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Capítulo 59: A filha perdida

Sofia

  Aris e eu paramos próximo a nossas tendas, tinha sido uma longa madrugada. Ele tinha uma expressão cansada, coçava os olhos e bocejava o tempo todo.
  Ainda estava bem escuro, então podia ver as estrelas.

— É melhor você ir dormir, vai que o Nataniel acorda e não te encontra.— Aris deu de ombros e olhou para o céu.

— O sono dele é pesado, só vai acordar de manhã.— Chutei uma pedra, ele riu. — O que foi?— Perguntei.

— Nós temos um segredo, não é melhor contar para ele? Talvez com mais alguém do nosso lado, fique mais fácil para o Daren aceitar.— Aris explica, neguei com a cabeça.

— Ele não aceitaria, Aris. Daren odeia Zagan mais que qualquer outra coisa, ele matou os pais dele, não tem como perdoar algo assim.— Indaguei, ele assentiu. — E ele está seguro em sua casa, podemos enrolar até lá.— Sorri fraco, ele concorda com a cabeça.

— É você quem manda.— Fez um leve sinal de rendição, eu ri. — Parece que está chegando a hora, veja...— Aris segurou meu ombro e juntos olhamos para o céu, podia notar que cinco esferas lentamente começam a se alinhar sobre a imensidão escura.

— Se caso de manhã eu não estiver aqui, diga que fui restaurar a magia, tá bom?— Perguntei, ele assentiu. — Vá dormir, o dia amanhã será mais longo que essa madrugada.— Sorri, ele também.   Aris beijou minha mão e se foi rumo a sua tenda.

  Olhei mais uma vez para o céu. Podia sentir a minha profecia me chamando quando fechei os olhos, respirei profundamente.

  Estava indo rumo a minha tenda, porém, algo me fez parar. Em volta do meu corpo, pequenos fragmentos cintilantes surgiram e giravam como se fosse uma dança, sorri, as luzes foram indo para outro caminho e eu comecei a segui-las.
  Andei calmamente tentando alcançar elas, me afastava cada vez mais do acampamento.

  Por alguns instantes, fiquei área, como se não soubesse mais onde estava, entretanto, as luzes apareceram e eu sabia para onde estava indo. Caminhei por entre as árvores, as luzes me esperaram e quando eu me aproximava, elas migravam para outra árvore, não sei dizer por quanto tempo eu fiquei as seguindo e, mesmo assim, eu continuava. Meu corpo não me obedecia, e quem me guiava era meu espírito.

  Um portal surge na minha frente, um círculo brilhante que soltava pequenos pontos de luzes sob o chão, adentrei o pequeno espaço, entrando com todo meu corpo. Ao entrar, me deparei com um oceano, coloquei a mão sob a água, era tão cristalina que podia ver meus dedos e as luzes que me acompanham. Respirei fundo e mergulhei. As luzes continuam a me seguir enquanto eu nadava, vejo algumas construções, como uma cidade inteira submersa. Assim que minha mão tocou em uma parte, a água foi indo embora e lentamente eu alcancei o chão.

  As construções, em diversas colunas perfeitas alinhadas em um triângulo, no meio, havia um pedestal. Caminhei cautelosamente até me aproximar para ler o que estava escrito.

— Die plek waar alles begin het en alles sal eindig*.— Sussurrei, sem perceber, eu comecei a traduzir sozinha.
— O lugar onde tudo começou e tudo irá terminar*.— Falei, após dizer essas palavras em um bom tom, grandes estátuas gigantescas brotaram do chão, me aproximei de cada uma para ler seus nomes.

  A primeira foi uma mulher que tinha uma águia em seu ombro.

  O próximo era um homem que estava montado em um urso.

  A terceira foi uma mulher que estava no meio de dois lobos.

  O último era um homem que estava ao lado de um tigre.

  Do outro lado, podia ver mais estátuas, onde mais animais estavam juntos de pessoas, mas eu não tinha tempo para ver todos, sentia que precisava seguir adiante. As pequenas luzes cintilantes prenderam em minhas mãos, sorri, onde elas estavam eu sentia formigar.

  Atravessei o grande pátio, e vi uma escadaria. Pelos degraus, um líquido verde escorria, como se fosse água suja, o líquido já estava por toda parte, eu sentia e sabia o que era isso e, sem notar, comecei a chorar, porém, sinto alguém segurar meus ombros, nem preciso olhar para saber que era Aron. Continuo chorando, a magia estar doente me deixava mal. Eu peito doía intensamente. Apertei os olhos com força.

Continue.— Ele sussurrou, assenti, comecei a subir as escadas, um degrau por vez, calmamente.
  No topo, tinha algo a mais, entretanto, eu não conseguia ver.
  Continuei subindo, a água continuava escorrendo, quanto mais perto chegava, mais escura ela ficava. Subi o último degrau e encontrei uma fonte. Aparentemente, era comum, porém, quando cheguei mais perto, podia ver a água suja jorrando pela fonte.
  Havia algo escrito nela.

— Lewe op hierdie waters begin het*.— Sussurrei, minha mente começou a traduzir novamente.
— A vida começou nessas águas*.— Falei, e encarei a fonte novamente. Me aproximei calmamente, podia ver sob a água escura, as luzes lá no fundo, coloquei as mãos dentro da água e tentei tocar nas luzes, mas elas escapavam, fiz isso novamente e uma parou sob meu dedo, logo, as outras também. Da minha mão, outras luzes surgiram, olhei para a outra mão que estava do mesmo jeito.

  Fechei os olhos, apertando com força. A fonte começou a soltar mais água, sinto que atinge minhas roupas, deliberadamente, ondas intensas de poder saíram de minhas mãos cada vez mais fortes, continuei. Podia visualizar perfeitamente que a água estava limpando, me concentrei ainda mais. Continuei e, desta vez, abaixei um pouco o corpo, me debruçando sob a fonte. Abri os olhos e tudo estava brilhando, não apenas meu corpo, mas a fonte também. Ao redor, como se dançassem em conjunto, as pequenas luzes cintilantes flutuavam lindamente por todo lugar que eu olhava.
  Como um último sopro de vida, fechei os olhos mais uma vez, deixando o que faltava para curar a fonte sair com mais força, um grande calor percorreu pelo meu corpo, principalmente, em meu peito, meu coração batia conforme a magia voltava a ser o que era. Ela pulsa intensamente no coração de todos que acreditam nela.

  Quando finalmente acabou, sentei no chão, encostando as costas na fonte e respirei aliviada.

  Não sei dizer se fiquei inconsciente. Mas, parecia que havia passado muito tempo, minhas roupas estavam secas, não havia água no chão, as estátuas gigantescas brilhavam intensamente.

  A fonte jorrava belíssima, a água, que agora caía sob o lindo mármore, era tão pura e se olhasse de perto, podia ver os fragmentos correndo dentro dela.

  Me levantei, embora essa última experiência foi intensa, nunca me senti tão forte.

  Desci as escadas calmamente, quando vi o chão, as estátuas tinha se levantando e estavam curvadas diante de mim. Parei de andar, fiquei parada ao ver gigantescas construções de pedra ajoelhadas na minha frente. Olhei em volta, não tinha ninguém, então tomei coragem e terminei de descer as escadas.

— Você conseguiu, Sofia.— Aron surgiu no meio das estátuas curvadas, ele usava uma linda roupa dourada e um cajado preto, na ponta, a cabeça de um dragão feita de opala, por dentro, parecia as cores do arco-íris. Corri em sua direção e o abracei. Ele retribuiu. — Está tudo bem, você fez o que tinha que fazer. Se alegre.— ele dizia, eu assenti, atordoada.

— Eu nem posso descrever o que sinto agora, eu finalmente sou a Sofia. Não uma garota perdida, confusa e magoada. Sou a Sofia, sou eu, finalmente. Acho que estou falando bobagem.— ri de nervoso, nega levemente com a cabeça.

— Não diga que é tolice, eu via tantas coisas tentarem atrapalhar sua jornada e, mesmo assim, você continuou. Parabéns.— ele sorriu, eu também. — É por essas razões, que os deuses entram em um consenso para te dar um presente.

— Presente?— Perguntei, ele assentiu.

— A imortalidade. Mas, é preciso que você aceite.— Ele me encarou seriamente.

  Por alguns instantes, fiquei pensativa, eu nunca imaginei que seria imortal. E pensei que se quisesse, teria que fazer algum ritual ou algo do tipo. Mas, não é uma má ideia não ter que se preocupar com a idade.
  Eu deveria aceitar, é uma honraria.

— Eu aceito de bom grado.— Ajoelhei e abaixei a cabeça. Sinto que ele se aproximou e encostou a ponta do cajado em meu peito. Em volta, senti uma luz muito forte, e um calor que aquecia, percorreu por todo meu corpo, como se estivesse domando cada fibra do meu ser.

— Agora você pode perpetuar sob a terra sem medo que um dia acabe.— Ele sussurrou, me levantei lentamente. Não sentia nada diferente, talvez fosse notar com tempo.

— Obrigada.— O fiz uma reverência sutil. — Eu já posso voltar para o mundo físico? Acho que meus amigos estão preocupados.— Olhei para a água logo em minha frente, era o caminho de volta.

— Pode. Volte e termine sua missão.— Aron curvou-se para mim, imitando as estátuas. Eu sorri. — Te vejo no caminho, Sofia.

— Te vejo no caminho.— Sussurrei e comecei a seguir em direção a água, mergulhei e podia ver uma luz. Ao me aproximar, fechei os olhos.


Nate

  Quando acordei naquela manhã, Sofia não estava ali. Era comum que não a encontrasse logo que abro os olhos, por isso segui para mais um dia, porém, esse não era qualquer dia. 

  Saí da tenda, encontrando a equipe reunida próximo a fogueira, me juntei a eles. Valentina lançou um sorriso, retribui na mesma intensidade. Ela estava ao lado de Aris, que acenou levemente com a cabeça, fiz o mesmo. Parei ao lado de Daren, que estava de frente para eles, sentei ao seu lado.

— Bom dia, equipe, vocês estão bem?— Perguntei, eles me olharam e assentiram.

— Bom dia, Nataniel. É hoje o grande dia.— Daren voltou a encarar a fogueira, concordei, olhei para os outros a nossa frente que pareciam preocupados e cansados também.

— Nate, a Sofia já deve ter ido restaurar a magia, acha que ela vai demorar para voltar?— perguntou Valentina, a encarei antes de responder.

— Vamos seguir com que combinamos, acredito que ela foi antes do sol nascer e até ele se pôr temos algumas horas, então não se preocupem. Ela vai voltar e vamos dar um fim nessa era da escuridão.— sorri, ela também e desviou o olhar para o chão. 

— Nataniel?— Aris me chamou e olhei na sua direção. — Sobre a nossa parte nesse dia, eu quero agradecer por me convidar para lutar ao seu lado, obrigado.— O ruivo lentamente fez uma reverência sutil com a cabeça.

— Não precisa me agradecer, faz parte disso, é um importante membro da equipe e devo dizer que estou honrado por lutar ao seu lado.— Admiti, ele concorda com a cabeça e ficou vermelho.

  Nós quatro ficamos em silêncio por alguns segundos, sem querer ser pessimista ou algo do gênero, mas podia ser a última vez que nos reunimos, então uma tristeza mascarada, onde dizíamos que era apenas cansaço, pairava sob aquele acampamento. 

— Melhor cada um cuidar de seus afazeres, certo?— Daren se levantou, cortando silêncio, ele colocou as mãos no bolso. — Nós nos encontramos depois.— Ele sorriu e se foi, um por um, os outros também. 

***

  Observei Hades, ele pulava as ondas do mar enquanto tentava alcançar pequenas bolhas que se formavam com seu ato. Já estava quase tudo pronto e faltava pouco para partimos, talvez eu estivesse mais nervoso do que aparentava, pois polia a adaga que ganhei do meu tio novamente, já me disseram que eu faço isso para me acalmar, estou começando acreditar que tinham razão. 

   A verdade é que, por ser o grande dia, eu sentia que era o fim. De fato, não vai acabar aqui, todos nós vamos ter muita coisa para fazer, muitos lugares para ir, há muito o que viver. Porém, não conseguia disfarçar e nem parar de sentir isso. Como se tudo fosse acabar hoje.

  Afastei esses pensamentos, balançando a cabeça e voltando para o que estava fazendo, olhei para Hades, que mergulhava a cabeça na água e a levantava rapidamente, parecia procurar algo, dei de ombros. Acho que estava tentando encontrar peixes. Guardei a adaga na bainha e fiquei observando o mar, essa parte não era na praia, era uma saída para o mar ainda na floresta, fazia um tempo que eu ficava desse lado para refletir um pouco, estar sozinho também é bom. 

  Onde Hades estava começou a borbulhar, ele começou a pular animadamente. Me levantei da pedra, podia ser algo perigoso. O dragão saiu de perto e luzes coloridas saíram da água como um arco-íris, por alguma razão, meu coração começou a bater mais forte.
  Sofia alcançou a superfície, fiquei parado a vendo se levantar, Hades correu até ela e os dois caíram na água novamente. Eu sorri, estava tão aliviado por ver ela que nem percebi que caminhava em sua direção. Sofia percebeu minha presença e seguiu calmamente até que paramos por estar tão próximos que era possível sentir a respiração de ambos se encontrando.

— Eu sabia que iria encontrar você assim que voltasse.— Ela segurou meu rosto com uma das mãos, eu ri, encarei seu belo rosto e passei delicadamente meu polegar sob seus lábios.

— Fiquei contando o tempo para te encontrar.— Sussurrei, ela sorriu e segurou minha outra mão. 

— Eu sempre vou voltar para você.— Sofia segurou meu rosto mais forte e aproximou nossas bocas. Eu sorri e senti minhas bochechas queimarem, ela percebeu e encostou nossas testas. Não sabia o motivo de estar tão nervoso, parecia que era a primeira vez que a gente ficava tão próximos, eu a queria nos meus braços para sempre, eu queria que esse momento durasse a eternidade.

— E eu sempre vou estar esperando.— Sussurrei, ela fechou os olhos e me beijou intensamente. Abracei sua cintura e levantei seu corpo, Sofia passou as pernas ao redor da minha cintura e segurou no meu pescoço, perdemos o fôlego enquanto nos beijávamos mas, ironicamente, eu nunca me senti tão vivo.

***

  Sofia reuniu sua equipe uma última vez antes de cada um seguir com a parte da missão. Ela usava uma roupa toda escura, e tinha pequenos detalhes em verde. Depois de abraçar cada um deles demoradamente...

— Falta pouco, não é?— ela começou a falar, Valentina, Aris e Daren a encaravam seriamente, eu estava do seu lado, a olhando enquanto via seus lindos olhos brilharem quando conversava com sua equipe. — Eu estou tão orgulhosa de cada um de vocês, eu os vi lutando e se esforçando da sua maneira. Vocês aprenderam comigo e eu aprendi com vocês, vi mais honra em vocês do que qualquer nobre da corte onde cresci, se vencemos hoje, meus amigos, vocês sempre vão ter a minha gratidão e sempre vão poder contar comigo. Não vai ser apenas uma conquista minha, é de vocês também, não importa o que aconteça, eu sempre vou amar vocês. Muita obrigada. — Os três membros em nossa frente a abraçaram no mesmo instante. Me juntei a eles nesse abraço coletivo.

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