O Dia Que Morri
Angel
Eu estava sentada de frente para uma grande janela, fazia quatro meses que eu estava casada com Magnus.
Ele me trouxe para uma terra distante, eu estava longe de todos que eu conhecia. A casa era linda, mas a saudade que eu sentia de Cristian não passava.
Não conseguia entender ele disse que fugiria comigo, mas no dia simplesmente não apareceu.
Eu olhava pela janela com esperança de que algum dia ele talvez surgisse.
Magnus entra no quarto, ele está muito elegante, com certeza iria para algum compromisso importante.
Ele estava usando um justacorp azul que levava colete, golas que estavam bem engomada para que o colarinho ficasse sempre no alto, estava usando uma cartola preta sobre a cabeça e mesmo que ele não precisasse, estava segurando uma bengala com gravura dourada, um tanto elegante.
Seus cabelos amarrados em um curto rabo de cavalo preso por uma fita preta.
Ele me olhava com aqueles belos olhos cinzas e sorriu para mim, veio andando em minha direção e falou:
— Ainda olhando por essa janela, quando vai deixar de esperar por ele? — Reparei no modo divertido com que falou, fingindo uma seriedade inexistente.
Ele se direciona para minha penteadeira, se olha no espelho e organiza a gola.
— Vou esperar por ele até que não haja mais forças em mim.
Falo mas nem sei dizer o que se passava na minha mente. Eu estava triste por tocar no nome de Cristian, mas estava estranhamente feliz por estar com Magnus.
O sorriso que antes ele exibia agora desaparece, ele vem até mim e toca meu rosto.
— Angeliny. Sabe que só a mantenho presa para que não cometa o erro de tentar fugir e se encontra com ele. — Algo me dizia que ele estava brincando — Não me importo que todas as noites tu chores por ele ou que pacientemente espere que um dia ele venha busca-la em seu cavalo branco. Mesmo eu querendo que vosmicê o esqueça. Sei que não tem como força a isso. Tento ser seu amigo desde do primeiro dia que te vi, é só por isso que ainda permito que fique assim.
Ele diz olhando em meus olhos.
— Então se vosmicê se importa tanto comigo, deixe-me ir.
Falo, ele passa a mão no rosto e responde:
— Sabe que não depende de mim, mas se tudo correr bem, logo terá uma surpresa.
— Não entendi.
Magnus se levanta e endireitando seu justacorp e fala:
— Eu tenho um compromisso com o conselho daqui a dois dias, por isso tenho que ir agora se eu quiser chegar a tempo, darei ordem aos empregados para deixarem vosmicê ir ao jardim, para que não fique muito presa.— Ele falou com o mesmo tom brincalhão de antes.
Ele se aproxima e segurando levemente meu queixo ele faz com que eu olhe para ele e sela nossos lábios em um beijo cálido, eu retribuo.
Ele se afasta e olhando para mim preocupado pergunta:
— Tu ficarás bem em minha ausência?
— Sim, pode ir.
— Não se preocupe meu amor, se tudo ocorrer como estou imaginando. Logo mais vosmicê terá uma surpresa.
Ele sorri e se retira. Eu me mantenho sentada ali o resto da tarde meus vassalos insistiam para eu me alimentar, mas sem sucesso.
Já estava escuro a lua havia atingindo seu ápice.
Troco meu vestido de dia, por uma camisola que eu usei na minha noite de núpcias, era feita de tecidos leves geralmente eu deveria, usa-la para Magnus, mas isso pouco importava para mim.
Me vesti e prendi os cabelos em um coque e fui até a sacada, avisei os empregados antes, pois se não Magnus, sem dúvidas seria muito severo comigo por sair a noite trajando apenas isso e sem avisar ninguém.
Me sentei na varanda, e fiquei sentindo o vento noturno bater em meu rosto, quando me assusto ao ver um vulto se movendo entre as árvores no jardim, me levanto e vou para perto. O vulto entra em um labirinto de arbustos que ficava no centro do grande jardim, Magnus o havia feito para mim, ele demarcou o caminho que levava a saída até o outro lado, com flores damas da noite, que possuíam um cheiro muito bom.
Eu segui o vulto até a entrada, fiquei com um pouco de receio de entrar no labirinto, então resolvi perguntar:
— Quem está aí? Eu exijo que apareça.
— Exige mesmo?
A voz risonha e familiar perguntou, não preciso dizer quem era o dono da voz, Cristian surge do meio da escuridão, minha alegria e tanta que me lanço em seus braços, fazendo ele cair junto comigo do lado de dentro do labirinto, selo, seus lábios com um beijo urgente e desesperado, o mesmo retribui, nós se afastamos apenas porque o ar se fez necessário, me sento em cima dele sorrindo e pergunto:
— Como vosmicê me achou? — Ao ve-lo agora diante de mim, a falta que ele me fez aumentou em grande proporção. Uma lágrima de alegria escorreu pelo meu rosto.
— Foi um pouco difícil, mas nada que um feitiço de localização não resolvesse, estou te observado a dias esperando o momento certo de me aproximar, até que hoje vi Magnus saindo, e resolvi que era hora.
— Tive medo de que vosmicê tivesse desistido de mim. — O que eu sabia que seria melhor.
Ele toca meu rosto e sorrindo responde:
— Eu nunca vou desistir de ti, nem que eles me matem. Por ti eu dou a minha vida.
Eu apenas o beijo. Ele me abraça, nós nos afastamos por alguns minutos, ele olha serio para mim e diz:
— Eu vim para te levar embora, o que me diz? Ainda quer fugir comigo?
Eu paro por alguns instantes para pensar, de alguma forma eu me sentia mau por Magnus ele foi tão gentil e compreensivo, certo que às vezes ele era arrogante e presunçoso, mas eu também era, mais não conseguia odiá-lo. Eu sentia que havia algo de errado comigo, eu tinha algo para contar para Cristian, só que não conseguia lembrar. Estar com ele diante de mim depois de tanto tempo. Eu não queria e não podia estragar esse momento.
Minha demora em responder deixou Cristian com a fisionomia triste, ele desvia o olhar e diz:
— Já posso percebe que mudou de ideia. Magnus achou graça aos seus olhos, não foi?
Vejo uma singela lágrima escorrendo em seu olho esquerdo, ele vira o rosto tentando esconder.
Não posso negar o quanto eu amo Cristian, ele consegue ser tão doce e forte ao mesmo tempo, eu dou um leve sorriso para ele, seguro em seu queixo e o faço olhar para mim.
— Vosmicê é o único para quem tenho olhos. — sinto que não estou sendo totalmente sincera, mas queria estar com ele. — Meu amor, me leve para longe. — digo por fim, me convencendo de que essa era uma boa decisão.
Ele sorri e me beija, nos levantamos. E eu o levei até o outro lado do labirinto e entramos na floresta, um pouco mais adentro dela encontramos um cavalo branco selado, eu ri ao ver o cavalo, pois não é que Magnus tinha razão, e por algum motivo não conseguia para de pensar nele.
Cristian olha para mim e me ajudando a subir fala:
— Tem uma aldeia fica a uns dois dias daqui, arrumei uma casa por lá, para passarmos os primeiros dias, já que vamos ter que viver fugindo.
Ele sobe junto a mim e começamos nossa viagem.
Eu cochilei nos braços dele. Na manhã seguinte paramos para acampar a beira de um lago, Cristian estava caçando e eu fui me banhar, minha mente estava longe dali, Eu por algum motivo sentia que havia cometido um erro.
Logo Cristian chegou carregando dois coelhos ele os tratou e os colocou em alguns espetos sobre o fogo.
Ele os deixou lá e veio até mim, tirou a roupa e entrou na água, começamos a nos beijar ele afagava um de meus seios, meu corpo vibrava, só de me imaginar me entregando para ele, acariciei seu peitoral por debaixo da camisa, senti cada músculo, desci meus dedos até o meio das pernas dele e passei minha mão por cima de seu membro. Ele liberou um gemido entre meus lábios.
Eu estava pronta para ir adiante quando um cheiro de queimado invadiu nossas narinas, ele saiu da água correndo, foi até o fogo, eu só o observava e ria da cena.
Logo a noite chegou, depois que jantamos, nos deitamos debaixo de uma árvore e ficamos observados o céu estrelado, Cristian estava acariciando meus cabelos, eu brincava com os botões da camisa dele, comecei a abrir um por um, Cristian sorri e fala:
— Angeliny.
— O que foi vosmicê não quer? Estou te estranhando.
Falo sorrindo e subo em cima dele, ele me olha com desejo e se senta me deixando sentada em seu colo, ele entrelaça os dedos em meus cabelos e cheira meu pescoço me fazendo arrepiar, tira minha roupa e toma um de meus seios entre seus lábios, enquanto afagava o outro, eu sentia meu íntimo úmido, e meu coração acelerar, enquanto o membro dele pulsava de encontro a minha intimidade, eu arranquei a camisa dele.
Ele me colocou no chão e se posicionou entre minhas pernas, tocou meu íntimo com seus lábios e começou sugar-me, era muito bom senti meu corpo tremer enquanto gemidos saiam de minha garganta, ele me penetrou com seu dedo enquanto me lambia, quando eu estava prestes a alcançar meu ápice, ele se afastou e fez um caminho de beijos até minha boca, seu beijo era intenso eu correspondia a cada movimento, ergui o quadril um pouco roçando perto do membro dele, ele sorriu e sussurrou em meu ouvido.
— Faça de novo.
— Fazer o que de novo?
Eu me faço de desentendida.
— Vosmicê sabe. faça.
Obedeço a ele, ergui meu quadril novamente fazendo o mesmo movimento de antes, ele então me penetrou e começou a estocar em mim com força me levando ao delírio enquanto eu chamava seu nome.
Eu o fiz girar e ficar em baixo de mim, e comecei a cavalgar sobre seu membro rígido, ele fechava os olhos e mordia os próprios lábios tentando conter seu próprio gemido, ele segura em meu quadril me fazendo ir mais rápido, não demora e nos dois atingimos nosso clímax.
Nós vestimos novamente e eu me deitei ao lado dele e o mesmo ficou acariciando meus cabelos, e falou enquanto beijava minha testa.
— Durma bem anjo, e obrigada pela melhor noite da minha vida.
Nós logo pegamos no sono. Acordamos assustados com barulhos de gritos que diziam:
— Eles estão aqui. vamos!
Nos levantamos o mais rápido possível, ele monta no cavalo e me puxa para cima eu me sento atrás dele e me segurando em sua cintura, falo:
— Como eles nos acharam tão rápido?
— Não sei, mas não vou esperar para descobrir.
Ele sacode as rédias do cavalo que começa a correr, não demora e os homens de Magnus e o próprio aparecem montados em seus cavalos, eles começaram a nos perseguir incessantemente, e Magnus grita para nós.
— Parem agora, ou eu os matarei!
Quem ele pensa que ia enganar, pois, ele com certeza iria nos matar de qualquer jeito. Então ele grita novamente.
— Pare seu desgraçado, devolva ela para mim!
Magnus lança uma esfera de fogo nas árvores fazendo com que as mesmas caíssem em chamas em nossa frente, Cristian faz o cavalo pular por cima, mas Magnus lançou outra bem em seguida que dessa vez derrubou nosso cavalo fazendo a gente voar de cima do mesmo. Com a onde de energia que saiu da esfera ao tocar o chão.
Cristian iria bater em cheio em uma árvore então liberei uma esfera de energia derrubando a mesma. O que fez ele cair sobre o chão coberto de relva, mas infelizmente eu não tive tempo de me desviar da árvore em minha frente, colidindo contra ela, um dos galhos atravessou meu peito direito e se quebrou. Eu cai em cima das grandes pedras que forravam o chão.
Cristian se levantou e veio correndo até mim, ele se ajoelha do meu lado e me segura com uma de suas mãos. Ele chorava muito e pedia para eu o perdoa.
Meus olhos estavam escurecendo, quado ouvi Magnus gritar ao longe.
— Fique longe dela. McCartney!
Virei a cabeça com um pouco de dificuldade, e vi ele com seus homens tirarem as árvores do caminho, eu lamentava por ele, tinha ciência do quanto ele iria sofrer com que eu fiz. Voltei a olhar para Cristian que falava:
— Vosmicê não vai morrer. Eu vou salva-la amor.
Ele diz em meio as lágrimas, eu estava ficando com a visão embaçada, mas pude ver que Cristian arrancou o medalhão que eu sempre carregava em meu pescoço, ele o ergueu para cima e disse as palavras do feitiço.
— Quia caritas requirit ut homo, quia coniungit nos magia, quod link Index conteram et non manet in aeternum, sicut et die ac nocte cycle hoc faciant, et vadit ad me ut hodie una debet.
Ele fala em outra linguá, mas de alguma forma eu consigo entender. Ele dizia:
" Que o amor nos ligue, que a magia nos una, que esse elo não se quebre e para sempre perdura, assim como o dia e a noite cumprem seu ciclo, essa que hoje parte volte para meu destino".
Enquanto ele falava sua mão brilhava, fortemente ele bateu em meu peito e eu pude sentir um enorme calor. E como se um raio tivesse caído em cima de mim. Meu corpo se desfez em milhões de partículas brilhantes, eu me sentia sendo erguida do chão e vi que meu corpo não estava mas lá.
Enquanto me afastava. Magnus atingi Cristian com uma esfera de luz, e diz para ele.
— O que vosmicê fez McCartney? Nós condenou!
Cristian estava estirado sobre o chão, no entanto havia um sorriso em seu rosto.
De repente tudo apaga.
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(Revisado)
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