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Capítulo 44: O reino inimigo


Nate


  O Reino de Tier era sombrio, escuro e sem cor. Nós chegamos próximo à um pequeno vilarejo, mas assim que vimos o modo como eles se vestem percebemos que não demoraria para sermos reconhecidos, então Daren nos comprou roupas, que para ser sincero nem eram do nosso tamanho, mas era melhor do que sermos presos. Hades teve que ficar em uma caverna um pouco mais afastada, digamos que todos eles sabem que a Sofia tem um dragão da floresta, sendo assim, melhor o deixar seguro e longe de problemas.

  Quando chegamos no centro, vimos como todas as pessoas vestem cores neutras, como preto, cinza, marrom e até um vermelho como sangue. O reino era todo plano, não havia ruas estreitas, era tudo simétrico, como se cada construção fosse planejada antes, no meio de uma praça, tinha uma grande estátua do Deus Caifaz, ele segurava um cajado que a ponta era a cabeça de um tigre feita de rubi vermelho.
Diferente de Urs, não havia ninguém mostrando suas artes nas ruas, ou em Lup que tem sempre alguém cantando ou tocando algum instrumento. Tier é diferente de tudo que já vi, não tem crianças brincando ou música nas ruas, é tudo tão silencioso. Uma calmaria que chega incomodar.

  Sofia andava pelo reino vendo como todos pareciam apáticos, sem emoção. Ela começou a mexer no cabelo devido o nervoso, segurei sua mão antes que a visse descontar sua preocupação em seus cachos, ela sorriu e soltou o ar.

— Esse reino é tão... — tentei achar a palavra, mas não consegui.

— Triste, nem parece que são assassinos.— Daren respondeu, Sofia o encarou, querendo o corrigir, mas não fez isso, ela entendia a raiva dele.

— Às vezes o silêncio é um pedido de socorro, mas eu achei que seria mais animado. — Valentina deu de ombros.

— É o luto, pelo soberano deles, aqui dura meses.— completou Sofia, diferente de quando chegamos, ela estava mais abatida, calada, quando teve contato com o espírito do lobo voltou tão feliz.

— Ainda acho que ele não morreu, deve estar escondido em algum lugar, tramando algo. — sugeriu Daren, sua inimizade com Zagan era evidente, seu semblante mudava para alguém mais sombrio.

— Se ele estiver, não vai ser por muito tempo, nós vamos descobrir e acabar com ele.— disse Valentina.

— O clima daqui é tenso, e essa neblina? Isso é estranho. — digo, eles concordam com a cabeça.

— A gente pode comer e ir acampar perto do Hades? Eu não quero ficar longe dele. — sinto Sofia segurar meu braço, a encarei, ela realmente não estava bem.

— O que você achar melhor, amor. — respondi, ela sorriu.

  O primeiro lugar que encontramos foi pequeno e discreto, Sofia queria deixar o vilarejo o mais depressa possível, nenhum de nós se sentia confortável para ficar lá por mais tempo. Ninguém disse uma palavra durante a refeição, o silêncio permaneceu. As pessoas do lugar não repararam em nossa presença, o que foi bom, mostra que se vestir como eles foi uma boa ideia.

  Voltamos para a caverna onde estava Hades e começamos a montar o acampamento. Logo o dragão acendeu uma chama para a fogueira, não falamos muito durante aquelas horas, todo mundo estava cansado, mesmo ganhando há ainda muito o que fazer e isso é preocupante.

  Enquanto eu enchia o cantil de água do rio, que tem próximo de onde estávamos, vi o reflexo de uma mulher atrás de mim. Me virei, mas não havia ninguém. Dei de ombros, continuando a realizar minha tarefa, porém, sinto uma presença familiar ao meu lado, olhei em volta, mas não havia ninguém.

Cedric...

  Ouvi uma voz feminina, me assustei, quase deixando o cantil cair no rio. Levantei de uma vez.

— Quem está aí? — perguntei, e dei alguns passos para trás, sinto uma brisa em meu rosto, a mesma que sempre senti desde que era criança. — Olá?

  Nada mais foi dito, até que outro lado do rio vejo a mesma mulher, ela era linda, morena, com longos cabelos ondulados, seu rosto tinha traços delicados, usava um vestido azul que balançava junto com seus cabelos.

Cedric, meu filho, você voltou?

  Ouço sua voz novamente, ela parecia querer chorar, apertei meu braço, vendo se não era um sonho e realmente não era. Pensei em falar algo, mas estava paralisado, não com medo dela, era como se já a conhecesse. Ela flutuou até ficar próximo de mim, suas mãos seguram meu rosto e senti calor em seu toque, por alguma razão, eu queria chorar, fechei os olhos por alguns segundos.

É você mesmo, me perdoe, não fui uma boa mãe pra você, filho.

— Quem é você?— finalmente consegui perguntar algo, mas ela me soltou e foi sumindo aos poucos, tentei tocar nela, mas era tarde demais. Nem percebi que estava chorando até sentir que meu rosto estava molhado. Sentei a beira do rio, ainda segurando o cantil e tentando entender o que acabou de acontecer.

  Voltei ao acampamento horas depois, vi Daren meditando enquanto flutuava, a loira parecia que dormia, mas acho que só estava de olhos fechados, Sofia estava com as costas apoiada em Hades, o dragão abriu os olhos assim que me aproximei e sentei ao lado dela.

— Está tudo bem? Você demorou.— ela perguntou e ajeitou postura.

— Está tudo bem. Sofia, como é quando você tem contato com algum espírito?—  questionei, ela franziu a testa.

— Depende muito da situação, Nate. Por exemplo, com Aron, é ele que tem o contato comigo, eu não o encontraria para conversar tão fácil, e não é todos os espíritos que conseguem falar com os vivos, por que? — Sofia se aproximou de mim, fazendo com que nossos corpos ficassem colados.

— Um espírito falou comigo no rio. — expliquei, ela ficou pasma. — Era uma mulher, me chamou de Cedric, e de filho.— respondi, ela continuou confusa.

— E você achou ela familiar?—  perguntou, concordei com a cabeça. — Ela pode fazer parte do seu passado, da sua primeira vida.

— Acha que ela pode ser a minha mãe da outra vida? — questionei, ela assentiu. — O que eu faço se ela aparecer de novo?

— Fique calmo, tente conversar com ela, só respira. Se ela foi a sua mãe alguma vez, não vai te machucar. Tente fazer ela falar, se está aparecendo pra você, deve querer te contar alguma coisa. — Sofia ressaltou e entrelaçou os nossos dedos, levei sua mão até meu rosto, ela sorri. A luz da fogueira iluminava nossos rostos, minha outra mão segurou sua bochecha, passei levemente meu polegar por ela e Sofia chegou a fechar os olhos. Sinto que seu corpo se aproxima do meu, também me aproximo e seguro seu rosto, a beijando com calma, ela faz eu me sentir em paz. Em casa. Estar com ela é como achar o meu lugar no mundo e estar confortável com as minhas decisões.


***

— Está ocupado?— Daren perguntou, eu parei de andar quando seu corpo pousou na minha frente. Eu gosto de andar sozinho para explorar o novo local, e esse reino é tão estranho. Sei que deve ter muitos mistérios por aqui.

— Não. Só estava indo ver como é esse reino, o que sempre faço.— contei. Ele tirou os fios rebeldes de seus olhos.

— Preciso de companhia para ir em lugar, quer vir comigo?— Daren faz a pergunta, seguindo para onde queria ir, eu fui atrás.

— É um dos lugares secretos que você vai de vez em quando?— perguntei, ele riu.

— Lugares secretos? — franziu a sobrancelha. — Eu nunca fui escondido para esses lugares, vocês que não perguntam para onde eu vou.

— É que, pelo menos da minha parte, eu quis te dar privacidade em suas coisas de mago para fazer.— falei como se fosse óbvio. Ele riu de novo.

Coisas de mago? — continuou rindo. — E o que seriam essas coisas de mago?— Daren adentrou por uma mata, fiz o mesmo, tentando alcançar ele.

— Eu não sei o que magos fazem, achei que eram coisas secretas — explico, ele negou com a cabeça. — Então, para onde estamos indo?

— Lembra dos cavaleiros que eu te falei?— questionou, concordei com a cabeça. — Pois bem, a líder deles sabe onde Nereu está. Ele vai ser o mestre da sabedoria de Sofia.

— Você conhece muita gente, não é? Sempre tem um amigo por aí — indago, ele concordou.

— Eu fiz alguns aliados por onde andei. Faça isso também, vai ser bom para você.

— Vou fazer, é melhor ter aliados quando as coisas se complicam — a mata na qual estávamos acabou, dando início a um campo aberto. Pequenas casas feitas de madeira rodeavam essa clareira no meio da floresta. No centro, havia galhos reunidos para se fazer uma grande fogueira, seria quase no meu tamanho. Daren atravessou esse espaço, indo na direção da maior casa. Alguns homens com armaduras até os olhos o fizeram reverência.
Ele retribuiu, eu também.

— Mago Wilker, lamento informar mas nossa líder Alixia já voltou ao seu tempo.— um dos cavaleiros explicou, Daren assenti.

— Ela deixou algum recado para mim? — perguntou, eles concordam a cabeça. Daren me encara, e volta a falar com os homens. — Posso entrar? — eles saíram da passagem, e calmamente entramos na casa. Velas e cristais estavam espalhados por todo lugar. Um livro enorme estava em cima da mesa e um caldeirão acesso no chão. Parece que estou dentro de uma das histórias que meu tio me contava.

— Ela deixou uma carta para você? — questionei. Ele riu. Olhei em volta, mas não tinha algo assim por perto. Então, como ela daria esse recado?

— Você não queria saber como são as coisas de mago? Vai ver como mandamos recados — Daren caminha até o caldeirão, assim que suas mãos se direcionaram para o líquido fervendo, luzes coloridas saíam e rodeavam seu corpo e até mesmo o meu. — Wys my — Daren falou. Não entendi nada, mas o caldeirão ferve ainda mais e da fumaça parece só o rosto de uma mulher. Tinha a pele branca, olhos e cabelos escuros.
— Grande líder Alixia. — o mago a faz uma reverência, ela também, e sorriu.

— Mago Wilker. Desculpe-me por ir embora sem lhe falar, as coisas aqui estão difíceis. Entretanto, creio que Nereu está com Andras no mosteiro. — ela explica, Daren concorda com a cabeça. E diz algo como gaan weg. Achei que era um espirro. Porém, a mulher some.

— É assim que mandamos recados. Venha, vamos embora. — simplesmente começou a deixar a casa, ainda pasmo o segui.

Daren continuava calado enquanto andávamos entre as pessoas, parecia que, esse amigo é bem mais que o futuro mestre de Sofia. Paramos para comprar algumas coisas, nesse momento resolvi perguntar.

— Quem realmente é o Nereu? Não estou dizendo sobre o que ele faz, mas o que significa para você.

— Quer ouvir a história toda? —perguntou, assenti. — Tudo bem, anos atrás, éramos quatro amigos — ele sorriu, e sentamos em bancos de pedras próximo a uma fonte. — Andras, Nereu, Kali e eu, tínhamos a mesma idade e éramos inseparáveis.

— Kali, a rainha? — fiz uma cara de espanto, ele assentiu.

— A própria, continuando, nós quatro éramos unidos, entretanto, a confusão sempre nos achava. E nossos pais insistiram para que nos afastássemos, nenhum de nós queria e foi difícil ter que obedecer eles — Daren fez uma pausa, desviou o olhar para o chão. — Voltamos a nos falar, mas eu sentia que estava diferente. Parecia que estávamos ali por consideração, e não por querer estar. Mas, mesmo me sentindo solitário estando acompanhado, eu não queria aceitar que não éramos os mesmos. — ele suspira. — Eu ainda os amava, porém, não era mais feliz ao lado deles.

— Deve ter sido horrível sentir isso sobre pessoas que eram tão importantes para você — apertei seu ombro esquerdo, ele sorriu.

— Em partes, foi minha culpa também. Me deixei levar por um tipo de vida que você se acostuma em se sentir mal. Foi difícil, mas deixei eles seguirem seu caminho. Tentei seguir minha história também. De todos, Nereu foi quem ainda me escrevia. Eu também escrevia, mas um dia ele parou. Achei que era melhor assim, pensei que a vida fez seu papel de sempre. Afastando as pessoas, entretanto, era mais que isso. Nereu sumiu da minha vida do nada, eu não estava preparado para perder mais alguém. Isso machuca. E se o encontrar e perguntar o que aconteceu, talvez passe. — o vejo soltar o ar, Daren encostou as costas no banco de pedra.

— Se quiser que eu vá com você atrás dele, eu vou. Basta me chamar. Sei que não gosta de ajuda, mas considere uma troca por todas às vezes que você salvou minha pele — cruzei os braços, ele riu.

— Eu não iria cobrar, mas já que insiste, obrigado. — Ele sorriu, eu também.

— Vamos voltar porque as meninas devem estar preocupadas.— me levantei, ele também.

— Você só quer ver a Sofia. — o amostrado diz e saiu correndo, revirei os olhos e corri atrás dele. É estranho pensar que ele tem um passado secreto, quantas coisas ele não deve ter passado e sempre guarda tudo pra si. No final, todos nós somos assim.

Olá, leitores!

A personagem Alixia faz parte do maravilhoso livro A Terceira da minha amiga  _LadyEydis_
Obrigada pela ajuda, e estou muito feliz porque você e sua história fazem parte de A Magia Dos Reinos.

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