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Capítulo 55: Os caminhos incontestáveis

Sofia

   Passei as últimas horas junto de Laurid, seus ensinamentos sobre selos eram impecáveis e extremamente importantes para a minha missão.

   Durante o tempo que conversamos, Laurid me explicou sobre qual a melhor maneira de criar uma prisão para uma entidade como a escuridão. E, que levou horas e horas de estudo e tentativas falhas. Entretanto, ele não me deixou desanimar, é um ótimo mestre.
  Na manhã seguinte, depois de uma noite inteira tentando criar o selo, finalmente nós conseguimos. O alívio veio no momento que ele aprovou o que eu tinha feito. Estava meio tonta, pois foi uma noite estressante, mas era ótimo saber que tinha como deter o nosso maior problema.
  Enquanto Laurid tinha ido comer algo, Daren e eu conversamos na entrada do mosteiro enquanto víamos o sol nascer.

— Eu lhe disse que ele era o melhor nisso. — O mago deu de ombros, concordei com a cabeça.

— Ele é ótimo. Obrigada por trazer ele aqui. — Sorri, ele também.

— Não me agradeça. Mas, Sofia, é verdade o que Valentina me contou? — Daren se ajeitou sob a rocha, eu assenti.

— Sim. Aris me beijou, eu contei para o Nate, e até agora, não sei se ainda somos um casal. — Confessei, ele me encara seriamente. Sei que está fazendo seu julgamento interno.

— Não acredito que aquele cabelo de fogo atrapalhou o relacionamento de vocês. — Cruzou os braços enquanto falava, eu ri.

— Não acho que ele fez de propósito, só confundiu as coisas, eu o ajudei e ele me agradeceu de outra forma. — Dei de ombros, ele me olha indignado.

— Está defendendo ele? Ah, Sofia! — Daren revira os olhos, eu neguei com a cabeça.

— Eu não estou defendendo ele, só entendo que foi um mal entendido. Mas, desde que ele me beijou, nós ainda não conversamos. Acho que ambos estamos fugindo disso. — Olhei na direção do quarto de Aris, queria ter coragem para ir lá resolver isso de uma vez, mas eu tinha vergonha, e também deveria pedir desculpas por ter dado a entender que gostava dele. Porém, não é dessa maneira que eu gosto. Ele é meu amigo.

— Ele tem que pedir desculpas! Como faz um negócio desses? E você e o Nataniel não se falam desde ontem? — Questionou o mago, parecia mais nervoso que todo mundo. Como se ele fosse o traído da história.

— Não. Ele disse que vai ficar no litoral por um tempo. — No momento que lembrei do meu amor, senti vontade de chorar, eu estou com saudades, mas ele praticamente me pediu um tempo. Não quero desrespeitar seu espaço.

— Eu não estou gostando disso. Como assim vocês podem deixar de ser um casal? Agora que o mundo acaba mesmo! — Exclama Daren, eu segurei o riso.

— Para de ser exagerado, Daren. — Falo, ele cruza os braços novamente e franziu as sobrancelhas. — Nós ainda somos um casal, só estamos em uma fase ruim. Mas eu não vou desistir dele.

— É, bom mesmo, menina, eu já vi muita coisa e já vivi muito pra saber que algo como o que vocês tem é raro. Ou você acha que alma gêmea tem em todo lugar? Responde, Sofia! — Daren gesticula rapidamente, parece estressado. Meu senhor, ele sim torce para que eu fique com o Nate.

— Para de ser doido! Eu não vou perder ele, até parece que vou deixar o meu amor escapar assim. Nataniel Kawami é único. — Sorri, ele segurou o riso, o vejo mais relaxado.

— Ah, já estou mais feliz. E eu tenho certeza que vocês vão ter filhos que irão me chamar de tio. — Riu ainda mais, eu neguei com a cabeça.

— Está muito cedo para pensar nisso, Daren, Nate e eu nem conversamos sobre essas coisas. — Cruzei os braços, ele ergueu a sobrancelha.

— Não sei porque, está óbvio que vocês vão ficar juntos, se casar e essas coisas. Eu sei disso. — Deu de ombros, flutuou, saindo da rocha e pousou no chão. Antes que eu pudesse falar alguma coisa, ele foi embora.

***

  No campo aberto longe do mosteiro, estava Laurid e eu.

  Era aqui o ponto mais alto que a magia vai atingir quando as esferas estiverem alinhadas, consequentemente, o lugar onde estarei mais forte, e essa é a passagem direta para a prisão do submundo, onde a escuridão ficará presa.
  Parei por alguns segundos, encarando o lugar. A grande batalha vai acontecer aqui, e se eu falhar, acabou.

— Não irá falhar. — Laurid parou na minha frente, sorri fraco.

— Não posso, você quer dizer. — Me abaixei e toquei a grama, podia sentir abaixo de nós a passagem para o submundo, quando fechei os olhos, consegui visualizar perfeitamente a obscuridade que existia sob essas terras. Como Laurid já havia me falado, eu continuei tentando visualizar a antiga prisão que a escuridão estava, porém, conforme avançava sob a imensidão do submundo, sentia que ficava mais difícil.

— Concentre-se, Sofia. — Laurid diz, assenti. Agora, com as duas mãos sob a grama, tentei focar ainda mais. Vi uma entrada assustadora, nuvens pretas em formas de rostos atormentados circulavam em volta do que parecia ser um buraco, elas pareciam procurando por algo, ou alguém.

— Estou vendo... — Franzi a testa. As formas se retorciam e agonizavam ao redor do buraco, o frio era constante e doloroso. — É horrível.

— Descreva para mim.

— Há seres sem luz vagando por esse buraco, eles parecem perdidos. É totalmente escuro, muito frio e úmido, você sente seus maiores medos e traumas gritando dentro de você, como se esses seres te chamassem para o escuro junto deles. — Enquanto falava, senti meu estômago revirar, sinto que Laurid segurou meu ombro. — É tão vazio, se alguém gritar aqui ninguém jamais ouvirá. É a solidão mais cruel que existe. — Continuei.

— Parece que encontramos a prisão para a escuridão. — Ele diz, assenti. — Conseguiu sentir onde exatamente é?

— Sim, eu posso ver o caminho inteiro. Como se tivesse corrido por ele há muito tempo.

— Muito bem, preste atenção, nós vamos formar o selo aqui, por conta disso, eu preciso que se concentre o máximo que conseguir. Se lembra do que lhe ensinei, certo? — Perguntou Laurid, concordei com a cabeça. Ainda com as mãos sob o solo, deixei com que meu poder saísse lentamente pelas minhas mãos a medida que lembrava do selo, aos poucos, o campo se iluminava, tendo o solo marcado eternamente com a minha magia, pressionei ainda mais as minhas mãos sob a terra, o calor que a magia soltava em seu ápice fazia a minha testa molhar, respirei profundamente, não podia perder o controle agora. — Está quase acabando, continue assim. — Desta vez, Laurid segurou meus ombros. Assenti. Deixei minha mente se esvaziar novamente, sentia mais uma corrente de poder sair de minhas mãos, que pareciam ter grudado no solo. Quando terminei, finalizando cada parte do selo, marcando sob essa terra esse feitiço para toda a eternidade, abri os olhos e me levantei. Podia ver os vestígios de magia adentrando o solo, suspirei. 

— Eu consegui... — Sussurro, Laurid acenou brevemente. Lembrei do que ele me ensinou para dizer na hora que terminasse. — Nulla potestas in terra solvere poterit!* — Gritei, uma parte do solo tremeu. Acho que deu certo. 

  Está cada vez mais perto do grande dia. Mais perto.

***

  Quando abri meus olhos, sentindo a claridade e frio da manhã, estranhei o lugar que estava. Era um quarto do estilo rústico, tudo feito de madeira, passei as mãos pelos cobertores de pele.   Estava tão confortável que quase não levantei, entretanto, a curiosidade falou mais alto. Encarei os móveis, eram todos impecáveis, da mesma totalidade, segui, observando o quarto, era tudo tão lindo.
  Já estava abrindo a porta, porém, duas crianças abrem antes de mim. Sorri, eu não acredito que estou sonhando com meus irmãos. Eu nunca tinha feito isso. Eles seguraram minhas mãos animadamente.

— Sofia, a mamãe disse que hoje é o dia que você nasceu. — A garota sorria, eu assenti. — Está com dezoito anos agora! — Minha irmã dava pulos de alergia enquanto falava.

— A gente só queria dizer que... — O menino ficou tímido enquanto segurava minha mão. Meu irmão é um fofo. — Amamos você! — Ele falou, sorri. Sinto que lágrimas escorrem do meu rosto.   Abaixei, ficando da altura deles. Os dois praticamente pularam no meu pescoço, grudando em mim em um abraço apertado. Olhar para eles era como ver meu passado.

— Vamos descer! — A menina me puxou, o menino nos seguiu. — Mamãe disse que não era para a gente te acordar, mas você já estava acordada mesmo.

— Sofia, você acha que cresceu de ontem para hoje? Eu acho que não. — O garoto dá de ombros, viramos um corredor. Avisto uma escada.

— Eu acho que ela cresceu. Será que com dezoito anos eu vou estar bonita também? — Perguntou a menina, começamos a descer a escada.

— Eu tenho minhas dúvidas sobre isso. — O garoto riu, ela revira os olhos.

— Fica quieto, seu chato, não me estressa! — Ela cruzou os braços, eu ri. Assim que a escada acabou, vejo uma silhueta feminina de frente para uma janela. A mulher se vira, fazendo com que eu me espanta-se. Ela era tão linda. Por alguns segundos, fiquei observando ela.

— Sofia, meu pequeno anjo... — Nos aproximamos, ela passa os braços pelo meu corpo, me puxando um abraço. A abracei com força, eu queria ficar nesse momento para sempre. — Por quê está chorando? — Perguntou, mas eu não consegui dizer nada, apenas a soltei um tanto envergonhada.
—Você se tornou uma mulher tão linda. É tão gentil, tão amável. Querida, eu amo você, feliz aniversário. — A abracei de novo. Não sabia que um sonho podia doer tanto.

  A porta de fora se abre, um homem alto, negro, de olhos verdes entrou na casa. As crianças pularam em cima dele. Eu sorri, era o meu pai. Não consegui me mover, estava tão emocionada em estar com eles que minha mente não conseguia racionar direito. Quando deixou as crianças no chão, com passos firmes e calmos, ele se aproximou de mim. Só os deuses sabem como eu chorava nesse momento.

— Não acredito que faz dezoito anos que vi seus olhos pela primeira vez. — Ele segurou meu rosto, abriu um sorriso. — Naquele momento, filha, nada mais importava, tinha uma garotinha tão linda que precisava de mim. Você me fez ser um pai, um bom homem. Obrigado, querida. — Sinto que seus braços rodearam meu corpo, meu pai me abraçou. Segurei tão forte em seu pescoço que achei que estava o sufocando. Mas não era real.

  Durante esse sonho, eu os observava, conversando, rindo, até mesmo, discordando de alguma coisa. Era tão simples. A vida para eles não é estranha e complicada igual a minha. É normal. Essa seria minha vida, eu teria crescido aqui, nessa casa, com essas pessoas. Eu queria ter tido isso. É uma pena que foi tirado de mim e deles também.

  Quando estávamos na cozinha, em volta da mesa, resolvi me despedir. Já estava na hora de ir.

— Vocês não sabem como eu espero por isso. O esforço que faço todos os dias é por vocês. Tudo o que eu faço é para vocês. — Digo, enquanto os encarava. Entretanto, era como se eles não ouvissem. Continuei com o monólogo. — Cada novo dia, é um dia a menos que estou longe de vocês. Toda vez que anoitece, chega mais perto do dia que vou encontrar vocês. É isso que importa para mim, vocês. Eu estou chegando, família. Eu estou indo o mais rápido que posso. Não desistam de mim, por favor. — Limpei os olhos, eram tantas lágrimas que eu mal conseguia falar. Comecei a ir na direção da porta de saída. Eles me encaram agora.

— Nós sabemos do seu esforço, meu anjo. — Minha mãe foi a primeira a falar. Parei, segurando a maçaneta da porta. — Temos tanto orgulho de você.

— Leve o tempo que precisar, filha. Nós vamos estar te esperando, podíamos esperar uma eternidade que não desistiríamos de você. Nunca vamos desistir de você. — Meu pai explicou, assenti.

— Eu já estou voltando. Vamos estar juntos, e vai ser mais rápido que vocês imaginam. Eu prometo. — Suspiro, precisava ir. — Eu amo vocês o máximo que um ser humano pode amar. — Abri a porta, olhei uma última vez para eles conversando. Sorri, eu quero isso e um dia vou ter.
  A luz que vinha do lado de fora foi tão forte que para conseguir sair da casa fechei os olhos, sentindo o calor da realidade.

Tradução: Nenhum poder na terra será capaz de desfazer.*

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