Ele passa por mim e abre a torneira o cheiro dele era inebriante, era uma mistura de rosas, mel e margaridas. Decidi sair dali o mais rápido possível, subi as escadas, e falei:
— boa noite.
Não esperei para ouvir a resposta, entrei no meu quarto e tranquei a porta por precaução. Já era sete horas, bom pelo menos vou dormir sedo hoje. Tirei minhas roupas e o sutiã ficando só de calcinha, fui até o meu armário e peguei minha camisola de alça de cetim vermelho e vesti, ela chegava metade das minhas coxas, me deitei para dormir.
Estou no penhasco, e vejo aquele homem de novo ele me chama:
— Angel… Angel…
Eu me aproximo não tenho medo dele, eu quero de uma forma estranha, estar perto dele, pertencer a ele, quando eu o toco ele se vira para mim. Não, não pode ser é, Cristian.
— Venha para mim, seja minha…
Ele sussurra e um desejo me invade sinto meu corpo tremer enquanto ele me toca e como se eu estivesse pegando fogo, eu o quero. Ele me beija intenso e com fúria como se a muito esperasse por isso. Eu seria dele aqui, agora eu me entregaria por completo a essa sensação maravilhosa e estranha que eu nunca senti antes.
Não eu não posso eu mal o conheço, tento reunir todas as minhas forças para me afastar e consigo, mas meu corpo traidor o deseja, ele ao ver me afastar me chama:
— Venha… venha… seja minha.
Acordei ofegante meu corpo parecia arder como fogo de desejo por ele, eu nunca tinha sonhando assim antes, penso que minha mente estava buscando um rosto para essa loucura e achou, mas tinha que ser logo o de Cristian. Lucy jamais me perdoaria se eu… Não eu nem devo pensar nisso, levantei rápido da cama e olhei no relógio meia-noite como sempre.
Cristian deve estar dormindo, eu abri a porta e desci correndo as escadas para somente beber um copo de água e voltar rapidamente quando cheguei perto da cozinha que ergui a cabeça me deparo com Cristian, que estava sem camisa revelando o belo peitoral e a barriga de tanquinho.
Ele pareceu se assustar também já que ficou paralisado olhando para mim, depois de alguns segundos ele forçou uma tosse desviando o olhar e pergunta:
— Você também não esta conseguindo dormir?
Ele coloca o copo sobre a pia, e eu destravado as minhas pernas andei passado rápido por ele, peguei outro copo e abri a torneira para encher percebi que Cristian me olhava curiosamente, e aquilo me deixava constrangida, pois para piorar tinha acabado de sonhar com ele.
Me endireitei rapidamente e bebi a água colocando o copo na pia, e respondi:
— Já se tornou costume eu não consegui dormir.
— Eu também, mas penso que tenho algo que pode te ajudar.
— Se for remédio não obrigado.
Falo me virando para sair. Cada minuto perto dele me fazia querer algo que eu mesma não queria ou não queria me permiti querer, não sei explicar.
— Não é nenhum remédio, espere aqui eu já volto.
Ele entra no quarto e eu me viro para observar, alguns segundos depois ele saiu segurando um pequeno frasco em suas mãos que continha um líquido verde dentro.
— O que é isso? — pergunto apontando para o líquido.
— É um óleo relaxante, ele se esfregado na pele conforta e te ajuda a relaxar fazendo você dormir. — Cristian já era lindo mas cada vez que ele puxava seu sotaque, eu me segurava para não fazer cara de boba.
— E se funciona, porque você não usa? — falo semi-cerrando os olhos.
— Por que só faz efeito se alguém passar em você.
— Ata, entendi agora a sua jogada! Esquece você não vai passar isso em mim — falo rindo, ele sorri e meio sem graça fala.
— Você quem sabe, é você que não vai dormir mesmo. non precisa ter medo de me.
— Eu não tenho medo de você.
— Então prova, pois, por que razão me recebeu na sua casa se non confia em mim?
— Não confio em você, porque você é um estranho. Mas está certo, vou deixar, mas sem ousadia ouviu, se tentar alguma coisa, chamarei a polícia.
Ele ri e levanta as mãos em forma de rendição.
— Sente no chão de costa para me.
Ele fala, eu sabia que iria me arrepender, mas obedeci, me sentado sobre a carpete, senti quando ele sentou atrás de mim me deixando entre suas pernas.
Senti o aroma adocicado do óleo, e percebi que Cristian esfregou uma mão na outra, tocou em meus ombros.
Suas mãos eram quentes e aquele choque de novo que me fez estremecer, ele passava suas mãos na minha costa e deslizava pelos meus braços, meu corpo começou a queimar e vibrar enquanto eu me sentia um pouco sonolenta, notei que os dedos dele entraram por debaixo da alça da minha camisola e jogaram para o lado retirando de cima do meu ombro, sem me dar conta eu me encostei no peito nu e acomodei minha cabeça em seu ombro, ele continuava a massagear, meus olhos estavam fechados, mas eu estava consciente, ele retirou as alças da minha camisola fazendo meus seios ficarem a mostra, começou a afagar apertando devagar, meu corpo ardia e pedia por mais eu me sentia úmida e mesmo achando errado eu não queria que ele parasse, a sensação era boa me deixava louca por mais. Foi quando ele sussurrou no meu ouvido me fazendo estremecer.
— É melhor eu parar ou você vai chamar a polícia, non é?
Ele diz risonho em tom debochado, ele sabia que eu não iria mandar ele parar mesmo sabendo que era o certo a ser feito, meu corpo queria e o dele também, pois eu conseguia sentir seu íntimo pulsar ao encontro do meu quadril o que me excitava ainda mais, enquanto sua boca beijava meu pescoço ele desceu sua mão direita até minha coxa erguendo a barra da minha camisola, pude sentir seus dedos brincarem com a renda da minha calcinha, ele estava me enlouquecendo eu queria tocá-lo e beija lo, mas estava completamente a mercê da vontade dele. Ele tocou meu íntimo, e com seu dedo me penetrou de vagar me fazendo gemer, me fez cavalgar sobre seu dedo, tomei forças e mesmo gemendo virei minha boca para perto da dele, ele entendendo o que eu queria me beijou, sua língua quente úmida me pedia passagem que eu não neguei. Então ele recolheu sua mão, e parou de me beija, e disse:
— Quando você estiver consciente e se lembrar, vou estar te esperando por enquanto é só ate aqui que você vai experimentar, mas saiba que sei fazer muito mais do que isso, posso te fazer ver as estrelas.
Ele se levantou e me pegou no colo eu não consegui abrir os olhos, mas senti que ele subia as escadas, só percebi que estava em meu quarto, quando ele me colocou sobre a cama me cobriu.
Seus lábios tocaram o meu de forma cálida. Ele então se aproximou do meu ouvido e falou:
— Tenha bons sonhos anjo mio.
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