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Capítulo 54: As desavenças de eros

Sofia


  Eu tinha que contar.
  Prometi que se algo assim acontecesse, eu contaria.

  Depois do que houve, fugi para perto da casa dos meus pais. Há último tempo venho fazendo isso quando as coisas estão estranhas, fico olhando para a casa. Nem sempre alguém aparece, mas gosto de pensar como será o dia que finalmente vou me apresentar, dizer quem eu sou. Esse dia habita os meus sonhos.

  Já não bastava tudo está uma confusão, Aris decide me beijar, fiquei tão assustada que não consegui ouvir suas explicações. Mas nada vai justificar isso.
  Tenho que rever meus conceitos, pois em algum momento falhei, nunca senti algo assim por ele. E nem quero. Não me imagino assim, confusa sobre o que sinto.
É o Nate, o meu Nataniel.

  Levantei da pedra e segui pela ponte, olhei uma última vez para a casa dos meus pais, acho que não vou voltar mais aqui até o final da missão.
  Sabia que Nate está no litoral, não queria voltar para o mosteiro, então era melhor falar com ele logo. Abri um portal direto para onde ele estava.
  Avistei a praia, algumas pessoas conversavam perto de cabanas. Vejo Hades do outro lado, ele me nota e sobrevoa até pousar onde estou.

— Oi, amigo. — Acaricio sua cabeça enquanto ele fecha os olhos. — Onde está o nosso Nate? — Perguntei, Hades bem que podia falar.

  Alguns dos moradores da região me reconhecem, me aproximei. Nunca tinha vindo por aqui, diferente de Nate e Val que já são de casa.

— Alteza. — Um senhor baixinho me faz reverência, retribui. — Que honra a ter aqui.

— É ótimo finalmente estar aqui. Desculpe por nunca ter aparecido antes, mas estive muito ocupada. — Digo, tímida. Ele concorda com a cabeça. — O senhor viu o...

— O duque Kawami, certo? Por aqui, por favor. — O senhor começa a se afastar, eu o sigo. Passamos por entre cabanas e mais cabanas, andar pela areia era mais difícil do que me lembrava, essa aqui é muito funda. Deste lado, a água ainda está azul. É uma bela visão.

— Eu preciso que essa parte fique vazia, temo que outras criaturas podem surgir, ou até mesmo, a escuridão. É muito importante que vocês e suas tribos fiquem longe dessa região. — Vejo Nate explicar para um grupo de homens e mulheres. Estavam todos de pé, o garoto estava reto e com as mãos para trás enquanto dava alguns passos para frente. Seu olhar levantou encontrando o meu, sua postura mudou, parecia mais relaxado. Sorriu, sorri de volta.
— Vocês me dão licença por um instante, senhores... — Ele diz, as pessoas o fazem reverência, Nate deixa a cabana indo em minha direção, o senhor que me acompanhava nos deixa a sós. O garoto se aproxima, seu rosto está corado.
— Não acredito que veio aqui, depois de tanto tempo. — Riu.

— Desculpa, devia ter vindo antes. Você me contou tão animado sobre estar ajudando as pessoas daqui. — Segurei suas mãos, ele deu de ombros.

— Está tudo bem, sei como é ocupada. Mas estou feliz porque finalmente está aqui. — Nate se abaixou ficando na minha altura, segurou meu rosto com uma de suas mãos e aproximou a boca da minha. Fechei os olhos, quando seus lábios tocaram os meus, eu queria fazer aquele momento durar para sempre.  — Você está distante... — Nate se afastou, segurando meus ombros.

— Nós temos que conversar. — Mordi o lábio, ele franziu as sobrancelhas.

— Me espera do outro lado da tribo, tem uma tenda montada pra mim. Podemos conversar lá. — Ele tirou as mãos dos meus ombros, vi em seu rosto preocupação. Isso não vai ser nada fácil.

— Eu vou, e não tenha pressa, pode terminar o que precisa fazer. — Digo, me afastando, ele concorda com a cabeça. Nate volta para a cabana, dando continuidade ao que estava fazendo.

  Segui pela praia, as pessoas que passavam sorriam simpáticas, retribui. Quando finalmente cheguei na tenda, vi o símbolo de um lobo com a face embutida com a lua. Era toda azul com detalhes dourados. Entrei, não tinha muita coisa, alguns cobertores empilhados, uma mesa de madeira com duas cadeiras, uma de frente para outra. Ao lado de uma cama improvisada, tinha uma pintura em papel já amarelo com o tempo. Peguei a pintura com as duas mãos, era a família dele.
  Seu pai, um homem alto, com cabelos escuros e amarrados para trás. Ele não era tão musculoso, era mais magro que o Nate. Sua mãe, tinha belos olhos azuis, e a pele parecia pérola de tão branca. Seu cabelo também era escuro. Dália estava no meio deles, segurando a mão de cada um, parecia ter dez anos. Vejo Saleos mais novo, estava mais arrumado que os outros. Em seu colo, já um pouco crescido, o cabelo curto e com uma roupa toda dourada, Nate. Sorri, que família linda. E tão felizes, fico imaginando como ele era na infância, com seus pais, em Lup.
  Não conversamos muito sobre família, é um assunto complicado para ambos, mas as vezes, quando olho para ele, nos vejo tendo a nossa família. Será que vamos ter filhos? E onde nós poderíamos viver? É estranho pensar isso agora, até porque, nós nunca conversamos sobre isso.

— Desculpa a demora, durou mais tempo do que as outras. — Nate entrou na tenda, eu já tinha arrumado a pintura em seu lugar e estava na cadeira. — Você está bem? Está todo mundo bem?

— Não tem problema. — Digo, ele tira o colete, vejo que a corrente que o dei durante a invasão em Urs ainda está pendurada em seu pescoço. — E está tudo bem.

— Que bom, quando você apareceu aqui fiquei animado, mas agora com você assim, temo o que pode acontecer. — Confessou, suas mãos seguravam a cadeira. Seus olhos me encaram, estavam em um azul profundo.

— Você tem razão, senta, acho que isso vai demorar. — Apontei a outra cadeira, ele fez o que sugeri. — Antes de começar, eu estou muito orgulhosa de você, agora que vi o que está fazendo aqui, com as pessoas da tribo, isso é incrível, parabéns.

— Obrigado, também tenho muito orgulho de você. Mas será que pode ir direto ao assunto? — Perguntou, Nate estava sério, até mesmo reto na cadeira.

— Eu estava com o Aris... — Comecei, Nate franziu as sobrancelhas. — Ele confundiu as coisas quando soube que encontrei os amigos dele, o Aris me beijou.

  Por alguns instantes, não consegui identificar a expressão que ele tinha, não disse nada e continuou me encarando.
  Nate desviou o olhar para o chão, quando tentei falar alguma coisa, ele se levantou da cadeira e cruzou os braços.

— Eu sabia. — Negou com a cabeça enquanto me encarou. — Quando isso aconteceu?

— Hoje. — Também me levantei. — Eu saí correndo quando ele fez isso, eu não estava esperando, nem imaginava que isso podia acontecer.

— Eu já imaginava! — Começou a andar pela tenda, cada vez mais irritado. — Te falei que ele gosta de você, vejo o jeito que ele te olha, como fica quando você se aproxima. — Nate dava voltas ao redor da mesa enquanto falava.

— Não fazia ideia que ele sentia algo assim, só estava tentando ajudar. — Entrei na frente dele e cruzei os braços.

— Eu sei, você me disse na semana passada que tinha ido aos curandeiros atrás deles, e eu disse que era uma boa ideia. — Ele soltou o ar pesado, e encarou o chão.

— Você sempre me apoia. — Admiti, Nate está ao meu lado desde que nos conhecemos, antes mesmo de sermos um casal sinto que posso contar com ele.

— Eu sempre vou apoiar você. — Ele se deu por vencido e sorriu timidamente. — Mesmo que não estamos mais juntos...

— Você quer terminar? É isso? — Perguntei, ele não disse nada e eu senti uma vontade de chorar, mas me contive.

— Eu não sei, mas eu vejo como vocês ficaram próximos tão rápido, e você sempre viu algo bom nele, mesmo quando ele só mostrou o lado ruim. E isso me deixa inseguro. Eu tenho ciúmes de vocês. — Nate encarou o chão novamente ao dizer essas palavras. Eu realmente não sabia o que dizer, em partes ele tinha razão, sinto que Aris é um bom homem, mas não o vejo como aquele que eu poderia amar.

— Você tem razão quando diz que nós tornarmos próximos, e eu senti que ele era bom quando o prendi no mundo espiritual, por isso sempre acreditei nele, mas é apenas por essa razão. Eu não sinto algo mais por ele.

— É tão estranho pensar que ele te beijou. — Nate cruzou os braços, me aproximei dele calmamente.

— Desculpa. — Sussurro.

—Não é sua culpa. — Ele finalmente me encarou, não estava com o rosto tão vermelho, ele estava mais calmo.
— No fundo, sei que não gosta dele, e que nunca deu algum sinal que gostava. Sempre foi sincera com seus sentimentos, e é o que combinamos. Falar a verdade um para o outro. E foi isso que fez. — Ele explica, seus ombros se contrariam, como se seu corpo chegasse em uma conclusão embora seu rosto ainda estava sério, não me olhava nos olhos.

— Prometi que seria sincera. Como eu poderia descumprir algo que é a base da nossa relação? — Essa pergunta saiu mais como uma afirmação, ele continua sério. — O que sinto por você é mais forte.

— Eu amo você, e sempre vou amar você, mas não estou conseguindo chegar a uma conclusão agora. Estou cansado. — Nate atravessou a tenda e sentou na pequena cama, concordei com a cabeça.

— Eu jamais faria você se desrespeitar, podemos resolver depois, igual uma pausa. — Sorri fraco, ele me olhou com ternura.

— Sei que deve estar sendo difícil para você porque sempre que temos um problema é a primeira que quer resolver. — Ele esboça um meio sorriso. — É uma das coisas que mais gosto em você, Sofia. — Deu de ombros.
— Mas agora, eu só vejo o momento que ele te beijou. Isso está se repetindo na minha cabeça o tempo todo.—  Nate se levanta e, aos poucos, fica próximo de mim. — Não consigo resolver isso agora.

— Eu entendo. Nós precisamos de uma pausa, pensar sobre isso, sobre nós. — Senti que uma lágrima escorreu, limpei rápido, antes que as outras escorressem.

— Vou pensar, nossa relação é valiosa demais, eu tenho com você algo que jamais pensei que teria com alguém. — Ele sorriu, eu senti outra lágrima escorrer, e foi Nate que a limpou.

— Você fez meus dias brilharem. — Falei e ele ficou vermelho e vejo lágrimas brotando em seus olhos azuis.

— Só preciso de um tempo, tá bom? Vou ficar na tribo, ia voltar de noite, mas é melhor ficar aqui por mais tempo. Hades está cansado de tanto ir e vir do mosteiro. — Explicou, concordei com a cabeça. — Tem problema ele ficar comigo?

— Não. Você também é guardião dele, acho até bom que fique com você, não estou conseguindo dar muita atenção para ele. — Mordi o lábio, ele sorriu.

—Se você precisar de mim, basta vir aqui. Eu ajudo na hora. — Segurou meu ombro, assenti.

— É melhor eu ir. Você ainda tem o que fazer, está cansado também, precisa descansar. — Olhei para fora. — Se algo acontecer, me procure. — Me afastei, já estava perto da saída.

— Eu levo o Hades de volta assim que terminar por aqui, sei que ele sentiria a sua falta. — Enquanto falava colocou as mãos nos bolsos, em seguida, sorriu tímido.

— Obrigada, nos vemos em breve. — Comecei a deixar a tenda, porém, parei e encarei o garoto que ainda estava no mesmo lugar.
— Nate? — O chamei, seu olhar foi de encontro ao meu. —Sei que tudo está confuso, mas eu não vou desistir da gente, não vou desistir de você. — Sorri, ele corou e abaixou a cabeça sorrindo.

— Nem eu. Nunca. — Falou um pouco baixo. Suspirei. Deixei a tenda antes que começasse a chorar.
  Sabia que as coisas estão complicadas, mas por ele, sou capaz de qualquer coisa.

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